A Maldição da Lua.

JUNIOReLIANE

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Amélia Johansson Stohl, é apenas mais uma adolescente norte-americana comum, bem, isso é o que todos pensam... Еще

Primeiro capítulo
Segundo capítulo
Terceiro Capítulo
Quarto capítulo
Quinto capítulo
Sexto capítulo. - Voltando para Terra.
Sétimo capitulo. - Perdi minha avó.
Oitavo capitulo. - Eles também não!
Nono capítulo. - A minha morte.
Décimo capítulo. - Voltando a Cher Airns.
Décimo primeiro capítulo. - Desconfiança.
Décimo segundo capítulo. - Controle.
Décimo terceiro capítulo.-De novo.
Décimo quarto capítulo-O Resgate.
Décimo quinto capítulo.-O Resgate.-Part. 2
Décimo sexto capítulo.-Enfermagem.
Décimo sétimo capítulo.-A lenda da Maldição
Décimo oitavo capítulo. - Ele tem namorada!
Décimo nono Capítulo. - A aldeia.
Vigésimo capítulo.-A Bebedeira.
Encontro com Claus.
Vigésimo segundo capítulo. - Visão.
Vigésimo terceiro capítulo. - Eu matei ela!
Vigésimo quarto capítulo. - Briga de galinha?
Vigésimo quinto capítulo.-Lembranças.
Vigésimo sexto capítulo.
Vigésimo sétimo capítulo. - A Morte.
Vigésimo oitavo capítulo. - Você quer brincar?
Vigésimo nono capítulo. - Duelo.
Trigésimo capítulo. - Contagem regressiva.
Trigésimo primeiro capítulo.
Trigésimo segundo capítulo.
Trigésimo terceiro capitulo
Trigésimo quarto capítulo
Trigésimo Quinto Capítulo
Trigésimo sétimo capítulo
Trigésimo Oitavo Capitulo
Trigésimo nono capítulo
Quadragésimo capitulo
Quadragésimo primeiro capítulo
Quadragésimo segundo capítulo
Quadragésimo terceiro capítulo
Quadragésimo quarto capitulo

Trigésimo Sexto Capitulo

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JUNIOReLIANE

Aqueles olhos eram assustadores. Hora ficam de pé, como um lobisomem, ora agiam como cães. Mas das formas, eles ainda tentavam atravessar o domo. Rosnando e babando. Eu queria correr dali, mas estávamos cercados.

- Que merda! O que é isso? - perguntou Joe se aproximando.

- Lobos?

Ele pegou pedrinhas do chão e arremessou contrário os dois últimos pássaros que haviam dentro do domo.

- Bela jogada.

Soltou o resto das pedras no chão.

- Não se preocupe, estamos seguros aqui dentro.

Ele ficou em silencio, e um estrondo me fez saltar no lugar.

- Você não parece estar muito convicta disso.

Olhei para o lado, de onde havia vindo o estrondo. Os lobos - ou seja lá o que era aquilo realmente - estavam dando cabeçadas na estrutura do domo, o fazendo rachar em alguns lugares. Os pássaros não ficaram atrás, e bicavam o domo, abrindo pequenas brechas em sua estrutura.

Por mais que tentasse, eu não conseguia restituir o domo. Ele estava se desfazendo, como um holograma.

Engoli seco.

Então um assobio me chamou atenção, não sei de onde ele veio, ou de quem, só sei que isso fez com que os lobos e os passaros se afastassem.

- Eles estão indo embora - murmurou Joe.

- Deve ser algum truque. Travor deve estar em algum lugar por ai.

Observamos eles se afastarem. O assobio se repetiu mais quatro vezes, e a cada uma delas eles recuavam mais e mais, até desaparecerem na escuridão. Por um segundo consegui relaxar, então alguém apareceu na borda do domo. Eu conhecia aquele rosto.

- É o Austin - gritou Joe indo em direção à ele.

- Ele desapareceu no dia da batalha, como sabe se devemos confiar nele, não lembra o que aconteceu com Taylor e Alícia?

- Ele esta vivo. Confio em qualquer um que tiver a cara limpa.

- Não confio nem na minha sombra - murmurei quando ele já estava longe o suficiente para não me ouvir.

Era verdade, Austin estava vivo, literalmente vivo, sem tatuagem alguma no canto esquerdo de sua face. Ele tinha uma enorme corrente posta em seu ombro esquerdo, indo até seu quadril, no lado direito. Ele estava sangrando, e muito.

- Joe, Lara. E bom ver vocês - ele disse isso, então caiu.

Desfiz uma parte do domo para que pudéssemos ajudar Austin. Joe o arrastou para dentro do domo, então pude restitui-lo. Austin estava mal, muito mal, não era necessário olhar pra ele para notar isso.

- O que houve com você? - perguntei olhando o osso de sua perna esquerda exposto.

- Sabe esses lobos que acabaram de atacar vocês?

Assenti.

- Existem coisas muito piores do que isso andando por ai. E eu tive o azar de me deparar com uma dessas coisas escondida em uma caverna. Eles não são amigáveis.

Ele gemeu de dor, e aquilo me arrepiou por dentro. Eu estava em completa agonia de ver sua perna naquele estado.

- Não está nada legal, não é?

Fiz de desentendida.

- Minha perna. Como ela está?

Olhei para o osso exposto novamente, e senti náuseas ao ver aquilo novamente. Mas preferi usar a única coisa que herdei da minha mãe, o dom de ser uma boa atriz. Olhei fundo em seus olhos, sorri e disse:

- A gente consegue dar um jeito nisso.

Ele sabia como estava, sua mente gritava para que eu parasse de mentir. Mas ele apenas sorriu, e fechou os olhos.

- Temos que tirar ele daqui, antes que aqueles bichos horrendos voltem. Que diabos era aquilo? - perguntou Joe enquanto ajudavamos Austin a ficar de pé.

O bom de ter um amigo como Joe, é que ele estava sempre disposto a melhor a situação com uma piada, ou algo tipo. E o ruim de ter um amigo como Joe, é que ele fica o tempo todo tentando melhorar a situação.

- Joe?

Austin dobrou a perna ensanguentada.

- Hum?

- Ele não vai conseguir andar.

Olhei para ele, esperando que entendesse.

- Eu não vou carregar ele no colo! - exclamou.

Austin soltou uma gargalhada ao ouvir aquilo. Eu também sorri, depois olhei furiosa para Joe.

- Ta legal madame - ele pegou Austin no colo. - Isso é gay demais pra mim.

Revirei os olhos.

- Vamos antes que tenhamos outro improvisto - o empurrei e ele começou a caminhar.

*****

Claus estava uma fera com a gente, mas não nos importamos, apenas levamos Austin para a enfermaria. Eu nunca estive lá, era estranho saber que Angel não seria mais nossa enfermeira.

A Fortaleza, é na verdade uma enorme montanha, onde Claus e seus soldados se escondiam. As paredes eram obviamente feitas de pedras enormes da montanha, a iluminação era péssima, mas o lugar era melhor do que o esperado. Claus não soube investir muito bem nas outras áreas, alem da Super Prisão, onde ele havia aprisionado Joe e Austin, e que agora havia se tornado nossos dormitórios. A enfermaria não era nada parecida com a do Palácio, mas estava bom, pelo menos tínhamos uma enfermaria.

Joe deitou Austin em uma cama que havia presa em uma das paredes. Haviam muitos pacientes lá - feridos durante a batalha -, e apenas duas enfermeira para atender a todos. Eu não sabia o que fazer, mas queria ajudar Austin de alguma maneira. Ele já havia perdido sangue o suficiente, e mesmo assim ainda lutava para se manter acordado.

- Aqui! - gritei para uma das enfermeiras. A mesma que encontrei de pé ao meu lado quando acordei.

Ela correu até mim. Olhou o ferimento na perna de Austin, e já soube do que se tratava.

É impossível, ouvi ela dizer mentalmente.

- Não me importa se é impossível ou não! Dê um jeito.

Ela me encarou, depois voltou o olhar para a ferida.

- Não temos remédios o suficiente. Olhe pra esse lugar, gente ferida é o que mais temos.

Olhei novamente para Austin que estava suando de uma maneira inacreditável, ele parecia ter acabado de sair do banho sem se enxugar. Encarei a enfermeira novamente.

Ou faz o que to mandando, ou te obrigo a fazer.

Ela me encarou em silêncio por alguns segundos.

Vou contar até três. Um.

Ela continuou me encarando, receiosa em obedecer ou não. Ela já estava começando a me irritar. Céus, como eu sinto falta da Angel.

- Dois - joguei uma das macas contra à parede.

Ela ainda me encarava. Me surpreendi quando ela abandou as maos no ar, e assentiu.

- Tudo bem então. Mas que fique claro, que dezenas deles irão morrer - ela apontou para a multidão de macas ocupadas ao nosso redor. Eram centenas, talvez milhares. - Não me importo com eles. Me importo apenas com os dois - dirigi o olhar para Joe que estava sentado no chão me analisando e Austin agonizando na cama. - Estou aqui contra a minha vontade. Quantos homens Claus irá perder não me importa, sou capaz de matar milhares por aqueles que amo. Faça logo!

Ela pegou um pote de tampa vermelha e uma agulha de costura, enorme. Austin se espantou ao ver o tamanho da agulha.

- Agradeça à sua amiga - murmurou a enfermeira para Austin, antes de despejar um pouco do liquido viscoso na ferida exposta na perna dele.

Ele gritou, muito. Era tao forte e doloroso aquele grito que tive a impressão de que era a minha perna. Tive de tampar os ouvidos, Joe fez o mesmo. Uma nova pele nasceu no lugar da ferida, encobrindo o osso, mas ainda deixando uma parte da ferida aberta, e essa parte ela teve de fechar com a agulha. Sem dó nem piedade, ela começou a bordar a linha na perna de Austin, o sangue ainda escorria. Senti meu estomago embrulhar enquanto olhava aquilo.

Austin continuava gritando.

Joe estava sentado no chão, com a cabeca entre os joelhos.

Tive de sair dali. Voltei para o corredor, as pedras abafavam o som la dentro.

Escorreguei até o chão, apoiando a testa nos joelhos. Fechei os olhos, os gritos de Austin estavam me assustando. Apertei os olhos e cobri os ouvidos com as mãos. Fiquei batucando os pés no chão, tentando me distrair.

- O que deu em você?

Continuei com os olhos fechados e batucando, mas descobri os ouvidos para ouvir o que ele tinha à dizer.

- Acho que todo esse poder esta começando a te fazer mal. Se Amy estivesse aqui, ela estaria decepcionada com você Lara.

Soltei um riso abafado, encostei a cabeça na parede e abri os olhos.

- Então, acho que é até bom que ela não esteja aqui para ver o monstro em que me tornei. Não é, Richard?

Ele escorregou ao meu lado. Arrancou uma pequena pedra do chão, e a atirou na parede à nossa frente.

Ele estava totalmente abatido, não parecia mais ser o mesmo antes. Sua barba estava a implorar por um barbeador, seu cabelo estava sobre desarrumado, seus olhos estavam o tempo todo avermelhados. O estilo voto de nossas vestes caia como uma luva pra ele. Pra todos nós na verdade.

Ficamos um longo tempo em silêncio, cada um perdido em sua própria bolha de pensamentos.

Eu havia me auto-proibido de entrar na cabeça de outros seres humanos, e havia falhado com a enfermeira agora há pouco.

- Em que eu me tornei? - murmurei para mim mesma.

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