— Louis!
Seu grito soa firme, mas não usa sua voz alfa. Também não soa como uma ordem, mas mais como uma súplica. A mão de Louis na maçaneta o faz reagir e retirar abruptamente o ômega reclinado em seu peito e igualmente surpreso com a chegada do outro.
— Harry, quem é...? — Nem sequer o escuta mais, enquanto se apressa para alcançar Louis antes que ele saia pela porta, observando como o ômega se afasta quando ele tenta se aproximar.
Não, por favor.
— Louis, eu... — Nunca teve problemas para falar, mas tem certeza de que vai entrar em pânico se não conseguir acalmar o ômega que continua a vê-lo com uma desconfiança que pensava ter superado.
— Sinto muito, eu não sabia que você estava com ele... — Louis olha para a direita, vendo como Tyler se pôs ao seu lado e fez um movimento para se apoiar em seu ombro. O rosto tão confuso quanto o de Louis.
— Vá embora, Tyler. — O beicinho do loiro não lhe causa nada.
— Mas nós íamos comer... — Harry balança a cabeça exasperado, olhando para Louis com o canto do olho, que beija a cabeça de seu bebê com o quão inquieto está.
— Você ia comer. Eu disse que não posso. — Acena para ele. — Vá agora, por favor. — Harry sabe que falar com ele um pouco mais suave é a única maneira de fazê-lo ouvir.
O mais novo dos ômegas acena com a cabeça baixa e se despede baixinho, saindo pela porta do ginásio.
— Você não precisava expulsá-lo. Se eu soubesse que você estava com seu ômega, eu não teria vindo.
— O quê? — Seu alfa rosna, indignado com a simples possibilidade. — Tyler não é meu ômega. — Louis balança a cabeça e sorri tristemente. Não quer vê-lo assim.
— Harry, você não tem que se explicar para mim. Resolva as coisas com... — Harry bufa irritado e esfrega os olhos. Louis parece entender isso como um ataque a ele e recua.
Porra, que difícil.
— Ele não é meu ômega. Eu não tenho nenhum ômega. — Ele se aproxima apenas para lhe dar mais confiança, mas Louis rejeita a mão em seu braço. Tem que fingir que não dói como um chute no estômago.
— Harry... — Louis balança a cabeça novamente e franze o nariz. — Você cheira m-muito a ele. Realmente não precisa esconder isso de mim. — Sua mandíbula aperta e ele dá uma profunda respiração, capturando o aroma de framboesa e creme mais intenso do que qualquer outro.
— Porra, eu... — Cheira a camisa e faz uma cara de nojo que desconcerta Louis. Ele realmente acredita que Tyler é seu ômega. Não quer que pense assim. — Ele é assim, é uma criança. Tem um capricho comigo e me procura mesmo sabendo que não estou interessado.
— Não está? — Ele suspira ao ver que Louis está mais receptivo.
— De jeito nenhum, acredite em mim. — Louis franze os lábios e o examina de cima a baixo procurando a mentira. Sua concentração o faz sorrir e revelar suas covinhas. Suspeita que Louis goste muito delas ou pelo menos as valorize, já que não as vê com frequência.
— Tudo bem. Mas não importaria.
— Eu me importo com o que você pensa de mim. Principalmente se for mentira. — Seu sorriso não desaparece ao observar o rubor do menor. Ele rapidamente fixa seus olhos nos do conhecido garotinho. — Como vai, filhotinho?
Sua mão alcança a bochecha do bebê e ele deixa cair o rosto nela. No entanto, Ethan franze o nariz como sua mãe antes e se afasta dele, enterrando o rosto no pescoço de Louis.
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stop your crying, baby ও l.s
FanfictionLouis faz barulho à noite, gostaria de poder evitar. Harry odeia barulho à noite, gostaria de nunca ter reclamado. Ou, onde Louis é um ômega solteiro com um bebê precioso que não consegue dormir bem porque está doente e Harry é um alfa mal-humorad...