Laços de Amor (CONCLUÍDA)

By escritorapce

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Fernanda, envolta pelo calor familiar de uma fazenda em Minas Gerais, nutria em seu coração o anseio de desbr... More

Copyright 2021 - Priscilla E.
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Epílogo- Parte 1
Epílogo - Parte final

Capítulo 2

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By escritorapce

Após o parto acompanhei o manejo do gado ao lado de meu pai, além das vacas leiteiras temos também gado de corte, onde os animais são criados no sistema de confinamento, os lotes de bovinos são alojados em currais ou piquetes com dimensões determinadas. A oferta de água e alimentação é feita à vontade, por meio de cochos.

Meu pai, apesar de ter muitos funcionários competentes que cuidam de todo o trabalho, não deixa jamais de acompanhar a lida. Nada acontece aqui sem passar por ele. Como costumamos dizer, o que engorda o gado é o olho do dono, acredito que por esse motivo nossa fazenda é tão bem sucedida, seu Olavo e Fernando ficam em cima, não deixam nada passar, com isso a qualidade do gado de leite, de corte e dos cavalos é algo incontestável.

Além do trabalho bem feito, da dedicação dos dois existe também - como meu pai insiste em dizer - o mais importante: o amor por essas terras. Eles amam o trabalho que fazem aqui.

Apesar de ainda não ter escolhido um curso após o fim do ensino médio, tenho certeza que seguirei os passos de meu irmão. Não me vejo fazendo algo que não seja aqui em nossa fazenda. Decidi ficar um ano afastada dos estudos, com a desculpa de que ainda não tinha me decidido, mas na verdade eu estava planejando meus próximos passos.

Eu aprendi vivenciando na prática, com os funcionários, meu irmão e meu pai como cuidar dos animais, da fazenda... Aqui tem muito trabalho e o nosso dia passa voando. Sigo até o galinheiro cuidar das minhas galinhas. Sim, eu tenho galinhas. Muitas, na verdade e amo cuidar delas. Desde que era bem pequena minha mãe me trazia junto com ela, para trocar a água, colocar comida, recolher os ovos. Eu cresci realizando essas tarefas e com certa idade, minha mãe me incumbiu com essa responsabilidade.

O galinheiro é afastado, bem cercado e todo planejado. Aqui temos os ninhos onde as galinhas botam espalhados pelo lugar, temos algumas árvores enormes que elas usam como poleiro, áreas cobertas para que elas se escondam da chuva. Apesar de ser um local cercado, elas contam com muito espaço para ciscar com seus bebês pintinhos.

Após meu trabalho finalizado no galinheiro, parto para o haras. Com certeza um dos meus lugares preferidos aqui. O sonho do meu irmão em ter esse lugar, fez com que ele se tornasse nosso também, e poder acompanhar de perto o sucesso de Fernando a frente do Haras FM Reproduções Eqüinas ( FM vem de Fernando Mendonça, mas ele insiste em dizer que na verdade é Fernanda Mendonça, em homenagem a mim) é um orgulho sem tamanho. Quando ele está aqui, lidando com seus garanhões e éguas premiadas, é possível ver de longe o brilho em seus olhos.

Meu pai se aproxima e é impossível não notar a satisfação que traz consigo enquanto anda pelo local, observando meu irmão e os outros funcionários trabalhando. Otávio Mendonça, um homem justo, com o maior coração do mundo. É respeitado por todos que o conhecem, por sua honestidade e principalmente generosidade. Meu irmão é sua cópia, tanto na aparência quanto na personalidade.

É chegada à hora do almoço e juntos - eu, Fernando e papai - partimos rumo a nossa casa com uma parte dos funcionários para comermos. Essa sempre foi nossa rotina, uma "exigência" do meu pai, nós fazemos todas as nossas refeições em nossa casa, café da manhã, almoço e café da tarde. No jantar, costumo brincar que somos livres, e cada um se vira em sua casa, ou aqui mesmo na nossa cozinha. Já que temos sempre muita fartura disponível para todos.

Minha mãe faz questão de participar do preparo de todas as refeições, ela acompanha tudo de perto com ajuda de tia Tereza, que está com a gente desde antes do meu irmão nascer, e mais algumas mulheres que são esposas dos peões que trabalham na fazenda. Tudo é disposto em nossa mesa que foi feita sob medida pra caber bastante gente. Elas cuidam da comida, da casa e de todos nós, como se fossemos membros de uma mesma família.

Falando em minha mãe, Dona Beatriz, dizem que sou muito parecida com ela, assim como meu irmão se parece com meu pai. Em uma coisa nós dois puxamos a ela: Os olhos. Por sorte temos os mesmos olhos verdes que de acordo com nosso humor muda de tonalidade. Ela vive pra cuidar da casa, de nós e dos funcionários. Todos aqui a respeitam muito, sua generosidade é sua qualidade mais marcante, assim como meu pai. Os dois formam um belo casal, espero um dia viver um amor tão forte como o deles.

A nossa casa é sempre cheia, e eu cresci rodeada por pessoas boas, nunca estou sozinha, nunca fiz uma refeição sozinha, aqui estamos sempre juntos.

E aqui estou, sentada à nossa mesa, rodeada de pessoas que eu conheço desde que nasci. As meninas suspirando pelo meu irmão enquanto ele fala sobre seus cavalos, meus pais trocando olhares apaixonados (meta de casal) e eu reparando em tudo isso, pensando que é um pecado eu querer algo diferente, algo que eu só terei se partir.

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