No need to imagine
'Cause I know it's true
They say: All good boys go to heaven
But bad boys bring heaven to you
It's automatic
It's just what they do
They say: All good boys go to heaven
But bad boys bring heaven to you
Não preciso imaginar
Porque eu sei que é verdade
Eles dizem: Todos os garotos bons vão para o céu
Mas os garotos maus trazem o céu até você
É automático
É apenas o que eles fazem
Eles dizem: Todos os garotos bons vão para o céu
Mas os garotos maus trazem o céu até você
— ♡ —
Beijo o pescoço de Liam, abraçando seu corpo por trás e o apertando contra meu peito. Ele suspira, deitando a cabeça em meu ombro.
Melissa sorri para nós, encostando o estereoscópico contra o peito de Liam, ouvindo seu coração acelerado. Os batimentos estão fortes e ansiosos, principalmente depois da visita de sua mãe, mas melhores do que naquele momento no loft de Malia, quando cheguei.
— Está sentindo alguma coisa diferente nesse último mês? — Deaton pergunta com um livro aberto na sua frente.
— Dor de cabeça. — sussurra o baixinho encostado a mim, apertando minhas mãos, antes de tirá-la de seu corpo para que Melissa pudesse ver sua barriga — Vontade de chorar, pesadelos, pés inchados, essas coisas.
— Dor de cabeça pode ser uma coisa referente a Theo, a ligação de vocês não é totalmente certa, devido a falta da marca, o que leva o bebê a se sentir deixado de lado, e a você também. — encaro uma área certa de seu pescoço, tendo certeza que até o fim dessa gravidez, uma marca muito bonita estará posta ali — Essas outras coisas, vontade de chorar, pesadelos, corações acelerados e crises de pânico podem ser derivados de um trauma causado recentemente, você está mais sensível, precisa de uma atenção a mais, certo Theodore? Conversamos sobre isso já. — concordo com o druida — Diria para pesquisar maneiras de se sentir mais calmo, buscar conforto. No momento, a pessoa que mais te traz segurança é o Theo, então, diria para tentar se manter mais próximo a ele. Seu bebê precisa dele, o bebê faz parte de você até o momento, você precisa dele.
Passo os dedos pela lateral de seu corpo, tentando mostrar que estou ao seu lado. Liam deita a cabeça no meu ombro novamente, me fazendo dar um beijo na sua bochecha.
Ele é todo...
Merda!
Sinto vontade de abraçá-lo, o encher de beijo e tentar o proteger a cada momento.
— Qual o motivo dos pés inchados? — questiona baixo.
— Isso é um sintoma clássico da gravidez, normalmente acontece depois dos seis meses, mas acho que pode estar acontecendo antes com você, por ser uma situação nova para seu corpo. São as alterações hormonais, a retenção de líquidos e até mesmo, ao aumento de tamanho que o bebê ocupa dentro do seu corpo, pressionando sua bexiga.
— Pergunta. — Isaac levanta a mão, ganhando nossa atenção pela primeira vez — Ele não pode receber notícias muito impactantes, nem beber álcool, refrigerante e comer comidas chamadas abortivas né?
Seus olhos azuis param em mim. Ele usou as outras opções para camuflar, mas o que queria acertar em cheio era a primeira. Já passou uma semana e eu não conversei com Liam, não abri nosso ponto, não o avisei sobre o que pretendem fazer com o nosso bebê. E nem tem como ainda, nas atuais conjecturas, ele ainda está instável.
Preciso respeitar o seu tempo para falar uma coisa dessas sem arriscar a sua segurança e a do nosso bebê.
— Não diria que é uma coisa definitiva. Existem casos onde a pessoa grávida recebe notícias e pode se sentir ansiosa e a deixar mais vulnerável. Álcool é uma coisa que divide opiniões, acredito que é uma coisa que pode ser evitada, mas existem grávidas que tomam e não acontece nada. Comidas abortivas é outro assunto delicado, existe muitos alimentos conhecidos por serem "abortivos", mas isso depende da pessoa, se canela faz mal a alguém, pode não fazer a você. Se morango faz a você, pode não fazer a outra. Consegue entender?
Liam confirma as palavras de Melissa. Encaro Isaac, sinalizando com os olhos a McCall. Eu posso falar com Liam sobre o assunto, se souber intermediar de forma coerente com a situação, podendo o deixar em segurança. Nolan tem razão, contar a Liam é obrigar a ter um posicionamento de o fazer se sentir seguro.
— O que significa que você me contar tudo, entendeu? — sua cabeça pende, me olhando nos olhos — Eu sempre quero saber tudo, porque eu espero isso de você, eu contaria tudo a você. Estamos juntos nessa.
Sinto o peso de suas palavras, me confirmando ainda mais que estou certo em querer abrir toda a situação a ele.
— Vamos fazer ultrassom hoje? — a voz de Isaac sai mais esganiçada, apenas para chamar a atenção de Liam para ele.
— Sim. — Deaton é enfático — Precisamos acompanhar essa gravidez com cuidado, todo mês irá acontecer esse exame, porque é a maneira mais segura de saber como o bebê está.
— Na verdade, vejo um certo ar de brincadeira nessa gravidez. — Melissa comenta, cruzando seus braços — Estamos tentando levar isso da forma mais leve possível, mas precisamos começar a nos antenar. Liam está com quatro meses e meio, quase cinco, uma coisa completamente incomum e que não sabemos lidar. Eu, pelo menos. Precisamos começar a lidar de forma mais séria, responsável.
— Deixar de ser desleixados né? — Isaac brada com os olhos em cima de mim.
O que ele está dizendo?
Que não me preocupo com meu filho e o meu Liam?
— Acho que podemos começar lembrando o papel de cada um nisso né? — devolvo sorrindo — Liam, o pai. Theo, o pai. Isaac, tio.
Os olhos azuis se estreitaram, até mesmo Liam me encara sem entender. A ideia inicial sempre foi Isaac padrinho, Liam já tinha até aceitado a ideia depois de tudo o que aconteceu, de Isaac ter nos ajudado a tirar do círculo.
— Eu avó! — Melissa comenta, um sorriso no rosto, quebrando o clima tenso que existia entre nós. Acho que nem reparou o que acontecia — Na verdade, acho que sou bisavó, já que Chris diz que o Liam é quase um filho a Scott.
Deaton sorri, nos fazendo o encarar sem entender.
— Já perceberam que Theodore era o inimigo do Scott e agora, segundo a ideologia lupina, se tornou o primeiro genro.
— Primeiro? — Liam parece confuso.
— Isaac e Alexander são betas dele, então, uma hora também o darão um genro ou uma nora.
— Podemos ver o bebê logo? — Isaac pede, não gostando do rumo da conversa.
Dou de ombros, ajudando Liam a deitar e vendo Deaton puxar o equipamentos para Melissa mexer. O gel gelado que ela usa quase cai no chão com o movimento.
Pisco para Liam, entrelaçando nossos dedos. Consigo ouvir seu coração acelerado, a visita de sua mãe não chegou na melhor hora, depois de toda aquela confusão a uma semana, um desentendimento poderia ser evitado. Ele ainda não está preparado para notícias ruins, por esse motivo, ainda não expliquei toda a situação a ele. Já está tudo prontinho, Nolan vai estar presente, vamos dar a notícia juntos e nos revezaremos para estar sempre com ele. Está tudo perfeitamente organizado para o manter e mostrar que está seguro. Liam é a prioridade.
— Lembra que é geladinho, okay? — Melissa avisa ao mon petit, que concorda com a cabeça.
Isaac vem pro meu lado, os olhos azuis parados no equipamento, o coração acelerado em ansiedade. Ele tem agido estranho nessa última semana, sempre querendo estar perto de Liam, tocar sua barriga e tornar a situação um pouco embaraçada. Sei que o mon petit loup estranha isso, ter alguém sempre na sua volta, parecendo quase obsessivo com o coisinho, mas ele tem feito um trabalho e tanto para esconder o pequeno incômodo que sente. E, quando perguntei se queria que eu afastasse Isaac, ele disse que nao precisava.
Liam aperta meus dedos assim que a tela antes em preto, começa a tomar formas em preto e branco, então, de repente, ali está a coisinha mais linda que Liam e eu poderemos criar um dia. Isso sem contar os possíveis outros que virão, se Liam deixar.
No mínimo, precisamos de dois. Se não o primeiro se torna muito mimado, ter dois é um número bom. Mas ter três também é legal, porém precisamos nos organizar melhor para não acabar excluindo o do meio. Tem quatro também, mas duvido que Liam aceitaria dar a luz para quatro bebês.
Acho que três é um número bom.
— Thee...
Liam choraminga ao perceber que não estou dando atenção para a situação, puxando minha mão para perto e me olhando com os olhinhos arregalados.
— Estou aqui, mon petit.
Melissa sorri para nós, começando explicar através do borrão preto e cinza a cabecinha e o corpinho, explicando que pela imagem podemos ter uma margem de centímetros e peso.
— Você está com 19 semanas, Liam. — a enfermeira sorri para o mon loup — O que seria o meio entre quatro e cinco meses, mas como cinco é vinte semanas, vamos dizer que está com cinco meses.
— É tão estranho contar por semana. — Liam mordeu os lábios, encaro sua boca rosada, passando o polegar por sua palma, vendo seus olhos pararem em cima de mim.
— Podemos ver nessa imagem que o bebê tem entre 21 a 23 centímetros, sem uma margem certa porque está meio emboladinho, olha! — Melissa toca na tela do equipamento, passando o dedo pela listra pontilhada que formou antes de parar a imagem — Eu acho, não tenho tanta certeza, mas ele está com uma média de peso de 273 gramas, o que é uma coisa boa. Nem alta, nem baixa.
— Tem certeza? — Liam não parece certo com isso, os olhos estreitos para a tela, preocupado, encaro o desenho do que será o corpo do coisinho, pensando em uma maneira de o fazer relaxar — 273 gramas é o que? Cinco pasteis?
— Qual é a sua lógica em comparar nosso bebê com comida? — mon petit loup ri, apertando meus dedos contra sua mão.
— É fazer você rir.
Ele pisca seus olhos, apertando os lábios para que eu não veja o sorriso que iria abrir. Inclino o corpo para frente, pouco ligando para Melissa, Deaton ou Isaac, apenas me importando com o garoto a minha frente. Liam é pego de surpreso quando grudo nossas bocas, o fazendo soltar um barulho um pouco alto, mas gostoso de se ouvir, inclinando a cabeça para cima, para me beijar melhor.
Passo a língua por seu lábio inferior, antes de dar uma pequena mordida e lhe dar mais um selinho pra me afastar.
— Não aguento mais a ansiedade em te ver com um barrigão. — sussurro contra sua boca.
— Não aguento mais a ansiedade de ver nosso coisinho em nossos braços. — devolve, me fazendo suspirar em apreciação.
— Je t'aimerai comme personne ne pourra jamais le faire.
— Ele fosse que vai amar Liam e o bebê como ninguém nunca será capaz. — Isaac traduz para os outros e para Liam.
— Et je ne peux même pas être romantique avec mon petit loup que tu gênes déjà ! — E eu não posso nem ser romântico com o mon petit loup que você já atrapalha!
— On est sur l'échographie de notre bébé, si tu veux être romantique, choisis un autre moment. — Estamos no ultrassom do nosso bebê, se quer ser romântico, escolha outro momento.
— Mon bébé Isaac. Pas la nôtre, mais la mienne et celle de Liam. — Meu bebê, Isaac. Não nosso, mas meu e de Liam.
— O que vocês estão falando? — mon petit parece irritado ao perguntar, me fazendo descer os olhos até ele novamente.
— Nada, mon loup.
— Eu entendi meu apelido, bebê e meu nome. Só. — reclama, cruzando os braços em cima do peito, o gel ainda na barriga.
— Não era nada demais. — sorrio para ele — Apenas lembrei uma coisa a Isaac.
— Uma coisa que já sei. — devolve meu melhor amigo, me fazendo rolar os olhos, antes de os focarem nele.
— As vezes nao parece.
— Vocês estão fazendo de novo. — Liam reclama novamente.
— Não vamos fazer mais. — declaro a ele, lançando os olhos para Melissa agora, que analisava a imagem — Quer nos contar mais alguma coisa?
E parece que isso é o gancho que a mulher precisa para desatar a falar, explicando as nossas novas preocupações e parabenizando Liam pelo que temos até agora.
— ♡ —
E saiu a notícia que o mundo não acreditou, depois de meses, adivinha quem voltou a conseguir escrever NPP? Isso mesmo.
Voltamos às postagens de NPP, espero que dessa vez para finalizarmos e não precisarmos a deixar de lado por muito tempo como agora.
Theo ainda não contou toda a verdade para Liam, mas ele vai, vocês viram, só nao contaram por conta de toda a situação de Liam, dele estar nervoso no momento e tal.
Theo não está gostando dos modos de Isaac...
O tamanho e peso eu tirei do Google, então se estiver errado, peço perdão.
O Theo sendo um amorzinho com Liam.
Liam sendo um bebezinho.
Eu amo tanto esses dois...
Espero que tenham gostado.
Até mais.