stop your crying, baby ও l.s

By parishouis

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Louis faz barulho à noite, gostaria de poder evitar. Harry odeia barulho à noite, gostaria de nunca ter recl... More

𓂅 1.
𓂅 2.
𓂅 3.
𓂅 4.
𓂅 5.
𓂅 6.
𓂅 7.
𓂅 8.
𓂅 9.
𓂅 10.
𓂅 11.
𓂅 12.
𓂅 13.
𓂅 14.
𓂅 15.
𓂅 16.
𓂅 17.
𓂅 18.
𓂅 19.
𓂅 20.
𓂅 21.
𓂅 22.
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𓂅 26.
𓂅 27.
𓂅 28.
𓂅 29.
𓂅 30.
𓂅 31.
𓂅 32.
𓂅 33.
𓂅 35.
𓂅 36.
𓂅 37.
𓂅 Final
𓂅 Epílogo
Extra (1/2)
Extra (2/2)

𓂅 34.

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By parishouis

— Meu amor, cheguei!

Tirando as botas estilo militar que costuma usar para trabalhar e colocando-as na sacola típica ao lado da porta para não manchar, como sempre faz, inconscientemente espera que seu ômega lhe responda de longe.

O quê não acontece.

Franze a testa um pouco, mas assume que Louis está em seu quarto ou no banheiro, então vai até a cozinha para beber rapidamente um copo d'água. Maio invadiu a cidade e após vestir uma roupa pesada de bombeiro duas vezes naquele dia, seu corpo está implorando por um pouco de hidratação.

Ainda com o copo na mão, vai para a sala com a ideia de finalmente encontrar o seu par e relaxar com ele depois de um árduo e longo dia de trabalho. Suspira emocionado com a simples ideia de sentir novamente o seu perfume favorito no mundo.

O sorriso pelo pensamento cai no momento em que entra na sala.

O sorriso e o coração.

Não sabe como consegue não jogar o copo no chão ao ver seu ômega em pé sobre uma cadeira, com metade do corpo para fora da janela e limpando a parte externa do vidro. Tudo isso cantarolando uma música que soa em seus fones de ouvido.

Harry jura que está prestes a desmaiar.

Felizmente, seu alfa reage em pânico e o força a colocar rudemente o copo na mesa de centro da sala de estar e correr para Louis com o coração acelerado.

Ignora o grito de Louis enquanto o agarra pela cintura com os dois braços, tomando cuidado para não prensar a barriga já perceptível, fazendo seu nervosismo aumentar duzentos por cento.

— Harry! — Louis grita assim que o deixa no chão e o vira para verificar se está tudo bem. Sabe que todo o espaço deve cheirar a medo e preocupação de sua parte, mas agora tudo em que consegue pensar é na posição perigosa na qual o ômega estava.

— Louis, por que inventa essas coisas? — Pergunta, segurando seu rosto com as duas mãos, olhando em seus olhos exigentes, mas nunca escondendo o quão ruim passou.

— Por que invento o quê? — O ômega responde, irritado, tirando os fones de ouvido e franzindo a testa, não entendendo nada.

— Você estava prestes a cair! — O menor parece estar mais confuso do que nunca e começa a negar efusivamente.

— Claro que não! Eu só estava limpando, alfa. Você sabe como estava suja depois da chuva de alguns dias atrás? Eu não aguentei, tive que…

— Nem considere fazer uma coisa dessas de novo, ômega. — Sua voz fica mais séria quando interrompe o menor, que engole em seco, começando a analisar seu comportamento a julgar pelo olhar por cima do ombro em direção à janela.

— M-mas eu só…

— Se algo acontecer com você, Louis — Começa a falar, ainda segurando suas bochechas com delicadeza, mas com firmeza. — Se qualquer coisa acontecer, eu não sei o que faço, ômega. Quando te vi aí quase tive um ataque do coração. Você tem que ter mais cuidado, ainda mais quando está grávido de nossos filhotes.

Termina de falar angustiado, mas tudo piora quando os olhos azul-celeste de seu destinado começam a se encher de lágrimas sem aviso. Seu lobo agora está perturbado.

— D-desculpe, eu sou uma péssima mãe. E-eu…

— Ah, não, ômega. — Louis já colocou as mãos entre as suas para trazê-las aos olhos e solta toda a sua culpa, chorando incontrolavelmente.

Idiota, o que você estava pensando?

Ignorando seu lobo como de costume, engole em seco ao ver seu companheiro naquele estado e tira as mãos de seu rosto, puxando-o para si para que ele possa afundar em seu peito.

Como se fosse mágica, Louis aperta seus peitorais, abraçando seu tronco e inala profundamente seu cheiro, que está mais forte do que o normal quando chega do trabalho; fazendo-o relaxar enquanto beija sua cabeça e o segura com força.

— Minha vida, você não é uma mãe ruim. Você é a melhor mãe do mundo inteiro, eu prometo. Você cuida muito bem de todos os seus filhotes e eu te amo muito por isso. — O escutando respirar pesadamente em sua camisa, força sua audição para traduzir suas palavras.

— Você acha?

— Claro, ômega. Desculpe por reagir assim. — Pede sinceramente, puxando Louis para fora de seu esconderijo e levantando sua cabeça para olhar em seus olhos lacrimejantes. — Eu estava com muito medo, mas não deveria ter te culpado. Só quero que você fique bem e saudável, eu não suportaria te ver machucado.

— M-mas eu sempre fiz isso. Nada nunca aconteceu comigo. — Segurando um palavrão com a nova informação, respira fundo antes de falar novamente com um sorriso um tanto inquieto.

Aquele ômega vai matá-lo logo, logo, está claro para ele.

— Da próxima vez, vamos chamar alguém para fazer isso, ok? — Não se sente muito culpado quando solta um pouco de seus feromônios, fazendo seu ômega voltar a respirar feliz e concordar com a cabeça. — Promete ter muito cuidado, meu amor?

— Sim, alfa.

Beijando seus lábios docemente, seu lobo pode suspirar novamente ao perceber sua alma gêmea calma e feliz como sempre. Essa é a melhor recompensa e pela qual ele faria qualquer coisa, custe o que custar.

— Eu te amo muito, lindo. Muito mesmo.

— Eu te amo muito mais. — Percebendo a emoção em suas palavras, os dois sorriem em um novo beijo até que um som profundo os interrompe.

Os dois se separam surpresos. Louis morde o lábio e franze a testa, sem saber exatamente o que havia sido. 

Basta que se reproduza mais uma vez para que Harry sorria divertido, olhando para a barriga de Louis, que, embora esteja cheia de seus filhotes, parece não ter comido o suficiente a julgar pelo rugido intermitente.

— Você está com fome, meu amor? — Pergunta, quase rindo e acariciando sua barriga, prestes a levantar a camisa para tocar sua pele nua, mas Louis se afasta com os braços cruzados, as bochechas vermelhas de vergonha.

— Você está rindo de mim? — Sua voz soa trêmula, como se quisesse chorar, gritar e rir ao mesmo tempo.

Harry ainda tem problemas para lidar com suas mudanças de humor, que embora ache adorável, entra em pânico toda vez que não consegue dizer a coisa certa para agradar seu ômega.

Não quer que ele pense que não o entende ou que está sendo dramático. Louis sempre foi sensível e odeia pensar que poderia fazê-lo se sentir mal, invalidando qualquer um de seus sentimentos; com ou sem hormônios.

— Nunca, querido. Me desculpe se eu te chateei, não era minha intenção. — Fala suavemente, inclinando-se novamente e acariciando as bochechas de Louis com as duas mãos. — Você não tomou café?

Louis estica o lábio inferior e abaixa um pouco a cabeça. Harry faz o possível para não suspirar, sabendo a resposta.

— Eu esqueci. — Seus olhos se encontram novamente e as lágrimas estão prestes a derramar novamente. — Não fique bravo.

Um pequeno sorriso deixa seus lábios com a frase boba. Ele nunca poderia ficar bravo com o ômega, acha até que é fisicamente impossível.

— Então acho que teremos que levar nosso bebê ao seu restaurante favorito, certo? 

Os olhos de Louis brilham, porque embora Ethan adore o bufê de comida chinesa à vontade, ao ômega enlouquece.

— Podemos?

— Claro. Vamos pegar o lobinho na creche e ir comer, ok?

O menor acena com a cabeça efusivamente e se lança sobre ele, envolvendo seu torso e esfregando o rosto em seu peito.

Outra vez.

Uma risada amorosa sai de seu peito enquanto passa seus braços fortes pelos ombros do ômega, beijando sua cabeça com infinito carinho.

❀•❀

— Olá, boa tarde.

É a primeira coisa que diz quando chega à creche localizada a vários minutos de sua casa, por isso seu ômega ficou no carro, segurando a vontade de ir ao banheiro que acumulou nesses dez minutos de viagem.

— Alfa, se eu me mover, vai sair.

Revirando os olhos com um sorriso, acenou para seu precioso menino e beijou seus lábios, prometendo voltar logo.

— O-olá.

Uma ômega que atende a recepção do estabelecimento, fica um pouco travada ao falar quando ergue os olhos e o vê ali. Seus olhos castanhos percorrem seus braços tatuados e nus sobre a camisa azul clara de manga curta que Louis comprou para ele alguns dias atrás.

Ignora a estranha análise que a loira, provavelmente da sua idade, lhe faz e lembra que tem de se apressar.

— Vim buscar Ethan Tomlinson, sou o pai dele. — Ter que esclarecer isso o machuca um pouco, não é como se ele pudesse pegar seu bebê muitas vezes, mas em sua defesa, dirá ser sempre uma carinhosa vovó beta que o recebe naqueles poucos dias.

— O-oh, sim. — A ômega diz com um sorriso surpreso enquanto digita em seu computador. — Um momento, por favor. Tenho que dar uma olhada.

— Claro. Meu nome é Harry Styles. — Esclarece para poder comparar com o arquivo de Ethan, onde diz que ele é seu pai.

— Um nome lindo. — A garota responde sem olhar para ele, mordendo o lábio enquanto olha para a tela do computador. Franzindo a testa para seu comentário, ele encolhe os ombros, esperando até que a ômega termine seu trabalho. — Feito. Aqui está.

— Perfeito, quanto tempo vai demorar? — A aspereza que soa parece não incomodar a mulher, que suspira baixinho e se acomoda na cadeira para observá-lo, sorrindo.

— Já avisei minha colega, acho que só estavam fazendo uma atividade. Enquanto isso podemos conversar. — Harry não tem tempo de responder quando a ômega fala novamente. — Ethan é um menino maravilhoso.

Suas feições relaxam ao ouvir o elogio ao seu filhote e sorri um pouco sem perceber.

— Ele é o melhor filho do mundo, sem dúvida. Temos muito orgulho dele.

— Como não? Com um pai como você, é óbvio que esse bebê daria tão certo. A educação que dá a ele é admirável. — Fica tão banhado e feliz com os elogios, que não percebe haver algo mais no ambiente que cheira bastante forte.

— Muito obrigado, faço o que posso. Sem meu ômega não seríamos nada, de qualquer maneira. — Vendo a ômega se conter para não revirar os olhos, seu alfa o alerta que algo não está certo naquela conversa.

Ao se livrar de toda aquela lisonja, olha para baixo e percebe como a ômega havia alcançado seu antebraço apoiado no balcão, movendo sutilmente o dedo ao longo do caule da rosa ali tatuada.

Incapaz de reagir, seus olhos se arregalaram quando reconhece dois cheiros com uma respiração. Um muito enjoativo e outro pelo qual ele morreria toda a vida sem hesitar.

— Alfa. — Odiando o contato mais do que nunca, afasta o braço e vira a cabeça para olhar para seu precioso ômega grávido e avançando com um rosto que reflete o quão zangado está.

Merda.

— Meu amor…

— Você pode parar de marcar o meu alfa com o seu cheiro, por favor? — A loira arregala os olhos abruptamente e suas bochechas ficam extremamente vermelhas quando ela olha para a mão do ômega cobrindo sua barriga. — Isso não é bom para minha gravidez.

Com seu lobo choramingando sobre o estado de seu ômega, se aproxima do balcão novamente, com medo de que Louis pule sobre ele para arrancar os cabelos da loira.

— Ômega, calma, eu… — Ao colocar as mãos na cintura do menor, ele vira a cabeça para olhá-lo com os olhos semicerrados e a boca franzida de fúria.

— Vou me acalmar quando estiver com meu filhotinho. Vejo que você não estava muito focado nisso. — Seu coração se parte um pouco ao pensar que seu ômega acredita que a abordagem da loira foi algo que ele aceitou.

Droga, ele não havia notado nada.

Justamente quando quer falar, uma professora aparece na sala com seu filhotinho nos braços, deixando-o no chão quando ele começa a se mexer ao vê-los ali.

— Papais! — O menino tenta correr o mais rápido que pode, o que não é muito, e vai direto para ele com as mãos para cima, sendo o primeiro que vê. — Eeee!

— Lobinho. — Tenta sorrir, ainda afetado pela situação anterior e pega o filho para lhe dar um beijo no rosto e um abraço apertado. Ethan deixa, até se afastar com o cenho franzido.

— Ruim. — Diz o filho, franzindo o nariz. Ele inspira um pouco mais perto novamente e o olha de novo com os olhos arregalados e um beicinho que indica que o choro está vindo. — Não!

Com a alma angustiada, ele vê como o menino procura a mãe, que, embora ainda zangado, se aproxima deles para o bebê saltar de seus braços para os de Louis.

— Lobinho…

O menino mergulha o rosto no pescoço da mãe e soluça baixinho. Ao olhar para seu ômega com a tristeza estampada no rosto, este suspira profundamente e estende a mão para pegar a sua, indo novamente ao balcão.

— Este é o meu alfa. Nunca mais tente nada com ele, esteja eu aqui ou não. Estou grávido de dois de seus filhotes e temos um filho, que está magoado porque seu pai não cheira como ele ou a mim. Da próxima vez, falarei com o diretor.

— D-desculpe, perdoe-me, eu não sabia…

— Claro que sabia. E não muda nada. — Louis respira fundo e força a mão de Harry em volta de sua própria cintura, deixando sua grande palma cobrindo parte de sua barriga protuberante. Harry engole e beija a cabeça de Louis, tentando acalmá-lo. — Não deixe isso voltar a se repetir.

Não deixa ninguém replicar, ao seguir em frente com seu filhote abraçado ao pescoço e com ele pela mão.

Assim que estão do lado de fora, ele força Louis a parar por um momento e faz com que seus corpos se encarem. O ômega se recusa a olhá-lo, mas ele o obriga gentilmente, com as mãos no rosto.

— Ômega, me desculpe por isso. Me desculpe, eu não percebi o que estava acontecendo, mas por favor me diga que não acha que foi minha intenção que isso acontecesse.

Os olhos azuis que o enlouquecem o analisam até que o olhar gelado se desvanece, tornando-se empático e calmo.

Pode respirar novamente.

— Eu nunca duvidaria de você. Você sempre me mostrou que posso confiar e eu já disse que entendo a reação que tem em algumas pessoas. — Louis fecha os olhos enquanto sente seus polegares subindo e descendo pelas maçãs de seu rosto. — Eu não acho que meu comportamento foi o melhor.

— Minha vida, foi perfeito. — Louis ri, balançando a cabeça, com as bochechas coradas. Harry sorri vendo seu parceiro de bom humor. — Você disse a ela a pura verdade, não a desrespeitou e lidou com isso muito bem. Chega a ser o oposto e nem quero pensar no que eu faria com o alfa estúpido que se insinuasse para você.

— Você teria batido nele. — Harry ri novamente e beija os lábios de seu ômega docemente.

— Com certeza. — Dá de ombros e olha entre Louis e Ethan, que está assistindo à interação como se entendesse tudo. — Você pode me perdoar, meu bebê?

Ethan o olha com desconfiança e Louis parece reagir mal a isso.

— Amor, o papai não foi mau e você já gritou com ele. Se tratá-lo mal, ele fica triste. — Ethan olha para a mãe e se vira para olhá-lo, que sorri um pouco, querendo tê-lo nos braços novamente.

— Papai triste? — Ele diz com dificuldade, tropeçando um pouco. Louis acena com um beicinho e seu filho o olha novamente, estendendo as mãos. — Papai.

Com um grande sorriso, agarra seu bebê e o segura com força contra o peito, fazendo-o rir e deixando escapar o máximo que pode de seu próprio cheiro para mantê-lo confortável. Parece funcionar quando Ethan se acomoda em seu pescoço, fechando os olhos silenciosamente.

Louis olha para os dois com um sorriso e Harry sente que seu peito não cabe tanto amor.

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