Pois é, eu realmente estou indo para Tóquio. O ar rarefeito já predomina meus pulmões e a ansiedade consome minha alma lentamente, novidades sempre são árduas de engolir.
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09h30 p.m. (21h30) - Horário de Tóquio
"Senhoras e senhores passageiros, aqui quem fala é o comandante, a partir de agora estamos sobrevoando por Tóquio, a temperatura está de 10°, com baixa chance de chuva. Daqui alguns momentos iremos iniciar o procedimento de aterrisagem. Obrigada por sua atenção."
Aquelas haviam sido as vinte (20) horas mais compridas da minha vida, dentre turbulências, lanchinhos duvidosos e uma anestesia mental de filmes velhos. Durante o voo ocorreram vários episódios que, querendo ou não distraíram minha mente do caos que encontrava-se minha sanidade: Comecei a escrever no diário que minha mãe me deu, além de que ouvi músicas, dormi um pouco, também assisti animes, ademais terminei um livro em japonês de nível avançado.
Em relação ao meu japonês, ele melhorou bastante, não estou fluente, porém consegui chegar à um nível aceitável perante a situação. Estou estudando praticamente todos os dias por três horas, há um período de dois meses e meio, ou seja, diversas coisas foram aconchegando-se no meu cérebro. Sei que ficarei nervosa em relação o idioma, mas tudo bem, qualquer coisa enfiarei um inglês no meio da frase, ou tradutor por cima que estaria consideravelmente resolvido.
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10h00 p.m (22h00)
O pouso havia sido tranquilo, ocorreu algumas tremedeiras estranhas, entretanto sobrevivi, e isto que importa. Desci da aeronave e agilmente peguei um carrinho de aeroporto para por minhas bagagens, pois possuo três malas gigantes, elas são enormes mesmo, além de uma mochila com algumas coisas que eu utilizei especificamente no voo.
Andava pelo os corredores apreensiva, analisava cada detalhe do espaço, onde, engoli seco quando tomei conta de que agora eu estava submetida a outro alfabeto.
Passei novamente pela polícia do aeroporto, apresentei um pouco de dificuldade e nervosismo, entretanto eles foram hospitaleiros comigo.
Atravessei mais um portão, em que normalmente as pessoas se encontram após o desembarque. Quando avistei uma figura que me era familiar, espremi os olhos para confirmar se eu estava enxergando corretamente; Analisando a figura percebi que era a tia de Ayumi e provavelmente seu tio, eles sorriam e seguravam uma plaquinha escrito em português:
Bem vinda ao Japão, Lia Lillie!
As letras estavam meio tortas, todavia meu coração esquentou após perceber o que fizeram por mim sem nem mesmo me conhecerem presencialmente.
Acenei para o casal, que os mesmo também conferiram com as pupilas, seguidamente acenaram de volta juntamente de pequenos pulinhos de animação.
-Doumo! (どうも) - Disse para eles, já demonstrando gratidão desde o início.
-Konbanwa! (こんばんは) - Eles responderam com um sorriso largo.
n/a: Gente isso foi só para fazer um charme tá, irei continuar escrevendo em português, porém terão algumas referências!!!
A mulher se apresentou como Kozume Naomi, ela tem cabelos um pouco a cima do ombro, utiliza óculos, e aparenta ter 1.65. Já o homem Kozume Hiroshi, é calvo, pois está se aproximando da terceira idade; Também chutei que ele teria 1.76 de altura. Apresentei-me também, segurando-me para não rir do jeito engraçado e fofo que eles pronunciavam meu nome e sobrenome.
O Sr. Kozume logo se ofereceu para me ajudar com as malas, e eu facilmente aceitei, pois as coisas estavam muito pesadas.
Fomos até o estacionamento, onde eles tinham parado o carro. Chegando no local percebi que o carro era um "Bentley Bentayaga", um tradicional japonês, também era espaçoso, porém duas malas foram no porta-malas e uma foi comigo no banco traseiro. A Sra. Kozume puxou assunto comigo logo de cara, percebi que ela estava tentando me deixar menos desconfortável possível. Uma fofa.
-Lia, qual foi sua primeira impressão de Tóquio olhando pela janelinha do avião? - Ela me pergunta com uma voz bem aveludada e suave.
-Olha, Sra. Kozume, me lembrou um pouco de São Paulo pela iluminação, porém quando me deparei com o Monte Fuji fiquei encantada! - Respondi com animo e otimismo, fazendo-os gargalhar nasalmente.
-Ah, que bom! Ele é realmente nosso patrimônio natural! - A mulher complementou. -E para você é Naomi! - Finalizou com uma careta irônica, a qual retribui de modo gentil.
-Então também irei dizer a mesma
coisa, pode me chamar de Hiro, Lia! Irá estudar no Colégio Nekoma? Não é? Que incrível, nosso filho estuda lá também,
você conseguirá se sentir menos perdida com o Kenma te ajudando. - O homem mostrava os dentes com alegria, muito animado. -Por acaso a Ayumi comentou dele para você? - Encerrou com os seus olhos presos em mim através do retrovisor, provavelmente por ter comentado sobre o filho.
-Ela me contou de todos vocês, Hiro, especialmente de você Naomi. A contou-me de como a família Kozume é animada, ela quase entrou dentro da mala para vir. Ayumi está com saudade de vocês! - Retruquei de uma maneira doce, com um sorriso no rosto, onde parece que a resposta os agradou bastante.
-Ademais, você também irá jogar na Seleção Japonesa Sub-16? Que incrível!Para terem te "importado" do Brasil, você realmente deve ser muito boa. Nosso filho joga vôlei também, ele é levantador titular no colégio de vocês. - Ela fala tudo com leveza e euforia, o que me traz paz e conforto. Consequentemente já estou me sentindo da família, porém ainda tenho que passar pelo assustador filho,
de que tanto fazem comentários.
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A viagem durou em médias uns vinte e cinco (25) minutos, em que o céu começava a apresentar tonalidades escuras, porém o ânimo geral continuava intacto. Durante o percurso fiquei encarando todos os detalhes deste novo local, tentando traduzir tudo o que estava escrito, além de que também ativei minha internet móvel, para que eu pudesse me comunicar com minha mãe, Mimi, Leo, e todos aqueles que me mandarem mensagens.
-Chegamos! - Naomi e Hiro comunicaram simultaneamente, pareciam até um comercial de margarina de tão bonitinhos.
A casa é bem grande, ela tem apenas dois andares, mas é extensa por dentro; Apresenta cinco quartos, onde um é do casal, outro do filho, um de hóspedes (no caso o meu), um reserva, e o escritório do Sr. Kozume; Cada quarto possui seu banheiro; A sala e a cozinha são grandes e conectadas, semelhante a um conceito aberto; Juntamente um lavabo no andar de baixo. O lar também há um quintal enorme, com uma grama esverdeada, o qual notei rapidamente uma bola de vôlei da Mikasa.
-Kozume Kenma, desça aqui, a Lia chegou! - Naomi berrou de modo escandaloso, todavia elegante, chamando o menino para o andar inferior. Impressionante, Nami Nami.
Rapidamente pensamentos invadiram minha cabeça, além de eu estar na puberdade, também nunca vi uma
foto recente do Kozume, pois a únicas que Ayumi possuíam era de quatro (4) anos atrás, e muitas coisas mudaram e mudam neste período de tempo. Ai meu Deus, eu estou surtando por dentro! Pelo ao menos está sendo melhor do que eu esperava,
até o senhor Hiro é legal, achei que ele seria mais bravo e sério.
Será que Kenma está alto e musculoso? Porque para ser levantador precisa ter resistência, força, outrossim altura também é bom. Que pena que ele não tem nenhuma foto em seu instagram, apenas uma foto de um porquinho do Minecraft, que inclusive era a do perfil. Esses jovens lowprofile hoje em dia.
Começo a ouvir passos lentos e preguiçosos, aparentemente ele está se aproximando. Okay, Lia, respira, você está indo bem! E não irá dar em cima do primo da sua melhor amiga, muito menos seu host-brother.
Quando olho para a escada, deparo-me menino de 1 metro e 70 de altura, com cabelos semelhante a um pudim, contudo ele é muito fofo, mas algo totalmente notável é o seu sono provavelmente desregulado.
-Ah! Oi, eu sou o Kozume Kenma, mas pode me chamar só de Kenma mesmo. Seja bem-vinda. - Ele diz num tom super baixo e pouco animado, não surpreendendo-me pois haviam me contado sobre este seu típico comportamento. Após falar isto, ele sobe novamente as escadas e some do nosso campo de visão.
-OI, KENMA, EU SOU A LIA! - Gritei alto, pois o menino tinha sumido, e queria que ele escutasse. Apenas ouvi umas risadinhas vindo de todos, especialmente do meu novo irmão.
-Lia, irei ajudá-la com as bagagens. Também vou levá-la até o seu quarto. Fique a vontade, agora você é verdadeiramente da família. - Hiro diz com um tom adocicado como mel, fazendo-me sentir acolhida e sem inseguranças. Sentindo-me completa.
Nova zona de conforto detectada, obrigada família Kozume.
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Capítulo revisado, porém pode passar por alterações!!!
Oioi gente, o que vocês acharam deste décimo capítulo???
Finalmente a Lia conheceu os Kozume, como será a partir de agora? Só a minha criatividade sabe...
!Não se esqueça da ☆!
Beijinhos da autora <3