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By luvhatake_

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By luvhatake_

O festival ainda acontecia a todo vapor. Você e os meninos haviam saído da arena onde o show havia sido realizado a cerca de meia hora atrás, e agora vagavam pela universidade com o intuito de aproveitarem as barraquinhas com uma diversidade abundante de comidas e jogos.

No entanto, independentemente disso, o problema maior que você se via obrigada a enfrentar era ter que fingir que estava bem.

Sentia de um jeito quase insuportável cada batida errática do seu coração bater contra seu peito assim como o ar rarefeito que entrava e saía dificilmente pelo seu nariz. Seu corpo parecia estar entrando em colapso.

Tentava com todas as forças que possuía não pensar em seu fatídico ex-namorado e nas mil possibilidades do que ele devia estar fazendo ali. Tentava não se deixar levar pelas memórias de tudo que passaram juntos e do tanto que ele te fez sofrer. Mas para o seu infortúnio, nada adiantava. Sua cabeça borbulhava com cada nova hipótese criada.

Se lembrava de que uma vez ele já tinha comentado com você que possuía família no Japão, mas seria muita sacanagem do destino se ele fosse de Hyōgo também. No entanto, pelo que você conhecia bem de Shigure, coincidência não era uma palavra pertencente ao seu vocabulário. Pensar nisso te fez ficar ainda mais tensa, porque te fez ter a visão de que mesmo que tivessem ficado um ano e meio juntos, você praticamente não sabia nada sobre ele.

O que ele fazia ali? Por que ele estava logo ali de todos os lugares que ele poderia estar? Por que ele sorriu docemente e acenou como se fossem amigos íntimos, fingindo que nunca havia feito coisas que acabaram com o seu psicológico e com a sua vontade de amar de novo?

Estava tão inerte que não sabia dizer ao certo sobre o assunto que circulava na rodinha.

O sorriso que você dava enquanto comentava algo aqui e ali para não deixar ninguém desconfiado, enganava os gêmeos, Yuki e até mesmo Akta, mas diferente dos outros, Suna não havia se deixado enganar tão fácil assim. Ele percebia toda vez que paravam em um barraquinha diferente de jogos, como agora estando na fila para irem no carrinho de bate-bate, que você ficava olhando para os lados e apertava a mão dele sem notar.

— [Nome]. Você tem certeza que está bem? — a voz cautelosa do moreno soou ao pé do seu ouvido ao mesmo tempo em que ele levava a mão lentamente para colocá-la entre sua bochecha e seu pescoço.

Você suspirou nervosamente, tirou a atenção de um grupo de três crianças que passaram correndo ao seu lado e olhou diretamente para aqueles olhos verdes-amarelados que lhe permitiam ver seu reflexo, além de parecerem enxergar a parte mais íntima e íngrime da sua alma.

Mentir para Suna te deixava com uma sensação esquisita queimando o estômago, mas você não queria dizer em voz alta o que tanto lhe deixara afligida, porque no fundo ainda se recusava a acreditar que Shigure se encontrava no mesmo ambiente que você também estava.

Acreditava que havia superado tudo o que sofreu por causa dele, mas precisou vê-lo mais uma vez para perceber que ele ainda te tinha na palma da mão, mesmo sendo totalmente contra a sua vontade.

— Estou bem sim. Não se preocupe. — respondeu depois de alguns segundos, dando um sorriso forçado.

Suna acenou e não te pressionou a dizer nada por mais que soubesse e sentisse que algo estava errado. Ele apenas envolveu sua mão e deu um beijo suave no dorso dela, fazendo você esboçar um sorriso mínimo, mas dessa vez, verdadeiro. Rintarou era tão atencioso que te fazia se sentir na obrigação de esquecer que havia visto um fantasma do seu passado para aproveitar a noite com as pessoas que realmente te amavam e que faziam de tudo para te ver bem.

— Ô casal que ainda não é casal. Vocês vão ficar só de love aí ou vão vir? — Atsumo falou enquanto apontava com o polegar para dentro da pista recentemente liberada.

— Eu vou, porque vou adorar te massacrar nesse brinquedo. — Suna respondeu dando um sorriso provocativo, puxando levemente sua mão, fazendo-a acompanhá-lo.

— Você sonha alto demais Sunarin. — o loiro caçoou antes de se virar e dirigir a palavra à você — Fora que tenho certeza que minha amável priminha não irá deixar você encostar um dedo em mim.

Suna adotou uma expressão desdenhosa, duvidando muito daquilo. E por querer encher um pouco o saco de Atsumo, o moreno te olhou com um sorriso complacente que te fez deduzir instantaneamente o que ele iria falar.

— Coração, você me permitiria acabar com a raça do seu primo?

— Chamar ela assim e perguntar isso é golpe baixo, cara! — Atsumo reclamou, fazendo beicinho.

— Que foi? Não se garante? — Suna retrucou, sorrindo irritantemente.

Você revirou os olhos, mas não evitou soltar uma risada baixa.

— Fique a vontade para fazer o que você quiser, mas... — você disse para Rintarou enquanto soltava mão dele para que pudesse entrar na pista — Já vou avisando de que talvez, provavelmente, eu que acabe com a raça dos dois.

— Acabei de ser traído. — Suna colocou a mão no coração, como se estivesse ofendido.

— Não me leve a mal. — você o respondeu divertida.

— Isso que dá trocar o melhor amigo por mulher. — Atsumo cutucou petulantemente conseguindo escapar por um fio do tapa que levaria na nuca ao correr em direção do carrinho mais próximo.

Uma ida no carrinho de bate-bate nunca fora tão caótica quanto essa.

No começo, você, Atsumo e Suna ignoraram completamente Osamu, Akta, Yuki, Aran, Lena e Kita para ficarem correndo incansavelmente pela pista, enquanto procuravam brechas para colidirem seus próprios carrinhos uns com os outros. Só depois de estabelecerem a regra de quem acertasse mais ganharia a rodada, que começaram a perseguir seus amigos também.

No entanto, a disputa entre vocês três ainda era a que prevalecia.

Desviou com louvor de uma tentativa — felizmente — fracassada de Atsumo ao tentar te acertar e sorriu quando percebeu que seu carrinho estava prestes a colidir com o de Suna.

O moreno não teve tempo de reagir, uma vez que ainda estava se recuperando da batida que havia acabado de levar de Osamu, e por esse motivo não pôde fazer nada a não ser esperar seu carrinho colidir com o dele. Quando a colisão aconteceu, o impacto foi tão forte que fez o carrinho dele rodar e só parar ao atingir um montante de pneus.

— Foi mal, gatinho. — você falou enquanto parava o seu carrinho ao lado do dele para depositar um beijo rápido em sua bochecha.

— Você é muito maldosa. — ele disse soltando um suspiro resignado, jogando a cabeça para trás.

— Desculpa, mas eu quero vencer. — você riu, não demorando para sair dali ao vê-lo endireitar a postura pronto para voltar ao jogo.

Suna negou fraco e no momento em que se recuperou da batida, começou a correr contra o tempo para conseguir mais pontos, já que pela contagem dele Atsumo estaria em terceiro, você em primeiro e ele em segundo.

A sirene foi tocada cerca de dois minutos depois indicando o término da rodada.

Atsumo deixou o carrinho de qualquer jeito na pista e saiu emburrado por ter ficado em último na disputa. Já você, Suna e outros saíram dando risada do drama feito pelo gêmeo loiro. Apesar do moreno não ter conseguido te ultrapassar, ele estava menos preocupado ao ver que você sorria e aparentava estar mais relaxada do que antes.

Sentiu um braço de Rintarou serpentear pelo seu ombro e tão logo encostou sua cabeça no peito dele. Andaram até chegarem exclusivamente nas barraquinhas reservadas para alimentação. Por não estar com muita fome, acabou por dividir uma pipoca doce grande que Suna havia comprado em algum momento enquanto passeavam.

Você se deliciava tanto com o sabor levemente salgado misturado com doce da pipoca, que as vezes até fechava os olhos para tirar mais proveito do alimento que derretia na sua boca. Suna ria toda vez que você fazia isso e não perdia a oportunidade de falar que você parecia uma criança ganhando seu doce predileto.

— Ali! Uma cabine de tirar fotos! — Akta exclamou exaltada apontando para a máquina, chamando a atenção de todos — Vamos temos que fazer um book novo!

Tudo o que sentiu foi a mão da sua melhor amiga agarrando a sua e te puxando para dentro de uma das cabines, sem dar tempo para você sequer cogitar em recusar.

Tiraram fotos diversas com óculos, chapéus, bigode, pompons e todos os outros acessórios que tinham disponibilizados ali.

Os meninos entraram algum tempo depois e mesmo que a cabine não fosse feita para comportar tantas pessoas assim, deram um jeito para todos saírem na sequência de fotos que vieram a seguir.

Tudo estava bem.

Compartilhar histórias, momentos e novas memórias com as pessoas que você amava era o suficiente para finalmente te fazer esquecer de quem havia visto essa noite. Ou melhor, que não devia ficar preocupada e parar sua vida por causa dele. Não mais.

Tendo em vista que suas bochechas doíam por tanto sorrir, você avisou o pessoal que iria sair um pouco para descansar e pegar um pouco de ar. Se encostou em uma mureta, tirou as fotos do bolso da sua jaqueta e começou a vê-las com um sorriso no rosto, mas acabou franzindo o cenho quando reparou que havia tirado uma sozinha com todo mundo menos com Suna.

Levantou o olhar a procura do moreno a tempo de vê-lo sair da cabine que você estava antes.

— Suna. — você prontamente buscou dizer enquanto caminhava até ele — Tira umas fotos comigo agora?

— Pra você eu cobro três mil ienes. — ele disse de forma descontraída colocando as mãos dentro dos bolsos da calça.

— Ah, jura? — arqueou as sobrancelhas — E qual seria o preço normal se não fosse pra mim? — resolveu entrar no joguinho dele.

— Hm... — inclinou a cabeça para o lado, fingindo pensar — Seria dois mil e quinhentos.

— Por que você aumentou quinhentos ienes pra mim? — perguntou com uma pitada de indignação, dando um tapinha no braço dele.

— Por essa agressão, agora o preço subiu pra três mil e quinhentos. — disse fazendo-a dar mais um tapa nele — Já tá em quatro mil, acho melhor você parar. — soltou um riso rouco ao ver sua expressão ligeiramente irritada.

— Sério isso?

— Seríssimo. — ele acenou — Mas se você quiser abonar os juros, existe uma maneira para isso.

— E qual seria? — você perguntou desconfiada, cruzando os braços rente o peito.

— Fácil. — o moreno se aproximou de você para colocar as mãos apoiadas na mureta, te prendendo ali. — É só colocar sua boca na minha. Problema resolvido. — sorriu descaradamente ao vê-la revirar os olhos antes de colar os lábios no dele em um selinho rápido.

— Pronto. — deu um sorriso falso.

— Você sabe fazer melhor que isso, [Nome]. — levou uma das mãos para sua nuca, agarrando e puxando levemente um punhado do seu cabelo.

Você queria resistir, mas Suna conseguia fazer seu autocontrole simplesmente evaporar. Tanto que quando viu já estava mordiscando o lábio inferior dele.

— Hm... três mil e quinhentos, três mil... — ele murmurava para te provocar e só parou de falar quando você enfiou a língua dentro da boca dele, iniciando um beijo lento, desejoso e prazeiroso.

— Teve o que queria? — você perguntou após romper o contato de ambos os lábios, deixando um último selinho na boca dele.

— De você nunca é o suficiente. — Suna suspirou, te roubando mais um selinho —Mas por ora, vou me contentar isso.

Você sorriu antes de o pegar pela mão e puxá-lo para dentro de uma cabine fazia. Essa era bem menor que a outra, portanto tinham que ficar sentados para que as fotos pudessem ser tiradas.

Começou a falar empolgada para Suna algumas poses que podiam fazer, já que juntos só tinha um total de duas fichas e por isso não poderiam repetir a foto se quisessem.

— Gosto de te ver feliz assim. — o moreno disse interrompendo seu falatório, não que isso o incomodasse de algum modo, fazendo-a virar a cabeça e encará-lo surpresa.

— Do nada?

— Em comparação a mais cedo... — deixou o resto na frase no ar, por saber que você sabia do que ele estava falando.

— Sobre isso... — disse incerta, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.

— Não se sinta pressionada a me falar. Quando você se sentir pronta e quiser me contar, só quero que saiba que vou estar aqui pra você.

Suna atencioso.

Como podia alguém ser tão do jeito que ele era? Entendia que o fato de ter tido um relacionamento feito por migalhas atrapalhava muito o seu julgamento, mas Suna... Suna era tão bom que você não se importava de receber o mínimo dele, mesmo que soubesse que recebia muito mais.

Você tinha certeza de que devia estar olhando para ele que nem uma boba.

O flash atingindo seu rosto foi o que fez você sair do seu momento de contemplação. O moreno sorriu em cumplicidade ao vê-la fechar os olhos brevemente pelo incômodo causada pela luz repentina.

— Que saco, perdemos uma foto. — você lamentou.

— Não precisamos de poses. — ele disse enquanto colocava a mão na sua bochecha — Nós somos incrivelmente bonitos, então você não precisa se preocupar.

Antes que pudesse responder, dizendo para ele parar de se achar tanto, Suna te beijou e você sorriu bem ao tempo de sentir o flash no seu rosto de novo.

Quando o tempo se esgotou, a máquina imprimiu duas tirinhas com três fotos para cada um.

Uma sorrindo, outra se encarando e a última se beijando.

Olhar para aquelas fotos na sua mão e para o garoto ao seu lado que sorria enquanto falava sobre a astúcia que ele possuía em saber que as fotografias iriam ficar ótimas de qualquer maneira, fez você perceber algo.

Suna iluminava tudo ao redor dele. E embora ele ainda não tivesse o conhecimento disso, você tinha, e era isso o que importava, porque ele era tudo o que você precisava.

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O sininho da porta da cafeteria tocou no instante em que você passou pela porta. O cheiro de café fresco e dos doces expostos na estufa agraciaram seu olfato com sutileza, fazendo-a criar altas expectativas sobre se o gosto seria correspondente e tão bom quanto o cheiro.

Se não estivesse morrendo de nervosismo e ansiedade certamente iria direto à bancada para já fazer seu pedido, mas como o motivo de estar naquele estabelecimento te deixava aos nervos — no bom sentido — sentia que mesmo que quisesse não conseguiria comer no momento.

Vagou o olhar pelas pessoas que estavam ali até encontrar a mulher de descendência asiática com uma beleza e postura indescritível que só havia tido a oportunidade de ver em fotos e entrevistas. Suspirou levemente enquanto dizia a si mesma em pensamento para manter a calma e andou até parar ao lado da mesa em que ela se encontrava.

— Com licença. Senhora Natsumi? — você falou no tom mais cordial que conseguiu, atraindo os olhos pretos da mulher que rapidamente desviaram a atenção da tela do celular que tinha em mãos para olhar o seu rosto.

— Sim, sou eu. [Nome], não é? Sente-se por favor. — ela deu um sorriso receptivo sinalizando com a mão para você se sentar à frente dela. — Espero que não se incomode por ter marcado esse encontro em plena tarde de um sábado, mas como era meu único horário livre não podia perder a chance.

— Não me incomodo de maneira alguma. Estou bem surpresa pra falar a verdade. — você foi rápida em dizer.

Realmente não tinha com o que se incomodar. Seu sábado estava sendo um poço de chatisse levando em conta que Osamu e Atsumo estavam nas casas das respectivas namoradas e Suna estava passando a semana em um acampamento intensivo da seleção. Fora que jamais ficaria incomodada em ter um encontro marcado com Yuri Natsumi, uma das melhores produtoras e a agentes do ramo musical no Japão da atualidade.

— Surpresa? — a mulher ergueu as sobrancelhas, inquisitiva — Posso saber o porquê?

— Para ser sincera? — mordeu o lábio inferior momentaneamente — Não esperava que fosse receber uma ligação sua.

— O Han me devia alguns favores então acabei pedindo para ele dar um jeito de me arranjar seu número. Mas... fiz mal em te ligar? — ela disse soltando um riso descontraído, apesar de deixar transparecer um leve receio em sua expressão facial.

— Não. Deixe-me corrigir. — você negou e abriu um sorriso mínimo, um pouco envergonhado — Você é uma inspiração para mim. Além disso, uma mulher com uma alta posição na indústria musical. É só que é meio complicado pra mim acreditar que você tenha se interessado por mim, como o senhor Han me disse que você estava.

— Que susto garota, pensei que você ia me falar que algum dos asquerosos dos meus colegas de profissão já haviam conseguido te levar para o lado deles! — ela brincou e riu numa tentativa de te deixar mais a vontade. Yuri era uma pessoa muito diferente do que você imaginava que ela seria. Pelo que via na televisão, ela parecia ser bem séria, mas você não negara que ficou mais aliviada de ver que ela era do tipo espontânea e transparente. — E sem modéstia, [Nome]. Tenho certeza que você sabe do talento que tem. Quando te vi cantar no festival fiquei encantada e quando ouvi suas outras músicas, não pude evitar pensar que havia achado uma mina de ouro.

— Eu não sei nem o que te falar, a não ser um singelo obrigada. — você falou não conseguindo esconder o sorriso enorme que surgiu nos seus lábios. Já era praticamente um sonho estar conversando com essa mulher e estar recebendo elogios então, parecia ser surreal.

— Dispenso o agradecimento, pois estou apenas lhe dando o seu mérito de reconhecimento. — ela falou antes de dar uma pausa para pegar a xícara em cima da mesa e tomar um gole do café — Acredito que saiba
porque queria te encontrar, não é?

— Tenho em mente, mas ainda parece ser um sonho. — respondeu, pronta para enfrentar o viria a seguir.

— Pois bem. Vamos ao que interessa. — colocou a xícara na mesa de novo e cruzou as mãos — Criei a gravadora e empresa, Records Talents, com a intenção de buscar, moldar e mostrar novos talentos para o mundo. Eu vi muito potencial em você tanto no show quanto nas suas outras composições. Confesso que fiquei impressionada em saber que você nunca teve um agente ou qualquer outra ajuda de fora. Creio que se trabalharmos nisso juntas, você pode se aprimorar ainda mais. Irei ter o compromisso de te fazer brilhar.— lhe deu um sorriso fino, reconfortante.

— Você está basicamente me perguntando se eu quero te ter como minha assessora? — perguntou sentindo seu coração quase sair pela boca.

— Exatamente isso. — te deu uma piscadinha — E então o que me diz?

— Claro que eu aceito. Acho que eu seria louca se recusasse. — você falou em um tom divertido. Não estava acreditando no que estava acontecendo.

— Ótimo. Vamos tratar de já adiantar alguns assuntos agora.

Vocês conversaram desde coisas relacionadas a algumas regras e planos que você deveria seguir a coisas um pouco mais pessoais envolvendo o motivo de você ter se apaixonado pela música e possuir o desejo de tê-la como carreira. Até pediu um tortilla de limão que estava com um gosto de dar água na boca para preencher a fome que sentira enquanto papeavam.

A conversa fluiu com tamanha naturalidade e só se findara cerca de uma hora depois, porque Yuki tinha uma reunião para comparecer. Marcaram um dia de se encontrarem no studio para que você pudesse assinar o contrato, pagaram a conta e se despediram logo depois.

Você entrou no carro e encostou a cabeça no volante tentando controlar o sorriso que fazia questão de não deixar seus lábios. Estagiar na Records Talents seria ótimo para o seu currículo e experiência, e ainda ter Yuri como assessora, a chance de alavancar sua carreia triplicava mil vezes mais.

Pegou seu celular e digitou freneticamente uma mensagem para Akta, Osamu e Atsumo falando o que havia acontecido. Akta e Atsumo mandaram áudios gritando em comemoração. Você jurou ter ficado surda por alguns segundos, mas estava tão eufórica também que acabou nem se importando. No geral os três lhe encheram de elogios, falando que deveriam sair para comemorar e que sabiam o quanto você chegaria alto com todo o seu talento e jeito de ser.

Você agradeceu pelo carinho e quase de modo automático pensou em saber como Suna reagiria quando contasse para ele também.

Nessa semana que se passou acabaram não conversando direito, visto que sempre que você mandava mensagem ele estava dormindo ou quando ele mandava você que assumia essa função por causa do fuso horário diferente. Como o moreno estava a uma semana fora treinando e participando de amistosos com alguns times de outros países, ele quase não havia tido tempo para mexer no celular.

Procurou o contato de Suna, resolvendo mandar somente uma mensagem simples que dizia " tenho uma novidade pra te contar, quando tiver um tempo livre, me liga" e assim que enviou, se surpreendeu ao ser respondida na mesmo instante.

gatinho🤍

oi coração

desculpa não ter respondido suas mensagens

o capitão descobriu que eu estava pegando o celular escondido e acabou tirando ele de mim esses últimos dias ;-;

oi Rin

relaxa, não tem problema

imaginei que alguma coisa do tipo devia ter acontecido, porque você não desgruda do celular

eu nem sou tão viciado assim
-_-

ah sim, não é, perdão

(•。• ̄)

o que tem para me contar? — falou para mudar de assunto, mas também porque havia ficado curioso.

venha aqui no meu quarto e me
conte pessoalmente

você já chegou? — perguntou rapidamente
ao ler a última mensagem enviada por ele.

não ia vir só depois de amanhã???

tivemos que voltar mais cedo por conta de um imprevisto, mas isso não importa 

anda

vem aqui no meu quarto

eu não estou em casa

estou no Espress Café

vem logo então.

calma, vai morrer se eu não for pra
aí agora por acaso?

vou

e pode ter certeza que irei te assombrar
por ter me feito esperar

e qual seria o motivo da sua morte? — brincou, achando graça dele insistir em
você ter que voltar logo.

saudades de você.


Uma sensação gostosinha que recentemente já lhe era muito mais que familiar passou pela sua barriga da mesma maneira que um sorriso apaixonado despontou na sua boca devido a declaração dele.


estou indo, espera só um pouquinho amor



Após enviar a mensagem, encarou a tela do celular perplexa ao ver a palavra que havia digitado por último sem notar. Amor. Você e Suna já tinham se chamado assim antes, mas isso sempre acontecia quando estavam na cama debaixo dos lençóis, nunca haviam falado um pro outro no meio de uma conversa "normal" por assim dizer.

Como já havia mandado a mensagem e Rintarou já havia visualizado, conteve a vontade de bater sua testa no volante e de querer simplesmente evaporar se fosse possível.

Respirou fundo e antes de realmente ir embora,  desceu do carro e entrou na cafeteria de novo para comprar um pedaço de cheesecake de frutas vermelhas para levar para o moreno, já que era o sabor de bolo preferido dele.

O café era bem localizado e perto de onde moravam, portanto, cinco minutos foi o tempo necessário para que você fosse capaz de avistar a fachada do seu condomínio.

Estacionou o carro na garagem e não demorou em subir as escadas para o segundo andar. Primeiro deu uma passada rápida no seu quarto para deixar sua bolsa e tirar seus tênis, mas logo depois já estava em frente à porta do quarto de Suna.

Deu duas batidas na madeira para anunciar sua presença e a abriu quando escutou a voz do moreno de longe falar um "pode entrar".

— Rin? — você o chamou. O quarto estava com as cortinas no estilo blecaute totalmente fechadas. Estava tão escuro que não conseguia visualizá-lo.

— Aqui. — a voz entorpecente dele soou atrás de você.

Suna estava encostado no portal da porta do banheiro te olhando como se você fosse um colírio para os olhos. Ele não imaginava que sentiria a falta que sentiu nessa semana que quase não conversaram, ainda mais porque estaria na Itália tendo seus primeiros amistosos com a seleção japonesa. Mas ele sentiu sua falta. E muita.

Ambos sentiram.

Ambos tomaram como prova devido esses dias que ficaram separados que a relação de vocês já não era mais tão simples assim. E que, os sentimentos também não.

— Vai ficar se exibindo pra quem sem camisa assim? —  você disse enquanto se aproximava dele, não disfarçando ao olhá-lo de cima a baixo, apreciando a visão que a pouca luminosidade provinda da luz do banheiro lhe dava de seu abdômen esculpido.

— Pra você. Gostou? — ele jogou a cabeça de lado e sorriu estendendo a mão para alcançar seu braço e te puxar contra o próprio peitoral a envolvendo em um abraço gostoso.

— Então quer dizer que você estava mesmo com saudade de mim? — você sorriu ao tempo em que apoiava o queixo no peito dele, passando a encará-lo.

— Quem te falou isso? — o moreno brincou, enquanto erguia a mão para colocar seu cabelo atrás da orelha e depois deixá-la apoiada na lateral do seu pescoço.

— Você.

— Eu? — se fez de sonso, inclinando o rosto da direção do seu, mantendo os olhos fixos na sua boca.

— Vai dar uma de fingido agora? — levantou mais o rosto para ficar mais próxima à ele.

— Não, mas só porque não quero provocações agora. — olhou diretamente para os seus olhos antes de voltar o próprio olhar para a sua boca novamente.

— E o que você quer? — perguntou num sussurro.

— Matar a saudade de você. — falou sem enrolação.

— E como você quer fazer isso? — inclinou mais o rosto até roçar sua boca na dele.

— Te beijando.

— O que está esperando então? — olhou para os olhos e a boca dele assim como ele havia feito, antes de sorrir pelo fato de Rintarou quase não ter esperado você terminar de falar para lhe calar com um beijo afoito.

Ele não poderia esperar mais nenhum segundo sem te sentir. Isso vindo de alguém que até um tempo atrás não gostava de toque sem ter necessidade poderia ser considerado estranho, mas era esse o efeito que você tinha sobre ele. Suna precisava do seu toque. Precisava do seu beijo. Ele precisava de você.

As mãos dele escorregaram pela lateral do seu corpo só parando para dar duas batidinhas na sua bunda, insinuando para você pular e passar as pernas ao redor da cintura dele. E foi isso o que você fez. 

Não entendia como podia ser tão bom beijar alguém. Não entendia como o tempo parecia parar e você não se dar conta de nada que acontecia ao seu redor.

Seria um pecado desejar tanto alguém assim? Bem, se fosse você não se importaria de ir para o inferno por conta isso, porque beijar Rintarou havia se tornado um vício. Um vício que não queria ficar sem.

Suna ligou o abajur na cômoda ao lado da cama e se sentou no colchão, logo se encostando na cabeceira, a deixando sentada em seu colo. Se separaram apenas para respirar, se entreolharam por alguns segundos e sorriram um para o outro antes de colarem as bocas novamente.

O beijo de agora chegava a ser preguiçoso de tão lento que era. Aproveitaram cada segundo dele até o fôlego acabar mais uma vez.

— Também estava com saudade de você. — você falou dando um beijinho no arco da boca dele. Na maioria das vezes que finalizavam um beijo você fazia isso quase como uma tradição. E Suna adorava.

— O que você queria me contar? — perguntou mantendo as mãos na sua cintura, fazendo um carinho inocente no local.

— Então... — seu rosto se iluminou pela menção da novidade — Lembra que eu tinha falado que a Yuri Natsumi tinha pedido pra me encontrar?

— Foi em uma das últimas mensagens que eu te respondi, não foi? — você acenou — Eai o que deu?

— Ela me deu uma vaga de estágio no studio dela, além de ter pedido para virar minha assessora. — falou de uma vez não escondendo a felicidade que sentia.

— Nem fudendo. Você tá me zoando? — ele perguntou surpreso, apesar de saber que você não mentiria e tinha potencial suficiente para ter chamado atenção de uma das melhores produtoras musicais de Tokyo.

— Não tô te zuando, juro. — você riu da expressão que ele fez.

O moreno a envolveu em um abraço apertado antes de segurar seu rosto e pressionar os lábios nos seus. Ele parecia estar mais feliz que você.

— Parabéns meu amor, você merece isso demais. — te deu mais um selinho para depois te encarar — Você é foda.

— "Meu amor"? — você repetiu, mordendo o lábio inferior para conter um sorriso.

— De tudo o que eu te falei você só prestou atenção nisso? — ele zombou, por mais que nem tenha notado o quão simples essas palavras saíram da boca dele.

— Talvez. — inclinou a cabeça para o lado.

Suna revirou os olhos, mas sorriu.

— Se é pra ser assim, você poderia me chamar daquele jeito mais vezes também. — insinuou enquanto corria os dedos pelo seu braço.

— Que jeito? — sorriu se fazendo de desentendida — De Suna? — se referiu a fato de quase não o chamar pelo sobrenome.

— Não. — balançou a cabeça em negação — Pra você não existe a palavra "Suna".

— E eu vou te chamar de que então, Rintarou? — perguntou, sorrindo ardilosamente.

— Amor? Vida? Amor da minha vida? Rin? Gatinho? — questionou em um tom de afirmação franzindo as sobrancelhas como se fosse óbvio — Até mesmo raposinha.

— Hm, não sei. — fingiu pensar — Acho que eu vou ficar com Suna mesmo.

— Sem graça. — deu um peteleco na sua cabeça.

— Faça isso mais uma vez e eu vou comer o cheesecake de frutas vermelhas que comprei pra você.

— Você trouxe cheesecake pra mim? — perguntou desconfiado, não parecendo acreditar.

— Sim, está lá na cozinha, mas se você continuar me maltratando desse jeito, já sabe né.

— Perdão minha princesa, só vou te dar carinho a partir de agora. Se é que me entende. — te olhou com malícia, passando a língua no lábio inferior.

— Pervertido. — você falou soltando um riso envolvente que contagiou Suna também.

— Agora falando sério. Eu tava louco pra comer algum doce hoje. Você leu meus pensamentos. — o moreno falou fechando os olhos momentaneamente em deleite — Aliás, mudando de assunto, você quer sair pra comemorar?

— Os meninos estarão fora pela noite toda e eles queriam comemorar também. Acho melhor ficar em casa hoje. — você falou, fazendo uma carícia no ombro dele.

— Certo. Não vou reclamar porque estou cansado, mas ainda sim posso pedir comida pra gente.

— Mexicana, por favor. — você pediu. Fazia tempos que estava querendo comer tacos.

— Você que manda, gatinha.

Você saiu do colo de Suna com a intenção de ficar ao lado dele em uma posição mais confortável. Colocou sua cabeça apoiada no ombro dele como também não perdeu tempo em entrelaçar suas mãos.

Ficaram sentados na cama se atualizando sobre todas as coisas que haviam feito na semana. O garoto insistiu que você contasse se tinha feito algo de diferente, mas você falou que não havia acontecido nada demais ou de grande importância, além de claro, o encontro que teve com Natsumi hoje.

Já ele, tinha muita coisa para falar.

Embora estivesse morto de cansaço a experiência que passara na Itália treinando com times de países locais fora incrível. Suna falava e falava e você ouvia tudo com atenção adorando ver o quanto ele parecia estar feliz. Era tão relaxante ouvir a voz rouca e suave dele que mesmo não querendo você dormiu sem perceber, completamente aninhada nos braços do moreno.

Rintarou demorou um pouco para perceber o motivo do seu silêncio abrupto, mas ao notar que você dormia serenamente, ele te puxou mais contra o peito, abraçando seu corpo que o deixava na posição de conchinha maior, e tão logo se entregou ao sono também.

O toque do seu celular a fez despertar do cochilo que tirara, murmurando um palavrão por ainda querer continuar dormindo. Mas ao ver o nome "Mamãe" no visor não pôde evitar ficar um pouquinho preocupada.

— Quem é? — Suna murmurou arrastado no seu ouvido.

— Minha mãe. Vou lá fora atender. — você disse levantando o braço dele para sair infelizmente do conforto que se encontrava, mas antes que pudesse se livrar totalmente do aperto dele, Suna a segurou no lugar.

— Não precisa ir, eu já estava acordado. — ele falou num tom normal — Pode ficar aqui e atender.

Você murmurou um "okay", se sentou na cama e retornou a chamada de vídeo da sua mãe já que a outra havia sido encerrada. Demorou cerca de dois toques para a mais velha atender, lhe mostrando um dos sorrisos mais lindos que você já viu. Era sempre bom vê-la.

Oi, mãe. — a cumprimentou.

— Oi, filha. — ela respondeu com a voz doce habitual — Nossa que escuro. Onde você está? — franziu o cenho tentando te enxergar.

— Estou no quarto, espera aí. — você disse enquanto se inclinava para o lado para ligar o abajur que provavelmente Suna deve ter desligado quando adormeceram. — Pronto.

— Agora sim consigo ver minha bebê gigante. — ela falou com uma voz fina e mesmo que Suna tenha colocado a mão na boca, ele não conseguiu segurar o riso — Tem alguém com você?

Hm... tem. — você disse olhando de soslaio para Rintarou que havia acabado de se sentar na cama também.

— Quem é? — perguntou curiosa, lhe olhando sugestivamente.

Oi sogrinha. Tudo bem? — o moreno pegou o celular da sua mão e deu um sorriso simpático.

Suna. — você falou o nome dele num suspiro, tentando inutilmente pegar seu celular de volta.

Nossa, oi. — sua mãe disse surpresa, mas não demorou para erguer as sobrancelhas em contemplação — Pela descrição me dada anteriormente presumo que você seja o famoso Suna?

Sou eu mesmo. — falou dando um aceno positivo — Muito prazer em te conhecer, senhora Miya.

— Sem senhora por aqui. Me chame de Mai. — ela sorriu — E eu que tenho prazer em te conhecer querido. A [Nome] fala muito bem de você.

Você já falou de mim pra sua mãe, coração? — Suna virou a cabeça para você, alargando o sorriso que tinha no rosto.

Não.

Falou sim! — sua mãe te desmentiu.

— O que ela fala sobre mim? — perguntou tanto para ver suas bochechas ficarem mais vermelhas ainda quanto por querer saber o que você falava sobre ele.

— Nada. — você disse tentando pegar seu celular de volta mais uma vez, mas Suna conseguiu te prender entre as pernas dele e fazê-la ficar quieta ao apertar sua cintura.

— Ela fala que você é muito bonito, mas não gosta de te falar isso porque seu ego é elevado. Fala que você é atencioso e que faz ela se sentir como uma menininha apaixonada.

Mãe! — você falou ao tempo em que colocava as mãos no rosto.

Deus, desejava sumir.

O que? Estou mentindo? — a mais velha refutou, achando graça da situação. Ver que você encontrou alguém que parecia realmente te valorizar deixava o coração dela tranquilo. — Você faz ela feliz Suna. Espero que cuide bem dela pra mim.

Ela também me faz muito feliz, senho... Mai. — ele virou a cabeça pra te olhar; te olhar de um jeito que a fez esquecer que não estavam "sozinhos" ali — E não se preocupe. Irei cuidar dela. — voltou o olhar para a sua mãe.

Ótimo, fico feliz em escutar isso.

— Já deu de vocês dois conversarem, né? — você disse conseguindo pegar o celular da mão de Suna sem trabalho dessa vez.

— Mas agora que o papo começou a ficar bom! — sua mãe exclamou.

— Também acho. — o moreno disse, concordando com sua mãe — Você acredita que a [Nome] agora vai ter a Yuri Natsumi como assessora? — ele falou enquanto te ajeitava entre as pernas dele, deixando o queixo apoiado no seu ombro.

— Não acredito! — a mais velha arregalou os olhos e bateu palmas entusiasmada — [Nome], por que não me contou?

— Bem, eu ia te contar se esse fofoqueiro não tivesse acabado de fazer isso. — olhou para Suna por cima do ombro.

— Pare de me difamar assim para sua mãe. O que ela vai pensar de mim? — ele falou fazendo graça.

A conversa se prolongou por quase uma hora e meia.

Suna e sua mãe conversaram tanto que vocês duas nem tiveram tempo suficiente para conversar entre mãe e filha. Mas você não achou ruim. Estava longe de achar isso.

O momento que vocês três passaram juntos, mesmo que tenha sido inteiramente focado em sua mãe falar coisas vergonhosas da sua infância para Suna, havia sido reconfortante. Tão reconfortante que até mesmo Rintarou sentiu que estava e fazia parte de uma família de novo. Com você.

— Já vou pedir comida agora. — Suna falou, deslizando os dedos pela tela do celular até achar o Ifood — Vai querer tacos mesmo?

— Sim, vou. — acenou, parando de olhar o céu escuro pela janela indicando o anoitecer, enquanto se levantava da cama.

— Onde você vai? — perguntou ao observá-la andar até a porta do quarto.

— Banhar.

Banhar? — largou o celular na cama e se levantou da cama também em um pulo.

— Suna. — você estreitou os olhos, enquanto o via se aproximar.

— O que? — ele perguntou num tom inocente demais, dando passos surpreendentemente calmos na sua direção.

Você mordeu o lábio inferior, olhou para a porta do seu quarto que felizmente estava aberta e quando o viu avançar contra você, correu o máximo que podia até entrar no banheiro e trancar a porta atrás de si.

— [Nome], abra a porta. — suplicou enquanto girava a maçaneta.

— Por que eu deveria abrir? — você perguntou divertida, começando a tirar a roupa.

— Você sabe o porquê, gatinha. — soltou uma risada rouca que fez seu baixo ventre esquentar.

— Vamos deixar isso para mais tarde, tudo bem?

— Tenho escolha?

— Não, não tem. — você riu, enquanto entrava no box e ligava o chuveiro.

Como já havia lavado seu cabelo de manhã, tomou um banho rápido somente de corpo e assim que saiu do banheiro, vestiu suas peças íntimas, um shortinho de pijama e um moletom de Suna que havia pegado no guarda-roupas dele sem ele saber.

Estendeu sua toalha na porta e após isso aproveitou para dar uma geral no seu quarto que estava levemente bagunçado.

— [Nome] a comida já chegou! — Suna gritou do andar debaixo.

— Já tô indo. — você gritou de volta, enquanto dava mais uma borrifada do seu perfume no pescoço e pegava seu celular em cima da penteadeira.

Saiu do quarto e começou a andar em direção às escadas ao tempo em que abria suas novas mensagens ainda não vistas por estar tomando banho antes.

Estranhou quando viu que havia uma mensagem de um número não salvo, mas achando que poderia ser Yuri que havia lhe falado mais cedo que iria entrar em contato com você, clicou na conversa sem demora.

XX XXXX-XXXX
número desconhecido

oi, bonequinha

como você está?

Parou de andar e se encostou na parede, sentindo sua garganta se fechar. Bonequinha. Você só conhecia uma pessoa que te chamava assim.


o que você quer?

Não sabe como teve coragem, mas quando viu já havia escrito e enviado a mensagem que para a sua sorte — ou azar — fora respondida na mesma hora.

é desse jeito que vai me tratar agora?

estou te escrevendo porque reconheci que posso não ter sido um namorado tão bom assim

e quando te vi no festival, percebi a mulher incrível que perdi

eu genuinamente sinto sua falta, bonequinha

tanto que vim para Hyōgo só para te encontrar

Teve vontade de vomitar quando leu a última mensagem. Não se deu ao menos o trabalho de responder e apenas bloqueou o número.

Raiva. Não conseguia sentir nada além de raiva no momento.

Quando viu Shigure no festival pensou ser coincidência; algo comum; algo que pode acontecer. Mas estava na cara que não era.

Já fazia quase dez meses que haviam terminado, então porque logo agora ele resolveu que você merecia desculpas que tinha certeza de que eram falsas? O que ele queria? Ele esperava que você voltaria para ele como das outras vezes só para se humilhar mais? Só para se manter numa relação tóxica que ainda te prejudicava até hoje?

Limpou as lágrimas que escorriam pela sua bochecha rapidamente, se recusando a chorar por causa dele. Ele não valia a pena. Não valia sua atenção. Não merecia ser capaz de gerar angústia em você.

Seu celular vibrou na sua mão e você já estava preparada para ser ele, ainda que tenha bloqueado o número. Mas ao ver que era sua mãe, não evitou o suspiro de alívio.

mamãe🥰

*foto enviada*

o jeito que ele te olha é lindo😍

*foto enviada*

na verdade, o jeito que vocês se olham é lindo.

Seu corpo pareceu ter recebido uma dosagem boa de serotonina e endorfina. Você relaxou instantaneamente e inevitavelmente sorriu ao ver os prints de tela da ligação que sua mãe havia te mandado de você e Suna juntos.

vou pedir indenização pelo uso minha imagem
🤨

ah, sério🙄

pare de se fazer de difícil

quando eu for te visitar, quero conhecê-lo pessoalmente

Imaginou como seria a cena perfeitamente na sua cabeça. Seu pai se fingindo de bravo para assustar Rintauro e sua mãe provavelmente o mimando. Seria tão bom se isso acontecesse — você pensou.

a senhora vai, fique tranquila

beijo, amo você

também te amo, mãe

mande um beijo para o papai por mim


— [Nome]? — ouviu a voz de Suna, assim como passos pela escada até ele aparecer no seu campo de visão — Você tava demorando... então vim te chamar. — ele falou andando até você, analisando seu rosto atentamente. Você havia chorado?

— Desculpa. Estava dando uma arrumadinha no quarto e depois respondi mais algumas mensagens da minha mãe. — respondeu, dando um sorriso mínimo fingindo que nada tinha acontecido.

Rintarou sabia que você estava escondendo algo, mas por ver que você não queria falar sobre o que quer que tenha acontecido, resolveu ficar quieto.

— Você estava conversando com ela sem mim? — ele disse arqueando as sobrancelhas em desaprovação.

— Sabe, ela é minha mãe. — enfatizou a palavra.

O moreno revirou os olhos e parou em frente a você .

— Sabe, ela é minha sogra.

— Ah é? Desde quando? — perguntou soltando um riso nasalado. Havia gostado de escutá-lo falar isso.

— Não sei. Mas ela é. — deu os ombros, sorrindo — Agora vamos, se não a comida irá esfriar.

Ele pegou sua mão e ao contrário de descerem as escadas para irem até a sala de jantar, vocês subiram mais um lance de sete degraus que dava acesso ao terraço.

Suna empurrou a porta de vidro e te guiou entre os puffs para o maior sofá redondo que havia ali em cima. Você abriu a boca em choque ao ver algumas velas acesas, duas taças finas — o que era engraçado porque vocês iriam beber refrigerante — tacos e um edredom grande para se protegerem do clima levemente frio.

— Quando você montou tudo isso? — perguntou surpresa, enquanto se sentava no sofá.

— Você demorou um tempinho, então tive algum tempo extra. — se sentou ao seu lado. — Queria fazer alguma coisa diferente para comemorar com você, mas não sou o melhor nessas coisas. — bagunçou o cabelo, envergonhado.

— Não precisava ter feito nada demais. — você falou, colocando a mão na bochecha dele — Só de ser com você, já é especial. — deu um selinho nele.

Não sabe explicar se era a vontade que estava de comer comida mexicana, mas o alimento nunca pareceu ser tão saboroso quanto nesse instante.

Você e Suna conversavam ocasionalmente sobre coisas que queriam fazer antes do semestre acabar e planos de lugares que poderiam viajar quando as férias chegassem.

Assim que terminaram de comer os tacos, dividiram o cheesecake delicioso de frutas vermelhas que você havia comprado pela tarde. Colocaram as coisas no chão ao lado do sofá e se deitaram um do lado do outro. Você colocou um braço e uma perna em cima do corpo de Suna, enquanto o moreno apenas envolveu um braço ao seu redor para te deixar mais perto dele.

Permaneceram no terraço até o mais tardar da noite, e apesar de estar fazendo um pouco de frio você não queria sair dali.

Ali era um lugar que só te fazia lembrar de coisas coisas boas. Foi o lugar onde conheceu Suna e o beijou pela primeira e por uma segunda vez. Ali não pensaria nem se quisesse nas mensagens que recebera de Shigure. Ali estava em paz.

— Você quer ir pra dentro? — Suna perguntou enquanto fazia um carinho no seu braço.

— Na verdade... a gente poderia dormir aqui hoje? — pediu, erguendo a cabeça para olhar pra ele.

— Dormir aqui? Por que? — perguntou curioso.

Você desviou o olhar dele e passou a admirar o céu escuro que estava lindamente enfeitado por estrelas.

— Dormir sobre as estrelas, parece bobo eu sei, mas sempre tive essa vontade. — você começou a falar — E pelo que eu vi nas previsões, hoje vai ter uma chuva de meteoros também.

— Bom, se você quer. — ele disse dando um beijo na sua testa — Mas de onde é que surgiu essa vontade?

— O clima, a sensação é boa. Olhar para o céu e se perder nele em todos os sentidos, é... sei lá. — suspirou olhando para ele de volta — Parece ser mágico.

— Sabe o que mais é mágico? — indagou levando uma mão para o seu cabelo.

— O que?

— Você.

Você sorriu e escondeu o rosto na curvatura do pescoço do moreno, soltando um riso suave que o aqueceu por inteiro.Você tinha razão. O clima realmente parecia ser mais agradável ali.

Suna pegou o celular e deu play em uma playlist aleatória do Spotify. A música Sure ThingMiguel começou a tocar deixando tudo ainda melhor.

If you be the cash
I'll be the rubber band
You be the match
I will be a fuse, boom

Painter, baby,
you could be the muse
I'm the reporter, baby,
you could be the news — você cantou a primeira parte baixinho.

— 'Cause you're the cigarette
And I'm the smoker
We raise a bet
Cause you're the joker
Checked off

You are the chalk
And I can be the blackboard
You can be the talk
And I can be the walk — Suna cantou a segunda parte te olhando.

Vocês sorriram um pro outro antes de cantarem juntos a próxima estrofe.

— Yeah
Even when the sky comes falling
Even when the sun don't shine
I got faith in you and I
So put your pretty little hand in mine

...

— Dedico essa música pra você. — o moreno falou num tom tênue depois de cantarolar mais alguns versos.

— Você sabe que esse cara escreveu essa música para amante, não sabe? — você o encarou, franzindo as sobrancelhas.

— E o que tem?

— Você tá me falando que eu sou sua amante? — deu um soquinho no peitoral dele.

— E o que tem ser amante? — ele riu ao ver sua expressão ligeiramente julgadora — Não sei se você sabe, mas a princípio a palavra amante se refere a alguém, a uma pessoa com quem você possuí uma relação romântica. Amante vem do verbo amar.  As pessoas que transformaram a palavra em uma coisa "ruim" hoje em dia.

Seu coração parou por instante ao analisar o que Suna falara. Amante vem do verbo amar. Ou você havia entendido errado por querer que ele lhe falasse as três palavras mágicas ou ele realmente insinuou isso de um jeito implícito.

— Nossa, olha pro céu. — Rintarou disse enquanto apontava o dedo indicador para cima, obrigando-a a deixar tal pensamento de lado por ora e fazer o que ele havia mandado.

— Nem fudendo, uma estrela cadente. — você esbravejou admirada, observando a estrela correr pela imensidão do céu. — Não tô acreditando nisso!

— Tá tão feliz assim por que? — ele perguntou soltando um riso baixo, enquanto a via fechar os olhos e juntar as mãos — O que você está fazendo?

— Fazendo um pedido. — respondeu simplista.

— Sério, [Nome]? — indagou um pouco incrédulo.

— Sim. Faça também.

— Não acredito. — ele murmurou em negação, mas se deixou levar pelo momento e fechou os olhos por breves segundos fazendo um pedido que ele desejava que acontecesse. Quando abriu os olhos novamente, ele a viu com uma expressão arteira no rosto.

— Quer saber o que eu pedi? — você perguntou se deitando de bruços no sofá.

— Não costumam dizer que se você falar o que pediu, o pedido não se realiza?

— Costumam, mas o meu já está se realizando então creio que não tenha problema falar. — deu os ombros.

— Se é assim, eu sou todo a ouvidos. — ele piscou, fazendo-a ficar menos tensa com o que estava prestes a falar.

— Antes de eu voltar pra Hyōgo, eu não sabia o que podia acontecer comigo mesma. Falo isso no sentido de que, eu ainda estava perdida. Não acreditava mais no que tanto acreditei. Nesse caso, não acreditava que poderia gostar, me apaixonar e até mesmo amar outra pessoa. — desviou o olhar, juntou as mãos e ficou brincando com seus dedos em uma tentativa de conter o nervosismo. — Mas aí eu conheci você. Você como minha mãe disse, fez eu me sentir como uma menininha apaixonada de novo. Meu desejo não foi nada além de querer que nós continuemos assim. Que o nós continuasse a dar certo.

— [Nome]. — o moreno murmurou seu nome em um tom doce, enquanto soltava um suspiro que parecia ter ficado preso na garganta ao imaginar o que você falaria.

Eu... eu acho que eu amo você, Rin. — confessou tomando coragem para o olhar nos olhos de novo — Na verdade, eu sei que eu amo você.

Suna ficou petrificado observando seu rosto a procura de algum errinho que denunciasse que você estivesse brincando. Mas é claro que você não brincaria com isso. A questão era que ele estava em frenesi por saber que você o amava.

— Você... está me pedindo em namoro? — ele deu um sorriso gentil e ao mesmo tempo brincalhão, que julgou que seria o melhor para a ocasião.

— E se eu estiver? Sabe os tempos não são mais como antigamente. — você falou, dando continuidade ao clima gostoso que se estabeleceu entre vocês. Apesar de querer que ele lhe falasse algo, já era bom ficar assim.

— Sim, não são, mas você vai mesmo cortar meu barato de me ajoelhar e te pedir em namoro? — se sentou no sofá.

— E você vai me pedir? — perguntou, começando a sentir seu corpo inteiro formigar quando o viu se inclinar para o chão a procura de algo.

— Não tenho um anel, mas isso não vai ser um problema. — ele disse enquanto pegava duas fitinhas vermelhas que vieram enroladas na embalagem do taco e se levantava do sofá para se ajoelhar na sua frente logo em seguida — Já disse pra você que não sou o melhor nessas coisas. Mas por você... tem ideia do que eu faria por você? Do quanto você me trouxe de volta e virou uma luz na minha vida?

— Rin... — você murmurou, sentindo seu coração acelerar e pulsar tão forte que julgaria facilmente que ele pudesse sair pela sua boca.

— Espere eu terminar de falar, agora é minha vez de me declarar. — ele brincou, por mais que estivesse tremendo em nervosismo — [Nome] Miya, por favor me dê sua mão.

Você fez o que ele pediu sem hesitar. Tão rápido que Suna riu baixinho pelo fato de você estar ansiosa assim como ele.

O moreno separou seu dedo anelar, amarrando a fitinha vermelha fina nele sem demora. Logo que o nó foi dado, ele pediu você para ajudá-lo a colocar no próprio dedo.

Você soltou um gritinho agudo quando ele levantou e te pegou no colo repentinamente, mas sorriu quando ele colou os lábios no seus.

— Isso significa que... — você falou após romper o ósculo, não tirando o sorriso do rosto.

— Significa que o meu pedido está sendo realizado. Significa que você é minha namorada. — confessou antes de te dar um selinho longo — Eu também acho que amo você, coração. Na verdade, eu sei que eu amo demais você.

Tudo que declararam um para o outro era verdade.

Você foi a pessoa que mostrou a Suna que o amor é o sentimento mais intenso e puro que ele poderia querer. E mesmo que no início não soubesse o que era gostar de alguém do ponto de vista romanticamente falando, ele te mostrou da maneira mais genuína, simples mas ainda sim, bonita possível que ainda existia o lado bonito do amor e que você não tinha mais o que temer. E como você era grata a ele por isso.

Aquela senhora na praia estava certa. O amor não tempo ou lugar. Ele pode acontecer a qualquer instante com qualquer pessoa. Ele pode estar em lugares e coisas inimagináveis, da mesma maneira que pode estar em coisas simples e nas mais complicadas.

O amor vem no tempo certo para te curar.

Você estava feliz por se entregar a chance de amar alguém novamente e ser recíproco; e Suna estava feliz por ter a chance de amar alguém pela primeira vez e essa pessoa ser você.

A única coisa que não esperavam era que todo esse paraíso que viviam estava prestes a acabar.



N/A: deja vú com [Nome] e Draken? pois é, quem sabe daqui um tempo eles não aparecem por aqui...

[Nome]: a
Suna: au au

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