Olho para os lados vendo as garotas todas nos olhando, então o puxo até o final das escadas. Os olhos ainda estavam em nós, claro que estavam. Garotos não podem entrar aqui. Não hoje.
Muni: tá louco? Homens não são permitidos aqui.
Yul: precisava conversar com você...(o olho confusa) primeiramente, isso é pra você! (Ele estica o ramo de flores...são tulipas, as minhas flores preferidas. Um pequeno sorriso escapa enquanto as pego, mas então lembro que estou chateada com ele, e fecho a cara. Ele esboça um sorriso me analisando.)
Muni: para de sorrir, a coisa tá feia pro teu lado. (Porém, ele não para de sorrir.)
Yul: eu sei que errei...não deveria ter escondido de você que estava me preparando pra morrer...eu deveria ter dito pra você como estava a situação, para então pensarmos em algo juntos...você me conhece Muni...não sou o tipo de pessoa que conta para os outros as coisas más que estou lidando.
Muni: eu sei! Mas você sabe que pode fazê-lo comigo...sempre fez. Eu sei que é algo que você tem dificuldade e sempre teve, mas agora a gente é uma equipe...pra valer. Temos uma vida em nossas mãos, e uma muito poderosa. É o nosso bebé...não é uma espada qualquer, é uma criança. Eu...não quero que você morra. (Sinto os meus olhos arderem, só de pensar nessa possibilidade, e em como ela pode se tornar realidade.) eu preciso de você. (Digo olhando no fundo dos seus olhos.)
Yul: eu sei...(ele se aproxima e me abraça.) eu sei que precisa...e eu não vou te deixar. (Nos afastamos.) eu vou descobrir o que tenho e irei me curar...eu prometo que vou ficar com você...pra sempre. (Dou um sorriso.) vamos criar uma família. (Assinto secando minhas lágrimas. Yul leva uma mão até minha bochecha.) pode não acreditar Muni...mas estou ansioso para o que nos espera no futuro.
Muni: é...eu também. (Ele sorri, e como se fosse algo natural, ele se aproxima de mim juntando nossos lábios. E como se fosse algo natural, eu retribuo, levando a minha mão livre para colocar em cima da sua. Assim que terminamos o beijo, sorrimos um para o outro) obrigada pelas flores.
Yul: te darei mais, apenas aguarde. (Sorrio.) não vou interromper mais a sua noite. Já invadi demasiado. (Soltamos uma risada e então ele se baixa e toca minha barriga, me enviando alguma energia, e conectando a sua com a de Min-ki. Logo dá um beijo na mesma) te amo filho. (Ele se levanta ainda sorrindo.) te vejo em casa. (Assinto e ele se aproxima me dando um beijo na testa.) se cuida, sabe o que acontecerá daqui a pouco. (Assenti.)
Muni: você também. (E então, ele desaparece novamente. Eu tinha um sorriso bobo estampado...não sei o que estou fazendo...mas que se dane, é isso que eu quero, então é isso que farei. Voltei pra perto das meninas que vinham até mim pra dizer a sorte que eu tinha, ou que estavam com inveja, ou me felicitando pela minha felicidade. Agradeci todas e logo me aproximei de Kim Do-joo.) você sabia. (Acusei.)
Kim: sabia! E não me arrependo de não ter contado, então nem vem. (Sorrio em resposta)
Muni: obrigada mãe. (Ela me beija na cabeça, e olhamos para a mesa, vendo Bu-yeon, ou no caso, uma figura dela. Entrego as flores a Kim Do-joo e fico alerta. Uma alma invasora se aproxima de Bu-yeon com uma espada, e a mesma se levanta, correndo até o centro de todo mundo, quando a espada atravessa o seu peito. Finjo medo, como todas as garotas, porém o delas era verdadeiro. A alma sobe pelo telhado, desaparecendo.)
Cho-yeon: BU-YEON. (Ela corre até o corpo de sua irmã desesperada.)
Rainha: foi a Naksu. A Naksu matou a mulher do Jang Uk, a Jin Bu-yeon! (Vejo todo mundo arregalando os olhos e exclamando surpresas. Mas o que mais me intrigou, foi o sorriso que a rainha fez. O corpo falso de Bu-yeon se transformou numa fumaça preta, e quando se juntou toda, numa luz branca que saiu voando até Jinyowon.)
Kim: acho que está na hora de acalmar os ânimos. (Assinto.)
Muni: a Mna. Bu-yeon está a salvo. (Todas me olham, logo desviando seus olhares para a Jin mais velha que aparece do meu lado.)
Rainha: como está viva? Você estava morta.
Bu-yeon: não fui eu quem morreu. Foi um rato branco chamado Gwiseo, uma relíquia de Jinyowon.
Rainha: Gwiseo?
Muni: um rato que come as aparas de alguém que corta as unhas à noite e consegue imitar essa pessoa.
Kim: o rato comeu as unhas da Mna. Bu-yeon, foi o que acabou por ser apunhalado.
Cho-yeon: ela tem razão. (Todas a olhamos.) o que viu há pouco foi o Gwiseo, de Jinyowon. Como veio aqui ter?
Kim: a sua mãe enviou a relíquia para proteger a filha mais velha.
Muni: o meu irmão está agora perseguindo a alma invasora para a matar.
Bu-yeon: quando ele se livrar dessa alma, a Naksu desaparecerá para sempre.
___...___
Muni: onde está o senhor Seo Yul? (Pergunto a um criado assim que acabei de vasculhar a casa e não encontrei o homem em lado nenhum.)
Criado: ele pediu para avisar a senhora que iria sair para obter respostas sobre algo pessoal com uma menina chamada So-i (engoli seco. Ele saiu pra se encontrar com So-i? Hoje? Será que foi por isso que ele foi até mim?)
Muni: ele disse se demoraria?
Criado: ele pediu para que ficasse acordada o esperando no quarto do senhor. (Assenti)
Muni: certo...vejo que será uma longa noite...Uk já está em casa?
Criado: está sim. A senhora Bu-yeon está com ele em seu quarto.
Muni: ok, amanhã converso com ele então. Pode me levar um chá, bolos de mel é um braseiro para ao quarto de Yul?
Criado: claro, minha senhora (agradeci e me retirei até o meu quarto. Tomei um banho, ajudado por minha mãe, e vesti um pijama me dirigindo até o quarto de Yul, onde já estava o meu chá e os bolos. Me sentei perto da mesa comendo e bebendo o chá, enquanto fazia carinho na barriga e conversava com meu filho. Um tempo depois, ouço a porta se abrindo e Seo Yul atravessa a mesma com um olhar cansado. Mas assim que me vê, sentada em sua cama acariciando a barriga, um sorriso brilhante aparece em seu rosto. Ele vem até mim se baixando e me dando um beijo na testa, e outro na barriga.)
Yul: como está se sentindo?
Muni: estamos bem, e você? (Ele suspira.) descobriu o que tem? (Ele assente.) quer me contar?
Yul: quero.
Muni: sou toda ouvidos. (Pego em sua mão tentando acalma-lo e deixá-lo confortável.)
Yul: quando eu estava gravemente ferido há uns meses, lembra? (Assenti.) So-i me deu do sangue dela...me passando um parasita sanguíneo. Esse parasita, assim que entrou no meu corpo cheio de energia, foi até o meu núcleo. Ele se instalou lá e está consumindo a minha energia. E quando ela acabar... (ele não termina a frase, mas eu sei o que ele estava referindo, então aperto a sua mão.)
Muni: ela te disse como reverter a situação?
Yul: esse parasita é uma relíquia de Jinyowon...ela diz que as Jin devem saber como remover...
Muni: ótimo...trataremos disso. (Ele assente.)
Yul: e tem mais. Pelos vistos...era Jin Mu que dava a medicação pra ela...então, provavelmente também foi ele que disse pra ela espalhar os boatos sobre a Naksu.
Muni: já suspeitava, mas isso não será mais problema, Jang Uk já tomou conta do assunto.
Yul: isso significa que fará frio nessa noite...(ele assume e eu assinto.)
Muni: sim. Deveria dormir com o braseiro perto de você. (Digo apontando pro braseiro e me levantando com um pouco de dificuldade.) vou pedir pra colocarem um no meu quarto também, boa noite!
Yul: ou...(o olho.) você poderia...dormir aqui...(fico sem reação, e sem resposta. Seo Yul quer que eu durma na mesma cama que ele? Novamente?) ou não, você que sabe, era só pra ter a certeza que vocês não passavam frio, nada de mais. (Conclui atrapalhado, me fazendo sorrir. Volto a me aproximar e deito de um lado da cama, e ele fica apenas me encarando.)
Muni: o que está esperando? Vamos dormir, estou cansada do banquete.
Yul: sim, claro. (Ele apagou as luzes e se deitou do meu lado.) posso tocar na barriga?
Muni: pode. (Respondo sorrindo, mesmo que ele não pudesse ver. Yul se aproxima de mim se aninhando e passando a sua mão por cima, fazendo carinho na barriga, logo junto minha mão à dele, sentindo as três energias conectadas e o seu anel de casamento no dedo roçando no meu, me fazendo adormecer sorrindo.)