Já havia anoitecido quando acordei. Seo Yul não estava em casa, um criado me disse que ele havia ido resolver umas coisas a Jinyowon. Minha mãe também não estava, assim como meu irmão e Bu-yeo. Sem contar com os criados, estava sozinha. Então aproveitei pra pegar numa espada artificial e treinar um pouco, mais lento, claramente, mas estava com saudades de o fazer. Após isso tomei um bom banho e comi uma bela refeição, seguida de uma leitura calma. Até minha mãe chegar.
Kim: MUNI, MUNI (grita animada. Sorrio com a sua animação assim que ela entra no meu quarto e se senta do meu lado.)
Muni: meu deus mãe, até parece que ficou rica, o que aconteceu?
Kim: foi mais ou menos isso. (Sorrio confusa.) se prepara para a notícia. (Assenti.) eu estou noiva. (Arregalo os meus olhos e levo as minhas mãos até a minha boca aberta.)
Muni: tá falando sério? (Ela assente rapidamente.) meu deus, parabéns mãe! (Me estico para a abraçar com força e ela retribui agradecendo.) finalmente Park Jin teve coragem de assumir algo sério. Estou muito feliz por vocês.
Kim: obrigada minha filha...fico feliz de ter esperado tanto tempo...valeu a pena. (Assenti.)
Muni: e valeu mesmo ein. Espero que seja um ótimo casamento, e grande.
Kim: vai me ajudar?
Muni: claro! Irei ajudar com tudo, não se preocupe.
___...___
Muni: onde esteve? (Pergunto assim que vejo Seo Yul atravessar a porta do seu quarto. Passei a noite em branco o esperando, e nada dele chegar. Passei o tempo todo nervosa, com medo do que poderia ter acontecido. Se não fosse Kim Do-joo, eu teria ido atrás dele.)
Yul: o que está fazendo aqui? (Levantei uma sobrancelha e ele repara.) desculpe. (Ele parecia cansado, não dormiu? Reviro os olhos.)
Muni: não me respondeu.
Yul: pedi pra te avisarem que estaria em Jinyowon.
Muni: porque demorou a noite toda? Eu fiquei te esperando.
Yul: não pedi pra que dissessem isso.
Muni: oi?
Yul: sim Muni, ninguém te pediu pra ficar a noite toda acordada me esperando, foi isso que eu disse. (Me levantei na força do ódio e me aproximei dele.)
Muni: o que estava fazendo em Jinyowon?
Yul: nada com que tenha que se preocupar.
Muni: pois, mas eu passei a noite preocupada, então vai me despreocupar agora.
Yul: só tive que ir ajudar numas coisas. Estou cansado, pode se retirar? (Ele estava tão frio...o que aconteceu? O analisei bem...ele estava mais pálido que o normal.)
Muni: você piorou? (Ele não responde e apenas se vira de costas. Eu pego em seu ombro e o viro pra mim.) Seo Yul, me responda, a sua doença não é brincadeira.
Yul: Muni, agora não, conversamos sobre isso depois, já pode se retirar?
Muni: me retirar? Ontem estava abraçado comigo, chorando e partilhando a minha dor, agora quer contribuir para a mesma? Uau, você é incrível Seo...hipocritamente incrível. (Saí de seu quarto e vou até o de Bu-yeon, eu iria descobrir o que aconteceu ontem. Ela e Jang Uk também haviam ido a Jinyowon, então, ela era a minha melhor escolha.) Bu-yeon, posso entrar? (Ouço um "sim" e entro) oi, bom dia (ela sorri.)
Bu-yeon: bom dia Muni, está tudo bem? (Me aprimoro dela.)
Muni: na verdade...não. Eu queria falar com você sobre a noite passada e Jinyowon. (Ela assente.) bom, você se encontrou com Seo Yul lá?
Bu-yeon: sim...a gente se encontrou.
Muni: poderia me dizer o que ele foi lá fazer? Eu iria perguntar pra ele, mas pelos vistos, ele está cansado e quer descansar. (Minto. Me sinto mal por estar lhe mentindo, mas é por um bem maior.)
Bu-yeon: ah, sim, ele foi pra salvar uma amiga, So-i o nome, talvez você conheça...? (O meu sorriso falso desaparece, dando lugar a um sentimento de ódio dentro de mim.)
Muni: ah, sim...conheço. E sabe me dizer onde ele passou a noite?
Bu-yeon: em Jeongjingak, cuidando dela. Ela estava muito mal, havia sido torturada por minha mãe, e ele foi ajudar...você não sabia? (Voltei a colocar o meu sorriso falso.)
Muni: não...ele já havia partido quando acordei ontem, fiz uma sesta na tarde passada, sabe como é, dormir por dois. (Ela sorri.)
Bu-yeon: bom, tenho a dizer que está fazendo muito bem pra energia do pequeno Min-ki.
Muni: espero que sim. Bom, vou deixar você em paz, obrigada por me contar.
Bu-yeon: de nada muni. (Te peguei Seo Yul.)
___...__
Muni: Yul, podemos conversar? (Ele passou o dia inteiro no seu quarto. A minha raiva já não estava tão presente, então era o momento perfeito para conversarmos. Quando não responde, abro a porta, porém, não vejo ninguém.) Yul? Seo Yul? (Vasculho o seu quarto, mas nada. Pergunto aos criados, e apenas um me disse que ele havia pedido para que eu não o procurasse, e que voltaria em breve, ele apenas precisava de um momento sozinho. Respeitei. No dia seguinte, fui a uma consulta com o Mestre Heo, e fui sozinha...ninguém estava por casa, todo mundo tem andado muito ocupado, em que poderia ajudar eu? Estava mais gravida que tudo, não poderia fazer nada...praticamente.)
Yeom: o seu bebé está bem, com muita energia, em ambos os sentidos. (Dou um sorriso.)
Muni: fico feliz em saber Mestre Heo, obrigada.
Yeom: que nada querida, fico feliz em poder examinar o seu bebé, é incrível saber que te vi crescer, e te verei a ter um filho...me sinto emocionado com você Muni.
Muni: e eu fico lisonjeada Mestre. (Me viro para ir trocar de roupa, mas sou travada por suas palavras)
Yeom: espera...posso dar uma palavrinha com você? (Me viro e assinto.) Seo Yul esteve aqui mais cedo. (Levantei as sobrancelhas intrigada. Veio finalmente falar com o Mestre Heo sobre a sua doença? Ganhou juízo?)
Muni: o que veio ele fazer aqui?
Yeom: veio me dizer que a sua colega já estava bem, e que já havia partido num barco...porém, não foi isso que me intrigou...ele não parecia muito bem Muni...ele me parecia um pouco...doente, sabe? Mas quando pedi para o analisar, ele disse que havia um lugar onde teria que estar, mas que depois passaria por aqui...o que eu duvido. Estou preocupado com ele...poderia dizer pra ele que é melhor vir a meu encontro? (Fico pensando um pouco. Ele se negou a ser analisado? O que ele pensa que está fazendo?)
Muni: claro...eu irei conversar com ele. (E irei mesmo. Fui até Jeongjingak, porém não o encontrei lá.) viu o senhor Seo Yul, ou Jang Uk? Ou a senhora Jin Bu-yeon?
Criado: o senhor Seo Yul saiu há pouco, a senhora Jin Bu-yeon está na biblioteca com o senhor Jang Uk. (Assenti e fui até lá apressada, entrando, encontrei os dois sentados numa mesa.)
Muni: viram o Yul? Preciso conversar com ele. A gente discutiu ontem de manhã, e nunca mais nos vimos, e realmente preciso tirar umas coisas a limpo.
Bu-yeon: você não sabe? (Franzi o cenho.) ele foi ajudar So-i...ela corre perigo de morte. Então...ele foi ajudá-la.
Muni: o-o que? Ele foi lutar? Não...não ele não pode, Uk, temos que o encontrar, você tem que o ajudar, por favor. (Coloquei de parte a discussão que tive com meu irmão, a vida de Uk estava em risco, e isso era muito mais importante de momento.)
Uk: é...a Bu-yeon acabou de me contar. Vamos acha-lo.
Muni: por favor. (Começamos a perguntar pra todo mundo onde ele poderia estar, e então um garoto nos disse, parece que ele era amigo de So-i e também nos procurava. Fomos o mais rápido possível até ao local, e assim que chegamos, damos de cara com uma cabana toda destruída, 5 homens desconhecidos, provavelmente, homens de Jin Mu, So-i num canto...provavelmente...morta. E então, os meus olhos bateram em Seo Yul. Ele estava sentado no chão com a cabeça pra baixo. Corri até ele e peguei em sua cabeça, o fazendo olhar pra mim.) Yul... (os seus olhos estavam vermelhos, e ele continha um corte no seu rosto.) meu deus, Yul, não. (Tentei dar minha energia colocando a minha outra mão em seu núcleo, mas com muito esforço, ele retirou a minha mão.) Yul, me deixa, por favor.
Yul: não...o bebé. Vocês precisam da energia...(ele dizia lentamente.) não desperdice energia.
Muni: Yul, por favor, não feche os olhos. (Encostei a sua cabeça em meu peito tentando arrumar uma posição mais confortável para ele.)
Yul: Muni...me perdoa...(e então, os seus olhos fecham.)
Muni: Yul! Yul, acorda. Não, por favor, acorda. (Mas ele não acordava. Eu não sabia o que fazer. Meu irmão travava uma batalha com todos os homens. E enquanto isso, o homem da minha vida, o pai do meu filho e meu marido morria em meus braços enquanto eu chorava desesperada.)