A Corte De Sangue - VAMPIRE H...

By MillenaAgliardi

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"O azul daqueles olhos me dava mais medo do que o preto da mais profunda escuridão." Nada no mundo pod... More

SOBRE A HISTÓRIA.
EPÍGRAFE.
PRÓLOGO.
1. Vampiros e Janelas.
2. O Mestre de Preto.
3. Isso Cheira a Realeza.
4. Apenas Humana.
DREAM CAST.
5. Um Homem Morto.
6. Memórias do Passado.
7. O Álcool Me Traiu.
9. Promessas e Quebras.
10. Dedos Tortos.
11. Encontro Constrangedor.
12. Intragável.
13. Histórias Falsas.
14. Dentes Afiados.
15. Revelações.
16. Sobre Vampiros.
17. Cálices e Sonhos.
18. Traída.
19. Anel Brilhante.
20. Dança Do Coração.
21. Nos Braços Dele.
22. Lábios e Sangue.
23. Sob Pressão.
24. Bela Atriz.
25. Orgasmos e Culpa.
26. Caos.
27. Caçada.
28. Pânico.
29. Contra o Tempo.
30. Pai.
31. Prodígio.
32. Linda Decisão.
33. Nosso Povo.
34. Poderes?
35. Precisamos Parar.
36. Amassos.
37. Sumiço.
38. Presente Chocante.
39. Inspirador.
40. Chuva de Estrelas.
41. Bela Noite.
42. Prostituta do Darkless.
43. Morto.
44. Em Sua Mente.
45. Passeio.
46. Pulsos Cortados.
47. Estamos Mortos.
48. Eu Nunca Vou Te Perdoar.
49. Mãe.
50. Ele Se Foi.
51. Eu Morreria Por Você.
52. Novos Sentidos.
53. Amor.
54. O Caminho Das Rosas.
EPÍLOGO.
NOVIDADE! 🥀
Agradecimentos!
NOVO LIVRO!

8. Seu Nome.

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By MillenaAgliardi

🥀


       𝓐 primeira coisa que me perguntei quando Darkless me arrastou para fora por uma saída lateral, era o porquê dele estar usando luvas, sendo que não estava fazendo frio. A segunda coisa, porém, foi em quanto tempo eu estaria morta. Chamá-lo de Aztraz havia sido uma atitude desesperada, que dera muito errado, devido a força que ele usava para me puxar para longe do galpão, praticamente me arrastando pela grama. 

— Eu sinto muito… 

Darkless me interrompeu ao me soltar bruscamente e pelo estado bêbado em que me encontrava, tive que firmar os pés com força para não ir parar no chão. O Mestre me encarou com raiva, seus olhos azuis tempestuosos tão cheios de fúria que me encolhi. 

— Nenhuma. Nenhuma pessoa viva conhece meu primeiro nome. — Darkless disse numa voz controlada, que me fez novamente desajar que ele gritasse. Seria menos assustador. — E então, você, entre todas as pessoas, me chama por esse nome. Então, Lizzie, me diga. Como. você. sabe. meu. nome?

A última frase ele repetiu pausadamente, fúria em suas feições. 

— Eu tive um sonho. No sonho, te chamavam de Aztraz Niklas Darkless. 

O Mestre me encarou, arqueando suas sobrancelhas negras e se aproximou mais de mim. 

— Me diga a verdade antes que eu a arranque de você. 

Respirei fundo, tremendo por inteiro. Se eu um dia tinha pensado que seu rosto angelical não poderia ser assustador, estava muito errada. Sua expressão bela foi retorcida pela raiva, e lentamente, seus olhos deixaram de ser azuis, se transformando no mais profundo vermelho. Pela primeira vez, eu mesma decidi que ele poderia ler meus pensamentos e tirar suas próprias conclusões. Ergui minha mão em direção a ele. 

— Bom, eu não posso mentir para seus poderes estranhos. 

Darkless me encarou por um momento e respirou fundo para se acalmar. Felizmente, seus olhos voltaram ao azul. Num movimento brusco, o Mestre tirou as luvas e agarrou minha mão. 

Agora tinha entendido a serventia das luvas. Ele só podia ler a mente das pessoas quando sua pele estava em contato direto com a de alguém, de luvas, ele podia tocar qualquer um sem sugar para si todos os pensamentos que alguém já teve. Senti nojo ao pensar no porquê dele precisar de luvas dentro do galpão. Me arrepiei por completo quando a imagem dele nu com outras mulheres surgiu em minha mente. 

Darkless soltou minha mão com a mesma rapidez que pegou, mas ele não abriu nenhum sorriso malicioso como tinha feito nas últimas duas vezes, e não havia nenhuma diversão em seu olhar. 

— Você sonhou com a minha coroação. — Ele disse por fim e passou as mãos pelos cabelos longos. 

— Hum… Isso é ruim…? 

Darkless tinha acabado de vestir suas luvas novamente quando o perguntei e novamente, seus olhos voltaram a ficar vermelhos como sangue. Abruptamente, o Mestre segurou meu pescoço com a mão destra e eu arquejei peante a possibilidade dele esquecer o lance de seu povo perder caso os Relish morressem e ele simplesmente me matar ali mesmo. 

— Você teve um sonho com minha coração, que aconteceu há quase seiscentos anos atrás, e me pergunta se isso é ruim? 

— A culpa não é minha. — Sussurrei quando ele aumentou a pressão. — Por favor, não me machuque… 

Darkless se aproximou ainda mais, praticamente colando seu rosto ao meu. Seu cheiro novamente invadiu minhas narinas e eu me senti atraída por sua fragrância doce como o cheiro das rosas. 

— Você acha que pedir por favor vai me impedir, Lizzie? 

Não, não achava. Mas não havia nada que eu pudesse fazer além de implorar para que ele não quebrasse meu pescoço. Nas duas vezes que eu estive em perigo, Darkless salvou minha vida. Mas não existia ninguém que pudesse me salvar dele. 

— Por favor… — Tornei a pedir, e lentamente, seu aperto diminuiu, até que ele somente estivesse com os dedos ao redor da minha garganta, sem pressionar. 

— Diga novamente. — Ele ordenou com a voz baixa, acariciando meu pomo-de-adão com o polegar. — Diga meu nome novamente. 

Eu mal me atrevia a respirar conforme ele dava sua ordem, presa em seus olhos azuis como um sapo ficava ao ser encarado por uma cobra. Até mesmo pensei que ele estivesse me compelindo, mas descartei a ideia. Eu tinha compelto controle, poderia escolher o que quisesse. Quando Darkless acariciou novamente minha pele com o dedo enluvado, suspirei. 

— Aztraz. — Disse num sussurro. — Aztraz Niklas Darkless...

— É bom ouvir meu nome de novo. — Ele confessou num floreio e se aproximou mais. Senti meu coração acelerar quando o Mestre roçou os lábios frios contra a pele da minha bochecha até chegar em minha orelha, deixando um rastro formigante por onde tinha passado. — Mas se você me chamar assim de novo, você está morta. 

Assenti calmamente, com medo de que a proximidade com meu pescoço fizesse ele mudar de ideia e enfiar os dentes na minha jugular. No entanto, o Mestre não se afastou, continuou com os lábios perto do lóbulo da minha orelha, a respiração gelada de encontro com minha pele fazendo meus pelos se arrepiarem. 

— Sua imaginação é fértil, mas é falha… — Ele sussurrou tão baixo que tive dificuldade para escutar. — Você não faz ideia de como eu sou nú. 

Estremeci por inteiro, me recordando de que ele estava segurando minha mão quando o imaginei com outras mulheres, mas não tive tempo de responder, o Mestre desapareceu, deixando um rastro quente onde havia tocado.

●❯────────・❪ 🥀 ❫ •────────❮●

Eu estava parada numa linda casa, que eu nunca tinha visto antes. Bom, não eu. Eu tinha certeza de que estava sonhando, mas dessa vez, era diferente. Estava vendo tudo em primeira mão, como se eu estivesse presa dentro do corpo de alguém. Escondida dentro de um quarto, olhei por fresta que a porta me oferecia, e vi Kyle — meu pai — conversando com Darkless. Quis arquejar de susto, mas não consegui. Não era um sonho, afinal. Era uma memória, e eu estava vendo tudo pelos olhos de alguém. 

— Você está louco. — Darkless disse olhando de forma dura para meu pai. — É impossível que uma humana esteja grávida de você. 

— Eu também pensei isso, Aztraz! — Kyle exclamou e eu me surpreendi ao ouvi-lo chamar Darkless por seu nome. — Mas eu tenho certeza de que é meu, eu sinto! 

— Traga a humana até aqui. — Aztraz ordenou com um olhar penetrante a meu pai, que por sua vez, suspirou derrotado. 

— Elena, querida… Venha até aqui. 

Senti o ângulo mudar quando eu me levantei e abri a porta do quarto. Quando digo eu, quero dizer minha mãe.

Senti os olhos dela se arregalarem quando chegou mais perto de Darkless, e sua boca ficou seca. Eu a entendia. O Mestre poderia ser intimidante na melhor das hipóteses. Em passos lentos e com a expressão de concentração, o Darkless se aproximou de nós, passando um momento longo em silêncio. 

— Ouço o coração do feto. — Ele disse franzindo o cenho. — Bate acelerado e descompassado, igual quando uma vampira está grávida. Mas… 

Aztraz ficou em silêncio, olhando fixamente para a barriga de minha mãe, antes de se aproximar com ainda mais calma. Parecia sentir o medo de minha mãe, mas não se deliciava com ele. Lentamente, ele ergueu suas mãos pálidas e segurou o rosto de minha mãe. Mesmo presa num sonho, senti a eletricidade correr por meu corpo. O Meste fechou os olhos e eu pude apreciar a visão de seu rosto belo e sereno, antes que ele abrisse suas pálpebras novamente. 

— O filho é mesmo seu. — Ele parecia impressionado ao dizer isso ao meu pai. 

— Eu lhe disse… 

— Suma com ela. — Aztraz disse, interrompendo o que Kyle ia dizer. Mamãe e eu arregalados os olhos. — A leve de volta para sua cidadezinha, deixe-a abastecida com tudo do bom e do melhor, mas não fique. Retorne a Corte, e finja que essa criança nunca existiu. 

— Aztraz! Eu… Eu a amo… 

— Se você a ama, deixe-a ir. Não a mantenha perto, não traga essa criança para o nosso mundo. 

— Porquê? — Minha mãe perguntou por fim, falando pela primeira vez desde que o sonho começou. Aztraz a encarou por um longo momento antes de dizer: 

— Porque essa criança trará destruição para meu povo. 

Senti minha mãe prender a respiração de pavor, e e então, algo muito estranho aconteceu. Aztraz olhou no fundo dos olhos dela, mas eu tinha absoluta certeza de que ele olhava para mim. Lentamente o Mestre começou a erguer sua mão em direção ao rosto de minha mãe, mas eu já não estava mais lá. 

Estava na minha cama, gritando a todo pulmões.


🥀

Sigam o caminho das rosas,
Elas lhe guiarão por essa jornada.

🥀

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