Laços de Amor (CONCLUÍDA)

By escritorapce

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Fernanda, envolta pelo calor familiar de uma fazenda em Minas Gerais, nutria em seu coração o anseio de desbr... More

Copyright 2021 - Priscilla E.
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Epílogo- Parte 1
Epílogo - Parte final

Capítulo 13

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By escritorapce

Raul

Enquanto acomodo minha filha na cama, noto pela minha visão periférica que Fernanda está na porta do quarto aguardando. Eu gosto disso nela, ela não é invasiva, não se impõe em uma situação.
Durante o nosso dia juntos, que foi incrível, desenvolvemos uma espécie de intimidade, no entanto ela não forçou nenhuma aproximação entre nós dois. Tudo ocorreu de forma natural.

Ela e Clara se deram super bem, parecia que já se conheciam há muito tempo. Acho que nunca fizemos um programa, que envolvesse uma terceira pessoa, tão bom. Nós nos divertimos muito. Fernanda é leve, divertida e agradável.

Não fingiu gostar das coisas que Clara quis fazer só para nos agradar. Ela realmente aproveitou tudo.
Percebi também que é muito transparente. Em alguns momentos notei que ficou um pouco envergonhada, porém nós nos demos tão bem que parecíamos já nos conhecer.

E agora estou falando sobre nós dois. Eu e ela. Às vezes trocávamos olhares cúmplices. Como na ocasião da batata frita. Eu entendi que ela só fez aquilo para agradar minha filha que tinha aberto mão da pizza para comer, como ela mesma intitulou, "comida de verdade" e porra, aquilo me agradou muito.

Eu preciso ser honesto, o dia todo me agradou muito. Fernanda foi extremamente carinhosa com Clara e em vários momentos desejei que aquilo que estávamos vivendo fosse nossa realidade. Não um pai, sua filha e a babá, mas sim uma família.

A família que eu sonho construir para minha filha.

Apesar de ser muito jovem, Fernanda se mostrou uma mulher madura. Tem uma conversa agradável, é simples e educada. Contou empolgada um pouco sobre sua vida no interior de Minas Gerais e percebi pelo seu jeito de falar que ama sua casa e sua família.

Acredito que ela pertença a uma família humilde. Que outra explicação uma garota tão jovem largaria a família e a vida em uma fazenda no interior, para se mudar para uma cidade grande como o Rio de Janeiro atrás de trabalho?

Ela deve ter vindo em busca de uma vida melhor para ela e para os seus. E pensando nessa possibilidade sinto um orgulho danado da garota.

Quando encarei seus olhos verdes fiquei praticamente hipnotizado, no entanto sua interação com Clara desviou minha atenção. Desde o primeiro contato as duas já se deram bem. Como se estivessem se reconhecendo.

Ela é linda. Tem um corpo curvilíneo, cabelos lisos e muito longos. As roupas simples, não atrapalharam em nada sua beleza, muito pelo contrário, é como se ela não precisasse se esforçar para ficar bonita. Os olhos são impressionantes, às vezes eles ficam tão claros, em outros momentos escurecem.

Eu sei que não deveria levar a nossa relação, que deveria ser apenas profissional para esse lado, mas é inevitável. Fernanda despertou minha atenção desde o momento que a vi entrando em minha casa, quando nossos olhos se cruzaram.
Depois sua simplicidade me cativou. Ela não ficou deslumbrada com a minha casa ou se sentiu intimidada. Fernanda ficou à vontade entre nós.

Eu tenho certeza que ela será uma excelente babá para minha filha, o que eu não tenho certeza alguma é se esse é o lugar que quero Fernanda ocupando em minha vida.

- Papai? - Clara resmunga baixinho e sou arrastado dos meus pensamentos.

- Oi filha.

- A Fernanda foi embora?

No mesmo instante vejo a garota que, em poucas horas, bagunçou meus pensamentos se aproximando da cama. Ela se agacha na minha frente e segura a mãozinha da minha filha.

- Estou aqui Clara.

- Você vai estar aqui quando eu acordar? - Clara pergunta e vejo Fernanda exitar.

Ela tem alguma dúvida que a queremos aqui? Ou será que ela não quer estar aqui? Agora é a minha vez de encará-la e como aconteceu o dia todo nos comunicamos pelo olhar. Eu sei que ela entende a minha dúvida e vejo em seus olhos que também está indecisa sobre se ficará com a vaga ou não.

Se ela soubesse o quanto eu a quero aqui. Talvez ela já saiba, pois notei que não é indiferente ao meu desejo. Nossos olhares dizem muito mais do que queremos. E tenho certeza que Fernanda também se sente atraída por mim. Lhe ofereço um sorriso que é o suficiente para esclarecermos a dúvida em questão.

- Eu estarei sim Clara.

- Mesmo amanhã sendo domingo?

Minha filha questiona algo que até então eu não tinha dado conta, se Fernanda aceitar o trabalho, tecnicamente amanhã será sua folga. Decido interferir na conversa.

- Amanhã ela não vem filha, mas na segunda sim. Agora descanse.

- Até segunda Fernanda. - Clara diz incerta, sem soltar a mão de Fernanda. Minha filha já está apegada a ela e tem medo que sua nova amiga não volte. Eu compartilho da sua angústia.

- Vou te contar um segredo, Clara. - Fernanda diz e tem a nossa total atenção. - Meus pais, meu irmão e meus amigos, me chamam de Nanda. E agora que nós somos amigas, você também pode me chamar assim se quiser.

- O meu papai também pode? - Fernanda sorri e me olha por cima dos ombros antes de responder.

- É claro que pode. Afinal, nós três somos amigos agora.

Eu gostaria de dizer que desejo ser muito mais que seu amigo. A atração que senti por Fernanda não me atingi há anos, talvez nunca tenha sentido algo tão forte e inesperado. Eu tenho encontros casuais, apenas sexo sem qualquer tipo de compromisso, e nunca senti essa conexão, e tenho quase certeza estamos compartilhando, é diferente de tudo que já experimentei.

Não consegui tirar os olhos dela durante o dia todo.
Será que ela sentiu o mesmo ou estou confundindo tudo por conta do meu interesse?

Ela é mais jovem que eu, será que poderá ver nossa idade como um obstáculo em um possível envolvimento?

Gostaria de arrastá-la para meu quarto, para ficarmos sozinhos e esclarecer todas as minhas dúvidas. Depois de provar o sabor dos seus lábios. Ela tem a boca grande, lábios carnudos e quando sorri seus olhos ficam apertadinhos.

Porra! Estou parecendo um maníaco. Desejando uma garota que acabei de conhecer. Preciso ir devagar, Fernanda será a babá da minha filha, um envolvimento entre nós... Estou ficando maluco!
Preciso dar um passo de cada vez.

Primeiro, acertar tudo para que ela seja a babá de Clara. Com ela aqui, poderei conhecê-la melhor.

Nos despedimos de Clara e saímos juntos do quarto. O clima entre nós era palpável, e senti vontade de falar como estou me sentindo desde que botei meus olhos nela. Porém quando começamos descer os degraus para o primeiro andar ouço uma voz conhecida.

Tatiana. O que ela quer uma hora dessas em minha casa?
Notei Fernanda ficar tensa, eu não quero que ela ache que tenho qualquer envolvimento com uma mulher.

- Raul? - Ouço a voz melosa prevendo sua intenção. Ela viu que Fernanda está ao meu lado e quer demonstrar uma intimidade que nós não temos. Já passamos por isso em inúmeras situações.

Terminamos de descer a escada e Tatiana se aproxima para me cumprimentar, mas antes que ela me dê um beijo no rosto, desvio. Odeio forçar situações que não existem.

- Aconteceu alguma coisa, Tatiana? - Pergunto para acabar logo com a sua encenação. Ela não tira os olhos de Fernanda que percebo estar constrangida.

Tatiana sempre faz a mesma cena. Nós nos conhecemos desde a faculdade e como profissional ela é excelente. Por isso a convidei para trabalhar comigo, quando soube que estava de volta ao Brasil há alguns anos. Desde então ela tem sido uma ótima funcionária, no entanto não desiste de suas investidas. Nós já tivemos um caso, algumas noites de sexo e nada mais. Quando percebi que ela queria algo mais, conversamos e me afastei. Mesmo após várias vezes eu lhe dizer que não há a menor possibilidade de um relacionamento entre nós ela ainda insiste.

Sempre que me vê próximo a alguma mulher ela tenta mostrar que há algo entre nós. De uma certa forma esse seu comportamento sempre me incomodou, mas nunca tanto quanto agora. Não quero que Fernanda entenda tudo errado.

- Com licença, vou deixar vocês à vontade. - Vejo Fernanda se afastar e ir ao encontro de Rosa, que observa, da porta que da acesso a cozinha, essa cena patética. Ela melhor que ninguém conhece o comportamento de Tatiana, e já presenciou várias discussões entre nós.

Preciso resolver essa situação e deixar claro para Fernanda que não estou envolvido com ninguém. Apesar de parecer precipitado, quero tudo esclarecido entre nós. Aposto que ela está se perguntando sobre a mãe de Clara, e com isso automaticamente uma possível esposa para mim.

Sou um homem obstinado e sempre conquistei tudo que quis. E nesse momento, o que eu mais quero é Fernanda em meus braços.

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