Sei que pode ter ficado meio pequeno, mas é porque ficou muito grande e tive que dividir. Em compensação a segunda parte não vai demorar. Boa leitura 🕷 🕸
Passarão se meses com o esverdeado treinando no praia e na floresta, e recebendo missões para tirar fotos. Faltava mais 2 semanas para o exame de admissão de Izumi, e ele decidiu confessar seus poderes para sua mãe e irmã.
Izuku: hoje eu vou contar tudo, pai. – conversavam no quarto.
Hisashi: que bom... – ele parecia meio inquieto esses dias. – por que demorou tanto assim?
Izuku: me sinto confiante, nada mais pode me abalar. – dava um sorriso confiante.
Hisashi: vai explicar tudo mesmo?
Izuku: claro, pai. (Porque ele tá tão estranho)?
A tarde, a família se junta na mesa para ouvir o que Izuku tinha para dizer a eles.
Izuku: sem mais delongas... eu tenho uma quirk.
Izumi: O QUE!? – fica desconcertada.
Inko: eu não estou acreditando, Izuku!
Izumi: prove!
Izuku: é melhor mostrar do que falar.
Ele fica em pé para simplesmente pular e grudar apenas os dedos de uma mão no teto. Deixando as duas surpresas.
Izumi: mas que quirk é essa? – ela pega um pão da mesa e joga nele.
Izuku: por que tá jogando pãozinho em mim? – ele desvia de outro.
Izumi: pra vê se é real. – ela prepara outro na mão.
Izuku: eu tô realmente grudando no teto. – ela começa a caminhar de quatro no teto. – eu sou basicamente uma aranha desde que despertei... ou melhor um homem aranha!
Inko: você pode limpar aquela teia de aranha no canto do teto pra mim? – estendia um pano para ele.
Izuku: c-claro. (Que ótimo mais tarefas de casa). – o esverdeado limpa a teia e depois desce.
Inko: estou muito feliz por você ter conseguido despertar a sua quirk, apesar de não ter nenhuma relação comigo e com o seu pai.
Izumi: por que demorou tanto tempo para nos dizer, irmão? E por que o papai não está nem um pouco surpreso? – pergunta irritada. A relação dos dois tinha piorado depois da conversa que tiveram. Eles nem mesmo trocavam conversas do dia a dia.
Izuku: porque achei que não mereciam, por não me apoiarem e me tratarem como fraco. E eu estou cansado de esconder meus poderes. – deixava as duas triste.
Hisashi: ei Izuku! – falava alto e sério. – Nós estamos felizes por você ter despertado sua quirk, mas não fique inferiorizando a sua mãe e irmã só por que se acha o maioral.
Izuku: humpf. Eu vou sair um pouco. – ia até a porta, porém seu pai chama a sua atenção de novo.
Hisashi: não tinha outra coisa que queria contar? – o olha sério.
Izuku: não tenho nada para falar pra vocês. – suava frio.
Hisashi: e sobre esse dinheiro? – mostra a mochila amarela do esverdeado que estava com seu dinheiro acumulado de meses de trabalho e sua máscara.
Inko: devem ter 300 mil ienes aí! Como conseguiu tudo isso?
Izumi: você não roubou, não é?
Izuku: tá bom, eu vou falar! – ele senta em cima da mesa. – eu tenho usado minha quirk para tirar fotos para o Clarim, aí sou remunerado por cada foto boa que entrego ao meu chefe e esse é meu dinheiro que eu acumulei nos últimos meses.
Hisashi: (isso é um trabalho não oficial! Isso pode acarretar problemas pra ele no futuro).
Inko: o que vai fazer com esse dinheiro?
Izuku: comprei coisas novas pra mim e pra ajudar vocês.
Izumi: foi por isso que me deu o seu computador velho.
Izuku: exato. – ele tira o dinheiro da bolsa e deixa na direção de seus pais. – pai, isso é pelo dinheiro que você gastou para comprar aquele notebook e as minhas roupas novas. O resto fica pra pagar as contas da casa ou outras coisas.
Hisashi: Izuku... você descobre os seus poderes e pretende gastar vivendo com um trabalho desses.
Izuku: a quirk é minha, eu faço o que eu quiser. Embora, eu ache que esse trabalho não seja muito seguro.
Izumi: seria melhor você parar. (E se ele tiver uma foto minha e do All Might? Ele pode colocar o segredo em risco)!
Inko: você pode fazer mais do que isso. – coloca a mão no ombro dele. – o que você realmente quer fazer.
Izuku: uma hora eu decido isso. – pegava a mochila. – vou trabalhar.
Inko: o jeito ultimamente que você tem sido tão fechado e respondendo as pessoas dessa forma, não é o seu jeito normal de ser. Você sabe bem o que eu e seu pai te ensinamos?
Izuku: tá falando de ser um fracassado? Eu não vou voltar a ser aquele Izuku de antes.
Hisashi: vamos falar agora. – diz com firmeza e puxa a cadeira para ele sentar novamente. – se você deixar.
Izuku: falar o que? Meu futuro? – pergunta em tom de deboche.
Hisashi: não conversamos direito a muito tempo eu, sua mãe e irmã nem sabemos mais quem você é direito. Você foge das tarefas, faz experiência estranhas no seu quarto, fica muito tempo fora sem entrar em detalhes e se meteu em uma briga na escola...
Izuku: foi o Katsuki que começou a me importunar!
Hisashi: mas aceitou a provocação.
Izuku: o que queria que eu fizesse? Fugir como sempre?
Hisashi: não, Izuku... olha você está mudando, eu sei porque passei pelas mesmas coisas na sua idade.
Izuku: as mesmas não. – apontava o dedo. – você não foi quirkless e nem zoado por todos ao seu redor.
Hisashi: escute, Izuku. É nessa fase que um homem define o que vai acabar sendo pelo resto da sua vida. Cuidado com o que você vai se tornar.
Izuku: ... – vira os olhos para o pai.
Hisashi: o Katsuki realmente mereceu uns tapas, mas só porque você podia bater nele, não lhe dá o direito de bater. Lembre-se com grandes poderes, vem grandes responsabilidades.
Izuku: tá com medo que eu vá virar um vilão? Pare de se preocupar comigo, tá legal! Eu sei que tô mudando, mas sei que vou me encontrar. Chega das suas lições de moral.
Hisashi: eu não quis dar lição de moral e nem bronca, mas como seu pai...
Izuku: você faz um péssimo papel. – aquela frase o calou seu pai, o fazendo sentir seu coração ficar mais pesado.
O esverdeado pega a sua mochila com seu traje dentro e sobe quieto para seu quarto. As duas mulheres da casa estavam ouvindo tudo ao longe, Inko fica chorando enquanto Izumi a abraçava com raiva pela arrogância do irmão.
Passasse um tempo com eles lá embaixo discutindo sobre o comportamento de Izuku. Seu pai parecia estar muito abalado pelas palavras, pois sua voz estava mais baixa.
Izumi: eu vou dar uma surra nele!
Inko: não faça isso, filha. Não pudemos o culpar por ter ficado daquele jeito.
Izumi: por isso vou bater nele para ele aprender a não ser um arrogante. – a esverdeada sobe e quando entra no quarto, não tinha nenhum sinal do seu irmão apenas a janela do seu quarto aberta.
Izumi: o Izuku fugiu! – seus pais ficam espantados pela notícia.
Inko: e agora? Ele não pode estar querendo viver fora de casa. – tapava o rosto com suas mãos.
Hisashi: vou pegar o carro e ir atrás dele. – segura os ombros da esposa.
Izumi: como vai achar ele? – via ele pegar as chaves.
Hisashi: tenho um palpite aonde um fotógrafo iria.
Algum tempo depois no Clarim
Izuku: tirei essas fotos do herói Ingenium recentemente. – jogava na mesa do seu chefe.
J.J: infelizmente não vou poder te pagar dessa vez, garoto verde. – afastava as fotos.
Izuku: por que!? – estava de mau humor pelo ocorrido em casa. – Deu um trabalhão tirar uma foto desse riquinho correndo por aí. – Izuku repara em uma foto na mesa do seu chefe.
J.J: pois é. Todo mundo tira fotos da família de heróis dele há anos... – tinha uma foto de um homem engravatado conversando com alguns heróis. – já não é mais novidade tirar uma foto dele correndo diariamente.
Izuku: não pode nem me dá uns trocados? – tinha deixado todo seu dinheiro em casa e não planejava voltar tão cedo.
J.J: aqui não é um centro de caridade, garoto. Trabalhe bem como todo mundo e será remunerado. – o mais novo fazia um olhar irritado.
Izuku: nem mesmo você me ajuda, seu velho! – amassa as fotos e as joga no lixo, e vai saindo da sala.
J.J: só estou te incentivando a fazer um trabalho melhor! – bate na mesa. – moleque mal agradecido!
Quando Izuku saiu, uma mulher de roupas pretas, cabelo roxo e rosa e olhos rosa bem parecida com um dos heróis da foto. A mulher daquela foto passa por ele e entra na sala do seu chefe. Nem se importando com isso, o esverdeado apenas bebe um pouco de café na máquina e vai embora.
Enquanto espera o elevador chegar no andar, dentro da sala do seu chefe era possível ouvir barulhos de um golpe e de algo quebrando. De repente, a mulher chuta a porta e saia correndo enquanto o segurança do Clarim vinha atrás dela.
J.J: PEGA ELA! – disse ao segurança enquanto pressionava o ferimento de sua cabeça.
Segurança: NÃO DEIXA ELA SAIR PELO ELEVADOR! – grita para o esverdeado.
O som do elevador chegando era ouvido e o esverdeado fica parado no mesmo lugar, deixando com que a mulher entrasse. Izuku pode perceber quando seus olhos se encontram, que ela se sentia agradecida apesar do olhar frio do seu rosto antes das portas se fecharem.
Segurança: merda! – batia na porta. – por que deixou ela escapar!? – encara o mais jovem com raiva e frustração.
Izuku: sou só um fotógrafo e não um herói. – dá de ombros.
Segurança: mas você podia ter feito algo! Podia ter ficado no caminho dela ou posto o pé pra frente!
Izuku: e quem disse que isso é problema meu? – fica com uma cara séria e dá as costas para o guarda indo silenciosamente pelas escadas.
Izuku: parece que vai chover. – olha as massas de nuvens se formando. – eu devia voltar... – reconhece o carro estacionado de seu pai no final da rua. – melhor não...
O esverdeada pega a sua câmera enquanto caminha pela cidade em busca de alguma coisa interessante para fotografar. Ele caminha junto da multidão da calçada, todos estavam calmos vivendo suas vidas até que um barulho alto de um tiro era ouvido, fazendo com que todos ficasse loucos.
Izuku: (mas o que tá rolando)? – afasta as pessoas que esbarravam nele.
A multidão se acalma quando alguns heróis chegam cercando o perímetro. Um civil tinha sido baleado junto de um político, as pessoas se aproximavam para ter mais informações. Izuku chegando mais perto ouvia a conversa dos investigadores com os heróis.
Herói: quem são esses homens? – pergunta ao lado dos médicos.
Detetive: um é o líder da comissão de segurança pública e o outro é apenas um civil, que tentou proteger ele cuspindo fogo contra a suspeita.
Izuku: (cuspir fogo)!? – com desespero, ele vai indo mais a frente do local do assassinato. Torcendo com todas as forças que aquela pessoa não fosse aquela que estava pensando, mas tudo se concretiza ao ver a pessoa caída no chão.
Izuku: NÃO! NÃO! NÃO! – empurrava as pessoas e ultrapassava a faixa.
Heroína: ei, pra trás! – tentava conter a multidão
Herói: civis não podem entrar na cena do crime! – colocava a mão na frente do rapaz.
Izuku: ELE É MEU PAI!!! – empurrava o herói com facilidade e se ajoelhava ao lado de seu pai.
Seu pai havia recebido um tiro no peito, não tinha como os médicos fazerem mais nada. Hisashi ainda estava um pouco consciente, seus olhos estavam perdendo o brilho aos poucos. Com as poucas forças que tinha coloca a mão no rosto de seu filho que derramava lágrimas enquanto segura a outra mão de seu pai.
Hisashi: filho... é você? – tossia, vendo tudo embaçado.
Izuku: pai... eu tô aqui. – suas lágrimas desciam pela mão de seu pai.
Hisashi: I-Izuku... – chorava enquanto olha para o filho.
Izuku: sim... sou eu... – sentia a força da mão de seu pai se esvair. – por favor! fica comigo, pai! - segurava a mão de seu pai mais forte.
Sua mão perdia a força e caia no chão da calçada rodeada por pessoas que assistiam a cena. Izuku desabou de choro, sentindo remorso pela sua última conversa com seu pai e queria ter pedido perdão pelas suas palavras, mas agora já era tarde demais para pedir desculpas pelo seu egoísmo.
Enquanto remoía de dor pela perda de sua pai em meio a chuva, Izuku ouviu a conversa dos polícias sobre a suspeita estar fugindo de moto a 2 quarteirões dali e que já estavam na cola dela.
Izuku: ELA VAI PAGAR!
Aperta o punho. Ele se levanta e saia correndo para um beco vazio.
Izuku: (não importa quem seja, eu vou capturar e matar a pessoa que fez isso antes dos heróis, e nada vai impedir o Homem Aranha)!
Espero que tenha gostado e deixem suas críticas e elogios. Para eu saber se estou no caminho certo.