𝕱𝖔𝖓𝖙𝖊 𝕽𝖚𝖇𝖗𝖆
Uma única noite, dois sentimentos completamente diferentes. Brandon passou pelos piores minutos de sua vida, repletos de traumas e memórias que nunca será capaz de apagar; mas ainda assim, uma única pessoa foi capaz de fazê-lo sorrir no final da noite.
Ivy Frost.
Brandon entre pela janela como de costume, porém dessa vez não conseguia apagar o sorriso bobo fixado em seu rosto.
- Que merda você estava fazendo? - Uma segunda voz faz o especialista dar um pulo de susto, e o sorriso se desmancha completamente, assim como a pilha de livros que ele esbarrou.
Sky e Riven estavam plantados em uma das extremidades do quarto. Os dois perceberam a saída do amigo, e resolveram ficar ali para descobrir quanto tempo o moreno ficava perambulando durante a noite. Eles sabiam que não era a primeira vez, mas até agora nunca tocaram no assunto.
- Vocês querem me matar? - Brandon leva a mão até o coração, que errou umas quatro batidas com o susto.
- Não tente mudar de assunto! Nós pegamos você no flagra! - Sky ignora sua pergunta. O loiro estava farto de mentiras, sabia que Brandon não estava normal ultimamente.
- Não é óbvio? Não viu a cara dele? Estava sorrindo que nem um idiota apaixonado! - Riven responde por Brandon e dá dois tapinhas em suas costas. - Estava com a Princesa Frozen, não estava? Seu safado!
- Para de chamar ela assim! - Brandon tenta manter o foco com Riven o chacoalhando mega eufórico, estava preocupado com a possibilidade de terem vistoriado seu quarto.
- Então estava mesmo com ela? - Sky pergunta surpreso, sabia que tinha algo a mais acontecendo.
- Talvez... - O moreno sabia que os dois, principalmente Riven, não iriam comprar sua mentira.
- Eu sabia! - Riven, ainda alegre e saltitante, empurra o ombro do amigo. - Achou mesmo que não iríamos descobrir? E eu achando que você estava perdendo tempo...você foi logo na princesa! Meu garoto não perde tempo.
- Ok, ok! Agora que eu já te entreti com minha vida amorosa, pode por favor falar mais baixo? Não quero que a escola inteira te ouça! - Brandon pressiona sua mão contra a boca de Riven.
- Então esse era o motivo das suas "escapadas noturnas"? - Sky pergunta quase caindo na história de que ele estava "apaixonado", já que o próprio principe conhecia bem essa sensação.
- Óbvio que era! - Novamente Riven responde por Brandon, e pela primeira vez o moreno não se incomoda com isso. - E ai? Já se pegaram na horizontal?
- Não vou discutir isso com vocês! - Brandon joga seu travesseiro no rosto de Riven, entendendo a referência. - E nem pense em espalhar isso!
- Espalhar que você tem sentimentos? Não se preocupe, seu segredo está seguro com a gente! - Sky deixa sua desconfiança de lado e decide zombar dele.
- Quem disse algo sobre sentimentos? - Brandon arqueia as sobrancelhas e simula uma expressão confusa.
- Sua cara disse! - Sky rebate, já que tanto ele quanto Riven viram o sorrisinho no rosto de Brandon, quando o mesmo entrou pela janela.
- Um está apaixonado pelo fogo, enquanto o outro está babando pelo gelo...nunca vão poder ter um encontro duplo! - Riven exclama se jogando na cama de Brandon, mas logo percebe o que disse, então muda sua expressão: - Droga, vocês dois vão ficar insuportáveis!
- Esse é o seu trabalho! E eu não estou babando...o Sky que precisa se decidir entre duas pessoas! - Brandon aponta para o loiro, passando a atenção toda para ele.
- Obrigada por me lembrar, e eu não estou confuso... - Sky revira os olhos.
- Claro, só não sabe como dar um pé na bunda da Stella! - Riven simplifica, até demais, os fatos.
Brandon o repreende com um tapa fraco em sua nuca. O especialista não estava errado, mas todos sabiam que Sky odiava ferir os sentimentos de Stella, mesmo que não sentisse mais nada romântico por ela.
- Vocês são muito caretas! É só dizer a verdade, dar as costas e nunca mais olhar para trás! Simples. - Riven pega um maço de cigarro que ele mesmo enrolou e faz menção de acendê-lo, mas Brandon puxa de sua mão, pois eram quase 3h da manhã.
- É por isso que você nunca fica com as "princesas"! - Brandon sorri convencido e levemente envergonhado por dizer isso em voz alta. Sky não contém o riso e Riven joga o travesseiro de volta em sua direção.
A conversa durou alguns minutos, até que todos se deram conta de que era tarde e que amanhã de manhã deveriam estar 'apresentáveis' para receber o exército invernal. Porém ninguém pensava mais sobre isso do que Ivy.
𝕬𝖑𝖋𝖊𝖆
A noite foi maravilhosamente longa para Ivy, mas infelizmente o sol não demorou a chegar.
Ivy passa os dedos pelos seus lábios, tentando recordar se realmente aquilo aconteceu, ou se foi apenas um delírio da sua imaginação. Mas ela sabia que delírios não eram capazes de deixar tanta abstinência como a que ela sentia nesse exato momento. Seu corpo era um imã, em uma atração incessante por...mais.
- Droga... - Ivy se repreende, ainda com os olhos fechados, por estar pensando nisso.
A fada estranha o silêncio absoluto, então quando abre os olhos percebe que a cama de Stella estava vazia e arrumada. Ela com certeza havia perdido o horário.
- Não acredito! - Ivy pega seu celular em cima da cabeceira e percebe que perdeu a primeira aula, e se não tivesse acordado agora, provavelmente perderia a chegada do exército que ela mesma "encomendou".
A fada se apressa para tomar banho e agradece mentalmente por ter separado sua roupa na noite passada. Odiava atrasos, mas sua cabeça estava tão aérea que nem ouviu o barulho do despertador.
Estava prestes a atravessar a porta do dormitório quando trombou com alguém que estava entrando.
- Uau, sua mente está uma bagunça! - Musa a encarava com seus olhos brilhando em um tom intenso de púrpura. Ela não fazia propositalmente, era inevitável não se conectar as mentes alheias.
- Bom dia para você também! - Ivy se recupera do susto.
- Você não foi na aula de história da magia...eu devia ter imaginado que Stella não iria te acordar. - Musa fala enquanto corre até seu quarto para pegar seus fones de ouvidos. - Não sobrevivo sem eles.
- Não sei o que aconteceu, eu só...esqueci da vida. - Ivy espera a fada da mente para sair do quarto, já que ambas estavam indo para o mesmo lugar.
- Então não tem nada a ver com você entrando de fininho no dormitório ontem a noite? - Musa pergunta astuta. A fada sempre acorda quando alguém se aproxima.
- Você estava acordada? - A princesa a encara surpresa, se preparando para inventar uma resposta, até se recordar de que ela notaria.
- Não, mas você só não fez mais barulho do que a Bloom ligando pros pais dela no meio da madrugada. - Musa sorri da tentativa falha de ambas em tentarem passar despercebidas.
- Eu estava com insônia... - Ivy da de ombros sem encara-la.
- E trombou com alguém na sua caminhada noturna? - Musa pergunta retoricamente, pois já sabia a resposta.
- Não... - Ivy responde hesitante.
- Sabe que suas mentiras só comprovam minhas duvidas, né? - Musa sorri da inquietação que pairava na mente da amiga.
- Se você já sabe o que aconteceu, por que está me perguntando? - Ivy pergunta arqueando suas sobrancelhas.
- Eu só sei possibilidades, preciso que você confirme os fatos! - A fada da mente nem precisava usar seus poderes para supor o que havia acontecido.
- Ok! - Ivy para bruscamente.
- Ok! - Musa repete e para quase em cima dela.
- Eu estava tensa e ele...me ajudou...de uma forma bem excêntrica, mas funcionou. - A princesa invernal resume 1/3 de tudo que aconteceu, mas foi o necessário para Musa. - Feliz?
- Eu sabia! - A fada comemora voltando a andar. - Minhas teorias estavam certas!
- Mas não precisa se animar tanto, foi só uma vez. Não quer dizer nada. - Ivy fala em voz alta algo que ela ainda não tinha certeza.
- Huhum, sei! - Musa usa o tom mais irônico possível para se expressar.
- O que foi? - Ivy para de andar novamente.
- Você é sutil como um coice de cavalo, ele é paciente e educado...combinação perfeita. Não vai conseguir sustentar seu orgulho por muito tempo. - Musa diz com convicção.
- Está me chamando de orgulhosa? - A fada ignora a parte da "combinação perfeita", pois não queria fazer parte de nenhuma combinação nesse momento.
- Sim! E estou afirmando que não vão conseguir negar isso por muito tempo. - Musa afirma sem se importar muito com a reação de Ivy.
- Ficaria surpresa com minha persistência! - A princesa sorri convencida, mas uma onda de ar frio corta todos os seus pensamentos.
As duas fadas já haviam alcançado os outros estudantes, e o frio repentino só significava uma coisa para Ivy:
Eles chegaram em Alfea.
Em sincronia, todos os alunos abrem espaço para que Ivy passe. No fundo a princesa gostava dessa atenção, mas ela não era tão útil quando seus poderes estavam fora de controle.
Felizmente, tudo parecia normal até então. Sem pegadas congeladas e pela primeira vez, a brisa fria que invadiu Alfea não era por sua culpa.
Ao se posicionar na frente de todos, os sussurros e murmúrios começaram, mas dessa vez também não era por conta da fada, e sim pelas "criaturas" não muito simpáticas que aguardavam em torno da escola.
- Vossa Alteza! - O general do Exército Invernal faz uma breve reverência para Ivy.
Os rumores estavam certos. O exército de seu reino não era conhecido como "sem almas" em vão, eles realmente faziam jus ao apelido que recebiam, pois sua aparência fria e medonha costumava assustar os inimigos, além de não serem nem um pouco piedosos, já que na maioria das vezes eram os responsáveis pela execução dos criminosos de Oblivion.
Ivy levanta a mão, dando permissão para as outras criaturas "encerrarem" a referência, e instantaneamente, todos voltam a ficar eretos.
- Imagino que já estejam a par do ocorrido. - A princesa diz algo, já que Farah parecia mais interessada em observar os seres invernais.
- As ordens foram claras: eliminar o queimado e o responsável por solta-lo. - O General responde com neutralidade e todos os alunos se entreolham quando ele menciona que alguém havia soltada do Queimado.
- Acho que essa é uma boa hora para deixá-los cientes do último ocorrido. - A Diretora os interrompe antes que revelem mais alguma informação sigilosa.
Farah Dowling ocupa o lugar de Ivy, que volta para junto do amontoado de pessoas. A diretora não informava nada além do que Ivy e seu grupo já sabiam, mas o restante dos alunos enchiam a atmosfera com sussurros e suposições.
A Fada Invernal não estava interessada em ouvir de novo tudo o que Farah estava contando, por isso sua mente estava tão dispersa quando uma voz próxima de sua nuca corta seus pensamentos:
- Ainda acho a Silver mais assustadora do que eles. - Ivy sente sua pele arrepiar contra sua vontade ao ouvir a voz de Brandon tão perto de seu ouvido. O especialista percebe sua reação, então complementa sem se afastar ou aumentar o tom de sua voz: - Desculpa.
- Isso é porque você ainda não viu a Rainha. - Ivy inclina seu rosto alguns centímetros para o lado e sente as maçãs do rosto esquentarem com a proximidade. Ele não havia se afastado e nem pretendia. Assim como a fada, ele também estava sentindo os efeitos da "abstinência".
- Ela é tão brava quanto a filha? - Brandon a provoca e recebe uma cotovelada fraca em seu estômago.
- Faça algo extremamente grave e descubra você mesmo, se der azar será enviado para o meu Reino e poderá ver a Rainha pessoalmente. - A fada sorri sarcástica. Ela queria voltar sua atenção para frente, mas não conseguia.
- Acho que eu prefiro tentar a sorte com a Silve de novo. - O especialista ergue as sobrancelhas e perde o controle de seus olhos, que descem até o sorriso dela. Isso já se tornou um hábito para ele.
- Tem certeza? Ela já estaria te atacando agora. - A princesa fala um pouco mais baixo, pois estavam rodeados de alunos.
- Por que? Estou perto demais? - Brandon a acompanha e diminui o tom de sua voz.
- Com certeza, mas eu não o culpo. Sei que é inevitável para você. - Ivy não se aguenta e volta a sorrir de forma presunçosa.
Poucas palavra já foram o suficiente para acender a chama interna presente nos dois, que ardia por necessidade de contato. Para Musa era como estar assistindo as cenas de um livro. Com todos os detalhes narrados acontecendo diante dela.
- Agora que todos já foram informados, podem voltar para suas respectivas tarefas! - A voz de Farah corta o clima com uma lâmina chamada "realidade".
𝕬𝖚𝖑𝖆 𝖉𝖊 𝖆𝖉𝖛𝖎𝖓𝖍𝖆𝖈𝖆̃𝖔
(Sim é a professora Trelawney de Harry Potter, porque eu não consigo imaginar ninguém melhor do que ela :)
Apesar de longo, depois do almoço o resto do dia passou em um piscar de olhos. Porém para a tristeza dos alunos, era terça-feira, ou seja, dia de aulas extra curriculares, obrigatórias para todos os alunos.
- Odeio as terças! Por que escolhemos adivinhação mesmo? - Riven reclamava enquanto se dirigiam para a sala de adivinhação, que ficava no topo do prédio de Alfea.
- Porque era isso ou Estudo de Runas Antigas. - Sky responde sem muita animação.
- E essa matéria não tem prova final. - Brandon relembra o principal motivo que fez a maioria dos alunos escolher essa matéria.
- A aula é tão inútil que misturam alunos de três anos diferentes. - Riven exclama bufando. Ele reclamaria de qualquer aula que o fizesse passar mais tempo em uma sala.
- Vai acabar mais rápido se você reclamar menos! Agora anda logo soldado, são só algumas "fadinhas" - Brandon zomba de Riven com o termo que ele sempre usa para se referir as alunas de Alfea.
- Vou fingir que não sei o motivo da sua "animação"! - Riven devolve a provocação, mas para de falar quando entram na sala da professora Trelawney.
O cômodo estava bem cheio, pois aparentemente quase ninguém estava a fim de estudar runas. Mas dentre os vários rostos, Brandon só conseguiu focar em Ivy sentada ao lado de Musa e Sam.
- Sinto que todos já chegaram! - A mulher de cabelos armados e olhos esbugalhados, abre os braços teatralmente. - Ótimo, então vou pedir que se levantem novamente, pois nessa aula as duplas são formadas de acordo com a distribuição energética!
A professora vaga entre os alunos com a palma de sua mão aberta, passando rente às suas cabeças. De pouco em pouco, ela vai formando duplas.
- Hmm...muito pesado. - Ela para na frente de Riven e fica alguns segundos com os olhos fechados. - Podemos equilibrar isso em um trio. Sente-se com eles dois!
A mulher de meia idade aponta para mesa de Musa e Sam. Ambos se entreolham não muito contentes, mas nenhum dos dois contesta.
Quase todos os alunos já estavam com suas respectivas duplas, mas Ivy e Brandon continuavam de pé. No fundo eles sabiam o que iria acontecer.
- Qual seu animal favorito, querido? - Trelawney se volta para Brandon, o deixando completamente desconfortável por ter toda a atenção da sala voltada para ele.
- Ahn...cachorro, eu acho. - O moreno responde com receio do que ela poderia comentar a seguir. Essa professora tinha a fama de "envergonhar os alunos".
- Claro, que é. Lealdade incondicional. - Ela lê a palma de sua mão, sem pedir permissão para pega-la. - Você tem um cachorro?
- Não... - Ele responde querendo se jogar do prédio. Seus amigos tentam ao máximo segurar o riso.
- Oh, deveria ter um! - A mulher exclama decepcionada, até se lembrar da aula: - Pense a respeito e sente-se com a garota de cabelos brancos. Não vai ter problemas em identifica-la!
Ivy pensa em corrigi-la, dizendo o seu nome, mas já havia roubado muita atenção hoje mais cedo. A fada escolhe uma mesa vazia e Brandon apenas a segue.
- Para as mentes curiosas desse recinto, a esfera transparente em cima de cada mesa, é a Esfera de Nadi, responsável por medir a circulação de energia entre os corpos. Mas não precisam se preocupar com isso hoje, teremos uma aula especial para ela. - A professora usa magia de atração para trazer baralho de tarô até sua mão. - Hoje vocês irão aprender o básico sobre a arte de desvendar o destino com cartas.
- Se ela fosse boa mesmo já teria adivinhado os números da loteria! - Riven sussurra para as pessoas próximas a ele, causando alguns risos inoportunos.
- Para os mais sensíveis a verdade...sugiro que abram a mente para evitarem sofrimento antecipado. O tempo é aquilo que ele é. Não o burlamos, apenas apreciamos. - Ela releva o comentário maldoso e continua com suas palavras enigmáticas.
"Abra sua mente", "deixe suas energias fluírem", eram as recomendações que ela dava. Nada daquilo merecia ser levado a sério para Ivy, mas ao olhar para o lado e ver Brandon com os olhos fechados, percebeu que poderia se esforçar um pouco mais.
- A intuição nunca deve ser ignorada! - Trelawney espalha o baralho na mesa deles e passa alguns segundos alternando o olhar entre os dois. - Peguem uma carta!
Ambos escolhem duas cartas para virar. Ivy pega uma mulher com mantos chiques e um livro na mão e Brandon puxa uma carta com a pintura de uma lua.
- A sacerdotisa! Segredos que devem permanecer trancados até que tenha decidido com convicção o que deseja fazer com eles. Agora é o momento ideal para seguir suas intuições, minha querida! - A mulher da dois toques na mão de Ivy e se volta para a carta de Brandon. - A lua. Precisa sair do mundo das ilusões meu jovem, elas não podem te caçar aqui fora, por mais que deixá-las entrar tenha sido um erro.
O moreno puxa sua mão por impulso, pois do modo como ela falou, era como se soubesse de tudo que o garoto havia feito. Em poucos segundos já sentiu seu coração se acelerar de nervoso.
- Peguem mais uma! A a última! - A professora desconsidera o ocorrido e aponta para o baralho. Ela estava mais entretida com essa dupla do que as outras.
A fada e o especialista avançam na mesma hora, e por "coincidência", os dois pretendiam pegar a mesma carta. Seus dedos se tocam por pequenas frações de segundos, porém o suficiente para ativar a conexão responsável por estourar a Esfera de vidro em cima da mesa.
O globo se estilhaça em diversos pedaços, assustando todos os alunos, que pulam em suas cadeiras.
Por instinto, Brandon fecha os olhos e inclina a cabeça para o lado, no intuito de se proteger dos resquícios da Esfera, mas ao perceber que não sentiu nada o atingir, abre os olhos com cautela e encontra Ivy na mesma posição que ele, porém com uma névoa fria entre eles. Ao olhar na direção da mesa, o especialista se surpreende ao ver uma barreira de gelo entre eles e os pedaços de vidro.
- Você está bem? - Brandon chama a atenção de Ivy que pressionava os olhos com força até ter certeza de que eles estariam na sua forma "normal", sem brilhos reluzentes.
A fada não sabia se a sua tentativa de "protegê-los" havia ultrapassado os limites, mas também não queria abrir os olhos para confirmar, até que sente uma mão se sobrepor sobre a sua embaixo da mesa. Ela sabia de quem era, e só por isso decidiu abrir os olhos.
- Alguém se machucou? - A professora aparece por trás da cobertura de gelo, fazendo o especialista soltar a mão da garota. - Acho que a aula se encerrou por hoje!
- Dessa vez a culpa não foi só minha. - Ivy volta a respirar normalmente e se refere ao incidente que fez a Esfera de Nadi explodir.
- Desculpa por escolher a mesma carta que você, não sabia que seria tão caótico. - Brandon estende a mão para ajudar Ivy a se levantar, pois estavam cobertos com resquícios de gelo.
- Acho melhor não nos tocarmos até saírmos dessa sala! - Ivy encara sua mão com receio. Não queria explodir mais nada.
- É um bom ponto. - Ele recolhe sua mão, ainda sentindo a necessidade de toca-la de novo.
Eles olham uma última vez para a sala e saem deixando a destruição de um simples toque para trás.
Obviamente a curiosidade de Musa gritou mais alto do que qualquer voz racional dentro de sua mente, então antes de sair, a fada corre até a mesa em que Ivy e Brandon estavam sentados e espia a carta que ambos iriam escolher.
- Eu sabia! - Musa exclama animada por estar certa mais uma vez. Com certeza essa se tornaria a aula predileta dela.
⚠️ Aviso importante: eu não sei nada sobre Cartas de Tarot, então não levem nenhuma dessas informações a sério!
Como prometido, esse cap foi mais "tranquilo", sem nenhum evento traumático ou catástrofes do tipo.
Vou aproveitar que eu ainda não ultrapassei o limite de mídia, e fazer um pequeno marketing das minhas outras fics :)
Shadowhunters | Alec + Allison
Capa feita por mim 🙃
Devil Eyes | Derek e Ravena (Inspirada na Ravena de Teen Titans)
Capa feita pela M-MIK4ELS0N (ainda vou atualizar, pois está com a capa antiga)