KALEIDOSCOPE • Jikook [abo]

By tytydelicate

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Park Jimin nunca havia visto nada além do que seu pai permitia dentro dos muros altos do castelo. Então, quan... More

Explicações e CAST
[0] prologue - why?
[1] veil omega
[2] the enemy
[3] the archer and the prey
[4] truths and cookies
[5] out of focus, eye to eye
[6] friendship and loyalty
[7] bengot castle
[8] the ruin the an alpha
[9] In the middle of the night, in my dreams
[10] dance with me
[11] feelings
[12] mine
[13] the fury of an alpha
[14] jungkookie
[15] i love you
[16] just dreams
[17] passion
[18] teach me to love
[19] all for you
[20] i will give you the world
[21] moving away from you
[22] kim castle
[23] trust is everything
[24] the balance
[25] min yeo
[26] hero
[27] I returned
[28] home
[29] lost memories
[30] traitor
[31] state of grace
[32] reunion of souls
[33] but i knew you
[34] feeling your feelings
[35] who i am
[36] you drew stars around my scars
[37] choices
[38] the kitten
Um resumo e algumas explicações
[39] the promise
[40] the battle
[41] the fall of the bengot castle
[42] moon ômega
[43] let's go back home
[44] please jungkookie...
[45] conflict and acceptance
[46] love and reunion
[47] goddess astrid
[48] memories and future
[49] hopelessness
[50] the awakening
[51] there for you
[52] let me love you
[53] deja vu
[54] for love
[55] the war
[56] the beginning
[epilogue]
LIVRO FÍSICO DE WRONG

Especial 1M - Paradise

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By tytydelicate

ATENÇÃO: Capitulo especial em comemoração ao número de 1M de leituras em KALEIDOSCOPE. Nesse "universo" alternativo o Jimin nunca foi levado do clã e ele e o Jungkook vivem dramas normais de adolescentes nobres e prometidos do clã Gold.

(...)

Seus olhos brilhavam muito às luzes das velas, e quando os observava através do espelho da sua penteadeira, notava que suas pupilas púrpura ficavam enormes quando estava perto do Gguk, ou à espera dele.

Pensar nele havia se tornado algo recorrente. Yeo já se sentia seu Jimin desde a primeira vez que ele lhe chamara assim, mas quanto mais o tempo passava, mais se sentia próximo ao que aquele nome representava. Porque ele significava muito para Jungkook.

Naquela noite em específico, seu aniversário de quinze anos, o ômega se sentia especialmente conectado a ele. Papai e mamãe lhe disseram para tomar cuidado, sempre estando próximos aos dois para que o que ocorreu com Yoongi e Taehyung não se repetisse novamente. Duas crianças, era o que ambos eram aos olhos dos adultos, mas a verdade é que se pudesse, Jimin já estaria casado com Jeon Jungkook a muito tempo e adoraria ter uma marca sua.

A incrível noite de seu aniversário chegara ao fim, e ele ainda estava com a coroa de flores roxas, e a camisa de seda bordada com fios de ouro curvilíneos até o pescoço, ele também ainda usava calças cor de rosa. Seus olhos ainda estavam pintados com risquinhos delineados muito delicados no tom de branco, e seus lábios ainda tinham um tom rosado clarinho pela tintura labial, mesmo que os beijinhos que ganhara escondido de Jungkook atrás de algumas pilastras tivessem tirado boa parte da cor e do sabor de fruta dos seus lábios.

Corou fortemente enquanto tirava a coroa de flores da cabeça, logo em seguida passou a escovar os fios loiros e bagunçados enquanto olhava o próprio reflexo no espelho da sua penteadeira. O sorriso todo bobo surgiu nos lábios, o coração ainda batia bem forte pelas lembranças vívidas de Jungkook pelo salão de baile e então dos encontros escondidos que sempre precisavam ter, ou então morreriam de saudade.

Yoon também estava sofrendo com a distância de Taehyung. Alfas e ômegas adultos precisavam ter muita responsabilidade para criar tantos adolescentes juntos, já que o cio e a marca podiam adiantar muita coisa que nenhum deles era capaz de impedir. Mesmo que Yoongi já tivesse marcado seu ômega, os pais de ambos não deixavam de acompanhar cada passo até que tivessem idade o suficiente para se cuidar e se controlar, assim como faziam com Jungkook e Jimin.

Mas enquanto Min Yoongi e Kim Namjoon eram muito concentrados em tornarem-se alfas que liderariam o clã Gold algum dia com muita responsabilidade, Jeon Jungkook estava mais do que contente em se tornar apenas um lorde de suas Terras, casar com Jimin e ter muitos filhotes com ele, talvez ocupar algum cargo importante no exército do clã e ser feliz o restante da sua vida com isso.

Tanto Jimin quanto Jungkook não estavam muito preocupados em serem responsáveis.

E enquanto suspirava só por lembrar do seu alfa, ouviu a característica batida suave na porta de vidro da sacada do seu quarto. Levou um pequeno susto, mas o sorriso voltou aos seus lábios no mesmo instante, então pulou da sua cadeira e correu até a porta do quarto somente para trancá-la, voltando a correr em direção a porta da sacada, puxar as pesadas cortinas para os lados e abrí-la.

Jungkook estava lindo como sempre. Ele ainda vestia as roupas escuras do baile, mas não usava mais casaco preto pesado, somente a camisa branca que ficava tão bonita nele, com ambas as mangas arriadas até os cotovelos. Os cabelos lisos e negros estavam perfeitamente escovados para trás, deixando-o com uma aparência mais forte por deixar à mostra sua testa e suas sobrancelhas escuras. Seu alfa sorria, um sorriso de lado, um tanto malicioso. Mas nada, nada no mundo se comparava àqueles olhos pretos e brilhantes, intensos, devastadores.

Ele parecia ter no mínimo dezenove anos, e não dezessete.

Palavras não precisavam ser ditas quando ambos se olhavam assim tão de perto. Então Jimin se aproximou tão rápido quanto Jungkook se aproximou dele, em menos de um segundo o ômega pulou em seus braços e o alfa lhe segurou e apertou com força contra si, erguendo-o do chão, sentindo-se tão bem ao ponto de não conseguir parar de sorrir enquanto segurava seu corpo.

Jimin se permitiu deitar em seus ombros enquanto ele o segurava acima do chão com toda a facilidade do mundo, mas o ômega sentiu algo diferente no alfa, ele sempre sentia.

—Vamos fugir por algumas horas? —O alfa perguntou bem baixinho ao pé de seu ouvido, e então colocou-o no chão apenas para olhar em seu rosto.

O ômega olhou para o relógio que apontava quase uma hora da manhã, e seus pais já estavam dormindo, mas ainda assim era muito arriscado. Qualquer desobediência tanto da sua parte quanto a de Jungkook resultava em castigo. E o pior castigo que seus pais costumavam colocar era sem sombra de dúvidas não poderem se ver por dias e às vezes até semanas, já que eles constantemente furavam os castigos.

—É arriscado, Gguk. —Ele disse com um fio de voz.

Seus olhinhos se fecharam quando os dedos do alfa tiraram a franja loira de seus olhos, e então voltaram a se abrir quando percorreram por todo o seu rosto até chegar ao seu queixo.

—Quero conversar. —Sussurrou ele. —E te beijar.

O ômega desviou os olhos dos seus em direção a penteadeira, tentava disfarçar a timidez, mas o coração batia tão forte que o alfa foi muito capaz de ouvir.

—Podemos fazer tudo isso aqui. —Disse baixinho.

Jungkook sorriu, encantado com a beleza dele. Sempre ficava.

—Seu pai vai me ouvir. —Disse, acariciando seus cabelos com carinho. —A audição daquele lúpus é insuportavelmente boa.

A mera ideia do seu pai ouví-los fez com que Jimin repensasse, porque a última vez que aconteceu ele ficou mais de uma mês sem ter a permissão para ver Jungkook, também precisou ir com papai até o conselho do clã durante todos aqueles terríveis dias. E ficar uvindo horas e mais horas de conversas chatas e intermináveis sobre o transporte de frutas e legumes não foi nada agradável.

—Quero entregar seu presente. —Sussurrou.

Os seus olhinhos violeta se arregalaram.

Os Jeons já lhe presentearam mais cedo com tecidos finos de diversas cores para fazer roupas belíssimas, e Jungkook lhe deu pessoalmente um colar lindo e delicado cravado de pedras ametistas e diamantes. Foi de longe a jóia mais cara e linda que já colocou as mãos, sua mamãe disse que ele ainda era muito jovem para usar algo assim, mas que seria perfeito para uma cerimônia oficial de casamento.

—Mas...

—Aqueles presentes foram dados de coração, mas eu quero lhe dar um presente que só nós dois saberemos. —Ele disse, segurando sua mão pequenina e então levou-a até os lábios beijando-a com um sorriso carinhoso. —Algo só nosso.

Com a respiração presa, Jimin assentiu no mesmo instante, sorrindo sem conseguir se conter.

Jungkook sempre conseguia convencer Jimin a fazer alguma travessura que acabava por colocá-los em diversas enrascadas. O lúpus era definitivamente considerado o maior garoto problema de todos os filhotes nobres daquela geração, porque enquanto Yoongi e Namjoon eram perfeitos para estarem em Trent seguindo ordens e se preparando para liderar o clã, Jungkook era mais conhecido por dar trabalho aos pais e fugir daquelas responsabilidades. Desde criança ele foi complicado, se dando bem apenas nas aulas de luta e espada.

Ao contrário da maioria, Jimin entendia o verdadeiro valor do lúpus. Sabia que ele só precisava de um propósito maior e um dia ele chegaria. E quando chegasse, com toda a certeza Jungkook se tornaria muito mais responsável e forte do que qualquer outro.

O quarto do loiro ficava no terceiro andar do castelo Min, mas não era tão difícil de escalar graças às vigas e à árvore que ficava em frente à sua sacada. Mesmo assim, Jimin temia a altura e só descia quando Jungkook vinha buscá-lo e o ajudava, realmente detestava fazer aquilo, era muito mais adepto a sair de casa pela porta da frente. Mas eles não tinham muita escolha naquele momento.

O alfa saiu em sua frente enquanto Jimin colocava alguns travesseiros na sua cama para o caso de alguém conferir se ele estava dormindo (o que acontecia com bastante frequência) e então correu em direção à sacada vendo que Jungkook já estava na árvore apenas lhe esperando.

Com o coração batendo muito forte de medo pela altura e também por pânico de ser pego fazendo coisas erradas, ele fechou devagar a porta de vidro e andou pela sacada até chegar na ponta e então olhou para o chão do gramado que estava muito, muito distante.

—Não olhe para baixo, gatinho. —Ouviu a voz sussurrada do alfa e então olhou para ele com o rosto perdido nas folhagens, seus olhos escuros sorriam para si. Jungkook estendeu a sua mão e disse: —Ande sobre o galho, ele é muito resistente então não precisa temer. Segure a minha mão, se você escorregar eu te seguro.

Jimin segurou a mão dele, vendo-a engolir a sua bem menor entre seus dedos longos, e então sorriu meio nervoso quando olhou em seu rosto bonito. Olhar para ele fazia aquilo tudo parecer bem mais fácil, porque ele estava ali e tudo o que tinha medo parecia pequeno perto da sua força.

Os pés calçados com as pantufas de pano caminharam devagarinho pelo longo tronco da árvore, não fazendo nem menção de quebrar sob o peso leve do ômega, que ficou bem mais confiante quando chegou do outro lado seguro quando praticamente caiu sobre Jungkook que sorria abertamente para ele enquanto o envolvia em seus braços.

—Perfeito. —Disse-lhe, enroscando os dedos em seus cabelos macios. —Você foi perfeito, gatinho.

—Diz de novo. —O ômega pediu sorrindo, deitando sobre seu peito, esfregando o rosto contra ele. —O apelido.

—Gatinho... —Sussurrou em seu ouvido, deixando um beijo delicado na pele arrepiada abaixo da sua orelha. —Assim?

Jimin assentiu, os lábios carnudos abrindo devagar para soltar o ar trêmulo no momento em que sentiu a língua quentinha dele lamber aquele ponto, e as presas rasparem ali lentamente traçando uma linha em seu pescoço.

Jungkook estava sempre a um fio de marcá-lo. Sempre chegava muito perto, mas resistia justamente por respeitá-lo e amá-lo tanto.

—Melhor descermos. —O alfa sussurrou, com o tom de voz bem mais rouco.

Em alguns minutos ambos já estavam no chão correndo a toda velocidade no meio do campo de alfazema.

Tinham prática em escapar dos guardas e sentinelas, mas Jungkook tinha alguns amigos soldados que o ajudavam frequentemente nessas escapadas pelo castelo Min. A verdade era que todos no clã Gold sabiam que segurá-los por mais tempo só prolongava um pouco o que já era inevitável de acontecer mais cedo ou mais tarde.

Aos risos incontroláveis e ofegos os dois continuaram correndo sem parar até estarem longe o suficiente da área mais vigiada, alcançando do lado oposto da extensão do belo castelo perolado dos Min, seu cavalo puro sangue os esperando.

Ambos pararam de correr perto do córrego, muito longe do castelo, somente com os grilos e o cavalo de Jungkook como companhia. Jimin ainda sorria largamente, e o lúpus observava-o atentamente com um sorriso nos lábios, e então os olhos se cruzaram totalmente apaixonados e cúmplices.

Foi Jimin o primeiro a desviar os olhos quando se aproximou andando rapidamente até o cavalo amarrado na árvore, ele parecia contente em vê-lo. Os animais costumam gostar muito do ômega e o sentimento era recíproco.

—Olá Brutus. —Jimin disse acariciando o rosto do animal, que esfregava animadamente o fuço contra a mão pequenina.

—Ele adora você.

O ômega olhou para o sorriso de Jungkook.

—Eu também adoro ele.

O alfa se aproximou deles e arrumou a cela da maneira correta, acariciando o pelo perfeitamente escovado e escuro como a noite, então desamarrou-o e montou-o com perfeição. Olhou nos olhos de Jimin e estendeu a mão para ele.

O ômega segurou em sua mão e foi puxado com facilidade até estar em cima do animal, caiu no corpo do lúpus e amou a sensação de ter o calor e o cheiro dele por todo o seu corpo. Amava andar a cavalo com ele. Estar em frente a Jungkook, sentindo seu peito em sua costas e os braços envolvendo seu corpo.

Ele estava ajeitando-se com animação quando a voz rouca em seu ouvido disse:

—Você também adora isso, não é?

—Adoro. —Confessou, deitando a cabeça para o lado quando o nariz do alfa passou por seu pescoço inalando seu cheiro.

Jimin sentiu-o sorrindo contra a pele do seu pescoço, também sentiu os braços o puxarem mais para o calor do seu corpo. Logo em seguida Brutus passou a trotar para longe do castelo Min em velocidade baixa, média, e em seguida começou a correr a toda velocidade.

O ômega amava a sensação de estar com ele, mas admitia que também amava aquela sensação de correr tão rápido e para tão longe que talvez chegassem tão distantes que ninguém jamais fosse encontrá-los.

Gostava da adrenalina que aquilo lhe causava, adorava a sensação do vento forte batendo em seu rosto e bagunçando seus cabelos. E amava ainda mais quando sentia uma pitada de medo surgir em seu peito e então Jungkook lhe segurava mais forte, causando a sensação de que jamais fosse cair ou se machucar quando estava ao seu lado.

Era por isso que amava andar a cavalo com ele. As melhores noites da sua vida foram quando o alfa lhe levava até Brutus e então trotava para lugares que os filhotes dos nobres não eram permitidos visitar. Mas como um bom garoto problema, Jungkook conhecia todos por ser teimoso e curioso ao extremo.

Já haviam ultrapassado o castelo de Trent quando Jimin lhe perguntou:

—Onde vamos?

—Ao paraíso, gatinho. —Ele lhe disse, ao pé do ouvido.

Também amava o quanto ele fazia suspense sempre que o levava a algum lugar novo. Claro que sentia receio de ser pego e medo do castigo, também sabia que podia ouvir horas e mais horas de sermão, mas quando estava com ele não conseguia se importar com esse tipo de coisa.

O paraíso ao qual Jungkook se referia era uma das partes escondidas atrás do castelo de Trent, uma pequena parte da floresta que escondia uma bela cachoeira que caía lindamente sobre as enormes pedras no lago. Haviam montanhas ao redor e árvores altas o suficientes para tornar aquele lugar muito fechado e exclusivo, como um pequeno paraíso oculto atrás do castelo.

Mesmo à noite, a luz da lua cheia bem acima das suas cabeças conseguia iluminar o suficiente do lago e da cachoeira. As estrelas forrando o céu eram tantas que quase pareciam os olhos de Jungkook, mesmo que nada se comparasse a ele, Jimin pensava.

O alfa desceu do cavalo e lhe ajudou a descer também, então o amarrou a uma árvore próxima para ele descansar e segurou a mão de Jimin enquanto olhava para ele, amando ver o quão encantado o ômega parecia com a cachoeira, e também as árvores com folhagens cor de rosa.

Ambos desceram o grande declínio de pedras, andando em silêncio de mãos dadas até que chegassem no gramado próximo ao lago. O som da cachoeira e os grilos pareciam tão tranquilos comparados aos batimentos cardíacos de ambos.

—Nunca vi ou nadei em um lago antes. —Jimin disse apertando a mão do seu alfa, encantado com a visão da água descendo pelas pedras e caindo lindamente no lago. —Meus pais acham que não é apropriado.

Jungkook sabia disso, assim como também sabia que sempre foi o sonho do ômega nadar e explorar o mar sob a sua pele. Mas ele era um nobre e sempre era incumbido de ficar em casa, estudando, aprendendo a ser uma pessoa adequada aos padrões do clã. Os pais de Jimin e Yoongi eram mais protetores do que a maioria, mesmo que o Jeon achasse os próprios pais muito protetores.

—Eu o trouxe aqui justamente para que possa nadar.

O loirinho olhou para ele com um sorriso nos lábios, o coração batendo muito rápido e as pernas um pouco fracas. Jungkook sempre trazia aventura para a sua vida, sempre fazia questão de lhe fazer surpresas sabendo exatamente tudo o que ele gostava e o que queria.

—Obrigado, Jungkook... —Disse, virando-se para ele e jogando-se em seus braços perfeitamente fortes e quentes.

O lúpus envolveu a sua cintura, puxando-o contra o seu corpo, descendo a boca na altura da sua orelha.

Jimin estremeceu.

—Quando estivermos autorizados a ficar juntos, a morar juntos... poderemos fazer o que quisermos. —Ele sussurrou. —Sem regras, sem ninguém para nos impedir, sem nenhuma pessoa sobre nosso controle. Você poderá nadar, plantar flores como sei que você gosta e cozinhar mesmo sendo nobre.

Aquela simples ideia fez o coração de Jimin palpitar e o sorriso pequeno aumentar tanto que seus olhos desapareciam em dois pequenos risquinhos.

Jungkook riu baixinho, sentindo aquela euforia do menor dominar a si também. Então tocou sua bochecha com carinho, sentindo o amor lhe dominar ao olhar para Jimin.

—E você poderá caçar, e viajar, também poderá lutar por Yoongi. —Disse-lhe, quase dando pulinhos. —Sei o quanto detesta aquelas salas e os papéis, Gguk. Mas Yoon quer ser o próximo líder do clã e você nunca quis isso, Nam quer ser um conselheiro, o que acho que combina com sua inteligência acima da média.

Era verdade, Jungkook sempre teve o espírito livre e gostava mais de manejar espadas, liderar pessoas no aspecto pessoal como um líder de tropa ou capitão de exército, do que um politico líder de um clã que sempre estaria preocupado com coisas como briga de pequenas alcateias, ou enormes como um possível desentendimento com clãs rivais.

Jungkook beijou seus lábios carnudos com carinho antes de dizer:

—Vou ser tudo, menos o líder do clã.

Jimin deu uma risadinha melodiosa.

—Bom, isso é um alívio.

—E você o que será? —O alfa lhe perguntou.

O loirinho não precisou pensar antes de responder:

—Antes achei que gostaria de ser um botânico, porque eu amo plantas e amo estudar sobre elas. São as aulas que implorei para o papai me pagar, meu professor é maravilhoso e...

—Um alfa? —Jungkook perguntou, enciumado.

—Um alfa muito respeitador. —Jimin disse, arqueando as sobrancelhas. —Mas... acho que botânica não é exatamente o que eu quero mais.

Aquilo era uma surpresa para Jungkook, desde sempre tudo o que Yeo mais amou em toda a vida foram as flores e o mar. Sempre soube que eram seus maiores interesses e não conseguia imaginá-lo fazendo qualquer outra coisa que não fosse isso.

—E o que é, gatinho?

Jimin sorriu para ele antes de dizer:

—Um médico.

O alfa ficou paralisado diante daquilo, e não porque achava a ideia ruim, mas sim porque estava muito chocado.

—Uau!

O alfa só conseguia notar o quão enorme e lindo era o sorriso do seu ômega naquele momento.

É! —Jimin exclamou, quase pulando e exalando alegria pelos poros. —Sinto dentro de mim uma força tão grande que nunca pôde ser explorada. Sei que o clã Gold dá muita liberdade para ômegas, até mesmo os nobres como eu, mas não o suficiente para que eu possa expressar o quão grandiosa pode ser a minha ajuda. Quero fazer a diferença, Jungkook.

Ali, à beira do lago, ouvindo o som da cachoeira e olhando em seus olhos púrpura... Jungkook se apaixonou perdidamente por Jimin mais uma vez.

—Isso é lindo, gatinho. —Disse, acariciando sua bochecha.

—Não... não vai dizer que prefere que eu não trabalhe quando nos casarmos? —Perguntou receoso, porque o amava muito mesmo. —Que prefere que fique em nosso castelo e não saia nunca daquelas pedras de proteção?

O alfa riu.

—Acha que sou meu pai ou o seu pai? —Franziu a testa em descrença. —Sei que você é perfeitamente capaz de se cuidar, gatinho.

—Nem mesmo se eu disser que gostaria de viajar o mundo curando as pessoas? —Provocou. —Outros alfas?

O sorriso do alfa permanecia ali, e Jimin também sorria agora.

—Nem mesmo assim.

—Não sentiria a minha falta, Gukkie?

—Eu vou com você. —Arqueou as sobrancelhas, ainda sorrindo.

—E se eu quiser ir sozinho?

Jungkook jogou a cabeça para trás em uma gargalhada, e então puxou-o para os seus braços, agora olhando bem em seu rosto.

—Então eu te esperaria. —Sussurrou em seus lábios. —Contando os dias.

Jimin deitou sobre seu peito, respirando do seu cheiro, amando tê-lo ali consigo. Achava difícil demais não amá-lo, sempre tentava achar algum defeito no seu alfa para que quem sabe assim aquele amor diminuísse... mas ele nunca diminui, só aumenta.

—Bobo... eu nunca iria sem você.

Era verdade.

Ambos ficaram abraçados ali à beira do lago, milhões de sentimentos e pensamentos percorrendo-os ao mesmo tempo, era mesmo incrível o quanto se entendiam e se completavam com perfeição.

—Seu sonho é lindo, Jimin.

O ômega sentiu falta do "gatinho."

—Amo fazer planos com você de sonhos que nunca vão se concretizar. —Ele murmurou.

—Seu sonho não está tão distante, lembre-se que Taehyung quer ser um arqueiro oficial do exército. —Jungkook disse, rindo. —Namjoon quase caiu duro, assim como os pais dos dois.

—Yoon ficaria orgulhoso.

—Eu também ficaria.

Jimin assentiu meio a contragosto, já que não se dava assim tão bem com Taehyung mesmo que se amassem, porque quase sempre se matavam. Eram muito iguais e tinham personalidades muito fortes, quase todo encontro acabava em confusão.

—Eu ainda preciso te mostrar o seu presente.

O ômega franziu o cenho, olhando ao redor. O belo lago, a cachoeira, as flores, os vagalumes. Tudo era perfeito.

—Isso aqui não é o meu presente?

Aquele belo sorriso preguiçoso surgiu nos lábios finos e vermelhinhos do seu alfa, e Jimin sentiu-se realmente fraco de amor por ele.

—Nem de longe, gatinho.

—Então...

—Primeiro, vamos nadar.

Com o coração batendo forte, Jimin observou Jungkook afastando-se ligeiramente, dando alguns passos para trás enquanto olhava em seus olhos. E então o alfa começou a desabotoar a camisa branca desde o pescoço, com seus dedos longos trabalhando habilidosamente nos botões aos poucos, até que terminasse de desabotoar cada um deles e então tirasse a camisa. O tranco forte e magro dele ficou à mostra, assim como a barriga trincada, e então ele levou os dedos até o cós da calça.

O ômega corou tanto que suas bochechas ardiam, até mesmo suas orelhas ficaram quentes. Virou-se de costas para ele, ficando ainda mais envergonhado quando escutou a risada gostosa dele às suas costas.

—Vai nadar de roupa, amor? —Jimin escutou, e então os farfalhares de roupas cessaram.

Jungkook devia estar completamente nu.

E então antes que Jimin se virasse, ouviu o som alto e molhado do corpo do alfa se chocando contra a água do lago, e quando se virou, ele já emergia de volta à superfície. Jungkook sacudiu a cabeça para os lados bem rápido, esfregou os olhos e finalmente olhou-o, sorrindo largamente para si.

Às vezes tudo o que o ômega mais queria na vida era ter essa ousadia que Jungkook tinha. Essa facilidade de simplesmente ir lá e fazer, sem esperar a aprovação de ninguém e sem se importar com as consequências mesmo que elas fossem vir de qualquer forma. Era incrível a maneira como ele fazia tudo parecer fácil, mágico, inacreditável.

Como ele não afunda? O ômega se perguntava.

—N-Não sei nadar. —Jimin quase se xingou por gaguejar. —E não tenho roupas apropriadas.

—Eu vou te ajudar a nadar. —Ele gritou da água. —E que se danem as roupas apropriadas, gatinho. Estamos só nós dois aqui!

Era esse o problema. Estavam só os dois ali. E Jeon Jungkook era justamente a causa de todo o receio de Jimin, porque ele sempre queria estar o mais arrumado e apresentável possível perto dele. Foi por isso que o ômega ficou paralisado ali à beira do lago sem conseguir se mover.

—Você... —Tentou arrumar uma desculpa. —Você está nu!

Jimin viu que Jungkook até tentou ter alguma piedade de si e segurou a risada o máximo que pôde, mas não durou muito porque sua gargalhada veio em sons astronômicos, fazendo as orelhas do ômega queimarem ainda mais de vergonha.

—Estou com as minhas roupas de baixo! —Ele afirmou, tentando se manter sério.

—Não está. —Murmurou.

—Juro que estou.

—Mentiroso! —Cruzou os braços.

Jungkook conhecia a teimosia dele e sabia que Jimin se enrolaria para entrar mesmo que ele estivesse louco para pular na água também. Seu ômega gostava que ele implorasse, mimasse, insistisse, o tratasse muito, muito bem.

—E se eu me virar? —Ele perguntou, arqueando as sobrancelhas escuras, olhando-o com um sorrisinho sacana. —Aí você vem aqui e confere, bebê.

O alfa tentava não rir enquanto observava-o pensar e repensar as suas últimas palavras. Os braços cruzados em um claro sinal de manha enquanto fingia que não queria estar ali com ele. Jungkook adorava até esse jeitinho dele.

Tinha vontade de beijá-lo da cabeça aos pés, tinha vontade de mordê-lo, fodê-lo, devorá-lo, ver tudo o que pudesse e sentir tudo o que pudesse. Faziam anos que não parava de pensar em tudo isso com Jimin, e sentia que estavam cada vez mais próximos de fazer.

—Tudo bem, então vire-se.

Jungkook se virou na mesma hora, o sorriso ainda estampando os lábios e o coração batendo desfreadamente assim que começou a escutar o som das roupas deixando o corpo do seu ômega e caindo no chão. Foi forte demais por não espiar em nenhum momento.

—Posso olhar?

—S-Sim.

O lúpus virou-se em sua direção e viu que ele estava sentado à beira do lago. Jimin havia tirado sua calça e ficou apenas com a camisa branca que lhe batia na altura das coxas. Jungkook suspirou maravilhado, tentando segurar a excitação quando sentiu aquele cheiro maravilhoso de morangos frescos e flores se tornando mais forte, assim que começou a caminhar em direção ao seu ômega sentadinho ali à sua espera.

Ele parou diante dos joelhos do loiro, olhando para cima, para os olhos violeta que o encaravam diretamente, um pouco marejados pela vergonha. Tocou a pele macia das suas pernas que estavam dentro da água, ainda olhando para o rosto corado do ômega, e então abriu-as devagar.

—Jungkook-ah... —O ômega arfou, permitindo que ele abrisse suas pernas, mas cobriu sua região íntima com as duas mãos que empurraram a sua camisa naquele local.

O alfa engoliu em seco ainda olhando em seus olhos, tocando por detrás dos seus joelhos, puxando-o mais para perto e fazendo Jimin escorregar lentamente pelo gramado até ir entrando devagar dentro da água. Primeiro as pernas e então o restante do seu corpo que foi se agarrando em Jungkook como pôde, tinha medo de afundar porque não sabia nadar.

Ele instruiu o ômega a deixar o corpo leve e boiar, mesmo que Jimin se agarrasse firmemente a ele, conseguiu fazer. Notou como era importante para ele aquele momento, porque sempre quis nadar e nunca pôde.

Os olhos dele se encontraram e as bocas se uniram, molhadas e sedentas um pelo sabor do outro, como sempre era e sempre seria. As línguas quentes contrastavam com os lábios gelados e molhados pela água do lago, causando uma sensação tão deliciosa que deixou-os em êxtase.

Não mentiria para si mesmo, queria Jimin naquele momento mais do que qualquer outra coisa em sua vida. Ter o corpo macio dele contra o seu, segurando-se em si como se nunca mais fosse soltar estava lhe deixando tonto de amor e desejo, e de uma maneira que toda a paisagem espetacular não fosse nada comparada ao ômega em seus braços.

Aqueles olhos púrpura tornaram-se perigosamente dourados pelo lobo sensitivo do ômega, o seu cheiro delicioso se tornou mais forte, e ele estava ficando ofegante e corado em seus braços. Jungkook estava ficando louco, por isso decidiu que era melhor irem logo para a cachoeira.

—Onde... onde estamos indo? —Jimin perguntou, fazendo o nado do cachorrinho como pôde para seguir acompanhando Jungkook que nadava com uma leveza impressionante.

Mas não soltaram as suas mãos.

Continuaram nadando pela extensão do lago gelado até alcançarem a cachoeira que escorria intensa pelas grandes pedras, então apoiaram-se nelas e então olharam-se sorrindo.

—Estamos indo ver o seu presente de aniversário, gatinho. —Jungkook gritou por cima do barulho alto da água corrente caindo ao lado deles e sobre as pedras.

—Meu presente é a cachoeira? —Jimin gritou sorrindo.

—Você verá!

O alfa escalou algumas das pedras, tomou impulso e saiu do lago, logo em seguida dando as mãos para que o ômega saísse também, ajudando-o a escalar até que estivesse exatamente de frente para ele. Então puxou-o novamente pela cintura, prendendo-o entre seus braços enquanto alcançava afobadamente sua boca com a sua em um beijo intenso e apaixonado.

Jimin aprendeu a gostar de beijar e de tocar com Jungkook porque o alfa lhe mostrou com o passar do tempo o quanto podia ser bom ser "inadequado" e fazer essas coisas. Nunca contou para ninguém sobre os beijos com seu alfa porque era um segredo só deles, assim como tudo o que conversavam e compartilhavam. Tudo era muito secreto, muito deles e ninguém precisava saber sobre aquilo, mesmo que todos soubessem que eram casados e viveriam juntos para sempre de qualquer forma.

Ainda estava tímido por estar só com uma camisa encharcada e transparente, enquanto seu alfa usava uma calça da mesma tonalidade que estava no mesmo estado... inapropriado.

Mas seguiu o acompanhando naquela aventura, escalando as pedras atrás dele, sem soltar sua mão por nenhum momento. E mesmo que tivesse medo do escuro, estava com Jungkook então naquele momento não tinha medo de nada, somente seguiu-o para onde quer que ele estivesse indo como sempre fez e sempre faria. Subiram algumas pedras molhadas e então Jimin viu que havia uma pequena entrada entre algumas delas que estavam escondidas logo ao lado esquerdo da imensa cachoeira, o alfa moveu-as de lugar e a passagem ficou um pouco maior, e com o coração batendo muito rápido o loiro o seguiu para dentro da passagem apertada.

—Oh! —O ômega ofegou, surpreso. —Santa Mãe Akira!

Era uma caverna atrás da cachoeira, não tão grande, e aberta do outro lado como se fosse uma passagem secreta para fugir do clã. De um lado, a cachoeira a cobria por inteiro, do outro uma abertura para o mundo exterior. Jimin andou sobre aquele pequeno esconderijo observando o chão coberto por cobertores e cestas de comida fechadas, com três lamparinas acesas ao redor, deixando claro que o lúpus planejou tudo com muita antecedência.

Não conseguiu dizer nada, mas seus olhos estavam marejados enquanto observava tudo aquilo. A caverna era um pequeno paraíso escondido, ele andou mais entre ela, suas mãos pequenas tocando as paredes brilhantes com curiosidade, e então ele notou que eram cravadas com a mesma jóia daquele colar que ele lhe deu. Ametista.

—Jungkook!

Ele olhou para o alfa que sorria, dando de ombros, um pouco envergonhado.

—É o tom dos seus olhos à luz do dia. —Sussurrou. —Mas seus olhos são muito mais fascinantes.

Você é perfeito. Você é perfeito. Você é perfeito. Era tudo o que Jimin pensava naquele momento.

Continuou andando até chegar ao outro lado, onde havia aquela abertura grande que dava para o lado de fora. E então notou que do outro lado havia montanhas, e o mar extenso, o céu estrelado e um mundo tão lindo e grande que fazia com que seu coração batesse forte pela mera ideia de imaginar sair dali algum dia.

Estava muito alto, a muitos metros de altura, e um simples passo em falso cairia e ninguém nunca saberia que estiveram ali. Mas o ômega não conseguiu parar de olhar a vista daquele paraíso, sentindo que podia fazer tudo, ir a qualquer lugar, viver qualquer aventura e nunca mais estar preso ao seu quarto e aos seus afazeres de sempre. Olhou para o alfa ao seu lado e sabia que ele era a definição de liberdade, de aventura e de uma emoção tão intensa que jamais encontraria novamente.

—Essa é a única passagem secreta do clã que mais ninguém conhece. —Jungkook disse, tocando seus dedos delicadamente. —É sua.

Jimin sabia que ele secretamente falava: "Vá, faça o que quiser e não se importe com as consequências. Viva!"

—Jungkook.... —Suspirou. —Esse foi o melhor presente de aniversário do mundo.

O alfa quebrou o pequeno espaço que os separava tomando-o novamente em seus braços, amando vê-lo se entregar na mesma intensidade, agarrando seus cabelos e abrindo a sua boca para receber sua língua. E então se beijaram com a lua cheia e as estrelas de testemunha, em uma intensidade gritante, com uma vontade brutal.

Jimin estava bem sensível em todas as partes do seu corpo quando foi deitado sobre os cobertores e sentiu os beijos em seu pescoço ficando mais intensos.

—Eu preciso dizer algo a você, gatinho. —Sussurrou em seu ouvido, e então se afastou para olhar em seus olhos. —Algo que talvez você não vá gostar.

Pelos olhos de Jungkook, ele notou que era sério.

—O que? —Perguntou assustado.

—Meu pai alfa quer que eu... cresça e me torne líder do clã. —Suspirou. —Isso pode adiar ainda mais nosso casamento, precisaria viajar com ele por meses para os clãs vassalos e também acompanharia toda a jornada das batalhas com clãs rivais.

O coração de Jimin afundou.

—Mas isso não é perigoso? —Perguntou, tocando em seu rosto acima do seu.

—É meu dever.

—Mas Yoon quer ser o líder, e isso nunca foi o que você quis.

Ele assentiu, parecendo bem incomodado com aquilo. Jungkook realmente tinha pavor da liderança do clã Gold e tudo o que isso implicaria.

—Sim. —Sussurrou. —Eu seria inútil como líder do clã. Eu odiaria! Ora, eu nunca quis isso, mas meus pais não vão ceder. Eles querem que eu lidere junto ao Yoon.

Então o ômega ficou ainda mais preocupado quando notou aquela típica expressão no rosto do seu alfa.

—Você... você quer fugir! —Jimin exclamou, chocado.

O alfa sorriu ao olhar bem nos olhos violeta do seu ômega.

—Eu só iria se você fosse comigo.

O loirinho lambeu os lábios e olhou para ele, sentindo o peito subindo e descendo rápido. Às vezes ele era mais imprudente do que o normal, e isso lhe assusta verdadeiramente.

—Mas para onde, Jungkook-ah?

—Qualquer lugar! Dinheiro nós temos mais do que o suficiente com todas as nossas jóias, poderíamos viver bem o resto das nossas vidas.

—As pessoas nos caçarão para fazer mal ao clã. —Jimin alertou.

—Ninguém saberia quem somos se nós mudarmos de nome.

Isso era verdade, mas não tornava nada daquilo mais fácil.

—Você seria um médico e eu poderia trabalhar como caçador de recompensas, nós poderíamos viver uma boa vida. —Jungkook argumentou, e então segurou suas mãos pequenas, as levando aos lábios. —Teríamos liberdade, uma casa só nossa e ninguém se intrometeria nas nossas vidas.

—Mas...

—Estou louco. —Jungkook riu, negando com a cabeça, tomando o rosto do ômega entre as mãos e beijando a sua boquinha carnuda. —Esquece isso, nosso dever é e sempre foi aqui.

Naquele momento Jimin soube que Jungkook obedeceria o seu pai e faria tudo conforme o dever, e na verdade só estava expressando uma vontade insana do que realmente queria fazer. Ele era assim, contava suas ambições, seus maiores sonhos para o loirinho como se ele fosse sua válvula de escape das situações ruins da sua vida, mas logo recuperava o juízo.

Então o ômega se sentou junto a ele, e se arrastou para mais perto, abraçando-o e se embrenhando em seu cheiro gostoso.

—Eu iria com você. —O ômega confessou.

O alfa riu, beijando sua testa coberta pela franja loira, apertando-o mais firmemente contra si como se fosse protegê-lo do mundo inteiro.

—Sei que iria. —Disse, acariciando seu braço nu. —Mas eu não conseguiria viver se algo acontecesse com você, eu morreria de culpa. O mundo lá fora é tão perigoso.

—Aqui também é perigoso. —O loiro sussurrou. —Nunca se sabe o que pode acontecer amanhã.

—Ao menos aqui, temos esse esconderijo.

Jimin riu, esfregando-se nele para sentir mais do seu cheiro e mais do seu carinho.

—Poderíamos ir contra todas as regras dos nossos pais e consumar nosso casamento aqui. —Ele sussurrou ao pé do ouvido do ômega, beijando a pele arrepiada do seu pescoço. —Eu te marcaria e te encheria de filhotinhos.

O ômega olhou-o semicerrando os olhos, e então Jungkook riu.

—Você é muito espertinho, alfa!

—Você não adoraria? —Perguntou, ainda sorrindo.

Jimin corou, e voltou a enfiar o rosto em seu pescoço cheiroso, fazendo o alfa rir ainda mais.

Sim, é claro que ele adoraria.

—Eu amo você, Gguk.

—Também amo você, gatinho.

—Para sempre? —Perguntou, manhoso.

Jungkook sorriu, fechando os olhos em deleite quando enfiou o rosto em seus cabelos loiros e cheirosos.

—Sempre.

***

Amores primeiramente peço perdão pela demora, minha vida tá um caos REAL. Precisei dar mais um tempo, mas consegui att hoje.🙏🏻

Eu foquei mais nos Jikook nesse especial, mas se gostariam de saber... o Tae e o Yoon se casariam antes e o Teteco nunca se apaixonaria pelo Hoseok. Assim como o Namjoon nunca conheceria o Jin.

Aliás o clã seria invadido em poucos anos e devastado pelo tsunami pouco tempo depois. (Minha mente é doente me perdoem, não CONSIGO imaginar nada diferente. Mas vocês podem.)

Juro que nunca imaginei chegar a esse número, mas sou grata demais a cada um de vocês por amarem e apoiarem a obra e porra... se eu pudesse abraçava cada um até esmagar. Mas tudo o que posso fazer são atualizações demoradas, me perdoem kkkkk 😭

Espero que tenham gostado desse pequeno paraíso no meio do caos, e até breve.🥺💜

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