He Was Pride, I Was Just Me - Seo Yul/Jang Muni

.26.

A luz estava me fazendo confusão. Tento focar a minha visão e o meu primeiro instinto é olhar pra minha barriga. Estava tudo bem. Olho para os lados e vejo Seo Yul de costas pra mim, olhando pela janela.

Muni: Yul? (Ele se vira rapidamente e esboça um sorriso caminhando rápido até mim. Quando chega perto o suficiente, ele me abraça.)

Yul: graças a deus que você está bem! (Eu retribuo o abraço inalando o cheiro dele.)

Muni: posso dizer o mesmo. (Ele se afasta e suas mãos vão até minhas bochechas. Seo analisa todo o meu rosto e então, se aproxima colando os nossos lábios desesperado para os sentir. Também retribuo o beijo demorado, e quando ficamos sem ar, nos afastamos.)

Yul: me desculpa. Isso tudo aconteceu por culpa minha, me perdoa Muni. Quase perdemos o nosso bebé pela minha imprudência. Quase perdi você.

Muni: está tudo bem Yul...eu e o bebé estamos bem, não se preocupe. Como está se sentindo?

Yul: eu estou bem...está tudo normal. (Assento.) bom, você ficou dormindo 4 dias...eu acordei ontem e quando soube do seu estado, vim pra te dar energia. Pelo que o Mestre Lee me disse...(o corto.)

Muni: o Mestre Lee esteve cá?

Yul: sim, ele quis vir checar a gente os 3. Mas pelo que ele disse...você tem que se preparar. (O olho confusa.) a sua gravidez avançou. Você pode dar á luz a qualquer momento. (Os meus olhos se expandem.)

Muni: a qualquer momento? (Ele assente. E isso, me fez lembrar de algo.) pois é...(pego em sua mão.) temos que conversar. (Ele me olha apreensivo, porém, Kim Do-joo entra na sala com Uk e Bu-yeon, me proibindo de falar.)

Kim: minha filha. (Ela vem até mim e me abraça.)

Muni: oi mãe. (a abraço de volta. Ela se afasta, dando espaço para Uk se aproximar.)

Uk: como está se sentindo? (Pergunta após me dar um beijo na testa.)

Muni: eu estou bem! (Bu-yeon se aproxima e pega na minha mão.)

Bu-yeon: a sua energia está ótima. É como se nada tivesse acontecido. (Dou um sorriso.)

Muni: obrigada por checar pra mim. (Ela pisca o olhos.)

Bu-yeon: sempre que precisar senhora Seo.

Muni: muito obrigada senhora Jang. (Ambas damos risada. Ficámos todos conversando até o Mestre Lee e o Mestre Heo chegarem e fazerem uns exames em mim. Quando terminaram e disseram que eu estava bem e pronta pra ir pra casa, Dang-gu aparece e os mais velhos se retiram.)

Dang-gu: Muni! Soube que acordou. (Ele me abraça.) oi Yul. (Ambos se cumprimentam, provavelmente já haviam se encontrado no dia anterior.) como está se sentindo hoje?

Yul: está tudo bem, ainda não recuperei a minha torrente toda, mas o Mestre Lee disse que chegarei lá. (Park sorri para ele, e se vira pra mim, porém, o corto antes mesmo de falar.)

Muni: antes que pergunte, eu estou bem.

Dang-gu: não ia perguntar. Acho que você já teve que chegue dessas perguntas hoje. (Assenti rindo.) ham...podemos conversar? (Assenti novamente e olhei para Yul.)

Yul: irei conversar com o Mestre Lee. Dang-gu, depois a acompanha? (Ele assente.) ótimo, até então.

Muni: até...(ele se aproxima de mim e me beija na testa, e então, sai da sala.) vamos no jardim? O dia parece estar bonito. (Ele concorda e vamos até um banco do jardim, onde nos sentamos.)

Dang-gu: me desculpe...sabe, por não ter te contado sobre a Cho-yeon.

Muni: fiquei magoada, pensei que confiasse em mim. Poxa Dang-gu, eu te contei tudo o que vem acontecendo entre mim e Seo Yul...os beijos, as brigas, tudinho. (Ele olha pra baixo.)

Dang-gu: eu sei, me desculpe Muni...mas eu e Cho-yeon queríamos que fosse segredo por enquanto! Você sabe como foi difícil a gente se juntar da primeira vez...nós só queríamos que fosse tudo com mais calma dessa vez.

Muni: mais calma com um bebé? (Pergunto sarcástica.)

Dang-gu: é...isso daí foi um pequeno acidente.

Muni: pequeno por enquanto né? (A gente ri.) tudo bem, eu entendo você. Mas eai, como foi? Me conta tudo! (Ele sorri animado e começa a me contar. Passámos a tarde toda juntos, e depois de jantar com ele, Dang-gu me levou pra casa. Eu entrei e fui até meu quarto querendo descansar um pouco. Em cima da minha mesa vejo a carta de Seo Yul que havia retirado da Mna.Heo. Nunca tive oportunidade para a ler. Peguei a mesma e usei a minha energia para a abrir, e então, comecei a ler. Assim que acabei, o meu coração estava acelerado e eu continha lágrimas nos olhos. Ouço baterem na porta, e quando ela se abre, vejo Seo Yul. Ele se aproxima sorrindo, mas assim que me vê com lágrimas, desfaz o sorriso. Não dou oportunidade para que ele faça qualquer pergunta, apenas pergunto calma.) quando ia me contar? (Ele olha para a minha mão, vendo a carta, e então volta a me olhar.) ou melhor, ia me contar sequer? (Ele engole seco.)

Yul: eu não sabia como o fazer...(dou uma risada falsa.)

Muni: sim...como contar pra mãe do seu filho que a alma do seu primeiro amor está no corpo da minha cunhada né? Eu nem merecia saber! (Digo com ironia. Suspiro tentando não me stressar.) temos muito que conversar...ultimamente você tem agido muito pelas minhas costas.

Yul: pelos vistos não fui só eu! (Ele estava sério. Espero que ele complete a sua acusação.) fechar o portal de Min-ki? Ele nem nasceu ainda.

Muni: preferia morrer? (Pergunto pra ele.)

Yul: do que tirar a vida ao meu próprio filho? Preferia sim!

Muni: você está exagerando! Ele não vai morrer.

Yul: mas vai querer. Você sabe como o Uk sofreu por ser o único com o portal fechado.

Muni: sim, eu sei melhor que ninguém. E mesmo assim o portal dele está aberto. Então não fique pensando no futuro que você desconhece. Foi necessário para que você esteja aqui agora. Aliás, eu não te menti ou escondi coisas, ao contrário de você.

Yul: eu fiz o que foi necessário.

Muni: quase morrer foi necessário? Encontrar com So-i escondido de mim, foi necessário? Não me contar sobre Bu-yeon ser a Naksu, foi necessário?

Yul: foi! Você só iria se stressar mais e iria prejudicar o Min-ki.

Muni: e mesmo assim ele saiu prejudicado! Posso dar a luz a qualquer momento. Não pude aproveitar os últimos meses de gravidez, porque você decidiu fazer o contrário do que pedi e foi procurar ajuda a uma vigarista que quase te matou.

Yul: ela estava tentando me salvar. (Ele a defende)

Muni: e eu também estava! (Digo num tom mais alto.) e você ligou? Nem um pouco. Sou eu quem está carregando o seu filho e o seu nome. Sou eu que estou representando o lado feminino da herança da sua família. Então fique bem atento no que você tem, porque se você se distrair muito com o passado ou com o futuro, poderá se perder no presente. (Eu saio de meu quarto sentindo uma leve dor, Min-ki está mais agitado. Paro repentinamente respirando fundo, levanto a cabeça e continuo andando com dificuldade. Vou até o quarto de minha mãe, porém a mesma não estava em casa, sendo assim, vou até o de Bu-yeon. Não bato á porta, apenas entro. Ela se assusta e me olha.)

By-yeon: Muni! (Sorri, porém, quando vê o meu estado, desfaz o sorriso. Ela olha para a minha barriga e os seus olhos se expandem) oh meu deus. (Ela bem rápido até mim e me ajuda a manter em pé e chegar até a sua cama.) o que aconteceu?

Muni: discuti com Yul...(respiro fundo sentindo outro pique de dor, me fazendo gemer.)

Bu-yeon: Muni...a energia do bebé...(a olho preocupada) está enorme...e demasiado brilhante...

Muni: o que isso significa? (Ela me olha atrapalhada.)

Bu-yeon: eu não sei...vou pedir a alguém pra chamar o Mestre Lee, ele está por perto! (Eu assenti enquanto respirava fundo.) e vou chamar Seo Yul, quer queira, quer não. (Não tenho forças para protestar, apenas continuo respirando fundo e ela sai do quarto.)