𓂅 34.

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— Meu amor, cheguei!

Tirando as botas estilo militar que costuma usar para trabalhar e colocando-as na sacola típica ao lado da porta para não manchar, como sempre faz, inconscientemente espera que seu ômega lhe responda de longe.

O quê não acontece.

Franze a testa um pouco, mas assume que Louis está em seu quarto ou no banheiro, então vai até a cozinha para beber rapidamente um copo d'água. Maio invadiu a cidade e após vestir uma roupa pesada de bombeiro duas vezes naquele dia, seu corpo está implorando por um pouco de hidratação.

Ainda com o copo na mão, vai para a sala com a ideia de finalmente encontrar o seu par e relaxar com ele depois de um árduo e longo dia de trabalho. Suspira emocionado com a simples ideia de sentir novamente o seu perfume favorito no mundo.

O sorriso pelo pensamento cai no momento em que entra na sala.

O sorriso e o coração.

Não sabe como consegue não jogar o copo no chão ao ver seu ômega em pé sobre uma cadeira, com metade do corpo para fora da janela e limpando a parte externa do vidro. Tudo isso cantarolando uma música que soa em seus fones de ouvido.

Harry jura que está prestes a desmaiar.

Felizmente, seu alfa reage em pânico e o força a colocar rudemente o copo na mesa de centro da sala de estar e correr para Louis com o coração acelerado.

Ignora o grito de Louis enquanto o agarra pela cintura com os dois braços, tomando cuidado para não prensar a barriga já perceptível, fazendo seu nervosismo aumentar duzentos por cento.

— Harry! — Louis grita assim que o deixa no chão e o vira para verificar se está tudo bem. Sabe que todo o espaço deve cheirar a medo e preocupação de sua parte, mas agora tudo em que consegue pensar é na posição perigosa na qual o ômega estava.

— Louis, por que inventa essas coisas? — Pergunta, segurando seu rosto com as duas mãos, olhando em seus olhos exigentes, mas nunca escondendo o quão ruim passou.

— Por que invento o quê? — O ômega responde, irritado, tirando os fones de ouvido e franzindo a testa, não entendendo nada.

— Você estava prestes a cair! — O menor parece estar mais confuso do que nunca e começa a negar efusivamente.

— Claro que não! Eu só estava limpando, alfa. Você sabe como estava suja depois da chuva de alguns dias atrás? Eu não aguentei, tive que…

— Nem considere fazer uma coisa dessas de novo, ômega. — Sua voz fica mais séria quando interrompe o menor, que engole em seco, começando a analisar seu comportamento a julgar pelo olhar por cima do ombro em direção à janela.

— M-mas eu só…

— Se algo acontecer com você, Louis — Começa a falar, ainda segurando suas bochechas com delicadeza, mas com firmeza. — Se qualquer coisa acontecer, eu não sei o que faço, ômega. Quando te vi aí quase tive um ataque do coração. Você tem que ter mais cuidado, ainda mais quando está grávido de nossos filhotes.

Termina de falar angustiado, mas tudo piora quando os olhos azul-celeste de seu destinado começam a se encher de lágrimas sem aviso. Seu lobo agora está perturbado.

— D-desculpe, eu sou uma péssima mãe. E-eu…

— Ah, não, ômega. — Louis já colocou as mãos entre as suas para trazê-las aos olhos e solta toda a sua culpa, chorando incontrolavelmente.

Idiota, o que você estava pensando?

Ignorando seu lobo como de costume, engole em seco ao ver seu companheiro naquele estado e tira as mãos de seu rosto, puxando-o para si para que ele possa afundar em seu peito.

stop your crying, baby ও l.sOnde as histórias ganham vida. Descobre agora