Scaban [Completo]

By belyny

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[História concluída] [Não revisada] Se minha vida é miserável? Bom, tire suas próprias conclusões, mas eu me... More

Sinopse.
Prólogo.
Capítulo 1 - Um Sonho Quase Real.
Capitulo 2 - O Que Diabos tem de Errado Com Scaban?
Capítulo 3 - Correndo.
Capítulo 4 - Ele Estava Lá.
Capítulo 5 - A lenda de Salen. Parte I
Capítulo 6 - Isso carbonize meu esquecimento!
Capítulo 7 - A lenda de Salen. Parte II
Capítulo 8 - Bem vinda ao paraíso dos bastardos. Parte II.
Extra: Mapa de Scaban.
Capítulo 9 - Entendedores não entenderão.
Capítulo 10 - A lenda de Salen. Parte III.
Capítulo 11 - A doce voz do cupido.
Capítulo 12 - A lenda de Salen. Parte IV.
Capítulo 13 - Emanando questionamentos. Parte I.
Capítulo 13 - Emanando questionamentos. Parte II.
Capítulo 14 - Um A qualquer.
Capítulo 15 - A lenda de Salen. Parte V.
Capitulo 16 - Entre um pouco tome um chá.
Capítulo 17 - A lenda de Salen. Parte VI.
Aviso: Novaris - Arena de Fumaça.
Capítulo 18 - A de Amélia B de Bruxos C de Conspiração. Parte I.
Capítulo 18 - A de Amelia B de Bruxos C de Conspiração. Parte II.
Capítulo 19 - Doce Lenna. (Ravi)
Capítulo 20 - A Lenda de Salen. Parte Final.
Capítulo 21 - O peso de três vidas. Parte I.
Capítulo 21 - O peso de três vidas. Parte II.
Capítulo 22 - Meu azul favorito. (Hayley e Ravi).
Capítulo 23 - Um despertar banal.
Capítulo 24 - Passar bem, príncipe.
Bônus: Especial de Natal.
Capítulo 25 - Você e seu pé 103.
Capítulo 26 - Nosso laranja de cada dia. Parte I.
Capítulo 26 - Nosso laranja de cada dia. Parte II. (Hayley e Ravi)
Capítulo 27 - Oh...céus! Mãe?
Capítulo 28 - Hayley Hayny. (Hayley e Ravi)
Capítulo 29 - O sacrificio. (Hayley e Ravi)
Capítulo 30 - Deu tudo muito errado.
Capítulo 31 - O jeito é procurar em Matri. (Hayley e Amélia).
Capítulo 32 - Você soca como uma moça, Hayley.
Capítulo 33 - Em Scaban as coisas são ácidas. Parte I.
Capítulo 33 - Em Scaban as coisas são ácidas. Parte II.
Aviso Especial: #ScabanTodoDia.
Bônus: #ScabanTododia - 01.
Bônus: #ScabanTodoDia - 02
Bônus: #ScabanTodoDia - 03.
Capítulo 34 - Eu só queria sumir. (#ScabanTodoDia - 04)
Bônus: #ScabanTodoDia - 05.
Bônus: #ScabanTodoDia - 06.
Capítulo 35 - Eu não sou feita de vidro. Parte I. (#ScabanTodoDia - 07)
Capítulo 35 - Eu não sou feita de vidro. Parte II. (Hayley e Amélia).
Capítulo 36 - Plano E de Emergência.
Capítulo 37 - Troxs.
Capítulo 38 - O assassinato no lago encantado.
Capítulo 39 - Bruxa do Coração de Pedra.
Capítulo Bônus.
Capítulo 40 - Drago.
Capítulo 41 - Está na hora de voltar pra casa.
Capítulo 42 - Alberg é um covarde.
Capítulo 43 - Sem mais delongas.
Capítulo 44 - Amélia vai lutar.
Capítulo 45 - Salen e...Amélia?
Capítulo 46 - Um dia...talvez dois.
Capítulo 47 - A Batalha Final.
Capítulo 48 - Rumo ao Mundo Real. (Ravi)
Capítulo 49 - Muito chapado. Parte I.
Capítulo 49 - Muito Chapado. Parte II.
Aviso: Leiam, por Favor!! PRINCIPALMENTE QUEM ESTÁ NO COMEÇO DE SCABAN.
Capítulo 50 - O pacto final.
Agradecimentos.
Epílogo.
Perguntas e Respostas.
Livro novo!!

Capítulo 8 - Bem vinda ao paraíso dos bastardos. Parte I.

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By belyny

Caminhamos a noite inteira, sem descansar nenhum segundo. Admito que não havia sido preparada para aquele tipo de situação e juro que Ravi estava fazendo de propósito. Ele queria me fazer desistir e admitir que não aguentaria segui-lo, mas garanto que isso ele não tiraria de mim.

O dia estava clareando e eu estava sedenta e aspirando loucamente por um tempo de descanso. Durante o caminho passamos por um riacho e bebemos um pouco de água, porém, agora sofríamos com a falta dela. Não tínhamos nada para armazená-la e o pouco que foi ingerido já foi liberado com o nosso suor.

Ravi caminhava um pouco a minha frente. Ele havia tentado me ajudar, cedendo seus sapatos para mim, porém, ficaram muito grandes e de nada serviram. Optei então por continuar descalça, muito agradecida pelo seu gesto zeloso.

Estávamos indo para Aggy. Me lembro de ser orientada a ir exatamente para lá, e eu disse isso para Ravi, que assentiu, afirmando: "se existir uma resposta, encontraremos lá, com certeza.", eu perguntei então quem habitava Ally e ele me disse que duendes. Eu ri. Mas ele não.

Duendes, sério isso?

Ainda não entendi como funcionava Scaban, se era como se fosse um país e seus vários estados ou se era um mundo com seus distintos países. Ravi não soube me responder, disse apenas que era uma ilha, habitada por diversos tipos de criaturas, de duendes a gigantes, e eu só fiz caçoar daquilo tudo.

Esses tipos de criaturas não são a minha praia.

Já fazia tempo que caminhávamos por lugares íngremes, ou seja, estávamos subindo, lentamente. Minha respiração já estava ofegante e faltava pouco para eu deixar meu orgulho de lado e implorar por uma parada. Mas, antes que minha resistência me abandonasse, chegamos ao que parecia ser o topo, e agora caminhávamos normalmente.

- Ravi. - o chamei, e ele virou a cabeça em minha direção. Percebi que sua camiseta estava um pouco desabotoada e as mangas estavam dobradas. Seu cabelo estava bagunçado e suas bochechas rosadas. Sorri ao vê-lo daquele jeito e não entendi o porquê. Ele só estava uma graça dessa forma. Parecia quase vulnerável...

- Oi? - ele disse, em resposta e eu me assustei. O que eu ia dizer mesmo?

- Falta muito? - perguntei, após pensar um pouco e relembrar o que queria ter dito. Nossa, o que tinha acontecido ali?

- Não, na verdade, já chegamos. - ele sorriu e parou subitamente, juntei as sobrancelhas e continuei a caminhar até parar ao seu lado.

Tudo que sobe, desce.

Estávamos no topo de uma pequena montanha. Logo abaixo de nós havia grama e uma pequena vegetação, pareciam flores. Flores vermelhas. Enfeitavam todo o caminho até, pelo que parecia, a grama verdinha terminar. Sorri com tamanha beleza.

O sol esquentava minha cabeça, mas a grama de certa forma, acariciava meus pés. Um vento fresco batia no meu rosto e fazia meu vestido voar todo atrás de mim. Continuei olhando para frente e percebi algo diferente logo após o término das flores. Um muro? Parecia um muro. Juntei as pálpebras para tentar enxergar melhor e tapei o sol com uma das mãos. Definitivamente era um muro. Não consegui porém, deduzir o tamanho da construção, pois estávamos longe.

O muro começava logo depois que o tapete de flores terminava, e eu achava estranho o fato de depois dele, tudo parecer perder a cor. Depois do muro, não havia mais grama, apenas um caminho de terra comprido, que se estendia um pouco e subia por mais uma montanha. Mais uma montanha, mas essa, por sua vez, não era encoberta por vegetação, mas era vermelha escura, quase marrom, cor de terra.

Mais uma montanha, pelada dessa vez... Torci para não termos que escalá-la também.

- Vamos? - perguntou Ravi, me tirando de meus pensamentos e eu o encarei.

- Vamos para onde? - respondi com outra pergunta e ele apontou para o horizonte.

- Vamos para lá.

- Você disse que tínhamos chegado. - resmunguei e ele gargalhou.

- E nós chegamos, Hayley. Bem vinda a Finex. - Finex?

- Não íamos para Aggy? - ele caminhou na minha frente, descendo de forma suave a montanha e eu fiz o mesmo. Ravi continuou a falar assim que eu o alcancei.

- Para chegar em Aggy, temos que passar por Finex. - continuou andando, desviando de pedras e folhas que estavam na grama.

- Mas... - quase tropecei em uma pedra e comecei a falar olhando para o chão. - ...por que?

- Porque é caminho Hayley. - fez uma pausa e pareceu pensar. - Preciso te mostrar um mapa. - concluiu por fim, e eu assenti.

- Você acha? - ele não respondeu, apenas continuou andando, mas eu não desisti de continuar a falar.

- Por que tem um muro ali?

- Porque estamos na fronteira. - disse, como se fosse a coisa mais óbvia.

- E por que depois do muro não há grama?

- Porque foi queimada.

- Por que? - continuei a perguntar e ele não se opôs a responder.

- Porque em Finex as pessoas são loucas.

- Pessoas? Em Finex não vivem seres? - encarei o topo da sua cabeça e tropecei mais uma vez. Autch! Olha por onde anda, Hayley.

- Mais ou menos. - respondeu e eu fiquei esperando por mais. Por que ele cisma em dar respostas curtas?

- Mais ou menos?

- Você vai entender. - mais uma resposta curta. Deixei pra lá e pulei para próxima a pergunta.

- Mas Ravi... por que não há grama?

- Porque as pessoas queimaram, oras.

- Mas por que? - ele bufou, sem paciência.

- Eles queimaram como protesto. Mas não funcionou. Foi a toa. Tudo que eles fazem é atoa. - riu. - eles são loucos, não brinco quando falo isso.

- Quem governa esse reino? - perguntei e percebi que a quantidade de obstáculos no caminho tinha diminuído, então me permiti olhar para frente, apenas para perceber que estávamos muito perto do final da descida.

- Não tem governante.

- Está explicado então, tamanha desordem. - conclui e ele riu.

- Como você sabe que é desorganizado? Nem deu uma chance para o lugar. - percebi que ele estava brincado mas não entendi aonde queria chegar e eu não sabia como responder aquilo.

- São desorganizados mentalmente. Quem queima grama como protesto? - ri. - isso é um pouco idiota. - Ravi gargalhou e eu não entendi o motivo de tanta graça, mas resolvi acompanhá-lo, apenas para não ficar sem graça.

- Hayley, fico feliz que partilhe os mesmos pensamentos que eu. - sorri, tentando caminhar rápido para alcançá-lo. Estávamos quase no final.

- Você é um homem inteligente, Ravi. - disse, e depois me arrependi. O quão idiota foi isso? O que estava acontecendo comigo hoje?

- Você está dando em cima de mim, Hayley? - disse, brincando e eu gargalhei ironicamente.

- Não se ache demais não, ex príncipe. Sou boa demais para o seu bico. - estava brincando também, obviamente, e ele, em resposta, apenas levantou os braços, como se estivesse se rendendo e eu gargalhei.
Palhaço.

Finalmente chegamos no final da descida, chegamos nas flores. Elas eram altas e volumosas. Me senti mergulhada de alguma forma em um oceano vegetal, se é que isso faz sentido. O tapete floral ia até minha cintura e eu caminhava tocando nas flores. Senti dó em pisar nas pobrezinhas mas não tínhamos mais por onde passar. Ou era ali, ou teríamos que voltar.

Enxergava o muro a minha frente. Era feito de pedra, e era alto. Mais alto que eu, com certeza.

Esqueci um pouco das flores e andei observando aquela construção. As pedras empilhadas umas em cima das outras percorriam extensões invisíveis ao olhar, sumiam no horizonte. Soltei um "uau" involuntário e chamei a atenção de Ravi, que caminhava na minha frente. Ele, por sua vez, parou e se abaixou, puxando delicadamente uma flor vermelha do solo e levando-a até mim, estendendo a mão e me entregando. Sorri, sem graça.

- Obrigada. - foi tudo que consegui responder. Ele sorriu em resposta.

- Combina com a cor do seu rosto, aliás, esse vermelho sangue fica bem em você. - piscou, zombando, e riu de mim. Droga! Devia estar vermelha. Senti vergonha, mas tentei amenizar minha situação.

- Idiota. - disse, dando um soquinho leve em seu ombro, e Ravi, por sua vez, riu. Ficamos em silêncio por um tempo, até que ele resolveu voltar a andar e eu o segui.

Acariciei a flor na minha mão e sorri. Ravi conseguia ser fofo quando queria. Não sabia se aquilo era bom ou não. Confiei nele rápido demais. Isso me incomodava as vezes. Não o conhecia afinal, mas sentia como já nos conhecêssemos, de verdade. Não era do tipo "somos almas gêmeas", mas sim do tipo "lembro de ver seu rosto em algum lugar". Mas em que lugar? Eu nunca me lembro de ter passado férias em Scaban, e o rosto de Ravi não era coisa comum de se ver.

Sinto que já o conheço. É estranho, mas é verdade.

Continuamos caminhando quando as flores finalmente acabaram e chegamos no tão esperado muro. Encarei a grande parede na minha frente e percebi que ela não era só maior do que eu, ela devia ter o triplo do meu tamanho, isso sim.

- Nós vamos pular? - perguntei ingênua, e Ravi negou, sorrindo.

- Não, tem um caminho alternativo... - se virou e andou, mas parou subitamente e olhou para o muro, depois para mim, confuso, completando logo depois. - ...mas...me diga exatamente como você pretendia pular isso?

Ele tinha razão. Era bem alto. Um alto não "pulavel". Não sabia o que responder, queria ser engraçada apenas para não perder a pose, mas nenhuma resposta me veio à cabeça. Por isso, apenas fiz uma careta e continuei a andar, passando por Ravi, e esbarrando de propósito no seu ombro. Ele veio atrás de mim.

A grama começou a acabar e meus pés sentiram. Que saudade eu sentia de usar sapato, que saudade da calça jeans...

Meus pensamentos foram interrompidos quando eu percebi um acúmulo de pedaços de pedra e areia na minha frente.

Continuei a andar mais rápido, desconfiada. Queria saber o motivo daquele entulho. O muro tinha caído?

Deduzi certo.

Uma parte grande do muro estava despedaçada no chão. Restos e entulhos cobriam grande parte da grama, e um buraco, provavelmente proveniente do desmoronamento das pedras, estampava um curto pedaço da barreira.

- O que isso? - perguntei a Ravi quando ele chegou ao meu lado. Me referia ao buraco no muro.

- Como eu disse, loucos. - passou por mim e subiu nos entulhos, passando facilmente para o outro lado do muro.

Não o acompanhei de primeira. Fiquei fitando aquela cena por alguns minutos antes de criar coragem para pular buraco adentro. Parecia um cenário de guerra. Parecia que uma bomba havia derrubado o muro.

Finalmente resolvi seguir as ações de Ravi, subi então nós entulhos, que machucaram meus pés, e me apoiei nas paredes ainda firmes do muro, pulando para o outro lado. Foi uma queda rápida, pois o buraco percorria quase toda a altura do muro, deixando-o quase pequeno. Não caí em pé e Ravi me ajudou a levantar. Olhei então para trás e dei uma outra reparada no estrago. Lembrei então o que Ravi havia dito sobre "fronteira". De que adiantava ter um muro alto se um buraco acaba com toda a impossibilidade de avanço por ele?

Assim que me estabeleci de pé novamente, olhei para os lados. Não tinha nada. Apenas areia vermelha. A minha frente havia uma montanha, a mesma montanha pelada que eu já havia reparado antes. Me senti em um campo de batalha. Me sentia no meio de um apocalipse, em um deserto...não sei.

Parecia o fim do mundo, mas era apenas Finex.

- Ravi, o que aconteceu com esse lugar? - perguntei, ainda perplexa com a precariedade de tudo aquilo. Não havia nada verde. Tudo era vermelho, em consequência da terra. A única construção visível era o muro, que também tinha um buraco.

- Guerras, protestos...

- Guerras e protestos por que? - o interrompi, sem encara-lo. Ainda fitava o local com cuidado.

- Aqui é o lixão de Scaban, Hayley. - não entendi o que ele queria dizer com aquilo.

- Seja mais claro, por obséquio. - pedi, ansiosa para a sua resposta.

- Humanos falidos, experimentos que deram errado, doentes, bandidos. Todos são jogados aqui. - senti que estava de boca aberta.

- Isso é desumano. - ele concordou.

- Essa palavra não existe aqui, Hayley. Eles tratam pesos mortos dessa forma. Eles descartam o que não lhes serve mais.

- Você fala eles, como se não fizesse parte desse mundo. - disse. Ventava fraco aqui, mas o suficiente para levantar areia. Encarei Ravi, que parecia pensativo depois da minha afirmação. O clima ficou pesado de repente e eu me arrependi de ter dito aquilo.

- Às vezes acho que não sou daqui mesmo... - ele, que antes olhava para mim desviou o olhar para a montanha a nossa frente. - ...eu só, não queria ser de Scaban. - finalizou.

Fiquei em silêncio por um tempo, tentando processar o que ele havia dito. Ele realmente não combinava nada com esse lugar, mas o que eu sabia? Tinha chegado aqui faziam apenas 2 dias...

- Vamos? - Ravi disse, quebrando o silêncio, e eu assenti.

- Vamos ter que subir essa montanha? - perguntei, desanimada, em uma tentativa de desviar o assunto para uma coisa leve novamente, olhando para o topo e rezando para que essa montanha se parta ao meio.

- Não. Céus! Como você é preguiçosa! - disse, brincando. - por aqui, também tem um caminho alternativo. - missão cumprida! Ele estava brincando de novo.

- Eu já falei que adoro esses caminhos? - disse, caminhando atrás de Ravi, mais uma vez.

- Eu também adoro. - percebi que estava sorrindo, então também sorri.

---

Subimos sim um pedaço da montanha, mas um pedaço curto, para a minha alegria.

Enquanto subíamos ficamos em silêncio, não tínhamos mais o que dizer, nossos assuntos eram meio escassos, em consequência da pouco convivência que tivemos. Mas eu acho que estávamos bem íntimos para pessoas que só se conhecem a 1 dia, praticamente.

Subia sem entusiasmo algum quando advinha...um buraco enorme formava um túnel bem no meio da montanha. Mas ele não era um buraco curto que nem o anterior, ele era comprido, um túnel, basicamente.

- Que diabos? - disse, e Ravi sorriu com a minha reação.

- Eu sei o que você está pensando... - me ajudou a dar o último passo da subida e completou. - ...por que tem um buraco aqui?

Eu realmente estava pensando naquilo...então aguardei a sua explicação.

- Não é porque são rebeldes que eles têm o condicionamento físico necessário para escalar essa montanha centenas de vezes. - andou até o buraco e se apoiou em uma das paredes. - bem mais simples... - riu. - ...a preguiça tem seu lado bom. - concordei.

- Eu amo esses rebeldes. - disse, em meio a um suspiro de alívio e Ravi gargalhou.

- Guarde essas palavras para depois, mocinha, se depois do que a gente enfrentar você continuar com esse amor, tiro meu chapéu para você. - depois de dizer isso, fez um gesto para que eu o seguisse, e me esperou chegar ao seu lado para entrar de vez na escuridão que era aquele túnel-buraco. Eu fiquei um tempo rindo de suas palavras, e logo depois o segui, escuridão adentro.

---

Finalmente eu vi a luz no fim do túnel, literalmente. E aquilo me encheu de alegria.

Eu estava me corroendo por dentro para saber o que me esperava em Finex. Precisava ver o que diabos aquele lugar era. Com o que se parecia...

Apertei o passo, então, dessa forma chegaria ao fim do túnel mais rápido e aquilo era o que eu mais queria.

Meus passos eram rápidos e ritmados. Ravi chegou primeiro na luz e seus cabelos escuros brilharam com a claridade. Ele tampou o sol com a mão e se virou para mim, sorrindo.

Cheguei perto dele e esperei meus olhos se acostumarem mais uma vez com a claridade. Quando eles o fizeram eu encarei aquela imensidão ao meu redor.

- Bem vinda ao paraíso dos bastardos. - foi só que Ravi disse antes que eu pudesse encarar o que tinha na minha frente.

***

Oi!

Como estão meus leitores favoritos? Espero que estejam todos bem!

Esse capítulo ficou bem curto e parado mas a chegada a Finex não podia deixar de ser retratada em seus mínimos detalhes, e garanto que a parte II vai deixar vocês bem animadinhos!

É isso gente, hoje estou sem assunto, apenas quero deixar registrado que estou muito feliz com os novos leitores! Muito obrigada gente, por cada votinho e por cada elogio!!

Então é isso gente (repetindo kkk), espero que tenham gostado do capítulo, mesmo ele sendo monótono.

Não esqueçam de comentar o que acharam e de clicar com bastante vontade na estrelinha.

Até o próximo capítulo, byeee!

Um beijo grande, Bely!

PS: desculpa ficar "alterando" esse capítulo o tempo todo, mas é porque a mídia estava tendo problemas para entrar kkk.

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