𝚊𝚕𝚕 𝙸 𝚠𝚊𝚗𝚝𝚎𝚍

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mais tarde reviso o cap, beijo <3

O ar condicionado ligado na temperatura mínima facilitava a tarefa de lhe fazer ficar prostrada na cama, embrulhada da cabeça aos pés para se proteger das rajadas gélidas de ar que faziam seu corpo tremer de frio

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O ar condicionado ligado na temperatura mínima facilitava a tarefa de lhe fazer ficar prostrada na cama, embrulhada da cabeça aos pés para se proteger das rajadas gélidas de ar que faziam seu corpo tremer de frio.

A coberta não tinha êxito em esquentá-la o suficiente; nada que não fosse ele — desde o contanto íntimo afável de corpo a corpo até a lembrança de algum dos momentos bem fadados compartilhados juntos — conseguia manter seu corpo aquecido. Nada se equiparava com o calor e abrigo que você encontrava nos braços dele.

Cada célula, cada parte do parte do seu corpo, da sua mente, do seu ser implorava por Suna.

Suna. Suna. Suna. Suna. Suna.

Fantasiava ele correndo os dedos pela sua coluna enquanto te encarava com um sorriso convencido por senti-la tremer em resposta a carícia lhe fornecida. Imaginava-o vividamente ali deitado na cama te contando com tamanha empolgação como havia sido o treino de vôlei diário. Alucinava com ele clamando seu nome cada vez mais, bem no seu ouvido até se fundir dentro de você. Sonhava com ele lhe dizendo que nada do que ele lhe falara era verdade e agora estavam bem, vivendo juntos e amando juntos novamente.

Se sentir no céu por alguns minutos mesmo que na realidade estivesse no inferno. Ah. Era um dos muitos efeitos que a cocaína possuía. Efeito que infelizmente não durava o tanto que você almejava que durasse.

Todas as sensações ruins voltaram mil vezes mais intensificadas quando o efeito da droga passara. Lhe restava ficar vegetando na cama, no seu quarto, para não alarmar Atsumo e Osamu do seu estado decadente, já que não queria ser um peso morto para eles e evidenciar que estava usando drogas para se anestesiar da dor excruciante que assolava seu peito.

Os milissegundos que se tornavam segundos, os segundos que se tornavam minutos, os minutos que se tornavam horas, as horas que se tornavam dias e que se tornavam semanas para enfim se tornarem um mês. Um mês que seu quarto virara a sua fortaleza. Um mês que não saía de casa, tampouco comia adequadamente.

Rintarou arrancara sua vontade de fazer as coisas que gostava e costumava fazer, porque tudo lembrava ele.

Seu olho se enchia de lágrimas ao ver as fotos e filmagens postadas no Instagram feito como um fanclub para vocês. Se recusava a acreditar que ele te fez viver a melhor fase da sua vida para depois descobrir do jeito mais doloroso que tudo não se passava de uma mentira. De uma ilusão.

Mas... como poderia ser mentira? O jeito que ele te olhava, a forma que ele te tocava, a maneira como ele te tratava, tudo. Você sabia que era tortura fazer isso consigo mesma, ficar procurando pistas de algo que não existia por querer acreditar que todas as palavras cruéis que lhe disse e que serpenteavam pela sua mente vinte horas por dia eram vazias. Ver as fotos dele te olhando como se você fosse o diamante mais bem lapidado que ele já vira para esconder a realidade de que na verdade seu tempo fora roubado, furtado.

𝔒𝔫𝔢 𝔐𝔬𝔯𝔢 𝔏𝔦𝔤𝔥𝔱 // 𝚂𝚞𝚗𝚊 𝚁𝚒𝚗𝚝𝚊𝚛𝚘𝚞Where stories live. Discover now