NOVA Berlim 2099

By LeoACS

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Após a Terceira Guerra Mundial, em 2023, poderosas potências globais foram completamente arruinadas e muito d... More

Prefácio
Berlim, 08:10 - 18.02.2099.
Berlim, 09:40 - 18.02.2099.
Berlim, 11:02 - 18.02.2099.
Berlim, 13:18 - 18.02.2099.
Berlim, 14:43 - 18.02.2099.
Berlim, 08:53 - 19.02.2099.
Berlim, 16:47 - 19.02.2099.
Berlim, 19:11 - 19.02.2099.
Berlim, 21:01 - 19.02.2099.
Berlim, 08:18 - 20.02.2099.
Berlim, 09:33 - 20.02.2099.
Berlim, 16:00 - 20.02.2099.
Berlim, 17:13 - 20.02.2099.
Berlim, 19:27 - 20.02.2099.
Dossiê Introdutório - Dados Históricos - Terceira Guerra Mundial, 27.11.2023.
Dossiê Introdutório - Dados Históricos - O Grande Terremoto Mundial, 04.07.2025.
Dossiê Introdutório - Dados Histórico-Analíticos - Europa, 2025 à 2099.
Dossiê Pessoal - Anderson, Keith
Dossiê Pessoal - Johansen, Adler
Dossiê Pessoal - Lweiz, Alana
Dossiê Pessoal - Moss, Karen
Dossiê Pessoal - Stoltz, Hellen
Dossiê Pessoal - Alhazred, Yasser
Dossiê Pessoal - Falthouser, Ian
Dossiê Tecnológico - Glossário Bélico e Científico - Europa, 2099.

Berlim, 21:14 - 20.02.2099.

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By LeoACS

Durante cerca de dez minutos, os três motoristas que retornavam agora para a DCE trocavam, pelo canal de comunicação que os interligava, vários berros na tentativa de atribuírem as razões pelas quais haviam falhado em sua missão, além do fato de uma integrante da equipe ter sido gravemente ferida. Apenas no momento em que se aproximaram do pátio da Dan-ho Enterprises, os chefes da segurança interna tentaram se concentrar na atual situação, conectando assim seu canal de comunicação diretamente com o DSI, que escutou aos berros:

- Atenção, segurança interna! Aqui é o Tenente Anderson! Estamos retornando à DCE transportando a Tenente Lweiz gravemente ferida. Alertem a enfermaria de que se preparem pra recebê-la imediatamente. Isso é uma ordem!

- Aqui é o Tenente Johansen! Ordeno que enviem imediatamente uma equipe de segurança pro portão do estacionamento subterrâneo e mantenham-no aberto pra nossa chegada de emergência. Instruam a equipe de vigilância pra aguardarem no portão até a chegada do carro da Tenente Lweiz, que foi programado pra voltar automaticamente pra DCE, entendido?!

Após alguns segundos - que a equipe de plantão do DSI usou para confirmar os códigos de ID que lhes haviam sido automaticamente enviados quando o canal de comunicação fora aberto -, o desenfreado grupo, que agora avançava em direção ao portão da garagem da DCE, escutou em afoito tom:

- Sim, senhores! Entendido perfeitamente!

- Me deem espaço pra manobrar na garagem! - berrou a Tenente Moss para os dois colegas que a seguiam, logo após terem encerrado sua comunicação com o DSI.

- Beleza!

- Ok - responderam-lhe então, respectivamente, os tenentes Anderson e Johansen para, logo em seguida, começarem a diminuir a aceleração de seus veículos, deixando assim que a Tenente Moss avançasse sozinha na direção do portão que estava sendo aberto. Não obstante, a Tenente Moss continuou a avançar na velocidade em que já se aproximava, reduzindo apenas no momento em que estava à beira da rampa que descendia até o portão de acesso, para que seu carro não fosse projetado no ar e acertasse o portão que ainda não havia sido completamente erguido.

Os membros do grupo avançado de vigilância - que ainda corriam em direção à entrada do estacionamento, com o objetivo de se posicionarem ao lado dela - podiam escutar os insanos e desesperados roncos dos motores que se aproximavam até que, de repente, tiveram de jogar-se para os lados, na tentativa de desviar-se abruptamente da direção da entrada da garagem, ao verem que o primeiro veículo aproximara-se de tal forma que quase acertara o portão que ainda ascendia à sua posição final. Observaram então a continuação da ousada manobra, que somente terminou após um cavalo de pau para a esquerda, que projetou o veículo lateralmente na direção dos elevadores.

Os curiosos agentes da segurança interna, que assim continuaram a observar o veículo, viram então que dele desesperadamente saíra a Tenente Moss, que correra para o painel de acesso dos elevadores, chamando por qualquer um deles, antes que retornasse para o lado do passageiro de seu carro, de onde, após quase arrancar a porta, retirou a Tenente Lweiz. Em seus braços, sua colega ferida jazia inconsciente, com o que restara de seu braço direito sobre seu colo, que estampava agora vários tons de vermelho resultantes da mescla do sangue que lentamente vertia de um curativo improvisado em contraste com o vestido que usava.

Enquanto a Tenente Moss carregava rapidamente a Tenente Lweiz até o elevador que abrira suas portas, requisitando, com dificuldade, o andar da enfermaria da DCE, usando seu cotovelo direito, o grupo de vigilância então escutou outros dois carros ferozmente mergulharem na garagem por meio da rampa de acesso. Focando agora esses dois veículos, o grupo presente pôde observá-los enquanto avançavam violentamente na direção do elevador que acabara de fechar suas portas e levava as tenentes Moss e Lweiz para o andar da enfermaria.

Freando bruscamente para não baterem no carro da Tenente Moss, os outros dois carros derraparam lateralmente em direções opostas até pararem próximos do veículo à sua frente. Mal terminando essa manobra imprudente, os outros dois chefes da segurança interna já haviam aberto suas respectivas portas, saltando, assim, de seus veículos uma fração de segundo antes de pararem.

Viram então o Tenente Johansen que, mesmo que ainda estivesse correndo na direção dos elevadores, berrou a eles:

- Aguardem a chegada do carro da Tenente Lweiz e depois fechem o portão de entrada!

- Sim, senhor! - respondeu-lhe instantaneamente o grupo de vigilância, enquanto observava agora o Tenente Anderson sair de seu carro carregando uma pesada bolsa tática consigo.

De mãos vazias, o Tenente Johansen requisitava incessantemente por qualquer elevador que estivesse disponível, por meio do painel de acesso, no momento em que o Tenente Anderson aproximou-se, perguntando-lhe:

- Essa merda ainda não chegou?!

- Eu não sei por que essa porra está demorando tanto, ainda mais nesse horário! - furiosamente responde-lhe o Tenente Johansen segundos antes que outro elevador chegasse.

Em seguida, o grupo de vigilância pôde ver seus outros dois superiores invadirem o elevador que mal havia aberto suas portas, perguntando-se o que poderia ter acontecido com a Tenente Lweiz, durante seu horário de folga e por que seus colegas haviam-na socorrido.

Alguns momentos depois, a equipe de enfermeiros que, juntamente com o médico-chefe da DCE, aguardava a chegada da Tenente Lweiz, puderam então contemplá-la inconsciente nos braços da Tenente Moss, que desesperadamente saía agora do elevador sem nem mesmo esperar que terminasse de abrir suas portas. Avançando na direção da maca posta à sua frente, juntamente preparada com vários equipamentos médicos para receber a paciente, a Tenente Moss foi auxiliada pela equipe de enfermeiros, os quais procuraram evitar que a Tenente Lweiz fosse jogada por ela sobre a maca, enquanto desfaziam o curativo que fora improvisado, procurando assim avaliar a gravidade do ferimento. Nesse mesmo instante, insatisfeito berrou o Doutor Alhazred à sua equipe:

- Não percam seu tempo com isso! Levem-na imediatamente à sala de cirurgia!

- Sim, doutor - respondeu-lhe sua equipe, começando a transportar rapidamente a paciente através dos corredores da enfermaria.

- Mas que merda é essa?! - perguntou o médico-chefe após lançar seu indignado olhar sobre a Tenente Moss. - Que diabos aconteceu com ela?!

- Nós fomos... - fora interrompida a Tenente Moss, no exato instante, ao que a sineta anunciou a chegada de outro elevador, que vomitou o Tenente Johansen, acompanhado pelo Tenente Anderson, que, mal saíra do elevador, já abrindo a bolsa tática que levava consigo, da qual então retirou o braço direito da Tenente Lweiz.

Era possível notar que, mesmo por baixo da máscara cirúrgica que usava, o Doutor Alhazred ficou boquiaberto no momento em que recebeu em mãos o braço direito de sua paciente. Incrédulo, ele passou a caminhar rapidamente, antes de começar a correr através dos corredores da enfermaria, enquanto furiosamente berrava aos chefes do DSI:

- Eu terei de apresentar um relatório de toda essa merda que vocês me aprontaram! Ainda assim eu tentarei atrasar ao máximo que eu puder a sua entrega à vice-presidência! Eu não acredito nisso!

Cansado e completamente frustrado, o mudo grupo pôde então apenas observar o médico-chefe a correr atrás de sua equipe, enquanto podiam sentir o peso de suas ações esmigalhar a pouca moral que ainda lhes restara, até o momento em que o Tenente Anderson quebrou-lhes o silencio, lamentando pesarosamente:

- Vamos tomar uma mijada foda do Falthouser!

- Nós... falhamos - resmungou a Tenente Moss quase que catatônica, somente até se assustar com o Tenente Johansen que, voltando-se para o elevador de onde viera, desferiu um potente soco na porta à sua frente, berrando:

- MAS QUE MERDA!

Sentida, a Tenente Moss aproximou-se lentamente dele, tentando confortá-lo enquanto calmamente acariciava o braço do Tenente Johansen, com sua mão direita, e lhe dizia suavemente:

- Não foi nossa culpa.

- É óbvio que foi, Karen... e sabemos disso - retrucou o Tenente Anderson enquanto se aproximava do painel de acesso dos elevadores, chamando por um deles. - É melhor que nós descansemos antes da enrabada que tomaremos amanhã. Vou aproveitar pra largar essa bolsa lá no DLA.

- Vou levar comigo o que tiver ficado no carro. Não estou em condições de autenticar nada agora. - respondeu-lhe o Tenente Johansen soturnamente, no exato momento em que o elevador à frente abriu suas portas, após a sineta indicar sua disponibilidade.

Absorto e sem perspectiva alguma, o grupo adentrou o elevador para em seguida o Tenente Anderson requisitar o andar do Departamento Logístico de Armazenagem e o andar da garagem, enquanto a Tenente Moss aproximava-se do Tenente Johansen, para então abraçar delicadamente seu braço direito.

Engolfados agora por uma sombra sepulcral, cada um deles podia sentir a eternidade tocar seus ínfimos momentos de vida, enquanto desciam incontáveis andares. Imersos em um interminável silêncio, nenhum deles era capaz de encontrar a coragem necessária para sequer trocarem um simples olhar, até o momento em que o elevador alcançou o andar no qual o Tenente Anderson ficaria.

- Amanhã a gente se encontra pra saber d'Alana, pode ser? - perguntou-lhes o Tenente Anderson após tentar dar alguns passos para fora do elevador, antes de ancorar-se à porta dele, ainda de costas para seus colegas.

- Ok - respondeu-lhe o Tenente Johansen soturnamente, enquanto seu perdido olhar era lançado ao chão.

- Vou tirar meu carro do meio do caminho e ir pra casa, mas... - concordou desanimadoramente a Tenente Moss, enquanto procurava, em um horizonte distante, por algo que não iria encontrar. - Pode ser sim.

- A gente se vê - despediu-se, então, taciturnamente, o Tenente Anderson, enquanto se afastava de seus colegas e seguia em direção ao DLA, liberando assim o elevador para que seguisse seu destino.

Após as portas automatizadas fecharem-se à sua frente, a Tenente Moss voltou-se lentamente para o Tenente Johansen, lançando diretamente ao seu semblante absorto um olhar de ternura, mas que logo se transformou em um misto de tristeza e compaixão, ao contemplar olhos sem brilhos, imersos em pura decepção. Abraçando-o firmemente e então recostando a cabeça em seu peito, a Tenente Moss disse-lhe docemente:

- Por favor, não fique assim. Eu já estou com o coração tão ferido quanto o seu.

Nesse instante, o Tenente Johansen pendeu suavemente sua cabeça à frente, recostando-a sobre os cabelos da Tenente Moss e, sentindo o doce perfume que ainda exalavam, abraçou-a ternamente em seguida. Passaram assim juntos alguns segundos, que os levaram a um horizonte distante, até o momento em que a Tenente Moss então lentamente voltou seu rosto ao dele e, tocando-o suavemente com sua mão direita, disse-lhe:

- Não me deixe ir embora sozinha.

Tendo-a já em seus braços, o Tenente Johansen simplesmente beijou ternamente seus lábios, passando eles então, segundo após segundo, a deixarem que o ritmo da paixão os tomasse completamente. Dando um passo à frente, enquanto beijava e mordiscava suavemente o pescoço da Tenente Moss, assim ele virou-a para a parede do elevador, colocando-a contra ela enquanto suas mãos viajavam pelas curvas de seu corpo. Segundos depois, o controle de navegação anunciou o andar em que o elevador aportaria, pouco antes da sineta anunciar sua chegada. Nesse momento, o Tenente Johansen desvencilhou-se abruptamente da mulher que tinha em seus braços e lábios, abandonando-a no elevador enquanto caminhava em direção ao seu carro, lançando-lhe ainda, por sobre seu ombro, um selvagem flerte.

Observando-o sair, a Tenente Moss respondera seu flerte com um olhar de desejo, enquanto estampava um sádico e selvagem sorriso, passando, em seguida, a caminhar na direção do veículo que abandonara anteriormente ao socorrer sua colega.

Ao sair do elevador, a Tenente Moss seguiu diretamente até o assento do motorista, esticando então seu corpo à direita, para assim poder alcançar e puxar a manopla da porta do passageiro, fechando-a em seguida. Nesse ínterim, passando pelo carro do Tenente Anderson, o Tenente Johansen empurrou a porta que ele havia deixado aberta, fechando-a ao passar ao lado do veículo, enquanto caminhava até o seu carro. Dando a partida após a Tenente Moss, seguiu-a calmamente até o portão do estacionamento subterrâneo da DCE, onde ambos confirmaram sua ID para que fossem liberados e partiram audaciosamente para o apartamento da Tenente Moss, fazendo mais uma vez seu motores ecoarem insanamente através do pátio da Dan-ho Enterprises.

Enquanto isso, o Tenente Anderson, que terminara de autenticar alguns formulários de devolução, após entregar os equipamentos tomados da DLA, rumou até os vestiários pertencentes aos alojamentos do DSI, onde tomou um longo banho quente, trocando então as roupas rasgadas e sujas de sangue, que usara anteriormente. Caminhando à esmo em direção aos elevadores, quase como sem um rumo definido, o mesmo elevador que o trouxera para o andar em que se encontrava, abriu suas portas, no momento que tocou em seu painel de acesso. Logo após entrar neste, hesitou ele por vários segundos, à frente do painel de navegação, tentando decidir se realmente iria tirar seu carro do caminho e assim dirigir de volta para seu apartamento.

Tomado então pelo desânimo e pelo cansaço, uma tempestade de ideias sobre tudo o que ocorrera naquela noite o atormentava. Perdido entre incontáveis dúvidas e sem saber ao certo que decisão tomar, o Tenente Anderson acabou requisitando o andar de seu escritório, que apenas foi alcançado pelo elevador após um lapso incomensurável de tempo - enquanto suas incertezas o desorientavam para um horizonte longínquo -, mas que na realidade não passara de alguns segundos.

Após caminhar morosamente do elevador até seu escritório, o Tenente Anderson verificou se, sobre a mesa de sua secretária, havia algum recado, antes que alcançasse a porta de sua sala. Após transpô-la, e fechá-la, nenhuma outra escolha era capaz de encontrar a não ser jogar-se em seu sofá, mergulhando assim profundamente em seus pensamentos. Imerso em uma eternidade assolada pelos questionamentos sobre os desafiadores guarda-costas que enfrentaram e as suspeitas sobre suas prováveis identidades - agora completamente destruídas e perdidas no tempo -, via então a arma que recolhera na cena do combate como a única esperança de encontrar as respostas que almejava. Lenta e imperceptivelmente, inquietantes pensamentos transformaram-se em trevas obscuras, engolfando-o mais e mais a cada instante até, alguns minutos depois, fazerem-no adormecer.

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