Blood

By pooolbear

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- porque... Eu quero você. - disse em voz baixa e rouca, causando um desconforto no menor. - e eu sempre tenh... More

Garoto puro.
Corra.
Você é o próximo.
Uma alma especial.
Ele traz a Vida.
A caçada e o caçador.
Olhos do passado.
Vermelho amigo.
Vampiro na toca.
Há espreita.
Marcado.
Deixe-me acompanhá-lo.
HA QUEM POSSA INTERESSAR
Em volta da Fogueira.
O pacto.
Destino.
Salve-o.
Ouça o lobo.
Sob seus cuidados.
buscando o perigo.
Não se culpe.
aceite o que sente.
O poder que deseja.
É uma noite especial.
Descubra coisas novas.
Cuidando com carinho.
boas ideias nem sempre são boas.
Ele foi capturado.
O que fazer com o humano?
situação complicada.
Não a saída.
Quem você serve.
O fim e o começo andam juntos.
Eu sou seu mestre.
Entendendo o significado.
Sinais preocupantes.
esperança de ser pai.
Notícia Chocante.

Desperte para a nova vida.

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By pooolbear

Ele sentia frio, muito frio. Não conseguia abrir seus olhos, um cansaço estranho deixava seus membros pesados demais. Mas ele ouvia vozes ao seu redor, não entendia o que elas diziam mas era sobre ele.

"O que aconteceu comigo?" pensava ele.

Sua consiencia ia e via e cada vez que voltava ele sentia um pouco menos de cansaço. Em uma das vezes que conseguiu forçar seus olhos a se abrirem, ele viu cabelos cor de areia ao seu lado, o rosto sereno indicando que o outro dormia tranquilamente. Sirius ficou com essa imagem na mente enquanto era arrastado de volta a inconciencia.

Ele não sabia quanto tempo havia passado, mas conforme o cansaço e o peso do corpo iam passando, ele conseguia abrir seus olhos por instantes, sua mente registrando cada imagem capitada. O quarto iluminado, uma garota de cabelos volumosos andando pelo quarto, e principalmente o homem de olhos gentis que as vezes esta deitado o abraçando enquanto dormia, as vezes estava sorrindo para ele, e em algumas vezes Sirius so conseguia ve-lo saindo do quarto, e era nessas vezes que ele queria gritar para o homem não ir.

Sua mente aos poucos ia se lembrando de tudo, ele estava caçando, buscando um rapaz que tinha sido levado por lobisomens, não, não era isso. O garoto fugiu de seus tios abusivos e seu primo cruel e esquisito, ele estava em segurança.

Ele não tinha o que caçar ali, os lobisomens estava protegendo seu territorio e o garoto não queria voltar para casa dos tios, ele entendia isso, e por isso ele recusou o trabalho. Isso, foi isso, ele recusou o trabalho. Ele baixou sua guarda e subestimou Dusley. Foi um tiro pelas costas, ele se lembrou do som e do sangue.

Ele não morreu. Como? Remus, foi o Remus que o salvou?

Sirius se encontrou com o homem nas noites seguintes ao primeiro encontro, Remus lhe assegurou que o garoto estava bem, estava saudavel e sendo bem cuidado, ele tentou convencer o lobo a leva-lo para que pudesse ver com os proprios olhos, mas o lobo se recusou, porem ele nunca pareceu mentir, sua fala calma e seus olhos gentis passavam a confiança de que ele estava falando a verdade e que o garoto estava bem, e vivo. O caçador confiava no lobisomem.

Sirius se pegava buscando sempre estes olhos, o homem o atraia e Sirius não via qualquer problema nisso, nem mesmo o fato de ser um lobisomem, Remus conseguia de alguma forma acalmar Sirius, a tranquilidade do lobo se estendia a ele e ele gostava disso. Queria poder tentar algo com o castanho, mas não sabia como o homem iria reagir a suas investidas.

Seus olhos abriram mais uma vez em busca de Remus, ele queria ve-lo, porem o lobo não estava no quarto. Sirius logo percebeu que o cansaço que sempre o puxava de volta para inconciencia quando ele abria os olhos, não estava la dessa vez. Ele estava bem mais desperto, desperto o suficiente para sentir a dor em seu peito e gemer dolorido.

- tente não se mexer, seus ferimentos ainda estão se curando. - a voz era calma e macia, e ele virou sua cabeça para o lado para ver a pessoa.

Sentando ao lado da cama estava um garoto, era jovem ainda, olhos de um verde que Sirius nunca viu e cabelos revoltos. O rapaz segurava uma bandeja com ataduras velhas e potes que o caçador indentificou como pomadas e unguentos pelo cheiro forte de ervas.

- eu estava procurando você. - sua voz saiu baixa e rouca pelo tempo sem usar. Quanto tempo seria?

- você me achou. - respondeu com um sorriso divertido o que fez o caçador rosnar um pouco incomodado.

- isso não é engraçado. - falou Sirius.

- estou feliz que tenha cordado, Remi estava preocupado com você. - falou ele com um pequeno sorriso contente e Sirius o olhou desconfiado, porem não havia sombra de brincadeira no rosto dele, e sim alivio.

- a quanto tempo estou aqui? - perguntou sentindo seu rosto corar sobre o olhar bondoso do garoto. Ele não sabe porque corou, mas talvez seja porque o garoto que mal o conhecia estava genuinamente feliz em ve-lo vivo, Sirius não esperava por isso.

- seis dias, você queimou em febre por dois dias, Remus quase não saiu do seu lado, exceto quando precisava buscar comida para você, enquanto a Mione ou eu ficamos aqui. - disse ele enquanto colocava a bandeja sobre a mesinha.

- onde ele esta agora? - Sirius não conseguiu esconder a ansiedade em sua voz e Harry deu uma risadinha que deixou o homem envergonhado.

- ele foi buscar algo para você comer, eu acabei de trocar seus curativos então ele logo vira e ficara muito feliz em te ver acordado e falando. - disse ele calmamente.

Sirius queria perguntar ao garoto como ele estava, afinal, ele ainda estava preocupado com ele, mas a porta se abriu antes que ele pudesse falar. Seu coração traidor acelerou levemente ao ver o homem que entrava com uma bandeja nas mãos sem se dar conta dos olhos cinzentos sobre ele.

- Harry, o mestre esta te procurando. - disse Remus levantando seus olhos da bandeija, parando bruscamente ao notar Sirius o olhando com espectativa. - você acordou?

- oi Remi. - falou com um sorriso torto ao notar como o rosto do lobo se iluminou. Ele não queria criar esperanças falsas, mas ver o rosto do homem tão feliz assim fazia algo se revirar dentro dele de uma forma boa.

- eu vou deixar vocês conversarem. - falou Harry pegando a sua bandeira e caminhando para a porta. - ate depois senhor Black. foi um prazer conhece-lo, e não se preocupe comigo, eu estou bem onde estou e não pretendo ir em bora.

- como se sente? - perguntou Remus depois que a porta se fechou e apenas os dois ficaram no quarto.

- como se se tivesse sido baleado. - brincou o moreno dando uma risadinha que o fez gemer de dor logo em seguida.

- não se esforce, a cura ainda é lenta para você. - falou Remus colocando a bandeira onde Harry tinha posto a dele antes, e se sentou ao lado do moreno. - e não faça piadas com isso, você quase morreu.

- mas não morri. - falou com um sorrisinho de canto. - você me salvou. Obrigado Remi.

- não me agradeça ainda. - falou Remus desviando o olhar envergonhado, ele se perguntou todos esses dias como diria ao caçador que ele havia o transformado e que eram companheiros. - você não sabe ainda o que fiz para conseguir salva-lo.

- você me mordeu e me transformou. - falou como quem comenta sobre o tempo, o que fez Remus o olhar surpreso. - não foi? Porque eu espero que não tenha sido nenhum ritual necromante que me transformou em algum tipo de morto vivo, por que se foi isso Remi, você fez algo muito errado... - falou unindo as sobrancelhas para parecer bravo apesar do tom óbvio de divertimento. - ... mortos vivos não sentem dor e eu tô sentindo uma puta dor.

Remus riu, ele riu até sua barriga doer, ele esperava que o caçador gritasse zangado com ele por tê-lo transformado naquilo que ele caçava, no entanto, Sirius agiu como se não fosse nada de mais e ainda brincou.

- você é estranho, Sirius Black. - falou dando uma última risada.

- estranho bom ou estranho ruim? - perguntou curioso.

- bom, eu acho. - falou com um sorriso leve, então baixou seus olhos para as mãos, era a hora de contar. - mas eu não salvei sua vida só como um favor por ter salvo a minha antes... Eu te marquei... Como meu companheiro.

- seu companheiro? - Sirius foi pego de surpresa por essa. - companheiro em que sentido? Tipo, camaradagem? Bons amigos? Melhores amigos?

- companheiro destinado, Sirius. - falou um pouco incomodado com as perguntas do moreno. - eu soube que era você assim que o vi, eu te marquei como meu companheiro de acasalamento.

Remus levantou os olhos se rendendo a curiosidade de saber que expressão Sirius faria e seu estômago afundou por não conseguir identificar nenhuma emoção no rosto do homem que olhava para o teto.

Sirius ficou assim por poucos minutos, mas para Remus foram torturantes por não saber o que o outro pensava. Quando o caçador finalmente virou seu rosto para o lobo, Remus já espera a recusa.

- eu não gosto muito de companheiro de acasalamento, me faz sentir como uma prostituta, como se eu só servisse pra isso. - falou Sirius muito sério. - acho que eu prefiro maridinho, ou se você quiser ir mais devagar, pode ser namorado.

- o que?

- agora, quando estivermos sozinhos, até deixo me chamar assim... Pra esquentar a relação, sabe? - falou com um sorriso malicioso.

- você é estranho, Sirius black. - falou balançando a cabeça. O homem aceitou que foi transformado e em se tornar seu companheiro tão fácil que Remus não sabia o que fazer.

- hey Remi. - Sirius chamou a atenção do lobo para seus olhos. - obrigado por me salvar, e se quer saber, assim que te conheci também fiquei interessado em você, só não te chamei pra sair porque não sabia que reação você teria. - falou vendo o outro abri a boca surpreso, Sirius estava surpreendendo e muito o lobo. - agora porque não dá um beijinho no seu maridinho pra ele sarar?

Remus corou, mas se inclinou sobre Sirius tomando cuidado para não machuca-lo, suas bocas se encontrando com leveza para logo suas línguas travarem uma batalha, que terminou com o domínio de Remus e suspiros de Sirius.

.

.

.

Tom voltou carregando dois corpos nos ombros. Homem e mulher, estavam perdidos na estrada e a roda de sua carroça havia quebrado, sem nenhuma cidade próxima para pedir ajuda. Um oportunidade perfeita para as criaturas da noite assim como Tom.

A mulher desmaiou assim que o viu, o homem tentou correr deixando a esposa e a carroça para trás, mas foi rapidamente pego pelo vampiro e desacordado. Assim ficaria mais fácil carregar os dois.

Nagini estava em sua forma de cobra, enrolada perto da lareira, ela estava vigiando os novos vampiros, porém não podia usar sua forma humana. Ela viu seu mestre entrando e se perguntou quando foi a última vez que o viu trazer um humano para drenar? Antes de Harry, é claro. Isso a fez se encolher de saudade do seu filhote humano.

Tom não notou a cobra ficar amuada, ele já subia as escadas em direção ao escritório onde deixou os loiros.

Assim que abriu a porta ele foi saudado por rostos famintos e presas expostas, os dois vampiros avançavam lentamente com olhares presos nos humanos desacordados. Tom rosnou e mostrou suas presas mostrando a eles quem mandava ali, e sorriu satisfeito quando pai e filho se afastaram se encolhendo próximo a sua mesa.

Tom deixou que os corpos caísse sobre o sofá e com os olhos presos nos outros dois vampiros ele levou a boca até o pescoço da mulher que resmungou inconsciente quando as presas do moreno perfuraram sua carne e o sangue jorrou de suas veias.

Ele deu longas goladas do sangue, fazia tempo que não sentia este sabor, o vampiro já  quase se rendeu a vontade de beber do sangue de Harry quando o mesmo lhe ofereceu, porém ele não podia morder seu Harry dessa forma.

O vampiro afastou a boca e lambeu o sangue dos lábios enquanto era assistido por dois pares de olhos prateados que pareciam famintos, porém espertos para não se aproximarem sem a permissão de seu mestre.

- podem vir agora. - Tom os chamou com a mão e eles avançaram o mais rapido que puderam, Draco se aproveitou da mordia ja aberta no pescoço da mulher enquanto o pai atacava o outro humano. - com calma, eles não vão fugir, Lucius assim vai mata-lo antes de drenar seu sangue. - disse Tom ao ver como o loiro mordia o pescoço do homem. - você não quer mata-lo ainda, o sangue ficaria gelado e isso é horrivel.

Com uma paciencia que Tom não achou que pudesse ter, ele ajudou os dois a se alimentarem, ate que eles se afastaram com caretas de desgosto. Os humanos estavam mortos e assim como ele tinha dito, o sangue depois que esfria não tem um gosto bom. Mas eles haviam bebido o suficiente, suas mentes despertariam a qualquer momento.

O primeiro a despertar foi o mais novo, ele estava sentado entre os corpos com o queixo ainda sujo de sangue, seus olhos piscaram enquanto o brilho voltava a eles. Draco olhou confuso suas mãos sujas, seus olhos se arregalando ao notar os corpos mortos, então ele viu seu pai com um olhar vazio ao lado da perna de um homem alto, os olhos vermelhos seguindo cada passo seu, algo em Draco gritava que o moreno era seu mestre.

- o que você fez com meu pai? - seus olhos preocupados vagando rapido do homem sentado na poltrona com pernas crusadas e ar de soberano para seu pai sentado sobre as pernas perto do outro que vendo o olhar de Draco levou a mão a cabeça do Lucius, fazendo-lhe um carinho leve. - não machuca ele, pode fazer o que quiser comigo, mas não machuca meu pai.

- venha aqui Draco. - a voz do homem fez algo se agitar no garoto e antes que pudesse pensar no que estava fazendo ele ja tinha ido ate o vampiro e se sentado no braço da poltrona. - seu pai vai ficar bem, assim que a mente dele acordar.

- o que esta acontecendo? - perguntou evitando olhar para os corpos mortos no lugar, uma parte sua se sentia horrorisado, mas outra sentia fome e ele não entendia isso.

- você estava doente, morrendo quando chegou aqui, seu pai tambem estava morrendo pela mesma doença. - falou Tom calmamente vendo o menino arregalar os olhos. - eu os mordi e os transformei em vampiros.

- porque? - a pergunta saiu em um fio de voz.

- porque alguem importante pra mim pediu que não deixasse voces morrerem.

- mestre. - a porta se abriu e Severos entrou fazendo uma curta reverência.

Assim que os olhos de Lucius foram postos no vampiro que chegou o reconhecimento passou por seu rosto.

- Severo? - a pergunta sussurrada saiu dos lábios do loiro que ficou perdido olhando em volta enquanto era assistido pelos outros três.

- acho que seria melhor você explicar para o senhor Malfoy, Severo. - falou Tom chamando a atenção de Lucius que encarava os mortos no sofá.

Assim que seus olhos cruzaram com os de Draco, Lucius de levantou puxando seu filho para ele e se afastando do homem de olhos vermelhos.

- o que é isso? Quem é você? - perguntou o loiro para Tom.

- este, Lucius, é nosso mestre. - quem respondeu foi Severo e quando Lucius o olhou ele continuou. - você disse que faria qualquer coisa para salvar seu filho, bem... Ele não vai mais morrer.

- nós somos vampiros agora, papai. - Draco falou para confusão do pai.

- acho que vocês precisão de um pouco mais de tempo para aceitarem...

- obrigado, mestre. - Lucius falou abaixando a cabeça quando Tom se levantou para sair. - obrigado.

- não agradeça a mim, e sim ao Severos que me convenceu a não deixá-los morrer. - dizendo isso Tom saiu do escritório deixando que Severo conversasse com os loiros.

Mas antes que ele fosse muito longe no corredor Snape o alcançou.

- mestre, o caçador. - Severos precisava passar aquela informação ao seu senhor. - ele sumiu, ninguém o vê desde a noite passada.

- acha que ele encontrou o lobisomem? - perguntou Tom.

- eu não sei, mas ele não arriscaria entrar em uma alcateia sozinho. - falou Severo trazendo mais preocupação ao vampiro.

- Fenrir precisa ser avisado.

- eu irei...

- não, fique com os dois, eu vou. - Tom falou. A noite já havia caído mesmo então ele não teria qualquer problema em chegar até a alcateia de Fenrir. - eu vou, assim posso ver como Harry está.

- sim mestre. - Severo fez sua curta reverência e voltou para o escritório enquanto Tom descia para avisar Nagini de sua saída.

Olá abelhinhas. De volta com mais dois capítulos.

A ideia era três, mas tive problemas com a correção do terceiro capítulo e por isso hoje seram só dois.

Mas espero que tenham gostado.

Até o próximo abelhinhas 😉✌️🐝🐝🐝

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