Megan
Eu nunca me imaginei em uma festa de faculdade. Não era esse o cenário que eu me enxergava com meus companheiros, nem perto disso.
Os copos vermelhos cheios de bebidas, o cheiro de maconha e suor, enquanto as pessoas dançam, conversam em voz alta, tentando sobrepor a música eletrônica que estoura pelos alto-falantes, não fazem parte de um ambiente romântico, pelo menos não na minha perspectiva.
Estamos na casa de um garoto do time, eu não sei o seu nome, mas o vi algumas vezes pelo refeitório. Ele está rodeado de garotas, enquanto elas rebolam sensualmente, vestindo saias que mostram suas calcinhas.
Há um desconforto em ver como elas oferecem seus corpos, como se fossem objetos a serem usados. Não que eu me importo com o que elas fazem com seus corpos, apenas não quero Noah tendo essas ideias. Eu tenho medo que ele comece a nos comparar e perceba o quanto eu nunca serei assim, alta, magra, com boas pernas...
Vendo a forma como os caras do time estão com elas sentadas em seus colos, se insinuando abertamente, me pergunto quantas vezes Noah esteve no lugar deles.
Roubo um olhar pela minha visão periférica, tentando descobrir se ele está observando esses detalhes, mas na verdade, ele está com seus olhos fixos no topo da minha cabeça.
Para a minha tortura, ele está gostoso pra caralho, mesmo que esteja vestindo a jaqueta do time, como todos os outros atletas. Ele tem um aura diferente, um cheiro inebriante, perdi as contas de quantas vezes me segurei para não arrastá-lo de volta para o seu quarto e realizar a parte que falta em nosso vínculo.
Todos se aproximam em algum momento para cumprimentá-lo, ele faz questão de dar atenção a cada pessoa que chega para falar algo sobre o jogo de amanhã. Eu me sinto totalmente deslocada, mas posso dizer que ele percebe isso, porque ele me puxa para baixo do seu braço todas as vezes que meu olhar vagueia pela festa.
Alguns alunos gritam e erguem seus copos, para apoiar o time e todos brindam virando suas bebidas.
Talvez seja divertido ver o espírito de união, todos torcendo pela mesma equipe, se motivando em uma vibe animadora. Eu me pego sorrindo algumas vezes, quando algum cara grita algum palavrão sobre o time rival.
" Pau no cu dos Titans!" Greg grita chegando ao nosso lado, trazendo Nix e Ari em seu encalço.
Os olhos de Ari soltam para fora, quando os seus dois acompanhantes viram o álcool todo em suas bocas.
" Vocês são tão idiotas! Quem vai dirigir o caminho de volta?" Ari repreende os dois atletas corpulentos e eles se entre olham culpados. A diferença de tamanho entre os três, deixa a cena um tanto quanto engraçada.
" A gente leva você." Noah, meu príncipe montado em um cavalo branco, oferece.
" Você também bebeu!" Eu acuso olhando para o copo em sua mão.
" Eu não bebo álcool na semana de jogos." Ele dá de ombros e me oferece seu copo.
Apenas... água.
" Mas você bebeu na primeira semana..." Olho entre o líquido transparente do copo e Noah.
" Foi algo fora da curva, você havia finalmente aparecido, eu precisava acalmar meus ânimos."
" Parece que não foi apenas Tristan que eu levei a beber." Queria evitar a amargura em minhas palavras, mas se torna impossível.
Eu juro que tentei não pensar neles, mas parece que agora os desgraçados fazem questão de aparecer em todos os lugares. Ace e Tristan simplesmente brotam do inferno, toda vez que entro em algum lugar do campus. Quanto mais tento me esquivar, mais cruzo com eles.
Noah sempre está lá para segurar a minha mão. Não houve um momento, em que ele não me confortou, mesmo que silenciosamente, sem fazer perguntas ou julgar.
Nate e Shade tem trabalhado muito, eu mal os vejo, mas os demônios eu vejo mais do que gostaria.
" Você está linda!" Ari diz me olhando dos pés a cabeça e Noah rosna.
Todos olham para ele boquiabertos.
" Não rosne para a minha amiga!" Eu o encaro seriamente e ele abaixa os ombros em sinal de desculpas.
" Cara, você não pode ter ficado com ciúmes disso..." Greg aponta entre Ari e mim. " Relaxa."
" Muito fácil falar, você não tem um lobo faminto pela sua companheira." Ele bebe um gole da sua água suspira. Não gosto do mau humor que vejo em seus olhos. " Quando seu vínculo começar a dominá-lo, você verá."
Sou muito egoísta, por não ter parado para pensar, o quanto isso deve ser horrível para ele? Shifters são conhecidos por serem extremamente possessivos sobre seus companheiros.
Seus instintos animalescos os fazem perder a cabeça, mas nunca Noah.
Ele tem sido um exemplo de cavalheiro todos esses dias. Inclusive quando nos deitamos juntos a noite...
Talvez eu tenha me masturbado durante o banho nos últimos dias, minha esperança é que ele não perceba isso. Se está sendo doloroso para mim, imagina para um cara cheio de testosterona e instintos primitivos dentro de si?
" Caramba, garota! A tensão sexual entre vocês está matando todos nessa sala." Ari sussurra cheia de humor. " Você deveria arrastá-lo para um quarto e liberar nosso capitão. Se nosso time perder amanhã, todos saberão quem é a culpada..."
" Vamos para um lugar com menos barulho?" Mudo de assunto, pois sei que ela está brincando, mas não quero pensar sobre como o tesão entre mim e Noah tem aumentado.
Lógico que meu companheiro não questionou nada sobre meu pedido, apenas nos direcionou para a parte dos fundos da casa, onde haviam cadeiras e mesas e alguns casais se pegando.
Há quatro cadeiras e somos cinco pessoas, eu olho para os lados tentando encontrar alguma sobrando, mas as mãos de Noah me puxam para sentar em seu colo. Um gesto tão intimo, na frente de tantas pessoas, me deixa um pouco envergonhada.
Ari senta no meio de Greg e Nix, os dois estão claramente nervosos, claramente nunca estiveram nessa posição com uma garota.
Noah está plenamente confortável, ele faz movimentos circulares com as pontas dos dedos em minhas costas, meu corpo relaxa com seu toque, mas minha buceta está tensa. Eles falam sobre futebol, até mesmo Ari impressiona com o quanto ela entende do assunto. Ela não poupa elogios, mas também é exigente quando critica as falhas deles em campo.
Eu sorrio para os olhares sonhadores dos amigos de Noah, os dois olham para ela com admiração.
Os dois.
Como seria ter apenas dois companheiros?
Será que é mais fácil quando são dois e eles claramente querem você?
Eu me remexo no colo de Noah, um pouco angustiada, eu odeio o quanto me afeta o fato de eu não ter o mesmo.
Nate e Shade são estoicos demais para demonstrar algum sentimento, Ace e Tristan me odeiam demais, mas Noah está aqui, beijando meu rosto e e roçando seu nariz em meu pescoço, enquanto me cheira. As vezes ele parece um viciado, mas não me incomodo, pois sou vicada em seu cheiro também.
Estou tentando ignorar sua ereção contra minha bunda, suas mãos me seguram e deslizam das minhas costas, até minhas coxas nuas, causando uma agonia sem fim. A eletricidade que passa entre nossos corpos, faz minha pele chamejar por mais.
Minhas bochechas estão ruborizadas, meu corpo começa a suar, nunca estive tão ansiosa para ficar sós com alguém.
Quando os dedos de Noah se tornam mais ousados e começam a subir a saia do meu vestido preto, eu olho para o seu rosto, mas ele continua concentrado na conversa entre nossos amigos, não demonstrando sinal algum que está sendo afetado pelo desejo.
Ele sorri e fala de forma descontraída, não parecendo que estou a ponto de montar seu pau em frente a todos.
Esse olhar inocente dele, me deixa mais excitada ainda. Ele é o menino de ouro, o garoto certinho, não o cara que está provocando uma garota sexualmente, enquanto sorri casualmente para seus amigos.
" Alguma coisa errada, Meg?" Ari pergunta completamente alheia ao que está acontecendo, mas seus dois vínculos percebem na hora em que olham meu rosto.
Os olhos de Greg ficam arregalados e Nix sorri divertido.
" Por que teria algo errado?" eu consigo manter minha voz firme.
" Você parece vermelha demais..."
" Ari vamos dançar!" Nix salta da sua cadeira, sem dar espaço para Ari recusar. Ela me lança um último olhar preocupado, mas segue Nix para dentro.
Greg limpa a garganta e diz que vai buscar outra bebida, ele caminha rápido, como se estivesse fugindo de um lugar em chamas.
Os lábios de Noah tocam meu pescoço e não consigo controlar meus quadris. Eu pressiono minha bunda contra seu pau e suspiro pesadamente. Seu corpo é firme, mas suave, como se eu pudesse levantar a qualquer momento se quisesse.
Mas eu não consigo. Ou não quero.
" Pare com isso." Se meu objetivo era pará-lo, falhei miseravelmente, pois saiu nada mais que um gemido.
" Parar com o que?" sua voz sai mais rouca que o costume, como se ele estivesse tentando se controlar também.
Eu fico imóvel quando seus dedos ousados chegam até a minha calcinha, basta um toque para ele saber, que estou perdida.
O medo de sermos vistos nessa posição me deixa mais excitada ainda, há algumas pessoas pelo jardim, mas elas estão muito focadas em suas próprias conversas.
" Sua pele é tão macia, estou louco para saber se sua buceta é tão suave quanto." ele sussurra em meu ouvido e depois lambe o mesmo local que tocou naquela vez que eu estava no colo de Shade.
Noah parece aguardar a minha interrupção, mas ela nunca vem, minhas pernas se abrem um pouco para dar mais acesso a ele. Quando seus dedos se enfiam por baixo da minha calcinha, encontram minha buceta mais que pronta.
Primeiro ele toca levemente em minha abertura molhada, arrastando a umidade até meu clitóris. Seus dedos fazem movimentos circulares, lento, demorado, tomando seu tempo, como se não estivéssemos em um lugar público.
Os sons de risadas me fazem fechar as pernas instantaneamente, mas Noah mantém suas mãos firmes em seu trabalho pecaminoso.
" Noah, alguém pode estar olhando..."
Ele me silencia com um beijo, sua boca toma a minha sem a suavidade de antes. Há uma necessidade na forma que sua língua duela com a minha, seu gosto é tão bom quanto eu me lembro. Meus mamilos ficam doloridos contra o sutiã, querendo a mesma atenção que minha boca e buceta.
" Vamos para casa." ele fala após morder meus lábios inferiores, deixando-os inchados.
Estou tão excitada e dominada pela necessidade de tê-lo, que não digo nada quando ele me arrasta até o carro.
Agradeço por termos decidido deixar a moto hoje a noite.
Quero dizer, eu ter decidido.
Noah abre a porta do SUV e espera eu entrar, depois de fechar a porta, ele se encaminha para o lado do motorista.
A tensão dentro do carro é palpável, minha respiração ofegante é o único som que escutamos, além da música alta no fundo. Noah olha para frente pensativo, depois vira para mim. Sua máscara sorridente se foi, agora um homem faminto me encara.
Seus lábios estão vermelhos após nosso beijo violento, ele também está corado, estou louca para sentir seus lábios macios novamente. Passo minha língua em meus lábios, pensando na ideia de sentir seu gosto.
Seus olhos brilham, algo selvagem passa por eles, tenho certeza que aquilo não era apenas Noah.
" Foda-se." Ele agarra meu pescoço e puxa meus lábios contra os seus, sua língua explora cada canto da minha boca, suas mãos descem pelo meu corpo, me apalpando, como se quisesse ter certeza de que isso fosse real, não apenas um sonho.
Eu não fico para trás dessa vez, minhas mãos percorrem seu tórax, descendo até seu abdômen definido, sentindo seus músculos por cima das suas roupas, então decido abrir sua jaqueta e me enfiar por debaixo da sua camiseta. Seu corpo está quente e firme.
Não me contento com isso, eu preciso saber como ele se sente mais para baixo, aquela protuberância em suas calças...
Me atrapalho um pouco com seu cinto, mas ele me ajuda, sem deixar de me beijar, desço o zíper da sua calça desajeitadamente, minhas mãos tocam seu pau ainda preso pela boxer, ele está duro feito uma rocha.
Nunca toquei em um homem assim antes. Eu preciso tocá-lo mais, mas sou impedida quando ele segura minhas mãos e se afasta um pouco.
" Você precisa parar se não quer seguir com isso..." Seus olhos estão fechados e sua testa está encostada na minha. " Eu não vou conseguir impedir, não dessa vez."
Não é apenas questão de querer, simplesmente eu preciso dele. Eu preciso do seu contato, do seu corpo, do seu carinho, da sua compreensão, da sua cama, do seu pau dentro de mim...
Eu preciso de Noah.
Noah precisa de mim.