๐—ง๐—ต๐—ฒ ๐—ฐ๐—ผ๐—น๐—ฑ ๐˜€๐—ถ๐—ฑ๐—ฒ ๐—ผ๐—ณ...

By DevilEyes_fanfic

663K 54.3K 34.3K

๐—ฅ๐—ฒ๐—ถ๐—ป๐—ผ ๐—œ๐—ป๐˜ƒ๐—ฒ๐—ฟ๐—ป๐—ฎ๐—น:. Tambรฉm conhecido como o lar de seres ๐˜ง๐˜ณ๐˜ช๐˜ฐ๐˜ด, ๐˜ด๐˜ฐ๐˜ง๐˜ช๐˜ด๐˜ต๐˜ช๐˜ค๐˜ข๐˜ฅ๐˜ฐ๐˜ด, ๐˜ณ๐˜ฆ... More

APRESENTAร‡ร•ES
PROLOGO.
Goodbyes.
Rumors.
Last Summer.
California Baby
Control.
Cold like my soul.
Greek Gift.
Anything.
Closed Deal
Dirty Work
Abstinence.
Dark Secrets
CROSSOVER
When ice meets fire.
Good morning.
Dear Diary.
A Good Punch.
What a time
Burned ones
Sun x Ice
Sun x Ice [2]
BONUS
Sun x Ice [3]
Hard Choices
Back to Black
Winter Prom
Ultimatum
My Heart is Yours
Ocean Eyes
If I fall you fall too
Tell Me Pretty Lies
Liar
Monsters
Theory of Chaos
Turn off
Broken Heart
New Plan
Loyalty
Gossip
Key
The Other World
The Other World | Part. 2
Consequences
After the Storm
Where is my brother?
Changelings
The Ballerina
Marks and Scars
Surprise Bitch
The Price You Pay
Welcome to your Nightmare
Oblivion
Illusion or Reality?
Don't follow the light
Importante
Quem รฉ vivo sempre aparece
The Deal
Light me up
Ignite me
End or beginning?

Read my Lips.

14.2K 1.3K 1K
By DevilEyes_fanfic

𝕱𝖔𝖗𝖊𝖘𝖙

"Te vejo em duas horas"

Duas horas. Foi o tempo que Andreas estipulou.

Brandon não sabia quanto tempo suas alucinações haviam gasto, mas pareceram mais do que duas horas. Então apesar de todos os acontecimentos que faziam seu estômago revirar, uma nova preocupação veio a tona.

Correu tentando lutar contra os ponteiros do relógio. Como se o tempo fosse o tipo de coisa que acaba. Porém o tempo está fora de nossa compreensão limitada. É infinito, existe fora de nós; não pode acabar e nem ser controlado, não há um jeito de contê-lo. O tempo passa mesmo quando nós não passamos.

Felizmente sair da Dimensão Oblivion era mais fácil do que entrar, principalmente quando existe um caminho 'especial' para os seguranças, que corta caminho sem nenhuma ilusão.

E lá estava. Verde, irregular e reluzente. O portal que tiraria Brandon daquele pesadelo, mas não necessariamente tiraria os pesadelos dele.

O especialista é expelido da dimensão e antes que pudesse olhar em volta, suas pernas o traem e ele cai no chão com a maleta nas mãos.

- Eu sabia!! - Andreas corre eufórico até ele. - Sabia que não tinha errado com você!

O homem apalpa a maleta para garantir que era aquilo mesmo que estava procurando, e depois de suspirar aliviado, ajuda Brandon a se levantar, porém o garoto precisava de mais tempo para se recompor.

- Quanto tempo? Quanto tempo eu fiquei lá? - Essa nem era a principal pergunta, mas no momento sua mente dava voltas.

- 30 minutos. Você com certeza bateu um recorde! - Andreas não conseguia esconder sua felicidade. Em grande parte era por causa do conteúdo da maleta, mas havia algo mais pessoal além disso: - Sabe o que isso significa? Meu aprendiz é a pessoa mais nova a entrar e sair dessa dimensão! Estamos fazendo história!

- 30 minutos? Mas pareceram horas... - Brandon estava indiferente para a animação de seu mentor. Só conseguia pensar em tudo que havia acontecido.

- A dimensão deve ter algum tipo de distorção temporal. - Andreas dá de ombros, sem se importar muito para os detalhes, porém assim que ele encara o especialista percebe que havia algo de errado. Estava tão cego pela conquista que mal percebeu o quão destruído o garoto estava. - O que foi? Que cara é essa?

- E-eu...eu acho que matei alguém... - Brandon não evita gaguejar, principalmente quando sente seus olhos marejarem. Ele sabia que o homem estava morto, mas seu cérebro ainda insistia em negar isso.

- Alguém te viu? - O pai de Sky sente uma pontada de preocupação em relação ao seu plano perfeito.

Brandon nega com a cabeça e pressiona o rosto contra as mãos. Queria abrir os olhos e descobrir que isso era outra ilusão. Mas nenhuma ilusão seria capaz de retratar tão bem a realidade ácida.

- Você fez o que era necessário. - Andreas apoia a mão nas costas do garoto, usando seus dons de dissimulação para aliviar sua consciência. - Não espero que enxergue isso agora, mas o que você fez hoje foi glorioso.

Mas Brandon nunca quis glória.

𝕬𝖑𝖋𝖊𝖆

Balas de menta, aroma feminino de La vie est belle, e músicas da Lana Del Rey. Esse era o clima do quarto que confinava duas princesas de reinos opostos. Poderia ser confundido com qualquer outro quarto, mas o diferencial deste eram os resquícios de geada que cobriam um lado da parede e duas fadas com personalidades fortes.

- Não ficou nem um pouco curiosa? Normalmente garotos normais escondem revistas pornô, não livros da seção reservada! - Stella ainda insistia no livro sobre a Dimensão Oblivion que elas acharam "ocasionalmente" na gaveta de Brandon.

- Se está tão curiosa, pergunte para ele. Só não esqueça de mencionar como você encontrou o livro! - Ivy decide arrumar seu lado do quarto por conta do tédio. No fundo estava ansiosa para receber o exército da rainha, então queria ocupar sua mente com algo que não a fizesse perder o controle.

- Claro, é uma história muito sucinta: estava procurando o Sky, mas ao invés disso encontrei você admirando uma foto do amigo dele. - Stella responde sarcástica, se divertindo com o imprevisto.

- Não muda o fato de que foi você quem abriu as gavetas! - Ivy retruca e logo complementa: - E pela milésima vez: eu não estava "admirando"!

- O que? Não estou te julgando. Depois do Sky ele deve ser o mais decente dali, mas eu não criaria muitas esperanças... - A princesa de solaria instiga a curiosidade de Ivy e espera que ela siga seu roteiro.

- Eu sei que você está louca para falar disso, então: por que? - A fada do gelo faz a pergunta que Stella estava esperando.

- Minha antiga colega de quarto gostava dele. Eles ficaram algumas vezes. Ela queria mais, mas ele não queria nada. Ela até tentou provocar ciúmes com outra pessoa... - Stella repensa o rumo do que estava falando, pois na história original, essa seria a parte em que a fada da luz cega sua melhor amiga por 'dar em cima' de Sky. - hmm...mas ele não é o tipo de pessoa que se relaciona. Então se eu fosse você, não esperaria 'algo a mais'!

- Quem disse que eu quero "algo a mais"? - Ivy a encara por cima do ombro e não contém um sorriso ardiloso.

De fato, namorar não estava na sua lista de prioridades, e mesmo sendo inegável que algo no especialista a atraía, ela também não pensava que a suposta "química" que Musa insistia tanto, iria evoluir para algo além daquilo.

Simultaneamente, os celulares das 6 fadas que dividiam o dormitório apitam. Era uma mensagem eletrônica da secretaria, informando que amanhã, às 8h em ponto, todos os alunos deveriam comparecer a entrada principal para receber os Guardas da Corte Invernal.

Por mais que seres invernais fossem algo inédito para todos de Magix, esse não era o único motivo para a reunião. Farah Dowling também queria oficializar os boatos sobre os queimados, que não eram mais um segredo para ninguém.

- Sua mãe vai vir? Ou ela se acha muito melhor do que nós para se misturar? - Stella pergunta assim que termina de ler o recado. Uma parte de seu ego estava ferido, já que os soldados de Solaria falharam nas buscas.

- A segunda opção. - Ivy responde sem sentir a necessidade de defender a rainha. Mesmo que tentasse se orgulhar de seu Reino, a princesa ainda guardava rancor de sua mãe, e o fato da mesma não se importar com isso, deixava Ivy mais irritada ainda.

Enquanto refletia sobre a desavença familiar, suas mãos expulsavam qualquer resquício de calor vital da planta que Terra deu para Ivy, transformando a gardênia em uma deformidade congelada.

- Acho que todas as mães são assim... - Stella diz ao perceber o que a fada havia feito. Ela ultrapassava os limites de vez em quando, mas jamais usaria uma relação desestruturada entre mãe e filha como forma de provocar. Seria hipocrisia de sua parte.

- Espero que sim. - Ivy joga a gardênia no cesto de lixo ao lado de sua escrivaninha e sai do quarto. A fada pretendia arejar um pouco seus pensamentos, mas algo além disso iria acontecer.

𝕱𝖔𝖓𝖙𝖊 𝕽𝖚𝖇𝖗𝖆

Brandon se revirara de um lado para o outro na cama, mas apesar do cansaço, nada fazia o seu cérebro se desligar. Vozes e imagens atormentavam seu subconsciente.

Depois de consola-lo, Andreas prometeu que cuidaria de tudo. Batizaria a água de Silva com a fórmula curativa diluída e usaria um dos queimados que o atacou como isca para atrair os guardas invernais, pois dessa forma pensariam que encontraram o Queimado certo. Parecia algo arriscado, mas depois de tudo que Brandon passou, era o mínimo que ele poderia fazer.

Mesmo sabendo que Silva ficaria bem, não conseguia parar de se martirizar pela culpa. Pressionou o corte em sua mão com força, para tentar mudar o foco da dor, mas depois de lavar a ferida no banho, a cicatriz não doía mais como antes.

Impaciente, Brandon cansou de esperar o sono vir, então se levantou, tentando fazer o mínimo de ruídos possível, e decidiu tomar um pouco de ar no seu "refúgio" secreto, que não era nada além do espaço reservado para reuniões de guerra na ala leste. O lugar não tinha nada de especial, mas a sacada era silenciosa e tinha uma vista bonita do resto de Alfea.

O garoto não se preocupou muito em estar sendo seguido, pois ninguém se importava muito com essa parte da escola, a não ser que os alunos quisessem dar uma festa clandestina. Porém ao chegar no topo da escada que levava a cobertura, Brandon sentiu um aroma doce. Inclusive o mesmo aroma que estava incendiando seu quarto quando voltou da floresta.

A dona do perfume floral estava sentada na beira da sacada com os pés suspensos. Seu cabelo balança com o vento e seus olhos vagavam pelo horizonte de Alfea. A fada não parecia se incomodar com o frio.

Brandon pensa em dar meia volta e sair, mas seu subconsciente sabia que a presença da fada invernal era uma das únicas maneiras de silenciar as vozes em sua mente.

- Quer companhia para pular? - Brandon corta o silêncio, fazendo Ivy tremer de susto. A fada não esperava encontrar alguém aqui.

- Rude! - A princesa leva a mão ao peito para garantir que seu coração estava normal depois do susto. - Está me seguindo?

- Não. - Brandon responde rápido, mas ao perceber que sua resposta não comprovava nada, ele resolve completar: - Na verdade, você está no meu lugar!

- Seu? - A fada repete irônica e olha em volta. - Não estou vendo seu nome aqui!

O especialista anda até ela e senta ao seu lado, procurando um vão específico entre a parede de pedra abaixo deles. Ivy tenta agir indiferente com essa aproximação, mas não tem certeza se funcionou.

- Isso serve? - Brandon encontra uma adaga reserva que ele havia escondido ali na última festa que Riven havia dado. O especialista estava se esquivando da amiga de Stella, então passou metade da festa na sacada, até Riven encontrá-lo completamente chapado.

- Sem chance! - Ivy pega a adaga de sua mão e encontra a inicial de seu nome gravado na lâmina. Novamente ela tenta agir de forma indiferente quando seus dedos se tocam. - Ok, você é estranho!

- Acho que isso é mais aceitável do que estar te seguindo! - Brandon tenta contra argumentar. Em geral ele não se importava com o que pensassem dele, mas com Ivy era diferente.

- Ainda acho que estava me seguindo! - A princesa o encara sem conter um sorriso.

- Por que eu faria isso? - Os olhos dele descem instintivamente para seu sorriso.

- Por que você é atraído pelo caos. - Ivy responde convencida, fingindo que não percebeu ele descendo seu olhar. - Foram suas palavras.

- Eu disse que sou bom em "atrair" o caos! - Brandon corrige, insinuando que era ela quem se sentia atraída e não o oposto.

- Pensei que tínhamos concordado que a minha teoria é bem melhor. - Ivy simula uma expressão confusa.

- Tenho certeza que esse não foi o desfecho daquela conversa! - O moreno relembra o que iria acontecer caso Silva não tivesse interrompido.

- Acho que não teve um desfecho... - Ela arqueia as sobrancelhas e se repreende por lembrar que sua mãe havia autorizado o transporte do Queimado que quase matou Silva.

Por ironia do destino, um bater de asas chama a atenção de Ivy, que é a primeira a notar asas brancas cortando o vento.

- Silver? - A princesa invernal reconhece a coruja da corte real.

- Quem? - Brandon tenta acompanhar a mancha branca que voava rápido demais para ser reconhecida.

- É uma das corujas do meu reino!  - Ivy se apressa para levantar e correr até a mesma, que havia pousado no batente da janela.

Quando Ivy e Brandon desceram as escadas, Silver já havia dado um jeito de entrar, e repousava sobre um sofá velho coberto por panos. A coruja segurava um envelope no bico.

- Vocês devem adorar 'Harry Potter'! - Brandon exclama ao acender a luz do cômodo e perceber que Silver era muito parecida com a coruja Edwiges, do filme.

- Não faço ideia de quem seja. - Ivy responde sem dar muita importância para a referência.

- Ok, você é estranha! - Brandon retruca, reforçando o pronome. Ivy arqueia as sobrancelhas com a audácia, então para contornar a situação, o especialista faz outra pergunta: - Por que cartas? Não tem internet no seu reino?

- A Rainha acha que dessa forma é mais seguro! - A princesa da de ombros, mas ao perceber que Brandon provavelmente não conhecia o sistema de correios do Reino Invernal, ela decide demonstrar: - Segure meu braço!

- Por que? - Como esperado o moreno hesita.

- Relaxa, não vou te congelar! - Ivy insiste e o incentiva com uma provocação.

Brandon obedece e se aproxima um pouco mais para alcançar seu braço, porém quase que instantaneamente, a coruja abre as asas em posição de ataque e para a surpresa dele, os olhos do animal brilham intensamente e um rajado azul se ramifica entre suas garras.

Ivy levanta a mão com autoridade, antes que a ave de fato atacasse Brandon por estar tocando na princesa. A coruja volta para sua forma fofinha e inofensiva em um piscar de olhos.

- A Silver é um pouco ciumenta! - A princesa sorri satisfeita ao ver o olhar assustado dele.

- Um pouco? - Brandon pergunta retoricamente. Ele já estava à alguns passos de distância dela.

- Como eu disse: A Rainha acha esse método mais seguro. - Ivy acaricia as penas da coruja que solta a carta na mão da fada. Um arrepio inoportuno a invade quando toca no selo real da rainha.

- Eu posso sair se você... - Brandon aponta para a porta, caso ela quisesse mais privacidade, mas a mesma já estava abrindo o envelope.

Sem muita cerimônia ela descarta o envelope em cima do sofá e pega o papel quase tão liso como seda nas mãos.

7 linhas. Palavras sem um pingo de afeto. Uma ordem incontestável que fazia Ivy sentir o chão abaixo de seus pés desmoronar, e uma saudação final fria.

"Não perca seu tempo com respostas. Quero resultados.

Cordialmente, Vossa Majestade"

- Ivy? - Brandon chama pela garota com receio, pois pela sua expressão não parecia ser algo bom.

Como resposta, o papel em sua mão é dominado por uma camada espessa de gelo, até ficar tão rígido que se estilhaça em vários pedaços cristalinos.

O piso abaixo de seus pés também sofre os efeitos de sua magia, e ao perceber o gelo se espalhando pela madeira, a princesa recua alguns passos para trás, tocando acidentalmente na parede que também é marcada pelo gelo.

- Droga... - A fada se afasta rapidamente da parede antes que o gelo suba para o teto. Suas mãos tremiam e se Ivy não fosse tão orgulhosa, admitiria que aquele poderia ser o início de um dos seus ataques de ansiedade.

- Calma, ninguém vem aqui! Só...respira fundo. - Brandon tenta acalma-la, mas tentar se aproximar a deixou mais assustada ainda.

- Não encosta em mim! - Ela quase cai ao tentar se afastar, mas se apoia no corrimão da escada. - Fica aqui!

Ivy sobe as escadas correndo, tentando ao máximo não congelar os degraus. Ela precisava de ar e principalmente ficar longe de qualquer pessoa que pudesse machucar.

O vento parecia ter se intensificado para uma ventania e ela sabia que era a culpada. Suas mãos estavam mais pálidas que o normal e Ivy sabia que era uma questão de tempo até elas causarem algum estrago, mas precisava evitar isso a todo custo. Não podia perder o controle 3 vezes em menos de um mês.

Brandon obviamente não obedeceria a fada, então logo que ela subiu para a sacada, ele se apressou para segui-la.

- Eu mandei ficar lá embaixo!! - Ivy se vira de costas para que ele não a veja nesse estado de vulnerabilidade.

- Olhe para mim - Brandon insiste, pois no fundo sabia o que estava fazendo. - Olhe para mim!

Mesmo contra sua vontade, Ivy se volta lentamente para ele, mas com o rosto abaixado, pois não conseguia encarar ninguém naquele momento.

- O controle é superestimado... - Brandon recicla uma das frases de Andreas, mas troca a palavra "dor" por "controle". - Você já está no controle. Só precisa aceitar.

Ivy se arrisca a encara-lo por alguns segundos, e se surpreende ao ver a forma como ele a olhava. Esperava alguma expressão de medo ou repulsa, mas no lugar disso encontra fascinação.

Em outra ocasião esse momento seria perfeito para ela, mas a sensação indescritível do gelo consumindo seu interior, fazia essa aproximação ser assustadora para ela.

- Eu não consigo... - Ivy tenta se afastar ao sentir seus olhos oscilarem entre o azul e o branco, mas Brandon não permite, pois atrás dela não havia nada além de uma queda de 5 metros.

- Foca em mim, ok? - A adrenalina do momento fez 
o especialista a segurar pela lateral de seus braços, e na tentativa de prender o olhar da fada ao dele, Brandon atravessa quase todos os limites de seu espaço pessoal, se aproximando ao ponto de sentir seu nariz tocar o dela. Por consequência seus lábios estão a um sopro de distância e repentinamente, ao encarar a oscilação dos olhos de Ivy, azul se tornou a cor favorita de Brandon.

A Princesa não sabia mais se a eletricidade que percorria suas veias eram pela magia saindo do controle, ou se era apenas a sensação de sentir seu corpo tão perto do dele, de suas mãos tocando sua pele com firmeza e precisão, mas sem machucá-la.

Ambos tiveram dias difíceis e só queriam uma recompensa por todo sofrimento. Então lá estavam eles, no cenário exato que Musa havia previsto: "o próximo passo é quando a tensão for tão grande que vai ser impossível de esconder. Aí vocês vão ter duas opções: ou acabam com a tensão ou vão acabar tendo um colapso."

Duas opções.

Em um impulso de coragem, mesmo estando ciente dos riscos, Brandon puxa a garota para mais perto e a beija com convicção, como se fosse uma questão vital. E foi nesse momento que ele percebeu o motivo das pessoas supervalorizarem o oxigênio, pois ao sentir Ivy retribuir o beijo, se deu conta de que qualquer coisa além disso nunca será o suficiente.

Êxtase.

Ivy já havia acordado sua mágica interior, então mesmo voltando ao controle, a carga elétrica dentro de si ainda precisava ser liberta de alguma forma. Então sem que ela perceba (pois sua atenção estava 100% para Brandon), uma massa translúcida azul percorre todo o entorno deles, mas um campo gravitacional invisível impedia que o poder se expandisse.

A princesa interrompe a conexão em busca de ar, mas não afasta seu rosto. Sente sua consciência voltando gradativamente, mas no momento ela queria afastar qualquer pensamento racional.

- Eu podia ter te matado. - Ela sussurra, pois estavam próximos demais para falarem com o tom normal de voz.

- Eu sei...mas você não matou. - Brandon realmente confiava nela, mesmo sem conhecê-la a tanto tempo, e depois de tudo que fez hoje, sentia que era capaz de fazer qualquer coisa.

- Isso foi só uma forma de me conter ou realmente queria me beijar? - Ivy não queria que sua noite acabasse tão rápido, então fez uma pergunta retórica.

Brandon sorri sentindo seu rosto corar levemente, então para se livrar de uma resposta formal, ele solta os braços de Ivy, pois não havia mais necessidade de conte-la, e leva uma de suas mãos até a cintura da garota, trazendo seu corpo para mais perto, pressionando contra o seu. E com a sua outra mão livre, segura o seu rosto, sentindo o contraste de sua mão quente com a pele fria da fada.

A boca de Ivy se suaviza em um sorriso, e o especialista recebe isso como um convite para voltar a beija-la. A princesa repousa suas mãos no ombro do rapaz e retribui o beijo com mais propósito, com mais intensidade, com mais necessidade urgente que nunca conheceu antes.

Ao tocar a nuca de Brandon, Ivy sentiu pela primeira vez que sua mão estava tão quente quanto a pele dele. Ela sentia-se incendiada por ele. A intensidade de seus corpos seriam o suficiente para derrubar essa construção de concreto.

Aquela reação química inenarrável durou longos minutos, até ambos se lembrarem de que estavam em um terraço aberto, onde qualquer pessoa que passasse poderia vê-los.

Mas essa faísca já foi o suficiente para acender uma chama dentro dos dois, então agora tudo que lhes restara era deixar queimar.

Caros leitores...5 parágrafos inteirinhos só pra narrar um beijo, alguém me para kkkkk
Espero ter atendido suas expectativas para esse momento ilustre kkkkk

Só para deixar claro, esse foi só o primeiro beijo, a "primeira vez" ainda está por vir kkkk então segurem os ânimos porque vou tentar dar o meu melhor kkkk
Eu decidi que vou narrar a cena, mas ainda não tenho certeza se vou deixar explícito todos os detalhes, mas de qualquer forma ela vai estar lá, então caso alguém queira pular (se pronuncie) eu aviso antes :)

O que vocês acham que tinha na carta? Só digo que essa "crise" dela não foi um exagero 😬

Continue Reading

You'll Also Like

32.1K 6.1K 35
Tรญtulo: Meu chefe รฉ o cachorro que adotei Autor(a): Ryuu Tsuyoi Status: Em andamento Gรชnero: BL, Novel, Moderno, CEO, Fofura, Fantasia, Magia, Fera...
16.4K 2.6K 189
Quando recuperei minha consciรชncia, percebi que me encontrava numa novel... Sendo mais especรญfico, em "Abismo", uma obra de fantasia lanรงada hรก mais...
49.6K 7.2K 43
Mavis, uma jovem leitora nordestina que vive sua vida difรญcil em seu estado, a รบnica escapatรณria sรฃo seus amigos com pรกginas e letras digitadas em ti...
41.8K 3.7K 46
E se a danรงa dos dragรตes nรฃo tivesse acontecido? E se tudo tivesse sido diferente? ร‰ o que vamos ver nessa histรณria em que a personagem Visenya vai s...