Dezembro chegou e trouxe consigo a época mais fria do ano em Nova Iorque. Eva poderia até estar acostumada com o frio de Denver mas ela jamais iria se acostumar com a rápida mudança de clima daquela cidade.
Os primeiros dias do mês estavam sendo uma loucura para Eva que estava trabalhando o dobro para conseguir passar o feriado de natal e ano novo com a família de Sebastian no Alasca. A casa de Carl, padrasto de Sebastian, ficava em uma cidade que fazia fronteira com o Canadá e por isso Eva já havia comprado casacos novos para a viagem.
A C.A.S só dava a folga de 2 dias. O feriado de véspera e de natal e a viagem para a casa da família do padrasto de Sebastian duraria 7 dias e Eva não queria ter que pedir uma semana de ferias para o seu chefe já que essa seria a oportunidade perfeita para ele pressiona-la novamente a aceitar a nova vaga de emprego na Califórnia.
— O que acha dessa? — Eva perguntou apontando para um pinheiro na sua frente.
Os dois estavam comprando a árvore de natal juntos no Upper East Side. E como Sebastian adorava o natal os dois resolveram decidir tudo juntos.
Mesmo que não fossem passar o feriado em casa os dois não abriram mão de terem a própria árvore e comprarem pijamas temáticos para usarem juntos na véspera da véspera de natal.
— Muito pequena. — Sebastian disse enquanto caminhava por aquele lugar que parecia um labirinto de tantas árvores que tinha.
— Eu vou dar uma olhada por ali. — Eva disse arrumando a alça da bolsa no ombro.
— Deixa que eu levo. — Sebastian pegou a bolsa de Eva colocando em seu ombro. — Se encontrar algo é só me chamar.
Enquanto andava distraído olhando para as árvores tentando encontrar a perfeita, Sebastian não viu quando uma mulher cruzou o seu caminho e os dois tombaram fazendo ela derrubar a própria bolsa no chão.
— Sebastian? — Meredith perguntou um tanto chocada por ele estar ali.
— Desculpe... — Sebastian disse se abaixando para pegar a bolsa da mulher e só quando levantou ele realmente viu quem era. — Meu deus, Meredith? O que está fazendo aqui?
Sebastian a abraçou e Meredith retribuiu aquele abraço sem jeito.
— Acho que o mesmo que você. — Meredith disse pegando a sua bolsa da mão dele e rindo.
— A melhor venda de árvores fica aqui no Upper East Side. — Sebastian disse arrumando a alça da bolsa de Eva em seu ombro.
Meredith fingiu não ver aquilo e começou a falar.
— Se estiver procurando uma árvore eu posso te ajudar. — Meredith disse segurando o braço de Sebastian para que eles continuassem o caminho juntos. — Nós sempre escolhíamos as árvores juntos na véspera de natal, lembra? Passávamos o ano inteiro ocupados e faltando dois dias para a véspera de natal corriamos até aqui na esperança de encontrar qualquer uma que seja.
— Sim, eu lembro. — Sebastian disse sem querer render muito o assunto.
— Teve um ano que você pagou uma fortuna por uma árvore pronta. — Meredith disse rindo e Sebastian não conseguiu se segurar. Aquela era uma ótima memória.
— Amor, achei a árvore perfeita e... — Eva parou de falar assim que viu Meredith com o braço entrelaçado no de Sebastian. — Encontrou uma nova companhia?
— Não, a Meredith está comprando uma árvore pra ela também. — Sebastian disse se afastando do braço possessivo de Meredith.
— Eu estava perguntando se o Sebastian precisava de ajuda pra escolher uma árvore.
— Ele não precisa de ajuda. — Eva disse ríspida.
— Estou vendo. — Meredith disse olhando com desdém para Eva. — Sebastian, por favor não monte a árvore perto da lareira. Você não vai querer que aconteça o mesmo que aconteceu em 2007.
— O que aconteceu em 2007? — Eva perguntou curiosa.
— Eu montei a árvore de natal ao lado da lareira e eu quase incendiei a casa. — Sebastian disse sem graça aquela tinha sido uma ideia idiota.
— Nossa casa ficou cheirando a fumaça por semanas. — Meredith disse enquanto ria sem parar. — O Sebastian teve que jantar no gramado de casa por uma semana.
— E você precisou ficar dias na casa da sua amiga por causa daquela alergia. — Sebastian disse e Eva bufou de raiva por estar sendo ignorada.
— História legal. — Eva disse chamando a atenção dos dois. — Será que podemos escolher nossa árvore logo? Estou começando a ficar com dor de cabeça e quero ir pra casa.
— Claro, namorada. — Sebastian disse e então se virou para Meredith. — A gente se vê por ai.
Eva foi andando na frente deixando Meredith e Sebastian se despedirem e ele praticamente correu para tentar alcançar a namorada.
— Onde está a tal árvore? — Sebastian perguntou passando a mão pelas costas de Eva que tinha parado de andar.
— Inacreditável. — Eva viu a árvore que ela tinha escolhido sendo levada por um casal que já estava a retirando do local. — Escolheram minha árvore de natal. — Eva disse com a voz chorosa levando as mãos até o rosto quando suas lágrimas começaram a encher seus olhos.
— Ei, não chore. Nós vamos encontrar uma árvore melhor. — Sebastian disse segurando as duas mãos de Eva tirando-as do rosto.
— Eu gostei tanto daquela árvore. — Eva disse com os lábios trêmulos mas ela não estava chorando de tristeza por ter pedido a árvore e sim de raiva por Meredith ter feito ela perder a árvore que queria.
— Fique aqui. — Sebastian disse e então foi em direção ao casal que agora estava a caminho da saída com um carrinho de mão levando a árvore.
Eva ficou ali parada sem entender o que estava acontecendo tentando limpar suas lágrimas com as luvas de crochê que estava usando.
Minutos depois Sebastian voltou com um sorriso no rosto caminhando em direção a ela.
— Consegui a árvore. — Sebastian disse colocando seu braço ao redor do pescoço de Eva.
— Como? — Eva perguntou engolindo o choro.
— Paguei cem dólares a mais por ela. — Sebastian disse dando de ombros. — E agora ela é a nossa árvore de natal.
— Obrigada, amor. — Eva disse se virando colocando os dois braços em volta do pescoço dele ficando na ponta do pé e lhe dando um selinho demorado.
— De nada, dragoste.
[...]
Os dois já estavam finalizando a decoração da árvore se natal enquanto bebiam vinho e escutavam Air Suply no toca discos de Sebastian.
— Como era o natal na sua antiga casa? — Eva perguntou enquanto pegava os últimos enfeites para colocar no topo da árvore.
— Tudo muito normal. — Sebastian deu um gole no vinho e ajudou Eva a subir no sofá.
— E na romenia?
— Eu não me lembro de muita coisa. Me mudei muito jovem pra cá. — Sebastian disse segurando as pernas de Eva que estava em pé em cima do sofá colocando os ultimos enfeites. — Mas minha mãe sempre tenta manter nossas tradições da romenia. Aposto que você vai amar provar o tochitură. É um prato típico de lá.
— E o que é? — Eva perguntou ainda concentrada nos últimos enfeites.
— É carne de porco com molho de tomate. — Sebastian disse e Eva fez uma careta. — Não julgue antes de provar.
— Levando em consideração que tudo que sua mãe faz eu adoro, eu sei que vou amar... — Eva disse e Sebastian riu a ajudando a descer do sofá.
A árvore estava pronta e totalmente decorada a única coisa que faltava era ligar o pisca pisca na tomada.
— E você? Qual era sua tradição de natal? — Sebastian perguntou indo até a tomada para acender o pisca.
— Roubar uma garrafa de licor escondida da mãe da Samantha e beber até desmaiar. — Eva disse pegando sua taça de vinho que já estava no final dando o último gole.
— Estou falando com o seu pai. — Sebastian disse rindo imaginando Samantha e Eva bebadas enquanto Tara Jones tentava controlar as duas.
— Ah... nós assávamos biscoitos na manhã de natal.
— Você precisa provar meus biscoitos de natal. Na verdade é uma receita de família. — Sebastian disse e Eva riu. — O que mais você fazia?
— Bom, minha irmã gostava de tomar chocolate quente assistindo o especial de Charlie Brown e seus amigos. — Eva disse pegando Sebastian totalmente de surpresa.
— Espera um pouquinho, você tem uma irmã? — Sebastian perguntou boquiaberto.
— Sim. Do segundo casamento do meu pai.
— Você nunca falou que tinha uma irmã. — Sebastian disse e Eva deu de ombros. — Parece que estou vivendo debaixo do mesmo teto com uma desconhecida. O que mais você esconde de mim, hein? Uma identidade secreta? Seu nome é realmente Evangeline Davis?
— Não seja bobo. — Eva disse rindo assim que Sebastian começou a cutucar sua barriga tentando fazer cócegas. — Eu não tenho tanto contato com ela. Whitney mora na Austrália a gente não se vê faz uns 15 anos.
— Sinto muito.
— Meu pai teve muitas namoradas e por isso eu tive muitas irmãs. — Eva disse se sentando no sofá. — Ele adorava as viúvas e divorciadas.
— Seu pai sabia se divertir. — Sebastian disse recebendo um olhar mortal de Eva. — O que? As divorciadas são as mais fáceis de conquistar porque estão carentes e loucas por atenção.
— Você parece ter muita experiência nisso. — Eva disse desconfiada afinal ela sabia muito bem sobre o passado mulherengo do namorado.
— Tempos sombrios, dragoste. — Sebastian disse se segurando para não rir. — E sua mãe? Nunca pensou em procura-la?
— Ela me abandonou sem pensar duas vezes. Então eu não tenho o menor interesse em procura-la.
— É por isso que não quer ser mãe? — Sebastian perguntou enquanto observava bem suas feições.
— Eu nunca tive uma figura materna. — Eva disse abraçando as próprias pernas apoiando sua cabeça nelas. — As namoradas do meu pai eram muito mesquinhas e eu comecei a me fechar porque não queria que nenhuma delas tomasse o lugar que deveria ser da minha mãe. Passei minha infância odiando meu pai por tentar substitui-la quando na verdade ele só tentava me dar um lar estável.
— E a mãe dessa sua irmã? — Sebastian perguntou se sentando ao lado dela no sofá.
— Ela era ótima mas não era a minha mãe. — Eva disse com um sorriso fraco. — Eu esperava que a qualquer momento ela fosse aparecer e dizer que tudo foi um grande mal entendido e assim voltaríamos a ser uma família feliz digna de comercial de margarina mas isso nunca aconteceu.
— Sinto muito, dragoste. — Sebastian disse pegando a mão de Eva fazendo carinho.
— Tudo bem. Minha mãe foi embora quando eu era praticamente um bebê e meu pai morreu faz tanto tempo que eu nem se quer me lembro. — Eva disse com um sorriso fraco no rosto.
— Você é tão forte, sabia? — Sebastian disse dando um beijo na mão dela. — E eu te amo demais por isso.
— Vamos mudar de assunto que eu já estou começando a sentir uma energia negativa. — Eva disse passando a mão pelo ar como se estivesse tirando algo de sua frente. — Você vai para o evento da C.A.S amanhã?
— E ver minha namorada em um terninho dando palestras sobre arquitetura? — Sebastian disse a puxando pela mão para que se sentasse em seu colo. — Eu não perderia por nada.
— Não é uma palestra. — Eva disse rindo. — Eu só vou apresentar os projetos e tentar arrumar novos clientes.
— Mas você é tão inteligente e carismática. Vai se sair bem. — Sebastian disse olhando para seus dedos que passeavam pelo decote de Eva.
— Adorei que você disso isso olhando para os meus peitos. — Eva disse debochada. — Talvez eu devesse usar um decote amanhã assim eu distraio os clientes caso eu fale alguma besteira.
— Você vai se sair bem. — Sebastian disse tentando faze-la relaxar. — Esqueceu que seu chefe te deu uma promoção por ser a mais competente daquele lugar?
— O chefe do meu chefe.
— Isso mesmo. — Sebastian disse rindo. — Você é qualificada e tem muito potencial. Viu que eu falei isso sem olhar para os seus peitos?
— Agora eu acredito em você. — Eva disse brincando com a correntinha no pescoço dele.
— Passarei na sua exposição assim que sair da reunião com os investidores. — Sebastian disse apertando a bunda de Eva. — Depois daquela armadilha do Oliver, resolvi investir em outro estado e deixar Miami de lado.
— Você falou que estava pensando em Los Angeles, não é? — Eva perguntou. — Já vai fechar o contrato?
— Ainda não. — Sebastian disse fazendo uma careta. — Recebemos uma proposta melhor de um CEO que é dono de hotéis em Las Vegas e ele meio que propôs fazer uma boate com cassino em Vegas.
— Vegas? — Eva perguntou impressionada. — Isso é incrível.
— A reunião é amanhã durante o almoço porque é o único horário que a Samantha tem livre antes de ir para a CNN.
— Amor, eu to muito orgulhosa. — Eva disse segurando o rosto dele lhe dando vários beijos pela bochecha, boca e na ponta do nariz.
— Só tem um probleminha. — Sebastian disse fazendo-a parar com a sessão de beijo. — Esses investidores são uns engomadinhos e nosso advogado insistiu que fosse uma reunião de negócios formal.
— Uau. Vai usar aquele seu terno branco na sua reunião de negócios? — Eva perguntou passando o dedo pela correntinha no pescoço de Sebastian enquanto sorria maliciosa o puxando para mais perto.
— Sim e vou precisar fazer a barba. — Sebastian disse fazendo biquinho.
— O que? Não. — Eva disse passando a mão pela bochecha de Sebastian sentindo a barba dele espetar a ponta de seus dedos.
— Acho que vamos ter que aproveitar os últimos momentos juntos. — Sebastian disse abraçando o corpo de Eva passando seu queixo no pescoço dela fazendo sua barba roçar na pele macia de Eva que riu sentindo um arrepio.
— Por favor. Ninguém ama mais sua barba do que eu.
[...]
Eva havia conseguido fechar o segundo projeto naquela tarde. O salão estava completamente lotado de pessoas de toda Nova Iorque, famílias grandes, homens e mulheres solteiras a procura de um projeto para a casa nova. Esse era o slogan da C.A.S. Ano novo, casa nova por isso eles estavam fechando projetos com preços mais acessíveis.
— Você é Evangeline Davis? — Um rapaz alto se aproximou fazendo Eva sobressaltar de susto. — Desculpe, eu não quis assusta-la.
— Eu estava distraída. — Eva disse sem graça estendendo a mão para ele. — Pode me chamar de Eva.
— Prazer, Cole. — Cole segurou a mão de Eva a cumprimentando. — Aquele rapaz disse que você era especialista em casas e campo e veraneio.
Cole olhou para Flynn que estava sentado com uma mulher provavelmente fechando mais um projeto.
— Sim. Onde pensa em fazer a sua?
— Eu acabei de me divorciar e fiquei com a casa em Malibu e tudo me lembra meu antigo casamento então eu quero me livrar de todas as memórias. — Cole deu um sorriso fraco.
— Então você veio ao lugar certo. — Eva disse pegando um fichário com algumas fotos de projetos antigos dela. — Eu sempre gosto de manter um pouco da estética do lugar como você pode ver nas fotos antes e depois mas no seu caso podemos fazer uma mudança radical. Você merece uma casa nova.
— O primeiro lugar que eu quero derrubar é a sala de ginástica. — Cole disse olhando para Eva que estava se mordendo para saber o porquê. — Foi onde ela me traiu com o personal trainer.
— Sinto muito.
— Eu gostei muito desse aqui. — Cole disse apontando para a foto do projeto da casa dos Hamptons da família de Sebastian.
— Os Hamptons é muito parecido com Malibu. — Eva disse servindo um copo de café para Cole. — Uma casa de veraneio a beira mar.
— Posso me sentar para dar uma olhada? — Cole perguntou apontando para a cadeira.
— Claro. Se quiser um café... — Eva disse se afastando um pouco de Cole para deixa-lo a vontade.
— E ai? — April perguntou segurando várias pastas contra o peito. Eva se virou para a ruiva que tinha um sorriso felino nos lábios. — Já fechou algum projeto ou só está se embebedando com champanhe de graça?
— Você poderia parar de ser uma cretina pelo menos uma vez? — Eva perguntou ficando de frente a April já que as duas praticamente tinham a mesma altura.
— Vai dormir com esse cliente também pra conseguir um projeto sozinha? — April riu da própria piada enquanto Eva fechou o punho tentando se controlar.
— Suma da minha frente ou eu acabo com você. — Eva disse baixinho para que o homem que estava sentado não ouvisse mas era quase impossível já que ele tinha um olhar fixo na conversa das duas.
— Se precisar de qualquer ajuda meu nome é April Donvan, estou bem ali. — April disse apontando para sua mesa do outro lado do salão.
Eva respirou fundo enquanto olhava para a mulher se afastar e mentalizava ela tropeçando nos próprios saltos e caindo de cara no chão na frente de todo mundo.
— Me desculpe por ouvir isso mas... — Eva bateu a mão no copo de café fazendo-o virar no colo de Cole que levantou no susto sentindo o liquido quente queimar a sua virilha. — Ai meu deus, eu sinto muito! Me desculpe.
— Está tudo bem. — Cole disse enquanto abanava o líquido quente de suas calças.
— Esse terno parece ser caríssimo. Eu devo ter algum lenço na minha bolsa. — Eva disse jogando tudo que tinha dentro da sua bolsa em cima da mesa achando a caixa de lenços.
— Não precisa se preocupar.
— Eu sinto muito de verdade. — Eva disse se ajoelhando em frente ao homem enquanto esfregava o lenço na virilha dele tentando limpar a mancha de café. — Conheço um truque ótimo que tira qualquer tipo de mancha.
Aquela posição parecia bastante comprometedora.
Eva estava ajoelhada esfregando a virilha de um homem que estava começando a ficar desconfortável pois era difícil controlar o impulso de ver uma mulher bonita daquele jeito na sua frente e naquela circunstância.
E essa foi a visão que Sebastian teve quando chegou naquele salão. A sua namorada ajoelhada esfregando a virilha de outro homem.
— Você pode mandar a conta da lavanderia se quiser. — Eva disse preocupada ao ver a mancha se espalhar ainda mais.
— Não se preocupe. É só uma mancha de café. — Cole disse sem graça.
Ao se aproximar dos dois, Sebastian pigarreou para chamar a atenção e Eva se levantou em um pulo vendo Sebastian ali parado atrás de uma explicação.
— Sebastian, você chegou. — Eva disse tirando o cabelo do rosto. — Sabe aquela casa dos Hamptons que você gostou? É a casa que reformei pra ele.
— É uma casa muito bonita. — Cole disse estendendo a mão para apertar a de Sebastian que segurou firme a mão do homem que precisou puxar a mão de volta para si ao sentir uma certa tensão.
Um garçom apareceu com uma bandeja de champanhe e imediatamente Eva pegou uma taça.
— Obrigada. A Eva fez o projeto inteiro sozinha e preciso dizer que ela é uma excelente profissional. — Sebastian disse fazendo as bochechas de Eva corarem.
— Que isso. — Eva disse sem graça tirando a mecha de cabelo do rosto colocando atrás da orelha.
— O projeto ficou pronto em duas semanas e a reforma está pra acabar depois do ano novo.
— Duas semanas? É o tipo de eficiência que preciso. — Cole disse animado e Eva levou a taça de champanhe até os lábios. Já era sua terceira taça e ficar ali em pé com aquele terno quente estava deixando ela morrendo de sede e parecia que o garçom com as bebidas alcoólicas sempre passava por ali. — É difícil encontrar profissionais assim na área e você deve ter adorado ter alguém trabalhando tão duro assim pra você.
Eva engasgou com o champanhe.
— Sim, foi incrível ter a Eva trabalhando duro pra mim. — Sebastian disse olhando em direção a Eva. — Ela faz um excelente trabalho em todas as posições.
— De arquiteta e designer. — Eva disse tentando cortar aquele papo antes que Cole percebesse as insinuações de Sebastian.
— Você me convenceu. — Cole disse animado.
— Vou adorar fazer o seu projeto. — Eva disse entregando para Cole uma prancheta com algumas fichas para ele preencher. — Sebastian, você já deu uma olhada nas cerâmicas?
— Ainda não. — Sebastian disse sério.
— Eu te levo até lá. Só um minutinho, eu já volto. — Eva disse sorrindo simpática para Cole que estava ocupado preenchendo aquela ficha. .
Segurando o braço de Sebastian ela o guiou até uma plataforma mais afastada onde não havia ninguém.
— O que deu em você dizendo aquelas coisas? "Ela faz um ótimo trabalho em todas as posições?" — Eva perguntou indignada. — Enlouqueceu de vez?
— E porque que diabos você estava fazendo esfregando o pau daquele cara? — Sebastian perguntou no mesmo tom.
— Eu não estava... — Eva parou de falar respirando fundo. — Derrubei café na calça dele e eu estava ajudando a limpar.
— Ajoelhada? — Sebastian perguntou debochado.
— Como você é pervertido. — Eva disse balançando a cabeça indignada. — Eu só estava ajudando ele.
— Como se sentiria se eu estivesse esfregando a bunda de uma mulher qualquer por ai? — Sebastian perguntou e Eva rolou os olhos.
— Eu não pensei que seria estranho. Será que ele pensou errado de mim? — Eva perguntou preocupada.
— Se pensou eu vou dar um jeito nisso agora. — Sebastian disse dando meia volta e indo até onde ficava a mesa de Eva que correu atrás dele tentando para-lo.
— Esqueci de perguntar. Onde fica a sua casa? — Sebastian perguntou parando de frente a Cole.
— Malibu. É uma casa de férias . — Cole respondeu ainda concentrado nos papéis.
— Adoro Malibu. — Sebastian disse se virando para Eva. — Poderiamos ir juntos até lá quem sabe não compramos uma casa lá também.
— Vocês são casados? — Cole perguntou interessado.
— Não. — Eva respondeu.
— Ainda não. — Sebastian rebateu. — Talvez a gente se case na primavera. É a época mais romântica do ano.
— Tenho certeza que vocês vão adorar Malibu. — Cole disse animado.
— Se não fosse pelo meu trabalho eu largaria tudo para morar lá. — Sebastian disse e Eva atropelou as palavras dele.
— Ele está exagerando. Eu jamais largaria Nova Iorque. — Eva disse olhando feio para Sebastian.
— Aposto que não nasceu aqui. — Cole disse rindo achando graça do comentário de Eva.
— Como sabe? — Eva perguntou surpresa.
— Vamos comigo pegar um champanhe? — Sebastian puxou Eva pelo braço a afastando alguns centímetros de Cole.
— Eu não estou gostando de ver você flertando com esse cara. — Sebastian disse baixinho e Eva olhou para ele irritada.
— Eu não estou flertando.
— Desculpe interromper mas aqui tem a opção de colocar quantos metros quadrados tem a propriedade e eu não faço ideia. — Cole disse e Eva se virou para ele.
— Não tem problema. É só responder a quantidade de cômodos que a casa tem só para termos uma noção e passar o orçamento.
— Você é incrível da ultima vez que passei por isso eu tive que passar horas tentando detalhar tudo.
— É casado? — Sebastian perguntou do nada fazendo Eva se assustar com aquela pergunta.
— Divorciado. — Respondeu Cole e Sebastian olhou para Eva que desviou o olhar.
— Aposto que deve estar aproveitando bastante a vida de solteiro. Não é todo dia que a gente se divorcia. — Sebastian disse debochado.
— Na verdade esse é meu quarto divórcio. — Cole disse e Eva não conseguiu esconder a cara de surpresa.
— Uau. Você é quase o Ross Geller. — Eva disse e Cole pareceu surpreso ao vê-la fazer referência a sitcom.
— Friends? Eu adoro essa série. — Cole disse sorrindo.
— Lembrei que esqueci de ver a ultima cerâmica. — Sebastian disse pedindo licença para Victor puxando Eva pelo braço a levando de volta para o outro lado do salão onde não havia ninguém. — Você está tentando me tirar do sério?
— O que eu fiz dessa vez? Só estava sendo simpática. — Eva disse cruzando os braços.
— De que horas você acaba aqui? Hoje vamos passar a noite naquele meu quarto especial. — Sebastian disse e Eva engoliu seco ao ver o sorriso sacana dos lábios dele.
— Se for para me castigar com seus brinquedinhos sexuais eu to fora.
— Nem se for pelo balanço? — Sebastian perguntou e Eva sentiu sua respiração parar por alguns segundos. — Interessada?
— Você passou meses dizendo que eu não estava preparada pra isso. O que fez você mudar de ideia? — Eva perguntou desconfiada.
— Se você não quiser eu entendo.
— Não. Eu quero. — Eva disse segurando o braço de Sebastian. — É o que eu mais quero.
— Hoje a noite. Espero que esteja usando uma lingerie bonita.
NOTAS!!!
Finalmente nosso tão esperado balanço vai fazer a estreia dele no próximo capítulo, demorou mas ele vai vir com tudo!!! E a partir do próximo capítulo entraremos na contagem regressiva para os 10 últimos capítulos 🙏🙏
Não esqueçam de dar uma olhada no instagram dos personagens Eva (@evangelinedavis_) Sebastian (@iamsebstianstan)