āœ“ COLLATERALĀ¹ | SEBASTIAN S...

Por tomcruisre

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š‹šˆš•š‘šŽ šŸ: Nova Iorque, a cidade dos sonhos e de um novo recomeƧo. Eva Davis era a tĆ­pica garota americ... MĆ”s

Elenco & Avisos
Instagram & Avisos
Trilha Sonora & Avisos
CapĆ­tulo 1. Bem-vinda a Nova Iorque
Capitulo 2. O babaca do porsche
CapĆ­tulo 3. A manhĆ£ seguinte
Capƭtulo 4. A mudanƧa
CapĆ­tulo 5. Tentativa e Erro
CapĆ­tulo 7. Efeito colateral
CapĆ­tulo 8. Passado sombrio
CapĆ­tulo 9. O convite de casamento
CapĆ­tulo 10. Swing
CapĆ­tulo 11. ColeĆ§Ć£o de coraƧƵes partidos
CapĆ­tulo 12. Um pedacinho de Eva
CapĆ­tulo 13. Sempre a mesma historia
CapĆ­tulo 14. O salĆ£o lotado
CapĆ­tulo 15. Vestigios de uma ressaca
CapĆ­tulo 16. Contagem regressiva
CapĆ­tulo 17. Colega de quarto
CapĆ­tulo 18. Desenterrando o passado
CapĆ­tulo 19. A encomenda
CapĆ­tulo 20. O novo projeto
CapĆ­tulo 21. O carro nas sombras
CapĆ­tulo 22. Viagem aos hamptons - Parte 1
CapĆ­tulo 23. Viagem aos Hamptons - Parte 2
CapĆ­tulo 24. ReuniĆ£o em famĆ­lia
CapĆ­tulo 25. Jogo de tĆŖnis
CapĆ­tulo 26. Drive in
CapĆ­tulo 27. Quatro de julho
CapĆ­tulo 28. Depois da tempestade
CapĆ­tulo 29. A boate gay
CapĆ­tulo 30. Sempre a mesma histĆ³ria
Capƭtulo 31. As quatro estaƧƵes
CapĆ­tulo 32. OperaĆ§Ć£o cupido
CapĆ­tulo 32. Dose de absinto
CapĆ­tulo 33. O primeiro "eu te amo"
CapĆ­tulo 34. O plano de Flynn
CapĆ­tulo 35. Paul Jones
CapĆ­tulo 36. Festa de inauguraĆ§Ć£o
Capƭtulo 37. Primeira pƔgina
CapĆ­tulo 38. Vasculhando o passado de Eva
CapĆ­tulo 39. Fruto proibido
CapĆ­tulo 40. No meio da guerra fria
CapĆ­tulo 41. A tempestade
Capƭtulo 42. O aniversƔrio de Sebastian
Capƭtulo 43. O jantar de AniversƔrio
CapĆ­tulo 44. Parceiros no crime
Capƭtulo 45. As aƧƵes da boate Spider
CapĆ­tulo 46. O pedido de casamento
CapĆ­tulo 47. Halloween
CapĆ­tulo 48. A carona de volta pra casa
CapĆ­tulo 49. Diga seu nome olhando pra cĆ¢mera
CapĆ­tulo 50. Jantar romĆ¢ntico no Beauty & Essex
CapĆ­tulo 51. Segunda-Feira
CapĆ­tulo 52. Barganha
CapĆ­tulo 53. O investidor de Miami
CapĆ­tulo 54. Aperture Cellars
CapĆ­tulo 55. A ultima chamada
CapĆ­tulo 56. Quando um estranho bate na porta
CapĆ­tulo 57. A sala de espelhos
CapĆ­tulo 58. AĆ§Ć£o de graƧas
Capƭtulo 59. O cafƩ derramado
CapĆ­tulo 60. Journelle
CapĆ­tulo 61. 5 dias
Capƭtulo 62. Adega de vinhos e confissƵes
CapĆ­tulo 63. O novo membro da familia
CapĆ­tulo 64. Feliz ano novo
Capƭtulo 65. Cicatrizes e lembranƧas
CapĆ­tulo 66. Um encontro inesperado
CapĆ­tulo 67. Ultimato
CapĆ­tulo 68. Um corte mais profundo
CapĆ­tulo 69. Efeito colateral
2 temporada & Agradecimentos

CapĆ­tulo 6. Aula de Boxe e o olho roxo

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Por tomcruisre

Depois de um longo dia de trabalho e de ficar a tarde inteira em frente ao computador e em silêncio na sala de reunião ouvindo pessoas discutindo sobre um projeto, finalmente Eva estava tendo o descanso merecido sentada e relaxando em uma cafeteria com seus dois colegas de trabalho. Barbara e Flynn.

— Deveríamos sair juntos qualquer dia desses. — Flynn disse enquanto mordia uma batata frita. — Dei uma olhada no seu instagram e preciso que você me apresente seus amigos.

— Não acha que está sendo um pouco inconveniente? — Barbara disse ao ver Eva cair na risada. — Ignore ele.

— Você não segue ela no instagram? Todo dia ela está com um gostosão diferente. — Flynn disse cutucando Bárbara. — Ela só não quer dividir.

— Eu posso apresenta-los mas acho que eles são heteros demais. — Eva disse caindo na gargalhada ao ver a expressão ofendida de Flynn.

— Oh, querida. Isso não é um problema. Nenhum cara é hetero demais.— Flynn disse confiante.

— Que tal falarmos de trabalho só um pouquinho? A Eva não veio tomar café com a gente para ficarmos falando de homens sem parar. — Barbara disse e Eva imediatamente a interrompeu.

— Acredite a coisa que eu menos quero falar é sobre trabalho. Estou tenho que fazer um relatório de um projeto que nem é meu. — Eva disse suspirando cansada. — E minhas ideias parecem nunca serem boas o bastante.

— Já sei. Você está no projeto da April. — Barbara disse desanimada e Eva apenas concordou com a cabeça. — Ela é a queridinha do chefe e não deixa que ninguém opine nem se quer sobre uma paleta de cores.

— Ela é uma vadia com silicone. — Flynn disse fazendo Barbara concordar.

— Está sendo exaustivo. — Eva disse enfiando a cabeça nas mãos.

O seu celular começou a tocar dentro da bolsa chamando a sua atenção.

— Deve ser um daqueles gostosões. — Flynn disse e Eva riu achando graça. — Diz para eles que eu mandei um oi.

— Alô? — Eva perguntou assim que atendeu o telefone.

Eva? — A voz do outro lado da linha fez Eva congelar e ela sentiu seu corpo tremer. Era Travis. — Por favor, não desligue.

— Como conseguiu esse número? — Eva se levantou da mesa sem dar nenhuma explicação indo até um canto mais afastado do salão.

Eu precisava conversar. Sinto muito por ter dito todas aquelas coisas. — Travis disse do outro lado da linha. — Por isso eu gostaria de me desculpar.

— Meio tarde para se desculpar, não acha? — Eva disse tentando manter a calma já que ela podia sentir os olhares de seus colegas de trabalho sobre ela.

Você precisa me ouvir, tudo bem? Nós dois falamos coisas demais naquela noite. Travis respirou fundo. — Acha que não doeu ouvir você dizer que nunca teria filhos comigo porque eu seria um pai de merda?

— Porque está me ligando? Você não deveria estar com sua namorada e seu filho? — Eva disse debochada. — E afinal como conseguiu meu número?

Eu só quero conversar. Estou em Nova Iorque, podemos nos encontrar? — Travis perguntou e Eva arregalou os olhos sentindo seu estômago embrulhar.

Ela nunca mais queria olhar na cara dele e se mudar para uma cidade do outro lado do país foi sua tentativa de nunca mais ter que conviver ou lembrar dele.

— Não. — Respondeu com a voz trêmula.

Sei que está morando com a sua amiga Samantha e se você não me encontrar eu vou bater na sua porta. — Travis disse fazendo Eva engolir seco. — E eu não quero ter que envolver sua amiga nisso.

Aquilo era uma ameaça e ele sabia que Eva não iria querer que Samantha se preocupasse mais do que deveria ou que a amiga acabasse cometendo uma loucura e sendo presa. Samantha poderia mata-lo.

— Tudo bem. Tem uma lanchonete na 5° avenida se chama Dawnson's.— Eva disse sentindo que iria se arrepender disso. — Me encontre lá em vinte minutos.

Tudo bem, obrigada. — Travis disse desligando logo em seguida. Eva ainda permaneceu parada encarando o visor do seu celular por alguns segundos.

O melhor a se fazer era encontrar Travis e ouvir o que ele tinha para dizer e torcer para que Samantha não soubesse que ele estava em Nova Iorque.

— Gente eu preciso ir. — Eva disse abrindo sua bolsa com as mãos tremulas e tirando de lá uma nota de 20 dólares da carteira.

— O que aconteceu? — Barbara perguntou preocupada ao ver o estado de Eva.

— Uma emergência em casa e eu preciso correr. Obrigada pelo café, até amanhã. — Eva pegou seu blazer que estava na cadeira e saiu do restaurante como um foguete prestes a levantar voo ou pior explodir antes de completar o seu destino.

Já havia se passado dez minutos do horário combinado e Eva estava na esquina do restaurante fumando um cigarro na tentativa de relaxar, ela não queria que seu ex-namorado a visse naquele estado, com as mãos geladas e trêmulas e o coração palpitando dentro do peito, era estupido porque ela até mesmo conseguia ouvir o próprio coração bater.

Aquilo parecia um tipo de piada de mal gosto para ela, a mudança para Nova Iorque foi uma desculpa para nunca mais olhar nada cara de Travis e lá estava ele sentado no sofá ao lado da janela de vidro.

Eva jogou a bituca do cigarro no chão e usou a ponta do seu salto para apaga-lo tomando coragem para entrar no restaurante. Ela se aproximou devagar com medo que suas pernas cedessem a cada passo que dava em direção a mesa. Travis se levantou para cumprimenta-la mas ela deslizou se sentando no banco de frente a ele.

— O que você quer? — Eva perguntou indo direto ao ponto.

— Você está ótima. — Travis disse se sentando de frente a ela. — Voltou a fumar? Estou sentindo o cheiro de nicotina.

— Porque você não me diz logo o que tem para falar e para de me enrolar? — Eva perguntou irritada. — Não somos amigos e eu não estou aqui para bater papo.

— Senti sua falta. — Travis disse segurando a mão de Eva que estava em cima da mesa. Ela sentiu um choque com aquele contato repentino. — Não consigo parar de pensar em você nem se quer por um segundo.

— Travis... — Eva tentou puxar sua mão de volta para si.

— Por favor, me escute. — Travis disse sério olhando nos olhos de Eva. — Eu sei que não sou perfeito e estou longe de ser mas eu estou aqui te implorando perdão. Eu pisei feio na bola mas eu quando a Willah me contou que estava grávida, eu...

— Você escondeu isso de mim por 5 anos, Travis. — Eva disse finalmente puxando sua mão de volta para si. — Você criou uma família com essa outra mulher e no final eu era amante.

— Não, não era. — Travis disse e Eva virou o rosto para o lado para que ele não visse as lágrimas se formando em seus olhos. — Você sabia o quanto eu queria um filho, sabia que esse era o meu sonho. A Willah foi um caso qualquer mas ai ela engravidou, não foi planejado...

— Você está se ouvindo porra? — Eva tentou se segurar para não gritar. — Olha a merda que você está me falando.

— Eu cometi um erro e estou tentando concertar. Por que não consegue ver isso? — Travis perguntou irritado e Eva riu como se tivesse ouvido uma piada. — É com você que eu quero construir uma família, é você quem eu quero ao meu lado.

— É meio tarde pra se arrepender você não acha? — Eva perguntou fria encarando Travis que tirou a carteira do bolso abrindo e tirando de lá a foto de um garotinho.

— Eu terminei tudo para a Willah quando você foi embora. — Travis disse entregando a foto. — Eu não consigo viver sem você e sem esse carinha aqui.

Eva limpou a lágrima que escorreu dos seus olhos e pegou a foto em suas mãos.

— O nome dele é Tommy. — Travis disse sorrindo orgulhoso. — Falei da minha namorada em Nova Iorque e ele disse que gostaria de te conhecer.

Eva ficou parada por alguns segundos encarando Travis, sua boca abriu algumas vezes como se procurasse alguma palavra para falar mas seu cérebro simplesmente parou de funcionar.

— Nova Iorque é mesmo pequena. — Sebastian apareceu com um copo de café na mão ao lado da mesa. — A Samantha está por aqui? E ai, cara.

Eva estava em completo choque olhando para Sebastian e para Travis.

Deus, aquilo só poderia ser um pesadelo, Pensou.

— Sebastian... — Eva finalmente disse alguma coisa. Travis olhava para os dois um tanto quanto desconfiado e ela tentava de todo jeito esconder seu nervosismo. — Não, eu vim direto do trabalho.

— Se ela souber que você veio até aqui e não levou a torta favorita dela... Bom, eu não gostaria de estar no seu lugar. — Sebastian disse rindo mas percebeu que Eva parecia estar incomodada com a presença dele ali. — Bom, eu vou indo. Não quero atrapalhar o encontro de vocês.

— E você quem é? — Travis perguntou e Eva se adiantou em responder.

— Ninguém, só um amigo da Samantha. E não se preocupe eu não vou esquecer a torta. — Eva disse antes de Sebastian dar as costas e sair da lanchonete um tanto quanto confuso com a atitude dela em expulsa-lo e nem ao menos apresenta-lo para o seu acompanhante.

— Parece que você fez muitos amigos por aqui. — Travis disse olhando em direção a porta onde Sebastian havia acabado de sair.

— Seu filho tem os seus olhos. — Eva disse fechando a carteira e empurrando em direção a Travis.

— E então? Vamos deixar toda essa besteira de lado e voltar para casa? — Travis perguntou e Eva riu ao ouvir "besteira" vindo da boca dele.

— Você foi muito claro quando disse que estava infeliz ao meu lado. E dessa vez sou eu quem vou se clara com você. — Eva disse se levantando e apoiando as duas mãos na mesa. —Eu tenho uma vida maravilhosa aqui e eu nunca estive tão feliz em toda a minha vida e adivinha? Sem você. Não me procure e não me ligue.

— Eva...

— Parabéns pelo seu filho. — Eva disse dando as costas e saindo da lanchonete.

Seu coração batia mais rápido do que ela pensou ser humanamente possível e quanto mais ela respirava mais parecia que lhe faltava ar. Os carros na sua frente pareciam estar em câmera lenta mas o barulho dos seus pensamentos estavam altos... altos demais.

— Você está bem? — A mão no seu ombro a fez pular de susto e ao se virar deu de cara com Sebastian. — Não queria te assustar.

— Desculpe... — Eva disse respirando fundo tentando se acalmar.

— Seu encontro já acabou? — Sebastian perguntou apontando para a porta do restaurante.

— Não era um encontro. — Eva respondeu e seu celular vibrou na bolsa. — Só um segundo.

SAMANTHA 19:08

Onde você está? O Chace está esperando você aqui faz uma hora

— Porra! — Eva xingou passando a mão pelo cabelo o bagunçando.

— Aconteceu alguma coisa? — Sebastian perguntou ao ver que Eva parecia totalmente desligada.

— Eu tinha um encontro com o Chace e esqueci. — Eva disse enquanto mexia no celular. — Preciso pedir um uber.

— Eu te dou uma carona.

— Nem sei como se agradecer. — Eva disse o seguindo até uma harley davidson que estava estacionada no meio fio. Sebastian subiu na moto e estendeu o capacete em direção a Eva que estava com uma ruga no rosto completamente confusa. — Onde aconteceu com a sua porsche?

— Está em casa. Vamos? — Sebastian perguntou e Eva não tinha tempo a perder. Ela apenas colocou o capacete e subiu na moto abraçando a cintura de Sebastian.

Apesar do trânsito caótico de Nova Iorque, os dois conseguiram chegar em casa no tempo recorde de 10 minutos e aquele tempo foi o bastante para que Eva finalmente se acalmasse e esquecesse o que havia acontecido há poucos minutos.

— Muito obrigada pela carona. — Eva disse descendo a moto e tirando o capacete.

— Não precisa agradecer. Aproveite o seu encontro. — Sebastian disse sorrindo a deixando atordoada. — Não vai querer deixar o Chace esperando.

— É, eu vou indo. — Eva disse apontando para trás. Ela rodou nos calcanhares e andou depressa em direção a casa de Samantha.

Assim que abriu a porta de supetão encontrou Chace e Samantha sentados na cozinha.

— Eu sei que estou atrasada me dê 20 minutos e eu estarei pronta. — Eva disse chutando os sapatos e correndo subindo as escadas o mais rápido possível.

[...]

— Eu gostaria de pedir desculpas novamente. — Eva disse enquanto caminhava ao lado de Chace pela lotada Times Square.

— Não precisa se desculpar. — Chace disse. — A Samantha é uma ótima companhia.

— O tempo passou tão rápido e eu acabei ficando presa na reunião. — Eva mentiu colocando as duas mãos dentro do casaco. Estava muito frio aquela noite e sair usando um vestido não foi uma boa ideia. — Estou participando de um dos maiores projetos da empresa. Apesar de ser apenas como consultora.

— É muito bonito o jeito que você é apaixonada pelo o que faz. — Chace disse e Eva abriu um sorriso sincero. Arquitetura sempre foi sua paixão e trabalhar para a C.A.S era como um sonho sendo realizado. — É ótimo poder dedicar boa parte da sua energia em algo que realmente ama.

— Posso te fazer uma pergunta? — Eva disse parando de andar e se virando para Chace. — Eu não pude deixar de notar que você é bronzeado demais para ser um Nova-Iorquino.

— Você me pegou. — Chace disse sorrindo sem graça. — Eu só te disse aquilo noite passada para conseguir sair com você.

— Bom, você conseguiu. — Eva disse dando de ombros. — E então? De onde você é?

— Sou de Sydney. Não acredito que meu bronzeado me entregou assim. — Chace disse brincalhão arrancando uma risada de Eva.

— Se não fosse o bronzeado seria o seu sotaque. — Eva disse tentando fazê-lo se sentir mais confortável. — As vezes você troca algumas palavras.

— Já visitou a Australia? — Chace perguntou e Eva negou.

Ela mal havia saído do Colorado.

— Nunca tive a oportunidade.

— Eu adoraria poder um dia te mostrar. — Chace disse olhando nos olhos de Eva que sentiu suas bochechas corarem. — O por do sol de Sydney é encantador e muito romântico.

— Se quiser me chamar de novo para sair é só pedir. — Eva disse e Chace se aproximou colando seus corpos ficando a centímetros do rosto dela.

— Você aceitaria sair comigo de novo, Eva? — Chace perguntou e Eva se inclinou encostando seus lábios nos dele em um beijo doce e suave.

A mão de Chace subiu até a nuca dela aprofundando mais o beijo e entrelaçando suas mãos nos cabelos macios de Eva. Chace se afastou devagar para não cometer o mesmo erro da última vez.

— Eu tenho uma proposta mais indecente para fazer. — Chace disse ainda com os lábios próximos aos de Eva.

— E qual é? — Eva perguntou sem tirar os olhos dos lábios de Chace.

— Passe a noite comigo. — Chace disse e Eva riu achando graça.

— Não é isso que estamos fazendo? — Eva perguntou fingindo que não tinha entendido a verdadeira intenção dele.

— Na minha casa. — Chace disse olhando para Eva que ficou quieta por alguns instantes.

Chace era um cara legal e ela não queria usa-lo daquele jeito apenas para esquecer Travis mas naquele momento ela não queria ser racional e então ela apenas o beijou mostrando que aceitava o seu convite.

[...]

O sol já estava raiando e várias pessoas já estavam indo para o trabalho quando Eva finalmente chegou em casa. Ela tentou fazer o mínimo de barulho possível para não acordar uma Samantha curiosa e cheia de perguntas mas aquilo não deu certo já que ela estava sentada no sofá apenas esperando Eva cruzar a porta.

— Evangeline Davis!— Samantha disse fazendo Eva pular de susto e se virar para a amiga com as duas mãos no peito.

— Porra que susto! — Eva disse fechando os olhos com força e respirando fundo. — A quanto tempo está ai parada?

— Fiquei preocupada. Você não disse que iria passar a noite fora. — Samantha disse levando a xicara de café que estava na sua mão até a boca para tentar esconder a risada.— Por onde esteve mocinha?

Bancar a maezona preocupada sempre tirava Eva do sério.

— Corta essa! Você estava contando com isso.

— Mas é claro que sim! — Samantha disse pulando do sofá. — Me conta como foi.

— Eu não vou dizer nada. Preciso de um banho e dormir porque trabalho a tarde, esqueceu? — Eva disse tentando ir até as escadas mas Samantha se colocou na frente dela.

— Você costumava compartilhar todos os detalhes comigo! — Samantha disse fazendo biquinho. — Anda, me conta!

— Nós transamos era isso que queria ouvir? — Eva disse de uma vez e Samantha fez uma careta.

— Nossa que mal humor. Pelo visto ele não era tão bom de cama como me falaram. — Samantha disse e Eva rolou os olhos sem paciência. Por um segundo ela havia imaginado que Samantha iria parar de cuidar de sua vida sexual mas ela estava totalmente enganada. — Já tentou mulheres?

— Não quero ter essa conversa com você. Eu preciso dormir. — Eva disse fechando os olhos mostrando que estava cansada.

—Mas você vai me contar os detalhes? — Samantha perguntou e Eva passou pela amiga indo em direção as escadas.

— Boa noite!

— São 9 da manhã! — Gritou Samantha mas Eva já havia subido as escadas correndo.

[...]

Por incrível que parecesse Eva se sentia mais confiante do que nunca e tudo graças a uma noite de sexo com Chace.

Na noite seguinte ela saiu novamente com Chace e dessa vez os dois foram jantar em um restaurante italiano. Ele era atencioso e a fazia rir e o melhor de tudo... a fazia se sentir a mulher mais desejada do mundo. O seu antigo relacionamento havia destruído completamente sua auto estima e Travis a havia feito acreditar que ninguém a desejaria ou se interessaria por ela mas Chace a desejava, e naquela manhã Eva decidiu que iria deixar todas suas inseguranças de lado.

Ao chegar na academia ela foi direto na recepção.

— Onde fica a aula de Jiu-jitsu? — Eva perguntou a recepcionista da academia que pegou uma prancheta em cima da mesa.

— Hoje só tem aula de boxe no primeiro andar.

— Ótimo, obrigada. — Eva sorriu simpática e caminhou até a escada do primeiro andar. Lauren, sua parceira de Yoga, estava em frente ao bebedouro ao lado de duas mulheres e quando ela a viu se aproximar imediatamente deu as costas fingindo não a conhecia. — Tudo bem, então...

Ao chegar na sala onde iria acontecer a aula de boxe, Eva ficou surpresa ao ver a quantidade de mulheres que estava ali. Talvez ela fosse a única mulher de nova iorque inteira que não praticava qualquer tipo de luta ou defesa corporal.

Ela parecia um pouco perdida sem saber exatamente para onde ir mas ao ver o círculo de mulheres com alguns equipamentos ela resolveu se juntar.

— Oi. — Eva se aproximou de uma ruiva que vestia as luvas com certa dificuldade.

— Oi, você é nova aqui também né? Sou Claire. — Disse estendendo sua mão com a luva na direção de Eva que riu.

— Eva. — Respondeu a loira. — Como funciona isso aqui?

— Relaxa, quase todas nós estamos fazendo a aula pela primeira vez. — Claire explicou e Eva pegou as luvas e começou a vesti-la. Aquilo parecia muito divertido. — Aqui é o melhor lugar para paquerar e o Don sempre divide todo mundo em duplas para treinar e fica muito mais fácil com todos os rapazes que são...

— Quem é Don? — Eva perguntou confusa.

— Don Saladino. O professor. — Claire explicou e imediatamente ele se aproximou como se tivesse ouvido aquilo.

— O que vocês estão cochichando ai? A aula já vai começar. — Don apareceu chamando a atenção de todas as mulheres que estavam em rodinha conversando entre si.

A sala estava revestida com um piso de borracha que parecia nada confortável para os pés descalços de Eva. A loira estava olhando com cautela para todos que estavam ali, algumas mulheres que cochichavam entre si e davam risadinhas olhando para os homens enquanto o professor explicava os princípios básicos do boxe usando o Rocky Balboa como exemplo.

— Senti sua falta ontem. — Sebastian disse aparecendo ao lado de Eva que se virou um pouco surpresa ao vê-lo ali.

— Ontem eu acabei dormindo tarde e fui direto para o trabalho. — Eva disse olhando para frente fingindo que estava ouvindo o que o professor falava.

— Saiu de novo para um encontro com o Chace? — Sebastian perguntou e Eva resolveu se virar para ele.

— Porque tanto interesse no meu encontro? — Eva perguntou desconfiada e Sebastian soltou uma risada baixinho.

— Só fiquei curioso. — Sebastian disse e Eva fez uma cara de poucos amigos. — Até por que você está roubando o meu melhor amigo para você.

— Dói não é? — Eva perguntou com um sorriso no canto dos lábios afinal ela sentiu o mesmo que ele por causa de Samantha.

— Não me parece justo. — Sebastian disse olhando para frente. — Ele se diverte com você de um jeito que eu nunca faria com a Samantha.

Aquele arrepio estranho percorreu seu corpo de novo.

— Podemos não falar sobre isso? — Eva perguntou séria e Sebastian apenas concordou para não vê-la de mal humor.

— Já que temos muitos alunos novos vamos formar duplas. Os rapazes que já frequentam a aula podem ajudar vocês com o treino básico. — Don disse e os rapazes começaram a se aproximar encontrando uma dupla.

Agora Eva entendeu o que Claire quis dizer com o "lugar perfeito para flertar".

— Parece que é seu dia de sorte. Vai poder descontar toda a sua raiva em mim. — Sebastian disse acompanhando Eva até o caixote onde estava as luvas e a manopla.

— Não estou com raiva. Na verdade, estou muito bem. — Eva disse indo calçar as luvas quando Sebastian a impediu.

— Você vai machucar suas mãos. Eu que o Don tem um rolo de bandagem no armário. — Sebastian disse dando as costas e indo até o outro lado da sala. Eva deu uma olhada ao redor vendo todas colocando as luvas sem qualquer tipo de proteção, exceto os rapazes que já sabiam o que estavam fazendo. — Aqui, me dê sua mão.

Eva obedeceu estendendo sua mão para Sebastian que a pegou com delicadeza enquanto a enfaixava com uma habilidade surreal.

— Essas luvas machucam bastante e sua mão é delicada demais. — Sebastian disse sem nem olhar nos olhos de Eva que acompanhava cada movimento dele totalmente fascinada. — Posso te fazer uma pergunta?

— Pode. — Respondeu Eva quase que imediatamente.

— Você algum dia na sua vida trocou um pneu de carro? Porque com essa sua mão pequena... — Sebastian disse e Eva rolou os olhos rindo.

Ele não levava nada a sério.

— Cala a boca! — Eva disse rindo enquanto Sebastian enfaixava sua segunda mão.

O pessoal já estava treinando quando Eva e Sebastian foram até o centro da sala.

— A primeira coisa que você precisa fazer é manter as duas mãos próximas ao rosto. — Sebastian disse e Eva obedeceu. — Isso exatamente assim.

— Eu sei. Eu vi os filmes do Rocky. — Eva disse e Sebastian não segurou a risada.

— Então isso te faz uma expert em boxe. — Sebastian debochou colocando a manopla de foco. — Tudo bem, qual seu braço dominante?

— Esse aqui. — Eva disse balançando a mão esquerda.

— Você vai usar toda a sua força para bater aqui. — Sebastian disse e Eva obedeceu batendo na manopla que ele segurava próximo ao rosto. Ela obedecu e acertou um soco fazendo um barulho alto. — Para uma mão pequena e delicada você tem muita força.

— Isso é muito legal. — Eva disse dando um pulinho de um lado para o outro como se estivesse em um ringue.

— Tente manter um ritimo. — Sebastian disse e Eva apenas balançou a cabeça.

Depois de alguns minutos de aula Eva já se encontrava soada e ainda mais animada do que antes.

Aquilo era relaxante demais e ela até mesmo conseguia entender o amor que algumas pessoas tinha por luta e o ritimo que ela e Sebastian haviam conseguido encontrar foi elogiado até pelo professor.

Eva se mantinha concentrada socando a manopla nas mãos de Sebastian com cada vez mais força, Sebastian por outro lado acabou se distraindo quando uma das alunas passou por ele sorrindo e aquilo foi o bastante para ele abaixar a guarda e tirar o seu foco e sem perceber Eva acabou acertando um soco em cheio no rosto de Sebastian que caiu para trás no tatame.

— Ai meu deus! — Eva gritou chamando a atenção de todo mundo que parou o que estava fazendo. Ela se ajoelhou ao lado dele que estava consciente mas com o olho fechado. — Sebastian, fala comigo!

— É a primeira vez que escuto meu nome saindo da sua boca. Eu gostei. — Sebastian disse ainda de olhos fechados mas com um sorriso torto nos lábios.

Eva sempre fazia questão de chama-lo de vizinho.

— Você está bem? — Eva perguntou arrancando as luvas jogando de qualquer jeito no chão ajudando Sebastian a se sentar.

Ouch! — Sebastian reclamou ao sentir a dor perto do seu olho direito. — Que gancho de direita é esse que você tem?

— Aqui nós não estamos em um MMA. — Don disse diretamente para Eva que engoliu seco.

Antes que ela pudesse se defender, Sebastian o fez.

— Não foi culpa dela. — Sebastian disse ainda com a mão na cabeça. — Eu me distrai e abaixei a defesa.

— Levou um belo soco. — Don riu ao ver Sebastian resmungar. — Vou adorar te ver mais por aqui...

— Eva. — Eva se apresentou sem graça.

— Tem um freezer no vestiário, coloque um pouco de gelo nisso. — Don disse ao perceber que tudo parecia bem. — Vamos voltar ao foco pessoal.

— Eu sinto muito de verdade. — Eva disse tirando as manoplas da mão de Sebastian que finalmente conseguiu colocar a mão na testa vendo um fio de sangue que estava escorrendo pela sua sobrancelha. — Vem, eu te ajudo.

Sebastian levantou finalmente abrindo o seu olho vendo que tudo estava no lugar apesar da dor que latejava perto da maça do seu rosto. Eva colocou o braço dele ao redor do seu pescoço mesmo ela sendo uns dez centímetros mais baixa que ele.

Os dois saíram pela porta da frente e foram até o vestiário mas por sorte não havia ninguém.

— Fique aqui. — Eva disse ajudando Sebastian a se sentar no banquinho que tinha ali. Ela correu até a geladeira e tirou de lá uma bolsa de gel. — Sinto muito de verdade.

— Tá, tudo bem. — Sebastian disse fazendo uma careta assim que Eva encostou aquela bolsa de gel gelada perto do seu olho. — Eu até gostei de apanhar de uma mulher.

— Você não leva nada a sério, não é? — Eva perguntou achando graça do jeito que Sebastian fez um biquinho. — Eu poderia ter te machucado feio.

— Vai dizer que você não queria fazer isso desde o dia que me conheceu? — Sebastian perguntou segurando o gelo que antes estava na mão de Eva.

— Se você está achando que eu fiz isso de propósito você está errado. Eu só... — Eva tentou se explicar mas percebeu que nem ela sabia o que havia feito. — Eu não quis te machucar.

— A culpa não foi sua. Eu acabei me distraindo. — Sebastian disse tirando o gelo do rosto e abrindo os olhos para encarar Eva que não ficou nem um pouco aliviada em ouvir aquilo. Ela ainda sentia que a culpa foi dela. — Eu estou bem, ta legal?

— Tem certeza? Não quer ir para o hospital? — Eva perguntou e Sebastian se levantou.— Eu posso te levar ao hospital.

— Eu estou bem. Estou vendo duas de você mas estou bem. — Sebastian disse vendo Eva ficar completamente branca. — Estou brincando.

— Tudo bem, eu te levo pra casa. — Eva disse com as duas mãos na cintura.

— Não precisa. Eu estou legal. — Sebastian disse e Eva enfiou a mão no bolso do shorts dele que ficou parado sentindo a mão dela revirar seu bolso e por ela estava perto demais. Sebastian agarrou o pulso dela e a afastou antes que fosse tarde demais e ele acabasse tendo uma ereção. — Tá legal.

Sebastian tirou a chave do bolso e entregou para Eva.

— Vamos logo.

NOTAS!!

E ai gente? Estão gostando? Criei uma playlist no spotify com algumas musicas, é só vocês pesquisarem (Collateral — Fanfic). Estou fazendo algumas edits e irei postar até quarta-feira aqui mesmo!

O próximo capítulo está quase pronto e tentarei postar o mais rápido possível!! Beijosss

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