Franzi o senho confusa, quando ouvi uma música brasileira tocar na festa, mais especificamente Aquelas Coisas de João Gomes.
─Quem tá responsável pelas músicas?─perguntei a Harvey, e o garoto apenas apontou na direção do Dj, que agora seu lugar estava sendo substituído por Josh.
─Quê? ─fiquei boquiaberta, quando o vi manobrando a aparelhagem.
─Tá de brincadeira, né? ─fiz a pergunta mais para mim mesma do que para ele.
Rir negando a cabeça.
─Nem acredito que ele pôs essa música! ─estava desacreditada, era uma das minhas preferidas.
Apesar de ter nascido em outro país, e ter crescido com outra cultura, o sangue brasileiro habita em mim, e ouvir uma música assim dá vontade de sair correndo e começar a dançar aqui no meio de todo mundo, dizendo que essa música é do meu país.
Sério, é uma energia contagiante.
Comecei a cantarolar, em voz baixa.
─Você quer dançar? ─perguntou Harvey.
─Você sabe dançar? ─fiz uma pergunta atrás da dele, curiosa.
─Não esse estilo de música, mas posso aprender. ─deu de ombros, mostrei um sorriso.
─Any!!! ─Jaden surgiu na sala eufórico. Ele vinha correndo. ─Vamos dançar? ─me lançou a proposta.
─E desde quando você sabe dançar esse tipo de música? ─perguntei rindo.
─Andei praticando. ─sorriu de lado.
─Pode ser, só não me faça passar vergonha! ─avisei, pegando em sua mão que estava estendida em minha direção.
Fomos dançar sem compromisso de nada.
Só se divertir mesmo.
Quero dançar e não tem ninguém que saiba, só o Jaden que diz que sabe.
Fomos pro meio do pessoal, e então Jaden pegou minha mão, levando a outra até minha cintura, pus minha outra mão em seu ombro, e ele me puxou pra mais perto, como na dança, e assim começamos a dançar o famoso piseiro.
Todo mundo ficou olhando. Talvez por nunca ter visto como se dançava. Fiquei me sentindo uma diva, alí no meio com tantos olhares sobre nós.
Até que Jaden tinha o molejo no corpo, ele sabia dançar, e eu não precisei ter que ficar puxando ele do lugar pra ele me acompanhar, seu corpo estava leve pra dança. Mas o problema era meu vestido que ficava subindo, por ser bem colado ao corpo, então eu tinha que ficar puxando pra baixo.
Ele me girou, para em seguida rodar também, depois soltou minha mão, permanecendo com o braço solto ao lado do corpo, ri com aquilo, seria facilmente confundido com um brasileiro com esses movimentos, pus a mão que estava no ombro dele em sua cintura.
Quando a música já estava se encerrando, nos soltamos e fizemos o passinho do piseiro, pra lá e pra cá com as pernas, ao som da música.
E quando a música se encerrou, fomos aplaudidos pelo pessoal, rimos um pro outro, batendo com as mãos, sobre a altura do nosso rosto, para então nos abraçarmos, e cada um seguir para um lado.
Voltei para a mesa, onde estavam as bebidas, pegando outra.
─Por que não me chamou se queria dançar? ─ouvi a voz de Ruel, quando Meu Bem tocou, outra música cantada por ele, João Gomes, e outra favorita minha.
─Você nem sabe dançar essas músicas, e eu precisava de alguém que soubesse, e o Jaden sabe. ─respondi calmamente.
─Você não me ensina! ─respondeu indignado. ─E pra você é fácil, já que tem dupla nacionalidade. ─comentou revirando os olhos.
─Jaden não é brasileiro e aprendeu sozinho, assistindo a vídeos no you tube e praticando sozinho no quarto. ─dei de ombros.
─Ah, mas pra ele é fácil, ele tem molejo no corpo, e sabe dançar muito bem. ─cumpriu os lábios.
─Ah, mais isso não tem nada aver, qualquer pessoa aprende se quiser aprender. ─respondi.
─Okay Any, okay, vou procurar alguém que me ensine, e aí você vai ver só, vou te pôr no chinelo. ─se convenceu.
─Acho difícil. ─ri.
─Você tá duvidando da minha capacidade? ─perguntou, erguendo uma sobrancelha irônico.
─Não. Mas acho que vai ser difícil ter o gingado que só o brasileiro tem. ─comentei.
─É, isso aí é verdade. ─concordou. ─Mas a gente faz o impossível acontecer. ─riu nasalado.
Cantei alguns refrões da música, em voz baixa.
─Josh, hoje tá inspirado, e você tá adorando isso, tá até cantando junto. ─riu, negando com a cabeça.
─Óbvio, não é todo dia que se ouve músicas assim, aqui em outro país. ─comentei orgulhosa. ─E você entende o que ela diz? ─perguntei.
─Mais ou menos, só algumas palavras que ele canta. ─respondeu com os braços cruzados em frente ao corpo.
─Tipo? ─insisto.
─Tipo, quando ele canta só um dois corações, esconde o sentimento me dando um sorriso, não quero seu amor, me dê só um momento é disso que eu preciso. E quando ele diz, meu bem, só liga me chamando e me dizendo que essa noite tem. E na outra parte quando ele diz, bagunça esse vaqueiro com seu olhar castanho, é uma alucinação, você faz, eu acho bom, até parece que eu tô vivendo um sonho... ─cantarolou as partes das músicas, quase que perfeito português.
─Caramba Ruel, seu português está quase impecável! ─comentei surpresa.
─Você acha? ─perguntou confuso.
─Sim, só que ainda tem sotaque, mas mesmo assim, você tá indo bem, tá ficando impecável. ─comentei e sorri.
─E na outra música, você entendeu o que ele cantava? ─perguntei curiosa.
─Na outra eu prestei bastante atenção, em algumas coisas, e entendi certas partes que ele cantava. ─respondeu, fazendo uma careta ao falar.
─Se lembra quais foram? ─perguntei novamente.
─Ãm... só quando ele cantou: Sei que já é tarde, rodei a cidade, mas você insiste em se esconder, responde essa mensagem, isso é maldade, quero ficar com você. ─cantarolou as partes, me deixando impressionada. ─E na outra parte que ele cantou: Quando lembrar da gente, no quarto tirando a roupa, aí cê vai querer o meu beijo na boca. Do nada cê me liga pra fazer aquelas coisas, sabe que o vaqueiro é quem te deixa louca... ─terminou cantando as outras partes em perfeito estado.
─Nossa... ─comentei boquiaberta. ─Você tá entendendo demais, pra quem não sabia quase nada do português.! ─respondi, e ele riu.
─Obrigado, se isso foi um elogio! ─sorriu debochado.
─Tá, isso não foi um elogio, e sim, tô querendo dizer que você não sabia de quase nada, e do nada aprendeu. ─respondi confusa.
─Dias de práticas. ─deu de ombros, convencido.
─Okay. ─ergui as mãos em frente ao corpo, de forma dramática.
─Pessoal, a galera tá brincando de verdade ou consequência lá fora, e mandaram eu perguntar se vocês também querem participar? ─Noah veio nos avisar.
─Pode ser. ─respondemos juntos, rimos.
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__Não fique me confundindo
Neste jogo eu vou perdendo
Você quer se enganar
Porque essa porta está aberta
Se me explica, eu te entendo
Se te cala, não compreendo
Perdi a aposta e no final
Um namorado a menos, uma amiga a mais
Que te tenho e não te tenho
Cansada do mesmo conto
Você, aos 21, tem jogado bem
Mas, esta noite, dançará com quem?
Sai, sai comigo para dançar
Se nos gosta o mesmo, ai, menino
Já é de noite, vamos brilhar
Sai, este amor tem gosto de sal
Tanto sódio tem gosto de ódio
Mas te quero e isso é óbvio...
Danna Paola - Sodio.
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Nos juntamos a eles.
Me sentei na grama, Ruel sentou ao lado de Jaden, que estava ao meu lado.
Havia mais algumas garotas jogando com a gente, até a namorada de Jaden que havia chegado.
─Quem não quiser responder, vai ter que beber cada copinho desse de tequila! ─anunciou Josh, para que todos ouvissem.
─Tudo bem, eu começo! ─se pronunciou Griffin começando a girar a garrafa no chão.
E deu em Chase pergunta para Jaden, por pouco não deu em mim.
─Tudo bem, mané, pode perguntar. ─Jaden deu permissão. ─Quero verdade.
─É verdade que você já deu beijo triplo? ─perguntou sem devaneios.
Jaden riu. ─Por que tá tão interessado em saber disso? Quer experimentar isso comigo, é? ─riu nasalado. ─Claro que não, né. ─respondeu a pergunta dele.
─Sai fora! ─Chase riu.
Ninguém se segurou, e começaram a rir.
E então Jaden girou a garrafa e deu em Griffin e Bryce. Com Bryce dando um sorriso amarelo.
─Verdade, ou consequência, bonitão? ─perguntou Griffin dando ênfase na palavra consequência.
─Óbvio, que verdade. ─disse Bryce.
─É verdade que você só se depila uma vez por mês? ─perguntou Griffin sorrindo malicioso. ─Tipo, as partes íntimas.
─Que diabo de pergunta é essa? ─Bryce parecia traumatizado, geral riu. ─E não, não me depilo só uma vez por mês.
Então Bryce girou, e deu em Dixie e Blake.
─Verdade ou consequência? ─perguntou Blake.
─Consequência. ─respondeu a garota, revirando os olhos, deixando todos alí surpresos. ─Que foi? Eu não confio nele.
─Te desafio a dar encima de algum garoto daqui da festa, agora! ─respondeu Blake sorrindo irônico.
─Quê? Não! ─Dixie protestou.
─Vai ter que cumprir, senão vai ter que beber! ─deu o veredito Blake.
─Tá de brincadeira, né? ─perguntou Dixie ofendida.
─Não, tô falando sério. ─respondeu Blake.
─Te odeio! ─disse a garota se levantando e entrando novamente dentro de casa, com Blake atrás.
─Ihhh, vai deixar mesmo, Griffin? ─zombou Anthony, rindo.
─É só um jogo. ─respondeu Griffin confiante.
Anthony ergueu as mãos em frente ao corpo.
─Eu não acredito que você me fez pagar esse mico, idiota! ─Dixie voltou, dessa vez puta da vida com Blake. ─Se eu te tirar no jogo, você vai ver só o que eu vou fazer com você!─ameaçou.
─E aí, como foi? ─perguntou Kelianne curiosa.
─Ela deu a famosa cantada de:Me chama de toalha molhada, e me atira sobre a cama? ─comentava Blake, zoando a forma como ela havia dito. ─E o garoto ficou tipo: Quê?. Sem entender nada. Mas logo depois, ele queria ficar com ela, só que ela disse que tava participando de um jogo.
─Oi? ─Griffin encarou a namorada, sem acreditar no que ela feito.
─Cara, foi a única coisa que me veio em mente na hora, e eu tava nervosa, né, tanto que falei rápido demais, e ele quase não entendeu nada! ─se explicou. ─E ele ainda pediu pra ficar comigo, mas eu me sai dele. ─Blake gargalhou alto.
─Pelo menos cumpriu com o desafio. ─Blake deu de ombros e Dixie o encarou seria.
Dessa vez Dixie girou a garrafa, e parou em uma das garotas e Ruel.
─Verdade ou consequência? ─perguntou ela.
─Ãm... consequência. ─respondeu, e todos ficaram espantados.
─Okay, te desafio a beijar a Aaliyah! ─respondeu, lançando o desafio.
Todos me encararam sérios. A garota com quem essa menina disse, estava sorrindo convencida.
─Beleza. ─Ruel responde, então se aproxima da garota, e quando penso que ele iria beijar a boca dela, ele beija a bochecha dela, deixando a garota que fez o desafio indignada, deixando a que foi "beijada" emputecida. ─Pronto. ─respondeu Ruel, simples.
─Não! Não era esse tipo de beijo que eu tava dizendo, era na boca dela! ─Não valeu. ─protestou a garota.
─Você não explicou onde era. ─Então, valeu sim. ─respondeu Ruel calmo.
A garota bufou irritada.
Ruel girou a garrafa e dessa vez deu em Tayler e Nick.
─Verdade ou consequência, mané? ─perguntou Nick a Tayler.
─Verdade. ─respondeu Tayler, dando de ombros.
─É verdade que se você descobrisse uma traição vinda da Kelianne com um dos seus melhores amigos, você também daria o troco, pegando uma das melhores amigas dela? ─perguntou Nick, curioso.
─Não, eu jamais faria isso. Por que se ela supostamente fizesse isso comigo, eu apenas seguiria minha vida em frente, eu não bateria nele ou algo assim, por que não valia a pena, e mulher se encontra em todo canto. ─confessou Tayler, e Kelianne aplaudiu.
─Caramba... ─Kelianne estava surpresa.
─Obrigado, obrigado. ─Tayler fez a reverência, se curvando agradecendo as pessoas de modo brincalhão.
Tayler em seguida girou a garrafa e saiu em Andrey e Nate.
─Verdade ou consequência? ─perguntou Andrey.
─Consequência. ─respondeu Nate.
─Te desafio a beijar a primeira garota que você ver pela frente quando entrar lá na festa! ─Andrey lançou o desafio.
─Caralho. ─Nate murmurou, já se levantando e indo a caminho da casa, Andrey foi com ele.
Em alguns minutos, voltava Nate limpando a boca com algum batom borrado sobre ela.
─Você cumpriu mesmo o desafio? ─Kelianne perguntou surpresa.
─Cumpriu sim, é claro que cumpriu. ─respondeu Andrey por ele.
Nate pegou a garrafa e girou, para em seguida dar em mim e no Harvey, que estava de frente para mim.
─Verdade ou consequência? ─perguntou e sorriu.
─Consequência. ─respondi, não sei se fiz o certo, mas não queria o verdade, Harvey iria fazer alguma pergunta constrangedora aqui.
─Te desafio a deixar que o Jaden te beije. ─respondeu ele, mostrando um sorriso. Até aí tava tudo bem, até ele abrir a boca para dizer mais alguma coisa. ─Na boca. ─completou o loiro em seguida, me deixando sem graça.
Encarei a namorada de Jaden e ela pareceu ter ficado desconfortável com tal situação.
─Não posso fazer isso. ─respondi calmamente.
Ruel me encarou sério.
─Qual é gente, vocês estão querendo me foder, é? ─Jaden perguntava incrédulo. ─Tudo sobra pra mim. ─Porra...!
─A, qual é, Any, é só um jogo! ─Harvey protestou insatisfeito. ─Não vai me dizer que vai amarelar agora?─riu zombeteiro.
─Não. Mas é que... ─sou interrompida por Jaden.
─Tudo bem, Any, se é pra cumprir um desafio, vamo fazer isso do jeito certo. ─disse, me tranquilizando.
Respirei fundo.
─Tudo bem. ─confirmei, assentindo.
Jaden se aproximou de mim, seu rosto foi se aproximando do meu, e quando pensei que nossas bocas fossem se tocar, por que era isso que dava a se entender, Jaden desviou o rosto e beijou minha bochecha, me deixando mais tranquila e aliviada.
─Como eu respeito muito a Any e a minha namorada, eu não vou fazer isso, ainda mais aqui na frente dela e na frente do namorado da Any! ─se pronunciou Jaden, sorrindo pra mim.
─Obrigada. ─sussurrei para que ele pudesse ouvir, mostrei um meio sorriso.
─Quê? ─Harvey se pronunciou indignado. ─Não! Não é assim que o jogo funciona. ─Harvey protestou insatisfeito.
─Nem sempre as pessoas também falam a verdade nesse jogo, Harvey. Você melhor que ninguém, deveria saber muito bem disso. ─respondeu Jaden, já sem paciência, e Harvey se calou irritado.
Girei a garrafa, e deu em Anthony e Payton.
─Verdade ou consequência? ─perguntou Anthony.
─Consequência. ─respondeu Payton sorrindo debochado.
─Te desafio a beijar a Sarah. ─Anthony foi logo direto ao ponto.
Sarah era uma das garotas que também estavam sentada com a gente.
Vi Sarah ficar animada com a ideia.
─Okay. ─falou Payton, se aproximando da garota, e então ambos se beijaram, tipo, alí mesmo.
A galera começou a gritar, fazendo escândalo, enquanto os dois se beijavam pra valer.
Após o suposto beijo, Sarah sorria toda boba. E Anthony se pronunciou novamente. ─E aí Payton, como foi beijar a Sarah? ─Anthony estava mais animado do que o próprio Payton, que estava com cara de poucos amigos, parecendo não ter gostado de nada.
─Sei lá, foi estranho. ─respondeu Payton, dando de ombros, no mesmo momento arrancando o sorriso bobo do rosto de Sarah.
A garota o encarou incrédula.
─Você não gostou? ─Sarah perguntou desapontada, era visível a tristeza em seu olhar, e ela se segurava para não chorar. Pelo visto alguém quebrou seu coração.
─Não. ─respondeu Payton na lata. ─Foi tão estranho, que eu não consegui sentir nada. ─comentava opaco, como se não estivesse sentindo nada naquele momento.
E nessa hora, Sarah apenas assentiu de cabeça baixa, ainda sem acreditar que seu crushzinho havia dito aquilo.
Então Payton girou a garrafa e finalmente deu em Avani e Kelianne.
─Verdade ou consequência? ─Kelianne perguntou a Avani.
─Verdade, vai. ─respondeu Avani.
─É verdade que já ficou com o Payton, antes de começar a namorar o Anthony? ─perguntou Kelianne, pondo fogo no parquinho.
─Que isso?! ─Payton se pronunciou indignado.
─Já. ─Mas isso foi bem no começo das aulas do ano passado, no segundo ano, quando eu nem tinha conhecido o Anthony ainda. ─respondeu desconfortável.
Anthony não disse nada.
─Não vai falar nada, meu irmão? ─perguntou Josh a Anthony.
─Não tenho nada a dizer. ─Anthony respondeu simples.
Avani rodou a garrafa e saiu em Josh e Bryce.
─Verdade ou consequência, idiota? ─Bryce perguntava.
─Consequência. ─respondeu Josh, sem animação nenhuma.
─Te desafio a lamber o chão do quarto e gravar um vídeo fazendo isso! ─Bryce disse, sem mais nem menos.
─Quê!? ─Josh praticamente berrou. ─Não não, com certeza, não. Isso tá totalmente fora de cogitação, gente! ─Vocês estão sem criatividade. ─Josh estava incrédulo com aquilo.
─Então vai ter que beber, já que ninguém bebeu até agora. ─respondeu Bryce.
─Manda outra. ─pediu Josh, não querendo beber, fazendo Bryce bufar irritado.
─Te desafio a ir na papelaria, e quando chegar lá, perguntar ao vendedor se lá vende papel de trouxa! ─Bryce deu mais um desafio.
─Onde eu vou encontrar uma papelaria aberta uma hora dessas, meu irmão? ─perguntou Josh impaciente.
─Sei lá, te vira, cara! ─Bryce deu de ombros, não se importando com nada.
Josh bufou irritado. ─Tudo bem, eu faço o primeiro desafio. ─revirou os olhos frustrado. ─Mais já vou logo avisando que na próxima você vai comer terra! ─apontou com o dedo indicador na direção do amigo.
─Acho difícil sair novamente eu e você na próxima. ─Bryce riu convencido.
─Vai rindo, vai rindo, otário, que quem rir por último, rir melhor! ─e com essas palavras, ele entrou pra dentro da casa, pisando firme sobre o chão.
Depois de alguns meros minutos, Josh finalmente voltou e dessa vez ele vinha cuspindo no chão.
─Gravou? ─Bryce pergunta rindo.
Josh apenas entrega o celular à ele, se sentando irritado no chão.
Todo mundo foi pra cima de Bryce, tentando ver o vídeo.
Na tela tinha um vídeo, e quando Bryce deu play, a figura de Josh logo se materializou, mostrando um Josh com a maior dificuldade de lamber um pouco o chão do seu quarto, ele estava agachado no chão, mas ambo estava com cara de nojo, não conseguindo cumprir o desafio. Até que ele fechou os olhos, e finalmente lambeu um pouco o chão, para em seguida mostrar sua cara de nojo à tela do celular e assim o vídeo foi encerrado.
Bryce não parava de rir, zoando o amigo. Do começo do vídeo, ao fim.
Josh permanecia com cara de poucos amigos.
─E aí, como foi lamber o chão? ─Bryce zoou o amigo, entregando novamente o celular à ele.
─Caraca meu irmão, você tem coragem, hein. ─disse Ruel, negando com a cabeça.
─Escovei os dentes, pô, mó nojento fazer isso, ainda mais no lugar onde tem de tudo. ─Josh contava.
─Ainda bem, senão sua boca ficaria toda sujinha. ─Bryce riu mais uma vez e Josh mandou o dedo do meio pra ele.
─Pega esse dedo e enfia no cu. ─Bryce correspondeu.
─Enfia no teu, que é mais fácil, otário. ─Josh retrucou, girando a garrafa.
A garrafa parou em Dixie e Blake.
─Agora você me paga, idiota. ─Dixie riu maligna. ─Eu disse que você me pagaria, besta.
─Não tô te devendo, doida. ─Blake retrucou, agindo como se nada tivesse acontecido.
─Verdade ou consequência? ─perguntou sem mais delongas.
─Consequência. ─deu de ombros.
─Te desafio a dançar a música Recuerdo da Tini, de um jeito sensual, no meio da rua, agora mesmo! ─Dixie deu o desafio.
─Você só pode tá de brincadeira, né? ─Blake perguntava incrédulo.
─Não não, tô falando sério mesmo. ─Dixie sorriu convencida.
─Sua... ─Blake se controlou, para não acabar falando besteira, ele a fuzilava com o olhar.
─Vai logo, o tempo tá correndo! ─a garota não perde oportunidade em debochar da cara dele.
Blake se levantou a contragosto e saiu caminhando para dentro de casa. Saímos correndo atrás dele, para assistir ao pequeno show.
─Coloca logo essa música, eu tô morrendo de frio aqui fora! ─Blake mandava impaciente.
Ele já estava no meio da rua, só esperando a música começar a tocar.
─Calma meu querido, sou eu quem mando aqui, então acho melhor ficar quietinho no sapatinho, senão vai ser pior! ─Dixie voltou a ordenar.
E então ela botou a música em seu celular pra tocar, e Blake teve que dançar todo sensual no meio da rua de Toronto.
─Até que o mico foi chique! ─Nick ria. ─É tipo, dançando Tini nas ruas de Toronto no Canadá. ─fez uma voz afeminada, zoando o amigo.
Blake desceu até o chão. ─Ui! ─Arrasa gato! ─Dixie gritava da frente da casa, rindo horrores com o micão do loirinho.
O garoto já estava perdendo a paciência com ela.
─Olha o rebolado, tem mais rebolado que eu! ─me pronunciei, observando o show do meu querido amigo.
─Rebola mais, tá muito fraco ainda! ─gritou Andrey, fazendo todos rirem.
─Arrasa gatinho! ─dessa vez Avani foi quem gritou, ela riu em seguida.
─Olha essa bunda, meu! ─Kelianne se pronunciou, comentando. ─Por que garotos tem mais bunda que as meninas, hein? ─perguntou à nós.
─Verdade, tem mais bunda que eu, mano. ─concordei com Kelianne. ─Eu sou uma disbundada. ─chorei dramática. ─Eu sou uma disbundada, velho! Que ódio. ─surtava. ─E agora? ─do nada, eu estava preocupada que Blake tinha mais bunda que eu.
─Malha, ué. ─Nick dava a solução. ─Essa bunda ele conseguiu malhando, assim como o tanquinho e o corpo fitness também.
─Faz sentido. ─comentei.
E quando a música terminou, Blake entrou em casa puto da vida com Dixie.
─Como foi dançar nas ruas de Toronto? ─Dixie zombou ele, quando voltamos para o lado de fora onde estávamos jogando.
─Vai se foder! ─Blake respondeu sem paciência e girou a garrafa, dessa vez parando novamente em Josh e Bryce.
─Verdade ou consequência? ─perguntou logo Josh sem mais nem menos.
─Consequência. ─Bryce respondeu.
─Te desafio a comer um pouco de terra, daqui mesmo! ─Josh lançou o desafio, fazendo todos ficaram espantados.
─Eca! ─Nick comenta fazendo cara de nojo.
─Que ódio! ─Bryce respirou fundo, antes de se levantar e ir até a areia que ficava perto da piscina.
Então ele pegou do chão uma pequena quantidade e botou na boca, fazendo cara de nojo, mas mesmo assim engolindo, mostrando que havia cumprido o desafio.
─Tudo bem aí, Bryce? ─Josh zombou rindo.
Bryce apenas ergueu os polegares, mostrando um meio sorriso desengonçado para nós, mostrando que estava tudo bem.
Bryce veio até a gente, e quando nem pensamos, ele saiu correndo com as mãos na boca para dentro de casa.
─Gente, ele tá passando mal! ─gritei preocupada.
E todos correram atrás dele.
Chegamos no quarto dele, Bryce estava no banheiro, vomitando horrores no vaso sanitário.
Os meninos correram até ele, para tentarem o ajudar.
─Ai. Tô sentindo meu estômago se revirar. ─contava Bryce, quase sem forças pra falar.
─Calma, vai ficar tudo bem. ─respondeu Tayler, tranquilizando ele.
─Você quer ir pro hospital? ─Jaden perguntou.
─Não não, eu odeio hospitais. ─Bryce foi ajudado a se levantar, então ele pegou sua escova e foi escovar os dentes.
─Então Any, faz um chá pra dor de barriga pra ele, por favor. ─pediu Jaden, encarecidamente.
─Tô indo! ─corri até a cozinha para preparar.
Peguei os vários pacotinhos de chá no armário, e enfim achei o que eu tanto precisava. Pus ele em uma caneca, quando já estava pronto e levei até o quarto as presas.
─Aqui, bebe. ─entreguei a ele. ─Você vai melhorar rapidinho.
Bryce estava sentado na cama, enquanto tomava seu chá.
─E você nem de fazer outro desafio, hein? ─Tayler dava bronca em Josh.
─Já disse que a culpa não foi minha. Porra, ele me fez lamber o chão, vocês acham isso pouco? O chão é a mesma coisa de terra, sabe-se lá o que passa por alí todos os dias. ─respondeu o garoto revoltado.
─Não gente, não é culpa dele, se aconteceu, é por que tinha que acontecer. ─Bryce se pronunciava.
─Cara, você quase morre de tanto vomitar! Não vem querer defender ele, não. ─respondeu Griffin.
─Já disse que não sou culpado, se ele vomitou, é por que já pôs a intoxicação toda pra fora, e agora não tem mais perigo de nada, com esse chá ele vai melhorar. ─Josh respondia Griffin. ─Eu lambi a porra do chão, e ninguém tá falando nada.
─Mas você não passou mal, brô. ─Chase entrou no meio. ─E ele sim. É aí que tá o problema.
{É aí que mora o perigo... jqjnwisjjejjs}
Josh revirou os olhos.
─Tudo bem, tudo bem, eu sou culpado. ─assumiu a culpa, a contragosto. ─Satisfeitos agora? ─perguntou irônico.
─Agora sim. ─Tayler responde e sorri.
─Você tá melhor? ─perguntei.
─Tô me sentindo bem melhor agora. ─respondeu forçando um sorriso. ─Obrigado.
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