πŸ—πŸŽ'𝐬 π‹πŽπ•π„ | markhyuck

By urmoonbear

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Hyuck se muda para Seul no inΓ­cio dos anos 90, para uma escola melhor, e tambΓ©m para encontrar um time de hΓ³q... More

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By urmoonbear

~ Eita como ela ta pontual, aproveita!!
Vi q vcs amaram o anterior... Pervertidos
Não esqueça de votar e comentar!

[⛸]

        Hyuck acordou sozinho na manhã seguinte. E tudo bem, ele já era acostumado a dormir sozinho, mas naquela noite, ele tinha dormido com Mark, e não sentir o calor dele próximo de si o trouxe certo frio.    

    Quando abriu seus olhos, Mark não estava ao seu lado, nem no quarto. Ele coçou os olhos, observou seus arredores e sentou, não havia ninguém com ele ali.

    Bocejou, e fez um biquinho involuntário, se perguntando onde o Lee estava.

    Quando lembrou da noite anterior, e de todo o clima que rolou entre eles, Hyuck acabou ficando vermelho, e seu coração involuntariamente acelerou.

    Aigoo, ele tinha beijado pela primeira vez, e tinha sido tão bom que ele até agora sentia o formigamento dos lábios de Mark sobre os seus.

    Até se perguntou se tudo foi apenas um sonho, mas ele ainda vestia a camisa que Mark o mandou colocar. E ao tocar seu pescoço, ele sentiu a sensibilidade em certa região, provavelmente do chupão que o canadense deixou ali.

    Acabou sorrindo um pouco e mordeu seu lábio, mesmo sem saber o porquê.

    A porta do quarto foi aberta por Sungchan, vestindo roupas velhas e sujas, segurando um saco de lixo com algumas latinhas de cerveja e copos dentro. O grandão se assustou ao ver Hyuck ali, e o encarou.

    — Oh, Hyuck, você dormiu aqui? Caramba, eu achava que você tinha ido pra casa. — ele sorriu um pouco.

    — É, eu dormi aqui, não queria chegar tão tarde em casa, espero que não tenha problema.

    — Claro que não! — Sungchan prontamente levantou as mãos. — Mi casa es tu casa. — piscou.

    Hyuck soltou um risinho, e assentiu.

    — Mark... — começou a dizer.

    — Ah, ele acabou de sair daqui, encontrei com ele na entrada, ele parecia inquieto. Enfim, eu disse pra ele esperar pelo café da manhã, mas ele disse que tinha que ir pra casa. — Sungchan tombou a cabeça para o lado. — Por que? Ele estava aqui?

    — Ah, ele já foi... — e por algum motivo, ele entristeceu.

    — É, ele dormiu aqui? Tipo, com você? — o mais novo achou estranho.

    — Na verdade, sim. Eu estava cansado da festa ontem, achei esse quarto e ele estava aqui se escondendo também. — riu baixo. — Bem, acabamos fazendo companhia um pro outro, só isso.

    — Uau, que milagre, hein. Finalmente fizeram um tratado de paz? Vocês se odiavam até... Ontem?

    Hyuck sorriu com a frase, é, eles se odiavam até ontem, e agora estavam bem, pelo menos era o que ele pensava depois da noite anterior.

    — Ah, acho que só estávamos entediados e nos demos bem conversando. E a gente não se odeia tanto assim. — fez careta.

    — Às vezes é o que parece. — riu. — Ah, se incomoda se eu começar a limpar aqui? Se bem que esse é o quarto mais limpo que eu entrei até agora...

    — Não, tudo bem, eu já vou levantar, tenho que ir pra casa.

    Sungchan assentiu, e caminhou até o canto do quarto, achando algumas cervejas por lá. Hyuck ficou de pé, e um pequeno papel caiu de sua roupa.

    Ele se abaixou, e o pegou, achando estranho, não lembrava de ter algum papel, parecia um bilhete.

    Ao desdobrar, ele viu uma mensagem ali e começou a ler.

    "Hey, pirralho, provavelmente quando você acordar eu já vou ter ido embora. Não acha que eu te larguei, mas seria estranho se alguém nos visse aqui juntos, quero prevenir o constrangimento. E não, eu não estou chapado enquanto escrevo isso. E eu lembro de tudo o que aconteceu na noite anterior, como já disse, eu sou resistente às drogas. De qualquer forma, eu gostei, mas não saia falando pra ninguém. Até mais tarde, pirralho. Você baba enquanto dorme. — Mark Lee".

    Ele abriu a boca, e tocou o canto dos lábios, procurando alguma baba. Que mentiroso! Ele não estava babando.

    Soltou um risinho com aquilo, e guardou o bilhetinho em seu bolso. Aquilo não era romântico, nem grande coisa, mas foi especial pra ele que Mark não agiu como um idiota depois de tudo. E como sempre, ele finalizou tudo com seu jeito Mark Lee.

    Mas Hyuck não babava enquanto dormia, provavelmente Mark só havia escrito aquilo para o provocar.

    Ele calçou os sapatos e pegou a camisa suja que tinha tirado na noite anterior.

    — Bem, eu já vou. — anunciou indo até o amigo.

    — Ah não, fica pro café, os outros estão lá embaixo. — o grandão sorriu.

    — Os outros quem? — perguntou, e o abraçou.

    — Ten, Yang, Yuta e Sicheng. Os dois últimos estão dormindo no sofá da sala, ah, você tem que ver, eles estão dormindo agarradinhos! Eu até tirei uma foto só pra não me passar de mentiroso depois quando eles acordarem. — ele riu, e abraçou o amigo de volta.

    — Sério? Ah, aqueles dois, sempre são tão carinhosos um com o outro. — Hyuck se afastou.

    — É, eles são, às vezes parecem até um casal.

    Hyuck assentiu, e Sungchan olhou por um tempo a camisa que ele usava, depois pareceu entender algo e ficou desconfortável.

    — Bem, vai lá tomar café com eles, enquanto isso o empregado aqui vai limpar. — sorriu pequeno.

    — Acho melhor não, eu tenho que ir pra casa mesmo, nem sei que horas são.

    — Já passa das nove. Relaxa cara, hoje é sábado, só aproveita. — piscou.

    — Não é como se eu gostasse de ficar longe de casa por tanto tempo. — riu. — Bem, eu já vou.

    Sungchan assentiu, e Hyuck saiu do quarto, o deixando ali pensativo e um pouco desconfiado. Sungchan percebeu que Mark e Hyuck não tiveram apenas conversas naquela noite. Ele concretizou ainda mais a ideia quando viu a camisa que o amigo usava e aquela marca em seu pescoço. Aquilo o deixou incomodado.

    Hyuck passou pelo corredor daquela casa, e só em avistar a porta do banheiro ele quase teve um surto de vergonha, passou direto, e foi até as escadas. As desceu, e ao andar pelo espaço pôde ver Yang e Ten sentados no chão da sala, o tailandês jogando coisas na boca do outro.

    Ele se aproximou, e na medida em que ficava mais próximo deles viu a zona que estava aquele lugar, e também viu Yuta e Sicheng no sofá.

    — Bom dia, pessoal. — anunciou, sentando no chão perto dos dois.

    — Bom dia? Uau, nem sabia que você estava aqui. Você saiu de perto da gente ontem. — Ten disse.

    — Nada disso, vocês que se afastaram de mim. — retrucou, cruzando os braços. — Primeiro que Ten foi dançar com outras pessoas e Yang sumiu.

    — Era só ter ido dançar comigo. É verdade, você sumiu, Yang. — Ten concordou. — Onde estava mesmo?

    — Segredinhos. — sorriu sacana. — Mas e você, Hyuck, onde estava?

    — Eu fiquei com Yuta e Sicheng.

    — E depois sumiu. — a voz de Yuta foi ouvida.

    Os três olharam naquela direção. E então as memórias da noite anterior invadiram a mente de Hyuck, o lembrando que os dois amigos o flagraram naquele momento.

    Ele encarou Yuta, que estava de olhos abertos e a expressão suave, deitado por trás de Sicheng. Ele sorriu para Hyuck, mais como o confortando, dizendo com o olhar "não se preocupe".

    — Achei que estivesse dormindo. — Ten falou.

    — Não, estava só escutando vocês, e apreciando esse anjo dormir. — suspirou apaixonado, acariciando levemente o rosto de Sicheng.

    — Ah, você é tão apaixonado por ele! Por que não o pede em casamento de uma vez? — Yang riu.

    — Ele não aceitaria, meu Winko é tão difícil. — fez um biquinho. — Enfim, vou apenas aproveitar enquanto ele está dormindo pra admirar ele. Ah, vocês nem sabem, ontem ele estava tão carinhoso comigo depois de beber. Ele fez eu pensar que tenho uma chance, é muito maldoso da parte dele!

    — Pobre iludido. — Ten disse.

    — Sim, mas ainda assim eu amo meu Winko. — tocou a pontinha de sua orelha. — Vejam como ele é fofo! Aish, queria que ele dormisse comigo assim todos os dias, eu seria feliz pro resto da vida.

    — Aproveita que ele não está vendo e dá um beijinho. — Yang incentivou.

    Yuta o olhou como se ele fosse um gênio, enquanto se inclinou sobre o chinês, e quando iria o dar um beijinho sutil Sicheng abriu os olhos.

    — Nem se atreva. — disse, e o empurrou.

    — Aish! Você não estava dormindo, Winko? — fez um biquinho.

    — Não. Eu estava ouvindo tudo. — revirou seus olhos e sentou.

    — Hey, vamos dormir de novo então. — o abraçou por trás, e Sicheng apenas suspirou.

    — Ah, Yuta, para de ser grudento. — tentou tirar seus braços. — Me solta.

    — Não!

    — Me solta, garoto!

    — Me dá um beijinho e eu solto.

    Sicheng bufou, tirou seus braços dali e ficou de pé, saindo de perto dele.

    — Aff, grosso! — Yuta o mostrou a língua.

    — Vai se foder. — sentou perto dos outros.

    — Também te amo. — o japonês logo sorriu, e foi sentar perto deles também.

    Os outros três ficaram rindo muito, enquanto Yuta grudava em Sicheng de novo, como uma criança manhosa, e Sicheng apenas olhava tudo de forma tediosa e sonolenta.

    — Ah vamos treinar mais tarde, e provavelmente a semana inteira. — Sicheng avisou.

    — Por que? — Hyuck perguntou.

    — Vamos jogar contra os Gorillaz na sexta, é importante que estejamos preparados. — falou. — Vai ser sua primeira vez contra eles, então saiba que o nível deles é o mesmo do nosso.

    — Nós que deveríamos estar com medo. — a voz de Jungwoo foi ouvida, chegando na sala.

    Eles olharam na direção dele, que usava apenas uma boxer e a parte de cima de um pijama. Lucas vinha atrás dele, a cara amassada, sem camisa, apenas usando a parte de baixo do pijama de Jungwoo.

    — Com Hyuck no time de vocês, eu deveria ter medo. — ele riu. — Aliás, bom dia, docinhos.

    — Bom dia. — Lucas falou, grudando em Jungwoo.

    — Bom dia. — desejaram os outros.

    — Ah, vocês viram Sungchan? — perguntou o Kim.

    — Ele estava no quarto em que eu fiquei noite passada, o último do corredor. — Hyuck avisou.

    Jungwoo o encarou, então ele pareceu lembrar de algo, riu e negou com a cabeça.

    — Valeu, Hyuck, e desculpa por ontem, esquecemos de trancar a porta.

    Aquilo fez Hyuck corar e muito, ele apenas assentiu, e os outros ficaram confusos.

    Lucas bufou, recordando também, Jungwoo riu ainda mais, e segurou no braço do mais alto.

    — Vem, vamos procurar meu irmão, tenho que convencer ele de me ajudar a limpar o resto das coisas. — acenou para os outros e saiu puxando o platinado para longe dali.

    Os cinco olharam eles indo, e até ficaram impressionados com a quantidade de arranhões nas costas de Lucas.

    — Uau... Jungwoo faz um estrago. — Ten disse rindo.

    — Eles namoram mesmo? — Yang perguntou.

    — Tudo indica que sim, mas nunca foi confirmado. Bem, todos acham que sim e eles dão a entender que sim. — o tailandês explicou.

    — Será que Sungchan também é assim? — Yuta riu também.

    Yang olhou Hyuck, que o encarou de volta, sem entender o olhar profundo, depois ele sorriu e desviou o olhar.

    — Nah, Sungchan ainda é um bebê, parem de ser maliciosos, ele nem conseguiu beijar aquela garota ontem. — Sicheng retrucou.

    — Ele iria ficar com uma garota? — Yang franziu o cenho.

    — Sim, você não viu aquela ruiva?

    Ele negou com a cabeça.

    — Bem, ele ia, mas por algum motivo desistiu e sumiu.

    — Ah, falando em beijar, vocês viram aquele beijão que rolou entre...

    E assim a roda de fofocas começou, todos comentando sobre pontos altos da festa.

    Mas Hyuck continuava pensativo sobre a noite anterior, sobre Mark, sobre tudo.

    E os outros também notaram aquela marca em seu pescoço, mas resolveram não perguntar.

    Yuta e Sicheng sabiam quem tinha sido o autor por trás daquela obra, claro.

    [⛸]

    Naquela tarde houve um treino pesado para o jogo que se aproximava. O clima era intenso.

    Sicheng repreendia por cada erro, corrigia, dava sermão e não queria nada no ringue que não fosse perfeito. Aquilo cansou tanto ele quanto os outros.

    O treino terminou pouco mais das 8 da noite, sendo que começaram quase 2 horas da tarde. Todos cansados, suados, com os corpos doloridos, exaustos, sujos e sem energia.

    — Vocês foram bem. — Sicheng parabenizou ao fim. — Vamos festejar muito quando ganharmos aquele troféu.

    — Eu quero ao menos refrigerante pra caramba e cinco pizzas quando a gente ganhar. — Yang falou, limpando a testa molhada de suor. — Merecemos depois de treinar tanto.

    — Garanto que a gente vai ter. — Yuta entregou uma garrafinha ao mais novo. — Parte do prêmio é em dinheiro para quem ganhar, com isso a gente completa com uns trocados e compramos muita comida. Podemos até fazer uma mini festa.

    — Seria perfeito. — Ten suspirou sonhador. — Eu adoraria pizza e refrigerante agora.

    — Hoje não posso garantir. — Sicheng pulou fora. — Bom treino. Todos para as suas casas e voltem amanhã para treinar de novo. Exceto Mark e Hyuck, vocês ficam responsáveis pela limpeza hoje.

    Donghyuck e Mark se olharam na mesma hora, o mais novo concordou com a cabeça e ficou de pé. Sicheng colocou a mochila nas costas e chamou os outros garotos para saírem com eles. Todos seguiram para a saída, e antes de passar pela porta Sungchan olhou para trás.

    — Podemos dividir. Eu fico com a tarefa de guardar as proteções, e você, os outros equipamentos. — Hyuck disse ao canadense, que assentiu.

    — Tudo bem. Mas você leva os uniformes para o vestiário.

    — Okay.

    Sungchan se sentiu novamente incomodado. Eles pareciam tão casuais, tão íntimos. Céus, e se eles... Não, Sungchan não podia aguentar isso. Como Hyuck estaria íntimo de Mark? Justo ele, o garoto mais irritante pelas próprias palavras de Hyuck?! Era inacreditável que ele tivesse mudado de ideia tão rápido. Contudo, Sungchan apenas saiu com os outros.

    Hyuck recolheu uniformes e proteções, todos com fedor de suor e molhados. Ele deixou todos dentro de dois grandes cestos que seriam levados por uma moça da lavanderia. O vestiário também estava fedido, Hyuck começou a abrir as janelas de ventilação. Por fim, recolheu alguns uniformes e outras roupas que estavam ao chão. Ah, ele e seu time eram bem bagunceiros mesmo.

    Ao terminar ele sentou em um banco onde normalmente ele sentava para calçar os patins. Se assustou um pouco ao ver Mark recostado ao lado da porta do vestiário. Como sempre os braços cruzados.

    — Você me assustou.

    — Essa era a intenção.

    Hyuck fez careta, Mark sorriu ladino. Ele se aproximou e sentou ao lado do coreano.

    — Oi.

    — Oi.

    Por momentos eles ficaram apenas se encarando, sem falar nada, só naquela troca de olhar que poderia significar muito e ao mesmo tempo nada. Mas, para os dois, significava muito.

    — Eu li seu bilhete. — Hyuck se atreveu a quebrar o silêncio. — Eu não babo enquanto durmo.

    — Você baba  sim. Você babou uma parte do meu ombro.

    — Duvido.

    — Não tenho como provar. Na próxima eu tiro uma foto.

    — "Próxima"?

    Mark desviou o olhar, Hyuck percebeu aquele sorriso rápido e pequeno que ele deixou escapar.

    — Vai haver uma próxima?

    — Tudo depende de você, pirralho. Basta me encontrar em um quarto vazio prestes a ficar chapado.

    Hyuck mordeu o próprio sorriso. Ele deixou a mão entre ele e Mark, passou a olhar os próprios pés e sentiu o rosto esquentar.

    — Eu gostaria. Você fica mais legal quando está chapado.

    Mark riu soprado. Ele colocou a mão no mesmo lugar da de Hyuck, e esticou o mindinho para tocar o do outro. Hyuck travou, olhou para as mãos quase juntas e depois encarou Mark, que não sustentou seu olhar, estava envergonhado.

    — Como se sente hoje?

    — O que?

    — Só... Como você está?

    A pergunta foi estranhada pelos ouvidos de Hyuck. Ele ficou mais corado.

    — Bem, só me sentindo quebrado por tanto jogar.

    — Onde dói mais?

    — Minha perna esquerda. Eu caí por cima dela em uma jogada. Não é insuportável.

    — Deixe-me ver.

    Hyuck não entendeu, só veio compreender ao que Mark puxou com cuidado sua perna esquerda e a colocou sobre as próprias coxas.

    — Minha mãe sempre faz massagem nas minhas pernas quando estão doendo. — ele disse, começando a esfregar suavemente a canela do outro. — Qual parte dói mais?

    — Meu joelho.

    As mãos foram rapidamente ao joelho do coreano, e seus dedos longos e fortes tatearam a região. Hyuck ficou observando suas mãos, as veias marcadas, o tamanho... Okay, a sua era quase do mesmo tamanho, mas a de Mark parecia mais bonita que a sua.

    Mark pressionou as laterais, fez movimentos circulares que tiraram um suspiro longo do mais novo. Ele esfregou o joelho, deixando a parte um pouco vermelha pela força que usou. Hyuck segurou sua mão com rapidez ao que ele começou a massagear um pouco acima do joelho. Mark parou e o encarou.

    — Não. Pare.

    — Por que?

    — Eu... Sinto cócegas aí.

    Mark olhou para baixo, ele sorriu de canto e apertou a região só pra provocar.

    — Sente?

    — Pare! — Hyuck riu, tentando o afastar.

    Mark apenas continuou, apertando ali com a intenção de fazer mais cócegas. Hyuck riu bastante, tipo muito, empurrando o ombro dele para que parasse.

    — Por favor! — riu, balançando a cabeça. — Pare, Mark Lee!

    O canadense parou, vendo Hyuck respirar fundo para se recompor. Seu rosto estava vermelho, as bochechas coradinhas de um jeito que Mark achou bem bonito. Ele se perguntou se Hyuck ficaria vermelho assim caso ele o chupasse todo. Pergunta sem resposta ainda.

    — Você é tão mau.

    — Eu sei.

    Houve aproximação por parte do coreano, que colocou a perna direita sobre o colo de Mark também. Ele deixou as mãos sobre os joelhos e encarou o rosto de Mark.

    — O que você quer? — o canadense questionou.

    — Quero te beijar.

    Inverteu os papéis, no dia anterior foi Mark a falar aquilo. Soltou a bomba e viu um sorriso malandro na boca do mais velho.

    — Eu também quero.

    Mark segurou o rosto dele com as duas mãos e o puxou para perto, grudando seus lábios aos dele. Hyuck levou a destra ao ombro de Mark e a canhota agarrou a camisa de time que ele usava.

    O beijo foi menos desajeitado que o da noite anterior, Hyuck se acostumou e beijou melhor que antes. Mark foi o primeiro a enfiar a língua na boca dele, como se o quisesse engolir ou comer vivo. Talvez quisesse. Hyuck retribuiu tímido, era bom o toque de suas línguas apesar da estranheza.

    Pararam para respirar, mas Hyuck quase não deixou Mark o fazer pois rapidamente o puxou para beijar outra vez. Ele riu entre o beijo pela pressa do coreano, Hyuck devia ter guardado aquela vontade o dia todo para estar tão afoito assim.

    — Por que está com... — um selinho. — Tanta pressa? Eu não vou... — outro. — Fugir, pirralho.

    Hyuck arrumou as pernas e subiu em seu colo, sentindo um calor bom. Estava febril. Mark estava o deixando febril toda vez que o beijava.

    — Ontem eu te beijei sem questionar muitas das coisas que você fez. Então, cala a boca e só usa ela pra beijar a minha.

    Aquilo foi mais uma ordem que um pedido. Mark o puxou para mais perto e rompeu toda a distância que tinha entre os dois, o beijando outra vez. Hyuck abraçou seu pescoço e sentiu Mark chupar seus lábios. A mão do canadense desceu para sua bunda, Hyuck segurou antes que fizesse algo.

    — Por que sempre me para?

    Hyuck ficou em silêncio. Ele sempre parava por medo do que poderia vir a seguir. Ele não sabia o que tinha além do beijo.

    — Só quero te beijar.

    Mark permaneceu com a mão ali, mas não fez nada além de beijar o coreano outra vez. O vestiário parecia cada vez mais quente, e seus corpos de uniforme e suados estavam grudados em seus corpos. Mark puxou o cabelo de Hyuck levemente, separou-se do beijo e passou a atacar seu pescoço.

    Puta merda, beijar ele é tão bom. Ambos tiveram esse pensamento.

    O mais novo apenas suspirou, sentindo a língua do outro percorrer a lateral de seu pescoço. Era tão bom e ele não sabia o porquê. Ficava febril ao que Mark o beijava, febre vinha quando ele o segurava forte e o chupava daquele jeito.

    Uma buzina de carro foi ouvida e Hyuck deu um pulinho de susto. Mark parou de beijar ali e o encarou.

    — É o seu pai?

    — É o meu pai.

    Eles levantaram juntos e Hyuck pegou sua mochila.

    — Te vejo amanhã?

    — Claro.

    — Espere, pirralho. — Mark ergueu a mão e arrumou o cabelo dele. — Você está uma bagunça... Pronto, assim fica melhor.

    O coreano sorriu sem mostrar os dentes e foi até a porta, mas parou. Ele olhou para trás, Mark estava guardando seus patins na própria mochila. Sem nem pensar duas vezes, ele correu até o canadense.

    Mark se assustou ao que Hyuck segurou em seu ombro e o beijou novamente, dessa vez mais rápido que antes. Hyuck o soltou em questão de poucos segundos e saiu correndo para fora do vestiário, sem olhar para trás. Deixando Mark atônito ali.

    Hyuck entrou no banco do passageiro e deixou a mochila aos seus pés. Estava com o coração batendo a mil, seu rosto todo vermelho.

    — Oi, filho. Como foi o treino? — Jihoon perguntou.

    Hyuck sorriu de canto e olhou pela janela.

    — Foi bom, pai.

    — Que bom. Esperou muito?

    — Não, faz pouco tempo que acabou.

    — Espero que não tenha ficado entediado me esperando.

    Ele negou com a cabeça. Não ficou mesmo.

    — Vamos pra casa. Estou morrendo de fome.

    Jihoon assentiu, começando a dirigir. No carro tocava High do The Cure, e por alguns segundos eles só ouviram a música mesmo. Porém, Hyuck não se aguentou.

    — Pai... O que é gostar de alguém?

    Seu pai sorriu com a pergunta. Uau, Hyuck estava crescendo. Queria até saber sobre paixonites adolescentes!

    — Bem, tem várias formas. — ele disse. — Quando eu comecei a sair com sua mãe eu sempre me sentia ansioso para ver ela. Quando a gente estava perto eu sentia o coração inquieto, e meu corpo parecia queimar. Eu sempre queria ela cada vez mais, como uma ansiedade sem fim para encontrar ela. E eu sempre ficava mais alegre ao ver ela.

    Hyuck ficou estático. Aquilo era praticamente tudo o que ele sentia em relação ao canadense.

    — Por que? Você está gostando de alguém?

    Ele corou fortemente.

    — Quem cala consente.

    O pai riu.

    — Quem é ela?

    Não era "ela". Era "ele".

    — Não posso te contar.

    — Por que não?

    — É segredo.

    Jihoon sorriu e compreendeu.

    — Mas ela é bonita?

    — Sim... Muito... — Hyuck  mordeu o próprio lábio.

    — E o que você mais gosta nela?

    Hyuck não demorou mais que dois segundos para responder.

    — A boca. A boca é muito bonita, apesar de nem sempre falar coisas boas.

    — Você já beijou ela?

    Outro silêncio.

    — Ah, que orgulho. Meu filho está ficando rapaz e com namorada.

    — Não somos namorados... A gente só... — nem ele sabia explicar o que era aquilo.

    — Eu entendo o que é. Fico feliz que ela esteja te deixando feliz, filho.

    É, ele estava feliz mesmo. Seu sorriso morreu ao pensar que ele nunca poderia apresentar ao seu pai ou falar quem era. Jihoon não podia saber que ele estava apaixonado por outro garoto. Era estranho e doloroso ter que fingir ser uma garota.

    Olhou a estrada e percebeu que a dor em sua perna havia diminuído. Agora sabia mais uma coisa sobre Mark: ele sabia fazer massagem.

    [⛸]

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