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By luvhatake_

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By luvhatake_

Aviso: Conteúdo +14

acho que essa música foi feita pra ser escutada
durante o cap todo porque combina demais 😫;

cap não revisado; desculpa a demora <3

A cama em que estava deitada nunca pareceu a atrair e a aninhar tanto quanto naquele momento. A brisa suave que arrepiava a pele das suas costas descoberta pelo lençol, mais o barulho relaxante e satisfatório do vento e das ondas se quebrando a beira mar deixava tudo ainda mais propício para que continuasse a dormir por um longo período de tempo.

Apesar de desejar veementemente continuar perdida no mundo dos sonhos, esticou o braço para o lado a fim de encontrar o corpo da pessoa com quem dividira uma madrugada indescritível, porém, ao apalpar o acolchoado e perceber que não havia ninguém ali, abriu os olhos de uma vez, logo os fechando novamente pela claridade que o quarto se encontrava.

Não evitou a série de resmungos e pequenos xingamentos que escaparam pela sua boca até ser capaz de sentir a cama se afundar ao lado contrário que você estava, assim como ouvir o som de uma risada doce — que você particularmente passou a apreciar com tamanha devoção — ressoar pelos seus ouvidos.

— Bom dia, gatinha resmungona. — Suna falou depois de cessar o riso e de pressionar os lábios na sua pele, deixando um rastro de selares pela extensão do seu ombro.

— Bom dia. — você respondeu, dando um sorriso entorpecido devido ao sono, aproveitando o contato dos dedos dele correndo do início ao fim da sua coluna e da continuação dos beijos singelos que lhe faziam sentir milhares de borboletas no estômago — Você sabe que se continuar fazendo isso, aí que eu vou querer continuar dormindo, não sabe? — abriu um olho para espioná-lo, enquanto arqueava as sobrancelhas.

— O que você prefere que eu faça? — perguntou com a voz aveludada, sem provocação, enquanto movia os lábios para a sua bochecha antes de pairar o rosto totalmente em frente ao seu. — Sabe que estou sujeito a fazer o que você quiser, dependendo do que for. — desceu o olhar para sua boca.

— Eu preferiria que você... — você deixou a resposta no ar e quando viu Rintarou fazer uma expressão que dizia para você continuar falando, passou os braços pelo pescoço dele puxando-o para se deitar na cama ao seu lado — ...ficasse aqui na cama comigo. — colocou uma mão em seu peitoral desnudo, admirando os leves vergões que suas unhas haviam deixado ali horas atrás e admirando os poucos respingos de água que escorriam pelo corpo esculpido dele, dando a entender que ele havia acabado de sair do banho.

— Devo levar isso como assédio? — o moreno perguntou ao tempo em que firmava uma mão na lateral do seu corpo percebendo o jeito que você o despia com o olhar, somente agora notando que ele tinha apenas uma toalha enrolada no tronco.

Hm, não é assédio se você gosta. — você retrucou com um riso provocante, enquanto passava uma perna por cima da cintura dele tendo o intuito de se aproximarem mais.

— Quem disse que eu gosto? — falou estreitando os olhos em falsa descrença, mas suspirando no segundo seguinte ao ter suas unhas arranhando sua barriga e sua boca depositando um selinho demorado acompanhando de uma mordida em seu lábio inferior.

— Vai me dizer que não gatinho? — disse, observando os olhos dele subitamente nublarem em luxúria.

Suna pareceu ter entrado em um imenso conflito interno ao vê-la agir de forma mais solta do que o habitual. Foi incontrolável viajar o olhar pelo seu corpo quase inteiramente descoberto, enquanto engolia dificilmente o ar que parecia ter sido arrancado a força de seus pulmões.

Você ficava tão linda daquele jeito.

Você era tão linda que ele não se importaria em passar horas meramente te vangloriando.

Pense Sunarin. Pense em qualquer coisa que não for a mulher nua deitada na cama com você. Pense em qualquer coisa para lutar contra a vontade de fazê-la gritar e lhe agraciar com os mesmos sons encantadores que ela fez na noite passada. — era o que o moreno pensava.

— E então? — você disse mais uma vez, inclinando a cabeça para o lado em divertimento por deixá-lo sem palavras, mantendo o olhar pedinte preso aos olhos verdes-amarelados.

— Não me olha assim, por favor. — Suna conseguiu dizer, mesmo com um pouquinho de dificuldade.

— Por quê não devo te olhar assim? — perguntou num tom genuíno, fazendo um carinho sutil com as unhas no peitoral e ombro dele.

— Porque se não, depois não poderá me culpar pelas atrocidades que eu planejo fazer com você. — disse de forma tão sincera e te encarando tão intensamente, que por um momento você travou. Os olhos dele sempre pareciam arrancar sua capacidade de raciocinar, além de lhe deixar completamente impotente.

— O que você planeja fazer? — perguntou depois de engolir seco e arfar ao senti-lo apertar seu seio direito e rodear seu bico macio com ternura.

— Planejo fazer com que você fique nua a maior parte do tempo, que você implore por mais enquanto geme o meu nome e que não deixemos esse quarto tão cedo. — respondeu durante o tempo em que te puxava para perto, fazendo com que seus seios fossem plenamente esmagados contra o peitoral dele.

Você sabia que ele iria dizer isso, mas mesmo assim sentiu seu rosto esquentar.

As memórias da noite anterior assolaram sua mente. Relembrou com vivacidade das cinco horas que passaram juntos sem desgrudarem, provando a si mesmos o quanto se completavam, se encaixavam e pareciam terem sido feitos na medida certa — em todos os sentidos — um para o outro.

— Acho que não aguento um sétimo round. — você murmurou acanhada soltando um suspiro pesado, porque, por mais que tenha falado isso, seu interior reagiu de forma diferente. Seu corpo automaticamente se lembrou de cada toque, sensação e ecstasy que sentira, deixando-lhe com certo desejo de novo.

— Você é engraçada, [Nome]. — Suna riu, assistindo suas bochechas adquirirem um tom ainda mais rubro — Agorinha estava toda atiradinha pra cima de mim e agora está com vergonha?

— Fique quieto. — você falou fingindo seriedade, escondendo o rosto na curvatura do pescoço dele.

Fofa. — o moreno passou os braços ao redor da sua cintura, soltando um riso soprado.

— Eu não sou fofa. — retrucou batendo levemente no peito dele.

Linda, então. — deu um beijo na sua cabeça e acariciou as laterais da sua cintura.

Suna. — você continuou fingindo uma voz séria, dizendo em um tom apreensivo. No entanto, ao mesmo tempo lutava imensamente contra a vontade de querer sorrir.

Gostosa. — te ignorou e continuou provocando, sussurrando com a voz rouca no seu ouvido.

— Deus, cale a boca. — levantou a cabeça para encará-lo, sentindo em seguida o hálito de hortelã refrescante atingir seu olfato quando ele soltou outro riso soprado.

— Vem calar. — falou como uma criança arteira e sorriu como se tivesse feito algo incrível.

E você não sabia o que era mais ridículo. Essa brincadeira ou o fato de você ter realmente se entregado e o beijado para fazê-lo calar a boca.

Suas mãos se perderam nos cabelos úmidos de Rintarou, puxando e repuxando os fios fazendo com que rapidamente ele te puxasse para deixá-la sentada em seu colo, tornando assim a posição muito mais confortável para as carícias que desejavam trocar.

O beijo começara de maneira afoita e descontrolada, mas em determinado momento suas línguas se cansaram da batalha árdua travada e se contentaram em manter um ritmo calmo e lento, seguindo um fluxo que dizia a ambos por meio daquele contato terno, tudo o que sentiam à flor da pele.

Havia mais que uma ansia pelo toque físico ali. Havia afeição e um carinho que até agora você não possuía noção da falta que lhe fazia. Estava inegavelmente apaixonada por ele. Não sabe quando se permitiu se sentir assim, mas não se arrependia. Estava intoxicada por Suna assim como ele estava por você. Não só do modo carnal, mas também do emocional.

O fôlego se tornou escasso mais rápido do que ansiavam, no entanto, não foi necessário muito esforço para ter os lábios do moreno colados aos seus novamente. Você sorriu entre o novo beijo que se iniciara, se desmanchando perante o toque eletrizante das mãos dele percorrendo suas coxas, costas, pescoço e nuca. Rompeu o beijo mais uma vez apenas para poder respirar e tão logo depositou selinhos na boca de Suna, que por sua vez, tinha um sorriso singelo marcando presença em sua boca.

Ele não se importaria em permanecer ao seu lado pelo tempo que você quisesse. E embora isso o assustasse, dado que ele nunca havia ficado e acordado ao lado de alguém depois uma transa, com você ele sentia a necessidade de mostrar o quanto te desejava e o quanto queria que você também o desejasse de volta.

Afinal, você foi a primeira certeza, a primeira escolha certa que ele fez nesses três anos. Você era definitivamente uma luz no fim do túnel e ele estava disposto a fazer de tudo para alcançá-la, sem receio de sentir qualquer que fosse o sentimento.

— Oi, gatinho. — você disse depois de passar meros segundos apreciando o momento, sorrindo despreocupadamente.

— Oi, coração. — Suna devolveu o sorriso de um jeito tão lindo, que fez seu coração acelerar.

— Por favor, não me olha assim. — repetiu o que ele havia lhe dito, respirando pesadamente.

— Por quê? — perguntou confuso, franzindo a testa.

— Não vai fazer bem para o meu coração. Sinto que posso ter um ataque cardíaco se te ver sorrir assim mais uma vez.

Rintarou não conseguiu conter o riso que ecoou pelo quarto feito uma melodia graciosa, como tampouco conteve a vontade de avançar sobre você e te beijar de novo. Os beijos não se passavam de selares afetuosos depositados na sua boca, mas te fizeram sorrir que nem uma adolescente descobrindo uma paixão épica.

— Eu poderia me acostumar com isso. — ele lhe deu um último beijo casto, antes de falar e segurar seu rosto com ambas as mãos.

— Com o que? — perguntou atenta a expressão leve presente no rosto dele.

— Acordar assim com você. — respondeu enquanto se encostava no estofado da cabeceira da cama.

— Facilmente. — cantarolou em resposta ao tempo em que se inclinava para frente e deixava um selinho delicado em cada parte do rosto dele.

— Facilmente. — ele reafirmou beijando sua testa, aninhando-a nos braços logo em seguida.

Você fechou os olhos ao ouvir o ritmo pacífico que o coração dele batia. Deixou-se levar pelo cheiro bom que emanava dele por ter saído do banho recentemente e se aconchegou o máximo que pôde nos braços fortes que lhe rodeavam, começando a traçar linhas imaginárias que iam do braço até a mão apoiada em sua cintura.

Ficaram assim por alguns instantes, desejando que o momento não acabasse e se fosse possível, perdurasse para sempre. Se sentia tão segura e desejada que até se esquecera que um dia implorou para que não fosse capaz de se sentir dessa maneira novamente.

A dor que o amor de alguém um dia lhe causou, só pode ser curada por outro amor. Isso se você permitir que ele entre em sua vida. — a frase dita pela sua mãe quando as coisas não deram certo com seu ex-namorado vieram a sua mente.

— Obrigada por estar sendo meu recomeço, Rin. — você confessou, cortando o silencio outrora estabelecido.

Não esperava ou precisava ouvir uma resposta de Suna, até porque havia confessado isso por apenas estar confortável e querer que ele soubesse. Contudo, sua confissão mexeu com o moreno, tanto que no mesmo instante ele colocou a mão entre seu pescoço e sua mandíbula para levantar sua cabeça e olhar nos seus olhos enquanto também confessava sem postergar:

— Obrigado por estar sendo o meu começo, [Nome].

Você arregalou os olhos parcialmente ao escutar isso.

— Caramba, eu realmente gosto de você. — disse num murmúrio rápido, se arrependendo por não ter mantido a frase em pensamento ao ver uma expressão convencida surgir no rosto dele.

— Gosta? Mas você já não estava apaixonada por mim? — ele brincou, fazendo um beicinho ofendido.

— Eu não disse que estava. — negou com a cabeça.

— Não adianta mentir pra mim, gatinha. — deu uma piscadinha, tirando apenas um revirar de olhos seu — Eu também gosto demais de você, mas... sabe qual a outra coisa que eu gosto?

— Qual? — perguntou meio desconfiada.

— De você em cima de mim, mas acho que você já sabe disso. — apertou sua cintura, enquanto sorria lascivamente.

— Idiota. — mordeu o lábio inferior para tentar não rir, mas não teve sucesso.

Seu idiota. — proclamou antes de te beijar; de te dar um beijo febril de tirar o fôlego.

Ei, o almoço já está pronto. Venham comer! Seja lá o que estiverem fazendo, deixem para depois! — Atsumo gritou batendo na porta, fazendo com que você e Suna se afastassem assustados durante o tempo em que escutavam os passos do gêmeo loiro se distanciar.

— Almoço? — você arregalou os olhos surpresa. Não fazia noção de que horas eram.

— Sim, já são uma e meia. — Suna disse olhando o relógio em cima da cômoda, sem interesse.

— Por que não me avisou? — você disse se levantando da cama num pulo, sem se importar com a nudez. Teve uma pequena dificuldade em se manter de pé por causa das suas pernas estarem bambas, mas felizmente conseguiu disfarçar bem.

— Não vi necessidade. — deu os ombros, enquanto pendia a cabeça para o lado e passava a língua pelos lábios te examinando de cima a baixo ao vê-la pegar uma toalha — Vai ir tomar banho?

— Vou. — o olhou de soslaio.

— Posso ir com com você? — perguntou já se levantando da cama.

— Não, porque nós dois sabemos que não será apenas um banho. — disse num tom acusatório — Aliás você já tomou.

— Você que está dizendo. — ergueu as mãos em rendição antes de deixar um beijo no seu ombro.

Você revirou os olhos de maneira divertida pela tentativa dele de fazê-la ceder, porém, conseguiu se segurar e o dispensar mais uma vez, entrando no banheiro logo em seguida.

Como provavelmente iria tomar sol e banhar no mar durante a tarde, optou por tomar um banho rápido apenas para tirar um pouco do cansaço que sentia e o cheiro de sexo que exalava do seu corpo.

Assim que fechou o registro, saiu do box, se secou e colocou um roupão branco macio que estava pendurado em um suporte ao lado da banheira. Tratou da sua pele com cuidado, passando creme hidrante e protetor solar pelas suas pernas, coxas, barriga e braços, e depois, desembaraçou o cabelo e fez uma trança para deixá-lo no mínimo mais apresentável.

— O que você tá fazendo aqui? — você perguntou franzindo as sobrancelhas ao ver Akta sentada na cama, após sair do banheiro — Cadê o Suna? — disse passando os olhos pelo quarto a procura do moreno.

— Os meninos tavam precisando dele pra não sei o que, então ele teve que descer. — a morena explicou com uma feição desinteressada, isso pelo menos até lhe olhar como uma criança olhando para o brinquedo que ela mais deseja — Tem algo para me contar?

— Acho que não. — fingiu indiferença já que sabia ao que ela se referia, enquanto andava até o guarda roupas para pegar um vestidinho solto para vestir.

— Hm, tá bom. — Akta disse ainda com a mesma expressão — Já que não tem algo para me contar, você podia me falar se por acaso não se lembra de ter esquecido algo ontem a noite. — colocou a mão no queixo, pensativa.

— Esqueci? — disse incerta, estreitando os olhos na direção dela.

— É sabe, uma parte bem importante da sua roupa... — ela falou levando a mão para trás do corpo — ... tipo a parte de cima do seu biquíni na piscina. — balançou a peça em mãos, gargalhando ao vê-la arregalar os olhos incrédula.

— Alguém mais viu? — você perguntou ao tempo em que andava até ela para pegar a peça. Havia se esquecido totalmente desse mínimo detalhe devido a noite maravilhosa que teve.

— Relaxa, você deu sorte que foi eu que achei. — te deu uma piscadinha, sorrindo entusiasmada — Mas chegando a parte que realmente me interessa...

— Não vou te contar nada do que aconteceu ontem. — ditou antes que ela pudesse completar a frase.

— Eu prometo não te encher o saco sobre isso nunca mais e não te fazer me contar em todos os míseros e mínimos detalhes. — disse de forma persuasiva, juntando as mãos em súplica.

— Não sei...

— Por favor [Apelido], vai me negar isso mesmo? — fez biquinho, te fazendo suspirar fundo antes de resolver falar.

— Os rumores sobre ele estavam certos. Se contente apenas com isso.

— Sério mesmo?

— Sim. — melhor, eu acho; você pensou balançando a cabeça em afirmação, vendo Akta rir exageradamente. Sabia que ela certamente teria esse tipo de reação.

— Oh meu Deus, você não sabe o quanto esperei por esse momento! — bateu palmas e se levantou da cama para te abraçar.

— Larga de ser exagerada. — você a alfinetou, mas não deixou de rir.

— Não estou sendo exagerada, você sabe muito bem disso. — ela contestou separando do abraço — Pra você ter se entregado dessa forma pra ele, você confia e gosta muito dele.

Isso era uma afirmação, mas mesmo assim você concordou dando um sorriso mínimo enquanto balançava a cabeça.

— Fico feliz de te ver assim. — Akta disse sorrindo gentilmente. Você notou a boca dela tremer um pouco e ficou preocupada em achar que ele estava prestes a chorar — Você finalmente está conseguindo seu brilho de volta. Acho que não tem ideia do quanto fico feliz em ver você e Suna assim. — agora seus lábios que tremeram. — Parece que agora você finalmente encontrou sua luz, não é?

— Parece que sim. — sorriu pensando que se Suna pudesse ser descrito em uma palavra para você, essa com certeza seria luz. A luz que você tanto precisava.

— Own minha menina está tão crescida! — ela afinou a voz e apertou suas bochechas.

— Você acabou com o clima. — você disse num tom divertido saindo do alcance dela.

— O que posso fazer, é o meu jeitinho único. — deu os ombros — Mas eai, então quer dizer que o Suna é bom mesmo no que faz?

Você revirou os olhos derrotada, uma vez que foi totalmente engano seu pensar que Akta realmente iria ficar quieta e se contentar somente com o essencial do acontecimento.

A tentativa de fazê-la ficar quieta e parar de tagarelar foi em vão, e no final das contas você acabou contanto para ela tudo o que tinha acontecido na noite anterior. Isso fez com que sua estadia no quarto se estendesse por longos minutos, e apesar de Akta fazer perguntas um pouco constrangedoras, você se divertia e ria até sentir sua barriga doer com as reações exageradamente espontâneas da sua melhor amiga.

— O que é isso Sunarin? Brigou com um gato por acaso? — Kita perguntou ao entrar na sala de estar e se deparar com o estado das costas nuas do moreno, enquanto ele e Aran colocavam a mesa para o almoço.

— Acho que está mais para gata, Shinsuke. — Aran insinuou num tom brincalhão, fazendo o garoto lhe lançar um olhar fulminante visto que ninguém havia notado e comentado sobre suas costas antes.

— Deixa eu ver. — Atsumo proferiu deixando os copos que carregava de qualquer jeito em cima da mesa andando até Suna, colocando as mãos no ombro dele e o virando de uma vez, tirando um resmungo do moreno — Caralho, não consigo tirar da mente agora que foi minha doce e inocente priminha que fez isso. — o loiro disse em estado de completo choque.

— De doce e inocente ela não tem nada, se você quer saber. — Suna disse o olhando pelo canto do olho, tentando segurar o riso da expressão estarrecida de Atsumo.

— Suna, se você falar mais alguma coisa eu juro que te castro. — Osamu falou num tom sério, enquanto colocava a travessa com fricassé na mesa.

— Acho que a [Nome] não iria gostar de saber disso.  — o moreno provocou, recebendo um olhar mortal do gêmeo de cabelo cinza.

— Ela não iria precisar saber. Eu farei ser rápido, mas com muita dor e quando você visse já ia ser tarde demais. — Osamu retrucou de forma debochada.

— Tá, isso tá ficando estranho. Prometo que não vou falar mais disso. — recuou, engolindo seco. Por mais que soubesse que o Miya estivesse brincando, ele sabia que não era uma boa ideia testá-lo.

— Vocês não podem falar nada dessas coisas, porque foi praticamente impossível pra mim dormir lá em cima tendo vocês nos quartos ao lado. — Kita protestou em advertência.

— É só você arrumar uma namorada que não vai mais sofrer com isso, Kita-san. — Akta disse do pé da escada, anunciando sua presença e a dela no local.

Yuki e Lena que também acabavam de descer as escadas riram juntamente a você e os meninos. O clima descontraído prevalecia no ambiente assim como vinha sendo todos os dias anteriores e tão logo, todos já estavam sentados à mesa para desfrutar do almoço.

— Você demorou. — Suna disse quando você se sentou na cadeira ao lado dele.

— Akta me prensou. — você respondeu o mais simples e direta possível, fazendo uma careta. O moreno riu entendendo o que você quis dizer e murmurou um sonoro "entendi" — E você? Pude escutar o fim da conversa que estavam tendo.

— Bom, estou vivo não é? — brincou enquanto colocava uma mão apoiada na sua coxa.

— Está. — falou dando um beijo na bochecha dele.

Todos vaiaram sua demonstração de carinho reclamando que se quisessem mais privacidade era melhor irem para o quarto. Óbvio que estavam tirando com a sua cara e a de Suna, mas você e o moreno não puderam se importar menos. A mão dele continuou na sua coxa e a sua logo encontrou caminho para a dele. Parecia até que ambas foram feitas para estarem ali.

Era um fato incontestável que essa viagem estava sendo mil vezes melhor do você já imaginava que ela seria.

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O sol que esquentava suas pernas destampadas pelo guarda-sol causava uma sensação gostosinha de um formigamento suave em seu corpo.

Observava as meninas de longe continuando uma partida de vôlei que depois de muito tempo você conseguiu escapar com a desculpa de que iria beber água, como também se divertia com as tentativas cômicas dos meninos tentando surfar. Claro, a não ser Suna que ao contrário dos outros surfava perfeitamente. Você não deixava de ficar impressionada com o fato dele parecer ser ótimo em tudo que faz.

Colocou o canudo de metal entre os lábios, se deliciando com o gosto incomparável da caipirinha, bebida brasileira que Akta aprendeu a fazer recentemente e que agraciava totalmente seu paladar.

Seus olhos ocasionalmente se alternavam entre olhar seus amigos e voltarem para o material apoiado nas suas coxas. A ponta da sua caneta deslizava pelo papel pautado com uma facilidade invejável. Era incrível como sua mente e suas mãos trabalhavam em sincronia, dando vida para rimas e refrãos sinfônicos que ao seu ver estavam ficando perfeitos.

Nem parecia que a dias atrás estava louca e prestes a ter um colapso por não fazer noção do que escrever, porque agora tinha tantas ideias que achava que se estivesse em um local calmo como esse poderia muito bem compor quantas músicas quisesse.

Deu mais um gole na sua bebida aproveitando o gosto cítrico e levemente amargo antes de colocar o copo em uma mesinha pequena ao lado da sua cadeira de tomar sol e levar a ponta caneta de encontro ao papel novamente.

A letra que escrevia era completamente diferente do estilo que era acostumada a compor. Estava tão animada com a mudança de ritmo e conteúdo que podia imaginar com vivacidade o som da guitarra e do baixo tocando enquanto o refrão se aproximava.

— The way you make me feel, yeah, you got a hold on me (A maneira como você me faz sentir, sim, você tem controle sobre mim). — cantarolou um trecho baixinho, estando tão focada em terminar de compor que mal percebeu a aproximação da pessoa que querendo ou não acabou se tornando sua fonte de inspiração.

— O que você está escrevendo? — Suna disse enquanto fincava a prancha na areia e se aproximava de você.

— Uma música. — o olhou rapidamente para logo depois voltar a encarar o caderno e escrever mais uma linha.

— A que você tem que entregar? Posso ver? — perguntou se inclinando para tentar ter a visão do que você escrevia.

— Não, não pode. — puxou o caderno para o peito de forma que o tirasse do alcance do moreno.

— Por quê não posso? — franziu o cenho desconfiado, mas sorriu de canto ao imaginar o motivo — Por acaso você está escrevendo sobre mim e está com vergonha de me mostrar? — colocou uma expressão presunçosa no rosto.

— Talvez sim, talvez não. — pendeu a cabeça para o lado tentando achar algo para se esquivar da pergunta lhe feita — Mas isso não importa. Você só irá ouvi-la se o senhor Han achá-la boa o suficiente para ser tocada no festival. — deu a desculpa que achou ser mais convincente, mas que também não era totalmente mentira, pois mesmo que estivesse gostando bastante do resultado ainda teria que passar pela a validação técnica do seu professor.

— Mas a resposta pra isso é óbvia. Ele adora suas músicas assim como eu. — pontuou levantando seus pés para colocá-los em cima do colo dele enquanto ele se sentava na cadeira — E por isso não vejo o porquê de eu não poder vê-las antes. — tentou mais uma vez olhar o que você tinha escrito, mas você apenas negou e fechou o caderno, o colocando em cima da mesinha.

— Você irá ouvi-la algum dia fique tranquilo. — sorriu dando uma piscadinha ao tempo em que a apertava o ombro dele em forma de consolo.

— Você é má. — o moreno dramatizou inclinando o corpo na sua direção.

— Sou? — arqueou as sobrancelhas assistindo-o acenar e se inclinar mais.

Os olhos dele estavam inteiramente focados nos seus e por um instante você até achou que ele fosse te beijar, mas ao notar o local que uma das mãos dele se esgueirava sorrateiramente, você enlaçou as pernas ao redor da cintura dele e o puxou, fazendo com que ele não conseguisse alcançar o caderno na mesinha e caísse em cima de você.

Merda. — Suna murmurou frustrado lhe encarando com uma feição meio emburrada. A parte curiosa e fofoqueira dele gritavam para ele descobrir o que você tinha escrito, ainda mais quando o que você escreveu podia ser sobre ele.

— Acho que você não foi tão sagaz dessa vez, raposinha. — provocou, soltando uma risada espontânea.

— Você não sabe. Vai que a minha intenção no final sempre foi acabar desse jeito em cima você. — refutou sorrindo de lado, se referindo a circunstância de estar entre as suas pernas e com a cabeça apoiada nos seus seios somente cobertos pelo biquíni.

— Então você calculou minhas ações e previu que tudo isso iria acontecer? Você é um gênio. — você debochou, mordendo o canto interno da bochecha para segurar o riso.

— Sim, o que eu faço não é pra qualquer um. — deu os ombros e deixou o queixo apoiado no colo do seu peito, sentindo-o vibrar com a sua risada mais uma vez — Me deixa ver, vai. — pediu de novo enquanto apertava os braços ao redor do seu corpo.

— Olha eu realmente não posso te mostrar, mas em compensação... — disse passando a mão pelo cabelo dele — Você pode me pedir para fazer o que você quiser hoje.

— O que eu quiser? — perguntou com os olhos brilhando em malícia.

— Uhm, sim. — você respondeu, instantaneamente se arrependendo do que o propôs.

— Ok, você vai fazer minha caminhada de fim de tarde comigo hoje.

— Isso não, Suna. — reclamou fechando os olhos momentaneamente.

— Você disse que iria fazer o que eu quisesse. É isso ou você me mostra a letra da sua música. — falou de um jeito convencido, fazendo-a bufar em descontentamento.

— Você é um atleta, já eu sou uma aspirante a compositora e cantora, além de claro, ser também uma baita sedentária. — gesticulou com a cabeça enquanto falava querendo fazê-lo desistir da ideia.

— Ótima oportunidade para mudar isso. Vou te transformar em uma pessoa menos sedentária.

— Te desejo sorte. — revirou os olhos.

— Que bom que a sorte ultimamente tem estado ao meu favor. — ergueu um pouco o corpo para beijar as três marcas levemente arroxeadas que salpicavam seu pescoço. Ele sorriu contra sua pele ao sentir aquela área se arrepiar. — Vai se arrumar, agorinha eu vou também pra daqui até umas duas horas no máximo sairmos de casa.

— Mas eu nem te dei minha resposta. — cruzou os braços e estreitou os olhos, se fazendo de difícil.

— Eu sei que você não vai me deixar na mão. — deixou o rosto na altura do seu e se inclinou, colando os lábios sutilmente em um selar gostoso que clamava por mais contato.

No instante em que Rintarou se afastou você observou um sorriso encantador surgir em seus lábios. Seu estômago caiu ao vê-lo assim tão pertinho e de complemento, com metade do corpo iluminado pelo sol. Os olhos dele pareciam ter ficado ainda mais bonitos tal como ele.

Suna era tão lindo que você se via na obrigação de fotografar cada parte da fisionomia dele com a sua memória. Nunca achou que se encantaria tanto em conhecer e muito menos se entregaria para alguém tão rápido depois de tudo que já passou, mas cá estava você.

— Se você tirar uma foto dura mais. — a voz rouca dele soou pelos seus ouvidos, fazendo você sair do transe que estava e ver que ele se encontrava com o rosto virado para o lado possivelmente para esconder o rubor que ainda era perceptível pelo fato de se estender até suas orelhas.

— Como não tenho opção a não ser ir, agora vou ir tomar banho. — ignorou a última fala dele e se levantou, pegando todas as coisas que você havia levado para fora.

Banho? — perguntou trocando o sorriso inocente por um malicioso.

— Sim. Banho. — você frisou e deu as costas indo até o quarto sem escutar ou ver a expressão que ele fez por saber que certamente ele falaria que iria se juntar a você.

Desde que transaram pela primeira vez a três dias atrás, todos os outros dias que vieram a seguir foram carregados de surpresas. Não via como algo demais compartilhar um momento íntimo desse jeito, mas a questão era que sempre faziam de tudo menos tomar banho quando entravam no banheiro juntos.

Suspirou fundo guardando seu caderno em algum lugar que Suna não pudesse achar tão facilmente e depois foi para o banheiro. Se despiu rapidamente e tão logo entrou de baixo da água morna mais pendida para o lado frio, já que hoje estava fazendo um calor de matar.

Ensaboou seu corpo com calma enquanto aproveitava água cair sobre sua cabeça. Até se permitiu fechar os olhos para tirar proveito da sensação relaxante, mas acabou os abrindo novamente ao escutar a porta do banheiro ser aberta e fechada.

Não demorou para que o cabelo que escorria pelas suas costas fosse colocado no seu ombro, como também não demorou nada para sentir as mãos firmes de Suna agarrarem sua cintura e a boca dele distribuir beijos incitantes que iam da sua orelha até o seu pescoço.

Perdeu altamente o foco que tentava ter em resistir à ele quando o sentiu subir uma mão pela lateral do seu corpo, acariciar sua auréola e puxar suavemente o piercing do seu peito antes de deixá-la alojada no seu pescoço.

— O banho Rin... — você murmurou ao senti-lo dedilhar os dedos pela sua barriga até chegar na sua intimidade.

— Uhum, sim, o banho. — ele murmurou de volta soltando um riso rouco bem no pé do seu ouvido.

Em um piscar de olhos seu corpo se encontrava contra a parede e quando recobrou os sentidos do que havia acontecido — uma vez que sua mente parecia estar nublada — já havia se passado uma hora.

Ao saírem do banheiro, trocaram de roupa sem pressa.

O moreno se divertia com os olhares julgadores que você dava ele provavelmente pelo banho tomado juntos, porque tudo o que ele lembrava era das suas feições e gemidos manhosos enquanto ele entrava e saía de dentro de você.

E mesmo que quisesse ficar brava com Suna, não poderia. Ele a fez se sentir no céu tão rápido que não podia simplesmente ignorar seu trabalho muito mais que bem feito.

Terminaram de se vestir e avisaram Lena que estava sentada na sala de estar assistindo um seriado qualquer enquanto Aran dormia tranquilamente em seu colo, que iriam dar uma saída para andar pelo litoral.

A areia fofa e o ambiente em si próprio fazia a caminhada não ser totalmente um desagrado igual você pensou que seria. Você e Suna conversavam tanto que ao menos notou que meia hora já havia se passado.

O sol se pondo no horizonte deixava a paisagem do mar e do céu uma imagem hipnótica, digna de uma pintura em aquarela.

Suna mantinha o ritmo de passos calmos de propósito para que você pudesse acompanhá-lo sem dificuldade. A caminhada diária que ele fazia era para não deixar de treinar o cardio de alguma forma, já que na semana seguinte teria a seletiva para entrar na seleção japonesa. Mas ele não ligava em dar uma furada no treino no último dia da viagem se isso significasse passar mais tempo com você.

Avistaram uma senhora empurrando um carrinho cheio de pulseiras, colares, anéis e tornozeleiras típicas de praia não muito tempo depois, e ao vê-la se aproximar de vocês, andaram até ela a seu pedido com o intuito de verem algumas das peças.

— Jovem rapaz, você deveria comprar algo para a sua namorada. — a senhora disse sorrindo gentilmente, enquanto você e Suna analisavam os produtos.

— Nós não somos namorados. — você disse sem jeito, sentido suas bochechas corarem.

— Oh, sério? — ela perguntou verdadeiramente surpresa. — Vocês combinam tanto que achei que fossem.

— Ainda não somos, mas já já vamos ser. — Suna respondeu por ambos, sorrindo calorosamente para a mais velha.

Você sentiu seu coração subir até sua bile ao escutá-lo dizer isso. Era muito provável que estivesse com uma cara de paisagem, levando em conta que a velhinha riu ao te olhar.

— Vejo, vejo. — ela respondeu.

Talvez fosse a sorte querendo lhe livrar de tal embaraçamento, mas agradeceu internamente quando seu celular vibrou duas vezes seguidas, fazendo-a murmurar um "licença" educado e se afastar cinco passos de onde estava.

The Miya's🇯🇵

gêmeo pior<3

ei [Nome]
seja lá pra onde você foi com o Suna não demora pra voltar por favor

avisamos pra Lena que iríamos dar
uma volta pela praia — respondeu
no mesmo segundo que leu a mensagem.

posso saber o motivo
de termos que voltar cedo ?

gêmeo menos pior <3

estamos fazendo uma festa de aniversário surpresa pra ele. — Osamu respondeu direto.

Você franziu o cenho e olhou para Suna, vendo que ele parecia entretido olhando um colar de prata que a senhora fazia questão de dizer que fora feito para ele.

espera, que dia é o aniversário dele?

gêmeo pior<3

hoje mané
você não sabia?

não...

gêmeo menos pior<3

não fique chateada por ele não ter te contado

ele não conta pra ninguém porque não gosta de comemorar a data

certo. — respondeu apreensiva.
Apesar de entender o lado de Rintauro, achava que não faria mal ele ter te contado que, porra, hoje era o aniversário dele.

Atsumo mandou um "é isso então, não demore". Você apenas procurou o emoji de uma mão fazendo um joinha e o enviou antes de guardar o celular no bolso.

— Vai levar algo? — perguntou ao ver Suna encarar uma correntinha prata que tinha duas espécies de plaquinhas delicadas, uma sobrepondo a outra, como pingente.

— Tô vendo ainda. — ele disse pensativo, movendo o olhar para o seu rosto — Acho que vou comprar uma água de coco ali naquele quiosque primeiro, enquanto decido. — apontou para o estabelecimento que devia estar a uns vinte metros de onde estavam. — Vai ficar ficar aqui olhando ainda?

— Vou sim. Não deu tempo de olhar muita coisa. — acenou sorrindo fraco.

— Ok, já volto. — ele disse te dando um sorriso mínimo antes de se virar e começar a andar.

— Ele parece ser um bom rapaz. — a senhorinha falou de repente, atraindo sua atenção.

— Ele é. — você afirmou num tom quase apaixonado demais, olhando a imagem esbelta de Suna se afastar gradativamente.

— É bonito a forma como vocês se olham. — ela começou a dizer, fazendo com que você a encarasse com uma feição curiosa dando ênfase para ela continuar — É como se fossem um refúgio um para o outro, não é? — riu suavemente — Isso me faz lembrar um pouco do meu falecido marido. A paixão escrita nos olhos de vocês é tão forte que chega a ser palpável. É realmente algo lindo se ver. Vocês devem se amar muito.

A-amar? — você gaguejou. Estava feliz com a observação que ela havia feito, mas não achava que você e Suna se amavam.

Era isso que pensava ou pelo menos se obrigava a pensar por causa do receio de se entregar totalmente e acabar com o coração partido mais uma vez.

— Sim. Amor. É nítido entre vocês. — ela sorriu de novo, colocando a mão em cima da sua como se estivesse te passando conforto ao perceber que você havia ficado tensa.

— Bem... talvez seja. — se referiu ao fato de se amarem e mordeu o lábio inferior, ansiosa. Mesmo que soubesse o que sentisse agora ainda era difícil acreditar que poderia ser amada, e não usada, por alguém de novo.

— Vamos lá, eu tenho experiência de sobra para poder afirmar isso, menina. — brincou, conseguindo arrancar uma risada curta, mas singela sua.

— Vou confiar na senhora então. — deu um sorriso pequeno, desviando o olhar dela para o carrinho cheio de acessórios — Era essa correntinha que ele estava olhando, não era? — perguntou a tocando com a ponta dos dedos.

— Sim, era. Vai querer levar?

— Vou querer duas, por favor. — pediu, a assistindo sorrir e pegar as duas correntinha rapidamente.

— Eu também faço gravações. Se você quiser posso gravar a inicial do nome de vocês, assim elas terão um significado maior.— ela sugeriu animada, e por isso foi praticamente impossível dizer não.

Você iniciou uma conversa super descontraída com a senhora que descobriu que se chamava Mitsuha, durante o curto período de tempo que teve entre ela começar e terminar de fazer a gravura na prata e quando ela te entregou os acessórios, não havia como não ficar encantada com o resultado.

— Obrigada. Ficaram lindas. — você agradeceu sorrindo abertamente para mostrar que estava realmente satisfeita.

— Nada meu bem, mas agora esconda isso, ele está voltando.

Você a pagou pelo serviço e riu agradecendo-a outra vez por toda cordialidade que foi tratada.

No momento em que Suna alcançou vocês, a senhora Mitsuha sorriu para ele antes de seguir em frente sem nem olhar para trás. Rintarou estranhou o que aconteceu, mas você não o deu tempo de parar para pensar no corrido já que o puxou para se sentar na areia, perto do mar.

Se sentou de forma que mantivesse suas costas apoiadas no peitoral do moreno e como não teve nenhuma reclamação vinda da parte dele, não ousou mudar a posição.

Admiraram o sol terminar de se pôr lindamente para dar lugar a lua e a noite, enquanto dividiam a água de coco geladinha que Suna havia comprado recentemente. As risadas eram frequentes e o papo nunca se tornava enjoativo visto que ambos sempre introduziam assuntos novos a todo instante. O ar leve e romântico era o que prevalecia entre vocês.

Era bom ter uma pessoa assim.

Uma pessoa que te entende sem precisar fazer esforço.

Era o que ambos pensavam.

— Você não me disse que hoje era o seu aniversário. — você falou com a voz tênue depois de um tempo em um silêncio ameno, sentindo o corpo de Suna tensionar.

— Não tem nada de especial nessa data. — ele murmurou suspirando pesadamente.

— Como assim não tem? — disse se virando abruptamente para encará-lo — Tá ficando maluco?

— Ãhn não...?! — ele respondeu engolindo seco ao vê-la ficar tão séria repentinamente.

— Como você fala que o dia que você nasceu não é importante? Se não existisse esse dia, nós nunca teríamos nos conhecido.

— Tudo bem é uma data importante, coração. — ele suavizou a expressão, achando fofo a maneira como você falou o motivo do dia ser importante, e levou uma mão para colocar uma mecha do seu cabelo atrás da orelha — É só que... eu penso muito nos meus pais quando é meu aniversário, então nem sempre gosto de comemorar.

— Entendi. — suspirando levemente —Apesar que, de qualquer forma você podia ter me contado pra quem sabe eu poder te dar um presente. — o olhou encarecidamente enquanto dessa vez, levava a mão para tirar a franja dele dos olhos.

— Você já me deu um baita presente hoje mais cedo, não se preocupe com isso. — abriu um sorriso cheio de malícia ao tempo em que levantava e descia as sobrancelhas.

— Não dá com você. — inevitavelmente revirou os olhos assim como tentou não corar.

— Dá sim, e eu sei que por mais que você se faça de difícil você gosta desse meu charme. — bicou seus lábios antes de apoiar a cabeça no seu ombro. Você se surpreendeu com ato, mas sorriu pra si mesma, começando a fazer um cafuné na cabeça dele.

— Você se importaria de me falar como eles eram? Seus pais? — perguntou baixinho, quase como se estivesse com receio desse tópico ser um tabu para ele.

Suna realmente ponderou se deveria ou não falar, mas era mágico que ele se sentia tão a vontade com você que até esse assunto em específico que geralmente era complicado para ele conseguir falar, parecia ficar mais fácil de digerir.

— Eles eram bons e gentis. — respondeu depois de um tempinho pensando sobre o que falar — Eram a personificação da superação, conquista e amor, pelo menos para mim. Não eram soberbos apesar de possuírem muito dinheiro. Eles eram a minha inspiração — deixou com que a sombra de um sorriso puxasse o canto de seus lábios — Tenho certeza de que iriam amar conhecer você.

— E eu tenho certeza de que iria amar conhecê-los também. — respondeu, deixando um beijo bem no centro da testa dele. O ato foi tão simples, mas tão bom que Suna fechou os olhos por um breve momento para aproveitar a sensação.

— Aquela hora que você recebeu mensagem, era o Atsumo pedindo para você me levar pra casa logo? — Suna disse virando um pouco a cabeça para poder enxergar seu rosto.

— Sim, como você sabe? — inclinou a cabeça para o lado.

— Digamos que ele é péssimo em tentar esconder as coisas e eu acabei vendo um monte de balão e confetes na dispensa hoje quando fui guardar minha prancha. — caçoou do gêmeo loiro, fazendo-a murmurar um "típico do Atsumo" e rir em seguida.

— Então você sabe que precisamos ir. — disse depois de cessar o riso.

— Prefiro ficar com você. Aqui.  — ele falou com toda sinceramente que possuía naquele momento, não deixando de te olhar em segundo algum enquanto endireitava a postura. Você se viu sem ar repentinamente.

— Você sabe que eu também prefiro isso mil vezes...

Mas? — ele antecipou, revirando os olhos.

Mas vamos levar em conta que eles estão fazendo isso por quererem te ver feliz. Podemos ficar aqui por mais alguns minutos se você quiser e depois vamos. — deixou um beijo afetuoso na bochecha dele antes de senti-lo sorrir e murmurar um "certo" quando você se afastou — Hm, inclusive. — você disse se lembrando do que havia comprado para ele — Tenho uma coisa para você.

— Uma coisa pra mim? — perguntou com uma conotação confusa, mas ao vê-la acenar com entusiasmo, não pôde evitar ficar curioso também.

Ele assistiu cada ação sua, desde o instante que levara a mão para o bolso do cardigã bege que vestia até o instante que a tirou de lá junto com uma sacolinha de presente.

— Feliz aniversário, Rin. — sorriu estendendo o presente para ele — Vi que você estava olhando pra ela, então espero que goste.

Suna não demorou em pegar o pacote e tampouco abri-lo ao ter a noção do que seria e ao ver que seu julgamento estava certo, sorriu de orelha a orelha.

— Obrigado. Obrigado mesmo, [Nome]. — te olhou antes de voltar a olhar as correntes admirado — Por quê tem duas?

— Ah! Eu esqueci de tirar a minha daí. — você exclamou de repente — Achei bonita também e comprei uma pra mim. É a que está com a inicial do meu nome.

Foi só aí que Suna percebeu que a primeira plaquinha tinha o desenho de um brilho gravado e a segunda possuía a inicial do nome dele no canto direito inferior. A outra corrente era do mesmo jeito, só o que a diferia era a sua inicial gravada nela.

— Quer que eu coloque a sua em você? — você perguntou ao ver que ele sorria docemente para o acessório.

— Na verdade. — ele disse levantando o olhar para encontrar seus olhos — Eu quero a sua.

— A minha? Então esse já é o seu pedido de namoro pra mim? — brincou por mais que sentisse seu estômago borbulhar ao se relembrar do que ele havia comentado com Mitsuha momentos atrás.

— Calma eu disse pra aquela senhora que esse dia está próximo, mas não é hoje ainda. — pontou, colocando a corrente na sua mão — Eu só quero ter comigo algo de alguém que me faz bem e realmente me conhece.

— Você me deixa com as expectativas muito altas, Suna. — negou fracamente, mordendo o lábio inferior para conter um sorriso, enquanto colocava a correntinha em volta do pescoço dele.

— Espero que saiba que vou cumprir todas. — falou enquanto colocava a correntinha que possuía a inicial dele gravada no seu pescoço.

— Eu espero que cumpra. — deixou um selar na ponta do nariz dele.

— Você me mata com esses beijos nos lugares errados. — reclamou, cutucando o canto interno da bochecha com a língua.

— E qual seria o lugar certo? — perguntou descendo o olhar para a boca dele antes de encará-lo de volta.

— Aqui. — indicou para os lábios, selando-os nos seus de surpresa. Você sorriu com a investida, mas antes que ele pudesse continuar e aprofundar o contato se afastou e levantou.

— Se quiser mais, vem buscar.

O moreno suspirou e fez um gesto de negação como se estivesse verdadeiramente desapontado com o seu comportamento, no entanto, logo já havia se levantado e te pegado nos braços para enfim compartilhar um beijo gentil que esbanjava calmaria.

Voltaram a andar em direção a casa de mãos dadas e com os pés tocando a areia macia molhada pela água do mar.

Seu cabelo esvoaçava devido o vento que se intensificava por estarem próximo da costa e mesmo que você reclamasse constantemente que devia estar horrível, Suna te olhava com admiração. E foi simplesmente só por te admirar e rir aos quatro ventos com você, que ele teve sucesso em tirar a conclusão concreta de algo que ele particularmente só havia ouvido falar e visto outros sentirem.

Ele estava apaixonado. Ele estava perdidamente apaixonado por você.



N/A: sou tão apaixonada nesses dois que até cogito em não fazer eles sofrerem...

• eai, conseguiram pegar a referência da música que a [Nome] está escrevendo? caso não tenham, no próximo cap (que vai demorar pra sair porque minha vida não é um morango) vocês irão descobrir qual é ;)

Aesthetic do capítulo:

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