𝐖𝐚𝐫𝐫𝐢𝐨𝐫𝐬 - 𝐑𝐢𝐜𝐤 �...

Від illyrianoaz

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Fim do mundo, uh? Para Naomi, a melhor Ladra de Atlanta, era só o começo. A mais ardilosa, traiçoeira e calcu... Більше

- Trailer
- Explicações (miranhaa_ não fez plágio)
- Avisos
- Dúvidas
- Cast
- Galeria
- Versão atualizada e reescrita
➣ Prólogo
Tanque
Loja
Chaves
O Do Helicóptero
Pequeno Grimes
Diamante Bruto
Sem Despedidas
Até Logo
O tempo acaba
Café
Extra I
Um Bom Médico
Ferimento
Problemas No Paraíso
Escola
Revelando Segredos
Tomando Atitude
Vigilia
Contando Até Dez
Poderes Da Mafia
Daryl Dixon
Compromisso
Taylor Swift
Davina
Jantar Arruinado
Bem-vindos Ao Inferno
Sentiu Saudades, Amor?
Extra II
Crescente
Babá
Novo Namorado
Ciúmes
Florescer
Papai
Coisas De Ciência
Veneno
Distância
Deslize
Desastre
- Versão não revisada :
0.5 || Prólogo (Não Revisado)
1.1 || Tanque (Não Revisado)
1.2 || A Loja (Não Revisado)
1.3 || As chaves (Não Revisado)
1.4 || "O do helicóptero" (Não Revisado)
1.5 || Pequeno Grimes (Não Revisado)
1.6 || Diamante bruto (Não Revisado)
1.7 || Sem despedidas (Não Revisado)
1.8 || O Tempo Acaba (Não Revisado)
1.9 || Sangue (Não Revisado)
1.10 || Ferimento (Não Revisado)
1.11 || Escola (Não Revisado)
1.12 || Reaja (Não Revisado)
1.13 || A Vigia (Não Revisado)
1.14 | Contar até dez (Não Revisado)
1.15 || Sem Título (Não Revisado)
1.16 || Daryl Dixon (Não Revisado)
1.17 || Compromisso (Não Revisado)
1.18 || Taylor Swift (Não Revisado)
1.19 || Davina (Não Revisado)
1.20 || Amo você (Não Revisado)
1.21 || Bem-vindos ao inferno (Não Revisado)
1.22 || Sentiu saudades? (Não Revisado)
1.23 || O Passado Sempre Volta (Não Revisado)
1.24 || Interrogatório (Não Revisado)
1.25 || Crescente (Não Revisado)
1.26| Babá (Não Revisado)
1.27 || Novo namorado (Não Revisado)
1.28 || Ciúmes (Não Revisado)
1.29 || Corpo (Não Revisado)
1.29 || Papai (Não Revisado)
1.30 || Coisas de Ciência (Não Revisado)
1.28 || Veneno (Não Revisado)
- Não são capítulos
Atualizações

O Passado Sempre Volta

1.1K 101 4
Від illyrianoaz

Capítulo vinte e sete

Naomi

Meu pai já não estava mais presente dentro do Teatro há muito tempo, perdeu a entrada  de Jace. Com certeza iria detestar dividir os holofotes. Todos me encaravam esperando uma resposta. Quem ele pensa que é? Saudades dele?

— Com certeza não. Esperava que você estivesse morto — Sorri.

— Doce, doce, Naomi. Vamos conversar em particular — Jace me estendeu a mão e estalou os dedos para Marcel, dando algum tipo de ordem que apenas ele entenderia.

Já entendi como as relações aqui funciona. Meu pai é o rei do lugar, Jace seria seu substituto e Marcel o puxa saco faz tudo. Ótimo! Respirei fundo e peguei em sua mão. Jace me levou para o lado de fora do Teatro, junto ao canteiro de flores onde teríamos um pouco mais privacidade. Seja lá o que ele quer comigo não quer que ninguém mais saiba.

— Qual o seu problema comigo? — Ele cruzou os braços.

—  Quer saber o meu problema com você? Você me usou. Isso mexeu muito comigo, me fez ter pesadelos com você, vomitei pelas coisas que fez comigo, me perdi de mim mesma pelas coisas que fez comigo. Eu não sou mais o seu maldito fantoche! Você não entende? Você me destruiu, depois de tudo que eu confiei a você.

— Eu te amava.

— Não! Você nunca me amou. Você amava as coisas que eu fazia por você, o quanto que eu te amava.

— Eu amava os dois! O que mudou, Naomi?

— Eu mudei! Eu estou me curando e não vai ser você quem vai atrapalhar isso.

"Mentirosa" minha cabeça gritava.

— A nova Naomi não me ama? — Jace me perguntou.

— Não.

Consegue ouvir o seu coração, menina? Disparando a cada segundo? A voz da minha cabeça continuava falando.

— Vou te levar para o seu quarto. Você e depois os seus amigos —  Disse caminhando de volta para o interior do teatro até o meu grupo — Olá, Maven.

— Olá babaca. Antes de mais nada, se você tentar fazer alguma coisa... —  Maven começou a ficar vermelho de raiva.

— Com certeza ele é um — Maggie comentou.

Agora são os seus pulmões. Consegue sentir o ar diminuindo?

— Vai fazer o que? —  Jace perguntou.

— Vou acabar com você. Mesmo que eu morra por isso.

A fadiga aumentando...O seu estômago se revirando... Consegue sentir?

Consigo.

É sua culpa.

É tudo sua culpa.

— Vamos torcer para que isso não aconteça —  Jace deu de costas e começou a andar.

Seu corpo está te torturando. Faça parar.

Jace nos mostrou vagamente o interior da comunidade. É enorme. Teatro, hortas, dormitórios, lavanderia... Eu levaria semanas para conhecer o lugar de cor. Ele explicava como as coisas funcionavam por aqui e que logo depois todos teriam intrevistas e no fim do dia receberiam seus cargos. Só a voz dele fazia as minhas pernas vacilarem.

Meu ex namorado me levou até onde eu iria me acomodar. Acomodar. Como diabos eu deveria me sentir confortável em um lugar com pessoas que só ferraram a minha vida e mataram meus amigos?

Faça parar.

É sua culpa.

— Não vai poder sair até eu ou Marcel virmos te buscar, ok? — Jace esperou alguns segundos por minha resposta e fechou a porta.

Corri até a porta que ficava dentro do quarto esperando que fosse um banheiro. E era. Abri a tampa do vazo com rapidez e expeli o resto de comida que meu corpo ainda mantinha guardado. Não estava bem alimentada, não saiu quase nada sólido, apenas líquidos de cores diferenciadas que deveriam ser água e sucos. Não houve tempo para comer a ceia que os Greene estavam preparando.

Os Greene. Dale. T-Dog. Engasgo com o meu próprio vômito antes de conseguir enfiar a cabeça na privada mais uma vez. Cada lembrança que surgia era uma lembrança dos restos que haviam no meu estômago.

Pare. Seu estômago vai doer se continuar assim. Não pode ficar fraca.

Levantei do chão com calma e fui até a pia. O espelho que estava na minha frente me mostrava o quão errada eu estava. Não estava bem, nem curada. Ainda há muita coisa quebrada aqui dentro.

Lavei o rosto e uma mecha de cabelo que estava suja de vômito. Voltei ao quarto e abri a janela para tentar me recompor. "Sentiu saudades, amor?" Porque diabos o passado sempre volta? Quanto mais eu tento apagar as minhas memórias mais elas me assombram.

Não me dei conta que estava chorando até observar a fronha do travesseiro molhada. Que se dane. Atirei o travesseiro no chão e deitei na cama esperando que as minhas lembranças parassem de ecoar na minha cabeça.

É sua culpa.

Seu pai queria você.

Agora seus amigos estão mortos.

Eu já não tinha mais lágrimas para chorar. Deixei que todas as memórias voltassem com força, todas elas. Uma após a outra. Meu corpo já não sabia como reagir diante de todas aquelas lembranças que surgiam. Apenas abracei os meus joelhos esperando que parasse.

Ouvi batidas na porta o que significava que alguém iria me buscar para interrogatórios e talvez, mais ameaças. Não me dei conta do tempo que eu fiquei estática.

— Posso entrar? — Uma voz femenina ressoou pelo quarto.

— Como se eu tivesse escolha. Entre.

Uma mulher loira de cabelos ondulados e olhos castanhos entrou no meu quarto sorridente.

—  Me chamo Lily, me pediram para te levar para a minha sala e te fazer as perguntas do procedimento.

Mais um lugar fechado. Literalmente sob custódia de todos esses babacas.

— Ótimo.

— Mas... — Lily continuou. – A julgar toda a atenção que foi dada ao grupo que você pertencia e ser trancafiada em um quarto, tomei a liberdade de te levar para o jardim principal. Conversar lá com ar fresco e sem paredes para te sufocar. Quando eu vim para cá não fui bem recebida e acho que o que você menos precisa agora é se sentir como uma prisioneira. Vamos?

Abeixei as pernas e encostei os pés no chão. O quarto estava uma bagunça, o banheiro sujo, tudo fora de ordem. Levantei e fui até ela sem dizer uma palavra. Lily sorriu quando nós duas saímos do quarto.

— Pensei que você fosse escolher esta opção também.

— Também?

— Seus amigos também já foram entrevistados. Vamos nos sentar naquele banco.

A mulher com traços de seu rosto bem desenhados apontou para o tal banco antes de começarmos a caminhar em direção do mesmo. Sentamos no banco e ela tirou uma caneta do bolso e posicionou a prancheta, que eu nem tinha sequer reparado, em suas pernas para dar apoio.

— Vamos começar —  a mulher disse em um tom suave realmente tentando me fazer ficar mais confortável, mas eu nunca ficaria confortável aqui.

— E se eu não quiser responder? — A mulher sorridente adquiriu uma expressão séria e respirou fundo.

— Facilite as coisas, Naomi. Não queira arrumar problemas com as pessoas daqui. Outras pessoas tiveram muitos problemas com a comunidade, problemas tão grandes que eu não posso menciona-las — Lili falou baixo e observando discretamente os arredores — Não faça isso, por favor.

— Por que está me ajudando? — a mulher não respondeu — Não tenho escolha, tenho?

— Segunda vez que você me diz algo do tipo.

— Porque é verdade.

— Nome completo?

— Naomi Scott Stark.

— De onde era?

— Atlanta.

— De onde especificamente? — Ela anotava as minhas respostas na prancheta.

— Atlanta — respondi em tom de deboche e ela apenas ignorou a minha resposta.

— O que fazia antes do apocalipse?

— Eu era uma marginal. Trabalhava com bandidos e vendedores ilegais de drogas. Roubava as vezes — Sorri no final da frase assistindo a mulher ficar desconfortável.

— Conhece alguém que está aqui? Sei que seu pai é o Salvador. As paredes aqui tem ouvidos e deixe-me ver — A mulher começou a folhear as outras folhas em sua prancheta — Aqui está. Maven disse que conhece seu pai, mas apenas de vista. Conhece mais alguém? —  Ela parecia estar dizendo a verdade.

Não sabem que eu conheço Jace? Meu pai não sabia disso, ou então não interessava a ele. Ela realmente não sabe se eu conheço mais alguém ou está procurando por algum sinal de mentira?

— Não.

—  Quais são suas maiores habilidades? —  Ri com a pergunta ao imaginar as possíveis respostas de Maven — Pode ser honesta.

— Vejamos... Sou boa em luta mano a mano, corro muito rápido e consigo passar por lugares estreitos, sou observadora e se eu conseguir observar bem onde estou consigo bolar algum plano bem rápido se estiver encurralada pelos mortos.

Também consigo fazer com que você pare de respirar antes que qualquer um chegue aqui, mas acho que ela não gostaria de receber essa informação.

— Interessante... — Lily dizia enquanto anotava as coisas no papel —  Matou alguém antes?

— Sim.

— Quantas? — Perguntou meio repreensiva.

— Uma, duasv— contabilizei nos dedos — Três... — sorri na tentativa de intimidá-la, o que parecia funcionar.

— Teve contato com os caminhantes? Como foi?

— Sim. Muito bem por sinal, sou boa em matar.

— Obrigada pelas respostas. Mais tarde irão bater na sua porta para te dar seu cargo por aqui e pela manhã irão te dar um quadro de horários e dias da semana que ocupará o cargo. Serão sempre bem observados pela comunidade e de acordo com a obediência irão se livrando da supervisão excessiva. Obrigada

Lily fez um sinal para que uma guarda de cabelos castanhos escuros viesse até mim.

— Antes de ir. Tente não vacilar. Deixem eles começarem a confiar em vocês, andem na linha. Vença.

Assenti com cuidado guardando cada palavra que Lily dissera. Uma possível aliada? Ou uma possível inimiga? A guarda de cabelos escuros chegou e pediu gentilmente para que eu me levantasse, firme e sem dar nenhum sorriso.

— Steinfeld a levará de volta ao seu quarto — A loira sorriu ao falar.

Dei de ombros e comecei a caminhar do lado da guarda que analisava cada movimento meu. Ao chegar no quarto ela apenas sussurrou:

— Faça o que Lily disse e talvez vença.

Por que estão me ajudando?

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