A Discípula que Veio do Futuro

By ErdeiraDeCristo

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Já pensou: Como seria se eu voltasse no tempo e fosse um dos discípulos de Jesus? Seria incrível! E eu tenho... More

Dedicatória
1- Simplesmente a Vida
2- Cristo pra mim é vida...
3- E Morrer é Lucro
4- Eu desejo
5- Corridas e Encontros
6- Uma nova vida
7- Haja Energia
8- Flores de Mateus
9- Arrependimentos
10- O Casamento
11- O Processo
12- Seu Próprio Dom
13- Está Apenas Dormindo
14- Ele me Ama
15- Vida Sobre as Águas
16-Coisas Inacreditáveis
17-O Batista
18- Saudades e Pedidos
19- Preparativos
20-Dias de Festa
21-Noites de Medo
22-O Pão da Vida
23-João 8:12
24-Aqueles que Veem
25-Jejum e Oração
26-O Bom Pastor
27-O Rei de Israel
28-É Chegada a Hora
29-Três Vezes
30-Bloqueio
32-Ressucitou
33-Velhos Tempos
34-João 16:22
Aviso!

31-Rei dos Judeus

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By ErdeiraDeCristo


Simão insistiu em ficar pra trás e pegar alguns peixes para assarmos a noite.
Eu e André voltamos para a cidade, não sabemos qual casa Mateus comprou então estamos no centro da cidade procurando por informações.
Procurando por algo útil, passamos pelo Gólgota, Jesus não estava mais lá mas a sua cruz estava intacta. Passo lentamente observando o símbolo da: dor, sofrimento... E salvação.
Respiro fundo.
Observo a plaquinha a baixo, pregada na cruz, sei o que está escrito.

–O Rei dos Judeus. Pilatos não conseguiu achar nada para condená-lo, o crucificaram apenas por ser o que Ele é.– digo para mim mesma mas André acaba ouvindo.

–Pensei que não soubesse ler.– André se surpreende ao ver que falei o que estava escrito na placa.

–Não sei.– arranco a placa e coloco na minha bolsa.

–Por que está levando isso?– André fica assustado.

–Recordação?– sugiro.

Também não sei porque peguei a placa algo, simplesmente, me disse pra pegar.

–Você é estranha, sabia?– André ri, aliviado por não ser por um motivo pior.

–Estanho vai ser se não acharmos essa bendita casa. Por que Lena não nos disse onde era?– reclamo.

–Não se preocupe, vamos achar.– André diz e vai até um judeu pedir informações sobre onde poderia ser.

Enquanto isso, fiquei sozinha, procurando pela casa.
Procuro em algumas ruas mas só encontro tabernas e becos sem saída, me prepara para dar meia volta e me aproximar de André, novamente...

–Sentiu minha falta, Pombinha?– Judas, me me surpreende e me coloca contra a parede.

Ele não se cansa de me incomodar?
Mas está tudo bem, dessa vez Deus está comigo e eu não tenho mais medo, não importa o que ele tente fazer...

–Nem um pouco.– o confronto.

–Sabe, você teria sido bem mais útil do que esse verme.– ele aponta para seu próprio corpo. Deve ser o demônio falando.

–Eu nunca serei útil pra você. O meu Deus nunca permitiria.– digo olhando em seus olhos.

–O que você tem? Está diferente.– ele estranha.

–Estou diferente porque não tenho mais medo de você, sei que o meu Deus está comigo.– digo orgulhosa.

–Então Deus se importa com a garota de lugar nenhum?– ele debocha.

–Boa tentativa...– sei que ele disse isso só para tentar mexer com a minha cabeça de novo.
–Mas eu pertenço a um lugar e esse lugar é céu, ao lado do Todo Poderoso.– sorrio.

–Não! Tire esse sorriso tolo do rosto, eu trabalhei muito para tirá-lo daí.– ele reclama me fazendo sorrir ainda mais.

–Que bom que estou te incomodando, significa que estou fazendo um bom trabalho.– debocho.

–Pare! Criança tola!– ele bate na parede tentando me assustar.

–Bater na parede não vai adiantar. Toque em mim.– ordeno mas ele apenas me encara com ódio nos olhos.
–Não vai me bater.– ele respira fundo com mais ódio mas não se atreve a dizer nada.
–Não consegue né? Não consegue porque o meu Deus não vai deixar você me fazer mal.– sorrio para irrita-lo mais.
–Quer saber? Você não vai fazer mais mau algum, nem a mim e nem a ninguém. Então, em nome do Deus Vivo, saia dele!– todo em sua cabeça e ordeno que o demônio saia.

Judas caí no chão imediatamente, a areia negra que eu havia visto, luas a trás, saí de suas mãos e desaparece no ar.
Judas parece ter acordado, assustado, de um longo cochilo.

–Melissa? O que aconteceu?– ele levanta rapidamente.

–Não se lembra de nada?– quase fico com pena.

–Vagamente... O que foi que eu fiz?– ele parece ter se lembrado.

Ele saí correndo assustado.

Olho para o lado e André estava parado, pálido, com os olhos estalados. Acho que ele ouviu a conversa toda.
Vou até ele, sorrindo, aliviada.

–Você tá bem?– observo sua cor pálida.

–Sim... Eu acho... Você acabou de expulsar o demônio dele?– André pergunta assustado.

–Parece que sim... Está com medo?– suponho.

–Apavorado!– André admite me fazendo rir.

–Não se preocupe, eu estou aqui pra proteger você.– brinco com seus cachinhos.

–Não consigo sair daqui.– André fala.

–Acho que não é difícil, podemos voltar de onde viemos e tentar encontrar o Simão.– sugiro.

–Não, eu realmente não consigo sair, eu congelei.– André é um fofo mas muito medroso em situações específicas.

–Medroso.– O puxo pelas mãos para que se mova, apenas rio.

–Acha que o veremos de novo?– André pergunta enquanto voltamos o caminho todo.

–Acho que não.– digo já sabendo que ele vai se suicidar. Tento não pensar nisso agora.

Demoro para percebe que estou segurando a mão de André, novamente, fizemos isso muitas vezes hoje mas, por incrível que pareça, nenhum de nós está constrangido, é como se fosse um toque de conforto, um momento de clareza nesses dias de escuridão.
Voltamos ao Gólgota e encontramos com Simão que estava vindo de lá.

–O que ainda está fazendo aqui?– Simão pergunta indignado.

–Não sabemos ondo é a casa do Mateus.– André conta.

–Mas vocês são muito tontos mesmo. Todos sabem que Mateus, agora, é vizinho de Lázaro.– Simão reclama

–Não precisa ofender.– faço uma cara emburrada enquanto o seguimos até a casa de Mateus.

Simão carrega uma rede com alguns peixes, chuto uns sete. Todo esse tempo para pegar apenas sete? Ele perdeu mesmo o dom da pescaria.
Chegamos a casa de Mateus, é grande mas não tem um pátio espaçoso, a casa toma conta de todo o terreno.
Entramos, Lena e Mateus estavam na cozinha esperando por nós enquanto todo o resto estava na sala de estar, estavam todos desanimados mas um suposto entretenimento chegou quando entramos pela porta.

–Aa! Até que enfim, estávamos preocupados.– Lena nos recebe levando, os peixes que Simão pegou, para a cozinha.

–Os judeus estão nos perseguindo por toda a parte.– Mateus conta, por isso se preocuparam com a nossa demora.

–Melissa! Você tá viva!!– João me levanta e me gira no ar.

–Tá, não precisa exagerar.– André nos separa enquanto João me coloca no chão, novamente.

–Ninguém está pulando de alegria, no momento.– Tiago repreende o irmão.

–Eu estou.– João retruca.

–Mas não deveria!– Simão reclama.

–Chega! Não estou afim das brigas de vocês, agora, Ele não gosta disso.– me refiro a Jesus e todos ficam cabisbaixos.

–Pegou pesado, Melissa.– Natanael diz.

–Por que? Eu não posso falar nEle? Ele é nosso Mestre!– exclamo.

–ERA nosso Mestre.– Tomé me corrige.

–Ele morreu, Melissa.– Mateus diz em tom de vós mais baixo.

–Mas vai ressuscitar. Ele passava o tempo todo falando disso, não é possível que vocês não tenham ouvido.– reclamo.

–Nós ouvimos.– diz Felipe.

Olho incrédula para eles, todos ficam em silêncio como se não quisessem que o assunto continuasse.

–Só não acreditam...– Afirmo e ninguém me contraria.
–Eu não acredito, Ele fez tudo isso por vocês! E é assim que retribuem?– digo indignada e todos ficam se cabeça baixa, como criança levando um sermão da mãe.

–Por que não me ajuda a preparar o jantar?– Lena me chama para a cozinha ao ver que eu estava ficando muito irritada.

Saio sem olhar para o rosto de nenhum deles, não acredito nisso, eles eram os mais próximos dEle e não acreditam? Como pode isso? Jesus os avisou o tempo todo que isso aconteceria. Como podem não acreditar?
Coloco minha bolsa pendurada em uma cadeira e começo a fazer um tempero para os peixes.
Lena ficou com medo de me dar algum serviço com a faca, pelo menos, até que eu me acalmasse.
Coloco os peixes para assar mas não espero pelo jantar, apenas vou descansar, Lena me colocou no mesmo quarto que ela e lá passei a noite.
Lena me avisou que iria pela manhã ao sepulcro e eu me ofereci para ir com ela, quero ver Jesus o quanto antes.
Afinal, amanhã é o terceiro dia!
Amanhã é ressurreição.

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