Everywhere I'm looking now
I'm surrounded by your embrace
Baby I can see your halo
You know you're my saving grace
You're everything I need and more
It's written all over your face
Baby I can feel your halo
Pray it won't fade away
Em todo lugar que eu olho agora
Estou rodeada pelo seu abraço
Baby eu posso ver sua auréola
Você sabe que é minha graça salvadora
Você é tudo que eu preciso e mais
Dá pra ver no seu rosto
Baby eu posso sentir sua auréola
Ore para que não desapareça
— ♡ —
Liam está sentado no sofá, enquanto visto as roupas que me foram jogadas. O cheiro de canela e açúcar estão presentes na peça e não preciso ser nenhum vidente para descobrir que são do Dunbar. Acho que alguém tem escondido o corpo. Penso ao puxar o moletom para cima e colocar a camiseta folgada. Franzo a testa, lembrando do dia que nos encontramos, o Dunbar também estava com roupas largas, como se escondendo cada parte deliciosa de seu corpo.
Consigo facilmente imaginar o Dunbar com essas roupas, vários cadernos nas mãos e o olhar baixo, ele sempre está olhando para o chão quando fica envergonhado. Ele odeia precisar andar no meio das pessoas, principalmente desconhecidos. Precisamos mudar isso, Liam Dunbar é gostoso demais para estar escondido.
O observo no sofá, sem saber exatamente o que dizer. Vinte minutos atrás, ao chegar no loft, a única coisa que tinha certeza é que precisava urgentemente encher a cara de Liam de soco, somente a face não prejudicaria o meu bebê, então era passável. Acontece, que tudo mudou quando parei na porta e seus olhinhos estavam arregalados e medrosos, fora seu cheiro, não era o cheiro do meu Liam.
Fui obrigado por meu coiote a esfregar o nariz atrás de seu ouvido, bem em cima da jugular. Precisei de um autocontrole enorme para não afundar as presas bem ali, o marcando como meu e tirando o fedor insistente de Nolan dele. Meu lobo queria estraçalhar o Holloway, e parte minha, desejava que ele tomasse o controle e se livra-se do caçadorzinho.
Liam e esse bebê são meus.
Eles não deviam, nem podem cheirar a Nolan Holloway.
Eles devem cheirar a mim.
— Eu sei que está irritado. — Liam me acorda das mil e uma maneiras que estava pensando para matar e desovar o corpo de Nolan — E você tem o direito, Malia e Nolan me avisaram sobre eu não poder esconder isso de você, que uma hora iria descobrir e eu achei que conseguiria esconder por mais tempo, a ideia não era esconder, esconder, era apenas omitir por um tempo considerável, mas aparentemente meu melhor amigo tem uma boca de gamela que não consegue esconder nada depois de uma chantagem. Por sinal, você não pode ameaçar Corey, apenas porque quer saber as coisas e...
— Ameaçar Corey? — sou obrigado a interrompê-lo, para saber mais sobre suas suposições.
Seu cheiro está pesado. Liam está ansioso. O tipo de ansiedade que disputaria com a de Stiles. Suas pequenas mãozinhas se mexendo e apertando, seus dentinhos massacrando seu lábio inferior, o deixando ainda mais vermelho. Preciso focar a atenção em suas mãos e cheiro para não focalizar no fato que ele parece tentador pra caralho com a boca vermelha.
— Sim, foi por isso que ele te contou não foi? — ele trás seus olhos até mim — Esse é o único motivo plausível, além de achar moralmente certo te contar, já que o bebê é seu, só que ele não sabia que o coisinho era seu, então você só pode ter ameaçado Corey, para fazer Mason contar que eu estou esperando o coisinho e ligou os fatos, porque você não é burro, você é bem inteligente para alguém tão bonito e isso deveria ser estudado, pessoas bonitas não deveriam ser tão inteligentes, porque isso é um a mais que nós, nerds de história, não temos. Você tem noção de quantos nerds matariam para serem tão gostosos quanto você? Isso não deveria ser certo e...
— E que tal você respirar? — pergunto me abaixando na sua frente, ao ver sua respiração acelerar com o esforço e as bochechas ficarem mais vermelhas que o normal — Puxa com o nariz e solta com a boca. — explico ao pequeno — E obrigado pelo bonito, inteligente e gostoso.
Liam pisca, me encarando sério. Levo minha mão até seu rosto, passando o polegar por sua bochecha e alisando sua pele macia. Odeio como meu coração está levemente acelerado, mais do que o batimento característico, apenas por estar perto dele.
— Quer me falar como isso aconteceu? — nem sabia que tinha um tom tão calmo assim, nem sei de onde consegui tanta calma para falar.
A expressão assustada de Liam some, dando espaço para seus olhinhos estreitos e as bochechas estufadas. Oh! Ele está irritado! Reconheço essa expressão desde o hospital a anos atrás, nada de bom sai dessa expressão.
— Simples, você se aproveitou de mim e me engravidou. — acusa empurrando meu corpo para trás e me fazendo cair sentado no chão — Isso tudo é culpa sua, se não fosse um tarado, nada disso estaria acontecendo.
Encaro Liam andando de um lado para outro, mexendo as mãos novamente.
— Não é exatamente assim que lembro. — murmuro me levantando.
Dunbar volta seus olhos para cima de mim, novamente estreitos.
— E lembra como?
Passo a língua pelos lábios, descendo os olhos por seu corpo. Liam de quatro, as mãos afundadas no colchão, o gemido baixo, minhas garras em sei quadril. Somente a lembrança daquela noite já deixa todo meu corpo formigando e uma parte específica levantada.
— Não precisa responder. — Liam grita ao perceber o que estou pensando.
Oh, mon petit loup, eu preciso urgentemente achar um jeito de manter minhas mãos longe de você.
— Eu estava querendo saber como você descobriu... ele?
A pergunta sai incerta no final, o fazendo rir, voltando a sentar ao meu lado e brincar com seus dedinhos. Acho incrível como Liam parece tão pequeno, ao mesmo tempo que tão grande. Não consigo entender como ele tem essa aura delicada, ao mesmo tempo que consegue ser tão grosseiro as vezes.
— Acharam que era gripe canina né? — espicho o corpo no sofá, ao seu lado, abrindo a boca de sono.
— O que você achou que íamos pensar? Tontura, desmaio, vômito. Eu sou um homem, não deveria ter um bebê. Para falar a verdade, estou até estranhando nao ter desmaiado ainda.
Ele parece genuinamente confuso. Puxo o ar com força, puxando seu corpo para perto do meu, cheirando seu cabelo. Liam não se afasta, apesar de se encolher.
— Sabe por que você estava desmaiando? — questiono com a boca contra seu ouvido, fazendo seu corpinho se encolher ainda mais — Ele é um coiote.
— Que? — Liam pula do sofá, arrumando as perninhas em cima do sofá, os olhinhos azuis excitados — Você consegue saber se ele é sobrenatural? Qual espécie vai ser? Por que eu não consigo? O que você tem que eu não tenho?
Conforme aa perguntas eram feitas, sua alegria ia diminuindo, até sobrar apenas sua expressão tristonha. Okay! Talvez Liam tenha mudado com a gravidez.
— É somente uma suspeita. — começo devagar — Filhotes de coiotes quando muito pequenos, ainda na barriga, buscam o cheiro dos dois pais, tanto que meu coiote parecia desesperado para te marcar quando cheguei, para passar segurança ao filhote dele. A ideia é que como meu coiote reagiu assim, pode ser, sem certeza nenhuma, que ele seja um coiote também. Você é um lobisomem, sua ligação com ele é perfeita também, acontece que coiote são mais ciumentos e superprotetores, mon petit loup.
— Por que você ainda não parece assustado ou surpreso com isso?
— Porque eu sabia que podia acontecer, mon petit loup. — revelo — Não achei que realmente fosse acontecer, mas sabia que poderia.
— Você sabia que homens engravidaram e mesmo assim não quis usar camisinha? — sua voz vai afinando ao falar, parecendo muito com Isaac irritado.
Nota: não deixar os dois próximos.
— Você é um lobisomem, pode engravidar. — um sorriso acaba se formando em meu rosto — Só não achei que você pudesse sentir alguma coisa além de tesão por mim, essa é a surpresa, mon petit loup.
— Co-como assim ma-mais que tesão?
Seus olhos estão arregalados, as bochechas coradas. Céus, eu quero muito beijar Liam agora.
— Bebês gerados por dois lobos ou dois sobrenaturais é uma coisa natural. Acontecia muito antigamente, antes de toda essa onde ridícula de preconceito que os próprios humanos criaram e limitaram. Não é atoa que vamos precisamos matar algumas bruxas. — levo a mão até a sua, brincando com seus dedinhos — Porém, eles só são possíveis, se os dois envolvidos tiverem algum tipo de ligação, como se gostassem um do outro. Algo forte.
— Você gosta de mim? — ele não gagueja dessa vez, os olhos em cima de mim.
— Je suis complètement folle de toi, mon petit loup.
— O que você disse?
— Você me tirou do inferno, sou grato a você. — a mentira sai de forma tão natural, tão rápida, que desconfio que Liam a perceba, porque ele não parece decepcionado, tampouco animado — Você gosta de mim?
— Eu odeio você, Theo.
Um sorriso maior aparece na minha cara, porque seu coração tropeça a cada sílaba e eu compreendo que Liam está mentindo.
— Eu não quero ir a Londres. — é fofo como ele acha que mudando de assunto vai esconder o que acaba de fazer — Das duas opções que Alec deu, acho que escolho a segunda, a que vocês voltam para cá. Mas acho que isso já estava nos planos não é? Escutei você falando algo sobre hotel com Scott e Malia antes de tudo aquilo acontecer, não que eu estivesse prestando totalmente a atenção em você, porém consegui pegar algumas coisas e, tudo bem se não quiser voltar...
— Respira. — peço pela segunda vez, vendo seu rosto avermelhado, não sei se por vergonha ou falta de oxigênio — Preciso tirar fotos de algumas coisas para Jackson e Ethan, mandar para eles, escolher o lugar certinho, trazer Isaac, me divorciar do meu casamento não legalizado com Isaac, dividirmos a guarda do Alec, convencer Isaac a vir para Beacon Hills, convencer Malia a convencer Isaac a vir, falar com Deaton sobre sua gravidez, avaliar os riscos, cuidar das bruxas, garantir que elas não usem nosso filho ou você em algum ritual sinistro de magia...
— Divorciar? — Liam interrompe meu monólogo — Você estava junto com um cara quando transamos?
— Você só ouviu isso de tudo que falei?
— Estava ou nao estava?
— Literalmente acabei de dizer que tem bruxas planejando usar você e o bebê em rituais...
— Estava ou nao estava?
— Fora que sua gravidez pode ser de risco, por isso citei Deaton, mas você só prestou atenção na brincadeira do divórcio?
— Você estava ou não estava? — ele gritou agora, batendo o pé no chão, como um mimadinho.
— É claro que não estava, Liam. Que merda você pensa que sou? Nunca ia trair alguém só para transar com você.
— Só para transar comigo? — sua voz sai gélida, sinto que falei alguma coisa errada — Mas se fosse outra pessoa, você faria. Só não faria para transar comigo, porque eu não sou bonito o suficiente, nem interessante o suficiente para você trair outra pessoa.
— Você está interpretando errad...
— Você transou comigo por que achava que estava me devendo? Para mostrar que estava grato o suficiente, Theo?
Ele se levanta do sofá, as bochechas estufadas, as narinas abertas e os olhos estreitos.
— Você está de brincadeira né?
Questiono me levantando, imitando seu gesto.
— É o que você está dizendo, Theo Raeken.
Avanço em sua direção, pegando seus braços e quase o jogando na parede, só não fazendo isso porque preciso pensar em meu filho. O encosto na parede, meu corpo colado ao seu, meus olhos nos seus.
— Primeiro de tudo: Isaac e eu somos irmãos. — murmuro contra seu rosto, nossas respirações se misturando — Brincamos que vivemos um casamento sem sexo e que cuidamos do nosso filho, Alec. É uma coisa nossa.
Prenso meu corpo no seu, evidenciando a ereção que estou escondendo desde o momento que lembrei de seu corpo nu, em cima da cama.
— Segundo: Não existe a palavra insuficiente para você, mon petit loup. Porque desde o momento que eu coloquei meus olhos em você, eu quis me enfiar no meio das suas pernas. — roço minha boca por sua bochecha, levando até seu ouvido — Eu nunca trairia alguém que estou tendo um relacionamento, porém, se existe alguma pessoa que seria capaz de me fazer trair é você. Porque, caralho, se uma pessoa esta destinada a trepar com outra, sem dúvida nenhuma, mon petit, você foi feito para mim.
— Theo...
Suas mãos tocam meu peito.
— Eu vou soltar você. — sussurro — Eu vou dar o fora daqui, Liam. Não porque quero, mas porque se eu continuar mais um segundo dentro desse loft com você, irei te fazer gemer alto o suficiente para que toda Beacon Hills escute e vai ser melhor do que a noite que fizemos esse bebê. E eu não posso fazer isso, não agora, não sem saber se posso enconstar desse jeito em você. Estarei no apartamento do Argent, amanhã vou passar aqui e iremos ver Deaton. Não esqueça que odeio você, mon petit loup.
Sou rápido ao me afastar de Liam. Sou rápido ao correr de volta para a residência do McCall para pegar minhas chaves. Sou rápido em fugir da avalanche de sentimentos que tenho pelo Dunbar, ao menos, enquanto não sei exatamente como essa gravidez funciona.
— ♡ —
A mudança drástica desse capítulo ainda me assusta as vezes, porque tudo começa com uma insegurança do Li e no final o Theo já declara tudo sem nem respirar direito.
Acho que sabemos de quem o Alec puxou tanto fogo agora. Só quero ver como Isaac vai ser com Malia, depois dessa...
Liam achando que Theo ameaçou Corey e, por conta disso, Mason contou do bebê. Eu conto ou vocês contam?
Theo todo calminho com os surtos do Liam no início: ❤😍
Theo ameaçando o fazer gritar no final: 🤬😈
Aí, aí, aí esse meninos.
Eu tive uma ideia de interação entre nós, se vocês descobrirem o que Theo disse com: "Je suis complètement folle de toi, mon petit loup." Eu posto três capítulos de CAR até sábado, antes de voltarmos a rotina de um por semana.
O pior que é uma coisa fofinha.
O capítulo de hoje foi mais longo do que esperava, 2391 palavras.
Espero que tenham gostado.
Até mais.