ULTRAVIOLENCE

By ilymills

818K 35.4K 13.5K

Justin Bieber era um gângster em ascensão, conhecido pelo seu sangue frio e sua postura inabalável. Mas ele v... More

ULTRAVIOLENCE
1. The beginning
2. Starting the problems
3. Bad night
4. Care about
5. Protection
6. The truth
7. Let's go to the bar
8. Nightmare
9. One less time
10. Not the evil of the history
11. Patience
12. My wrong
13. Be alright
14. Fire & Desire
15. Secrets of the past
17. Jealous side
18. Las Vegas
19. In danger
20. Business in Vegas
21. Let her go
22. Time to leave
23. Enemies around
24. Broken
25. Drunk calling
26. Back together
27. Sex after stress
28. Trying to keep her safe
29. Getting ready
30. Fucked plan
31. The fall
32. Don't leave me
33. Guilty
34. Here we go again
35. Hurts like hell
36. Her blood
37. The end of a cycle
38. We need his help
39. Break up
40. Reminding the past
41. Going crazy
42. Kill or die
43. The battle
44. Forever

16. Things go wrong

17.5K 826 355
By ilymills

Justin Bieber • POV

Lily tinha ido para o aeroporto se despedir da sua amiga e eu tive que ir para a reunião, ainda tínhamos negócios para tratar, muitos.

— E aí? Qual o problema da vez? — Henry questionou.

— Vários. — murmurei.

Eu estava sentado na poltrona, Chris, Henry e Ryan estavam sentados no sofá de couro e Chaz estava em pé com uns papéis na mão. Ele estava lidando com isso como se fosse algum líder mas eu estava sem saco para tirar ele do comando da reunião e ter que comandar, então deixei.

— Vocês conhecem Andrew Olson? — Chaz perguntou dando início à reunião.

— Um gângster procurado na Inglaterra? — Chris respondeu com uma pergunta e Chaz assentiu com a cabeça confirmando a resposta.

— Exato. — Chaz falou. — Ele fugiu da Inglaterra para dar tempo de baixar a poeira por lá e agora ele está aqui em Los Angeles, ele está tentando colocar moral em algumas áreas com o objetivo de dominar a cidade também e aumentar seu poder... O que não vai rolar já que estamos aqui e somos os melhores da cidade.

— E qual é o ponto aqui? — Ryan perguntou. — Vamos ter que nos preocupar com um bandidinho meia boca que está sonhando em dominar nossa área? É uma piada pronta.

— O ponto, meu caro Ryan, é que Andrew Olson não está trabalhando sozinho aqui em L.A, ele se juntou à uma gangue agora. — Chaz virou o papel para que nós pudéssemos ver, o papel era na verdade uma foto. — A gangue de Trevor.

A foto era Andrew e Trevor na área da sua gangue, Andrew já tinha no braço a tatuagem ridícula que Trevor obrigava todos da sua equipe a fazer.

— Que porra é essa? — resmunguei analisando a foto.

— Por que ele iria querer se juntar logo com a gangue do Trevor? — Henry questionou. — Ele nem é o melhor da cidade.

— Porque os dois tem o mesmo objetivo no momento. — Chaz colocou a foto em cima da mesa. — Enfraquecer a nossa gangue.

— Beleza, quando é que vamos acabar com eles? — perguntei, ouvindo o riso de Ryan.

— Nós sabemos que não é simples assim, Bieber. — Chris como sempre cortou a graça. — E se prepara porque agora Trevor sabe muito bem um ponto fraco da equipe, no que eles podem mexer para desestabilizar dois de nós. — eu sabia que ele estava falando da Lily, e só isso já foi o suficiente para eu sentir minha raiva crescer.

— Se eles encostarem um dedo na minha garota mais uma vez eles morrem antes de dar o próximo passo. — rosnei.

— Se eles continuarem se metendo com a minha irmã eles estarão comprando uma briga feia. — Chaz falou de braços cruzados.

— Nós vamos proteger a Lily. — Ryan tentou nos tranquilizar. — Mas agora mais do que nunca não poderemos cometer nenhuma falha. Sabemos que Andrew não brinca em serviço.

— Claro, nós precisamos estar espertos e atentos a cada passo. — Chris disse. — Precisamos de uma carta na manga.

— Talvez eles nem estejam focados na gente agora. — Henry sugeriu. — Pode ser que eles queiram começar aos poucos, tentar se meter com os melhores logo no começo não é algo inteligente.

— E desde quando Trevor é inteligente? — Ryan rolou os olhos. — Ele é previsível nesse ponto, é claro que vai vir atrás de nós.

E foi quando a ideia surgiu na minha mente.

— Se eles derem sinal de que vão fazer algo contra a Lily, a gente joga o mesmo jogo. — disse já articulando tudo na cabeça.

— Como assim? — Henry perguntou.

— Explica melhor essa ideia aí, cara. — Chaz disse interessado.

— A gente joga também com alguém que eles amam, ou que pelo menos se importem.

Todo mundo pareceu pensar um pouco depois de ouvir o esboço da minha ideia.

— Sendo assim, nós temos que fazer nosso dever de casa. — Chris pareceu gostar da ideia. — Pesquisar à fundo a vida dos dois, saber sobre as pessoas que eles amam e conseguir rastreá-las.

— Bom, algo que nós já sabemos é que não tem ninguém que possa ser usado contra Trevor. — foi a vez de Ryan. — O cara é um capeta, acho que nem coração aquela porra tem.

— Procurei saber superficialmente sobre a vida de Andrew na Inglaterra quando descobri isso, soube que ele é casado há seis anos e até onde eu sei ela continua em Londres. — Chaz informou.

— É isso, essa vai ser nossa carta na manga. — sorri. — Chaz, eu quero que você pesquise a fundo os relacionamentos de Andrew e também quero que você se informe sobre o paradeiro dessa mulher.

— Fácil. — Chaz concordou, esfregando as mãos juntas.

— Enquanto isso quero que Henry e Chris façam a proteção da Lily quando eu ou Chaz não estivermos por perto. — eles concordaram. — Eu e Ryan vamos continuar tocando com os negócios, não podemos enfraquecer agora.

— Boa, Bieber! — Ryan pareceu animado, ele gostava de um pouco de ação.

— Não quero que a Lily saiba disso, por enquanto. Não quero colocar medo dela por algo que ainda é incerto. — Chaz pediu. — Ainda mais agora que ela vai se sentir desprotegida.

Juntei as sobrancelhas em confusão, o olhando como se procurasse alguma explicação para as suas palavras.

— Como assim ela vai se sentir desprotegida? — perguntei visivelmente confuso. — Por que ela se sentiria assim?

— Ela volta para a casa dos meus pais daqui a dois dias, se esqueceu? — travei meu maxilar.

— E como nós vamos protegê-la se ela vai estar na casa dos pais? — Ryan questionou.

— Sem chances, Charles, ela não pode ir agora. — protestei, mesmo sabendo que era em vão.

— Eu falei com meu pai esses dias, falei que ele deveria contratar alguns seguranças para ela e dei uma desculpa qualquer para convencê-lo disso e funcionou, ele contratou. — Chaz explicou com calma. — Sem contar que ela estará muito mais segura lá, a casa do meu pai é tipo uma fortaleza.

— De fato a casa do prefeito é o melhor lugar para ela agora. — Chris concordou.

— Não, porra, ela precisa continuar aqui para que a gente proteja ela. — tentei. — Só a gente sabe a real situação então só a gente vai saber exatamente como agir diante dela.

— Nós não podemos garantir isso, Bieber, da última vez que checamos ela estava nas mãos de Trevor quando nós deveríamos estar a protegendo. — Chaz aproveitou para me dar uma alfinetada e eu odiava admitir que ele estava certo.

Meu sangue estava fervendo de ódio. Eu queria poder torturar Trevor e depois jogar seu corpo mole na sua própria poça de sangue por tudo o que ele tem nos feito passar nos últimos dias. Além de ter feito a merda de encostar seus dedos sujos na minha garota agora ele estava me obrigando a ficar longe dela, a mantê-la em um lugar que não seja perto de mim. E eu podia jurar nesse momento que se ele ousasse encostar seus dedos nela de novo eu seria capaz de estourar seus miolos sem hesitar ou sem pensar nas merdas das consequências. Eu não deixaria a Lily passar pelo inferno de novo, eu iria proteger a minha garota dessa vez.

A reunião se estendeu por mais tempo do que eu gostaria, só duas horas depois nós resolvemos dar uma pausa e saímos todos do escritório para dar um tempo na sala de estar. Quando chegamos no cômodo vemos a Lily sentada no sofá parecendo não fazer nada, quando ela nos vê chegar ali ela abre um sorriso e se levanta em um pulo, saltitando na minha direção. Rodeio sua cintura com meu braço e afundo meu rosto na curvatura do seu pescoço para deixar um beijo no local, quando nos soltamos ela vai abraçar Chaz.

— Há quanto tempo voltou do aeroporto? — Chaz perguntou para sua irmã enquanto nos ajeitávamos na sala.

Sentei no canto do sofá e puxei Lily para ficar em meu colo, Chaz se sentou do meu lado e Chris se sentou na outra ponta, já Henry e Ryan ocuparam as duas poltronas.

— Acho que há uma hora atrás mais ou menos. — Lily respondeu. — Cheguei e vi que vocês ainda estavam na reunião e então decidi esperar por aqui.

Lily estava fazendo sua cara que sempre fazia quando queria encher uma pessoa de perguntas mas tinha receio de ser irritante, e eu agradeci mentalmente por ela estar se controlando.

— Hã... Eu e Justin temos um comunicado para vocês. — Lily falou alto, chamando a atenção dos caras e eu estreitei meus olhos sem saber o que ela estava querendo fazer.

— Qual foi? — Ryan perguntou parecendo divertido com a situação.

Lily me olhou com sua expressão mais angelical possível.

— Você conta ou eu conto? — ela perguntou e eu entendi exatamente o que ela estava pretendendo fazer.

— Merda, Lily... — resmunguei.

— Agora até eu estou curioso. — agora foi Chris quem se divertiu com a situação apenas por verem que eu não estava confortável com essa merda.

— Puta que pariu — Chaz arregalou os olhos ficando com a postura rígida. — Pelo amor de Deus, Emily, não me diga que você está grávida desse bosta. — os caras riram de Chaz já fazendo piada com a possível situação.

— É claro que ela não está, porra. — disse, me virando para ela em seguida. — Não está, né?

— Não, não estou. — confirmou e Chaz soltou o ar que tinha prendido, se acalmando. — Quero que vocês tentem adivinhar o que é. — ela bateu palminha.

Puta merda.

— Vocês transaram? Mulheres normalmente ficam emocionadas com isso. — Ryan chutou. — Porque se for isso não vai ser novidade para ninguém, ouvimos bastante ontem a noite. — peguei o controle da televisão e arremessei nele, acertando em cheio sua testa e fazendo-o grunhir de dor passando a mão no lugar que bateu.

Lily estava com as bochechas vermelhas por causa do papo de Ryan, acho que ela nunca deixaria de ser essa garotinha envergonhada.

— Somos bons em muitas coisas mas esse jogo não é uma delas, Lily. — Henry falou. — Diga de uma vez.

— Bom... Eu e Justin... — ela olhou para mim rapidamente antes de prosseguir e eu esperava que ela tivesse gravado bem a minha carranca por ela estar fazendo isso. — Nós estamos namorando. — disse sorrindo.

Chaz pareceu engasgar ao nosso lado e Chris aproveitou para dar um tapão em suas costas, recebendo de volta um soco no ombro. Chaz então virou seu olhar para a irmã de novo.

— Namorando tipo... Namorando mesmo? — Chaz questionou.

— Namorando do único jeito que dá para namorar. — resmunguei.

— Eu sempre soube que aconteceria, sempre gostei do casal. — Ryan disse animado. — Um do grupo foi laçado então.

— Fico feliz por vocês. — Henry sorriu para nós. — É a primeira vez que vejo Justin se envolvendo com alguém depois da Victoria, isso é bom.

— Não. — rosnei baixo. — Não traga o nome dela para a conversa agora.

Um clima pesado preencheu a sala, mas não podia ser diferente. Todos estavam cansados de saber que eu não queria nem mesmo que citassem o nome daquela vadia por aqui e não tinha sentido Henry o fazer agora.

— O que vocês acham de pedir pizza para comemorar? — Lily quebrou o silêncio da sala procurando amenizar o clima com seu sorriso discreto.

— Isso é só uma desculpa para comer pizza. — Chaz acusou, fazendo ela rir.

— Não me culpe por amar quatro queijos em cima de uma massa. — jogou as mãos para o alto se rendendo.

— Quatro queijos, Lily? Isso é sério? — Ryan negou com a cabeça, parecendo sério. — Todos sabemos que calabresa é o melhor sabor de pizza.

— Tenho que discordar de você, meu amigo Ryan. — Chris estalou a língua no céu da boca entrando na discussão também. — Marguerita é o melhor sabor de longe.

E então eles entraram em uma discussão idiota para defender um sabor de pizza, a qual eu não queria fazer parte.

[...]

Senti o meu braço dormente e tentei mexê-lo mas ele parecia estar preso em algum lugar, despertei do meu sono vagarosamente abrindo os olhos com cuidado e olhando o que estava pesando tanto no meu braço. Lily estava dormindo como um anjo usando meu braço como travesseiro, ela parecia estar no meio de um sono pesado e até babando um pouco ela estava. Puxei meu braço de baixo dela devagar para não acordá-la, ela resmungou um pouco e eu fiquei paralisado até que ela virou para o outro lado e continuou no seu sono.

Me levantei da cama tentando fazer o mínimo de barulho possível mesmo sabendo que Lily dormia igual uma pedra. Peguei minha bermuda de moletom que estava jogada na poltrona no canto do quarto e vesti ela por cima da cueca, calcei meus chinelos da adidas e chequei cada canto do quarto para ver se estava tudo bem deixar Lily dormindo sozinha lá.

Ainda estava amanhecendo quando eu saí do quarto, desci as escadas coçando os olhos para me acostumar com a claridade da casa. Quando estava no meio da escada senti um cheiro um pouco desagradável, o que me fez franzir o cenho e descer os degraus restantes com mais pressa.

Na frente da porta de entrada do apartamento tinha uma caixa preta grande colocada. Era um caixão.

Que merda era aquela?

— CHAZ — gritei ao terminar de analisar o caixão colocado ali. — CHAZ! — gritei mais uma vez quando ele não apareceu.

Demorou mais alguns minutos e então Chaz estava descendo a escada com bermuda de pijama e a cara inchada de sono.

— Por que você está gritando nessa merda? — ele resmungou mas eu não respondi, continuei parado encarando o caixão. — Que porra é essa, Bieber? — perguntou quando deu conta do objeto colocado ali.

— Eu não faço ideia, estava aí quando eu acordei. — disse.

— Como alguém colocou essa porra aqui dentro sem fazer nenhum barulho? — ele parou do meu lado.

— Não faço ideia, mas vamos descobrir. — falei sem tirar os olhos do caixão. — Quero que você cheque as câmeras de segurança do prédio.

— Vamos abrir para vermos o que tem dentro. — Chris sugeriu e eu concordei.

Ele correu para pegar a arma que estava escondida na planta ao lado da porta e destravou a mesma enquanto eu me aproximei com cuidado do caixão, abri todas as trancas e troquei um breve olhar com Chaz antes de abrir a tampa, revelando o que tinha dentro e também fazendo o cheiro ruim ficar ainda mais forte. Chaz abaixou a arma assim que viu o que tinha lá dentro. Uma garota morta... Uma garota familiar. Ele deixou a arma de lado e se aproximou do caixão também, se atrevendo a tirar o cabelo ruivo que estava cobrindo o rosto da garota para que pudéssemos ver quem era.

— Que porra é essa? — resmunguei.

Era Jessica.

Jessica estava morta dentro do caixão colocado na entrada do nosso apartamento, sua pele estava incrivelmente pálida e seu corpo estava pelado. Olhei para Chaz procurando qualquer sinal de dor em seu rosto e infelizmente o encontrei, mas eu era a pior pessoa para estar perto dele nesse momento já que eu não era o melhor com essas coisas sentimentais. Apenas coloquei a mão em seu ombro e apertei para demonstrar que eu estava lá com ele.

— Ela está realmente morta. — Chaz murmurou após checar o pulso dela, como se isso fosse necessário.

Analisei todo o cenário. As marcas que Jessica tinha pelo corpo, principalmente em seu pescoço, a forma como seus lábios estavam brancos e um pouco roxos e também seus olhos verdes arregalados e sem vida alguma. Mas o que me chamou mais atenção foi o pequeno envelope colocado lá na altura de seus pés.

— Deixaram um recado. — chamei a atenção de Chaz e peguei o envelope preto de dentro do caixão, eu o abri e resolvi ler o que estava escrito em voz alta. — "A ruiva sabia demais e também era o amor de um de vocês, não é mesmo, Chaz Brooks? Infelizmente ainda não consegui fazer o mesmo com o amor do Bieber, mas prometo que ela será a próxima. Com carinho, Trevor Teller." — terminei de ler com a mandíbula contraída e o sangue fervendo em pura raiva.

Assim que terminei de ler meu punho colidiu contra a parede e ela ganhou uma nova rachadura. Naquela altura eu nem mesmo sentia dor no meu punho, apenas queria poder socar Trevor até tirar todo sangue do seu corpo. Meu peito estava subindo e descendo por causa da raiva indescritível que eu estava sentindo, tive que apertar minha mão fechada e fechar os olhos para não explodir de raiva de uma vez mas antes que eu possa evitar eu dou mais um soco na parede. Chaz me empurrou para trás e puxou o bilhete da minha mão, o mesmo que estava todo amassado por eu ter apertado.

— Mano, tenta se acalmar. — Chaz tentou.

— Ele não pode, Chaz, você está entendendo? Ele não pode! — bufei e passei a mão no rosto. — Ele não pode fazer essas merdas e não receber nenhum troco, porra.

— Você sabe que eu estou querendo fazer ele engolir essas palavras dele também mas explodir de raiva não vai ajudar em nada. — tentou de novo. — Eu me preocupo com a Lily tanto quanto você, ela é minha irmã.

— Ela está ameaçando a minha garota com essas merdas e eu faço questão de acabar com ele. — rosnei.

— Nós precisamos ser racionais então e não sair quebrando a merda da parede. — ele disse. — Vou mandar Trenton se livrar disso aqui. — se referiu ao caixão.

Chaz olhou ainda com um pouco de dor para o cadáver da sua ex-namorada antes de fechar o caixão, amenizando o cheiro de podre.

— Eu vou ligar para os caras. — disse já procurando pelo meu celular.

Os caras chegaram em menos de uma hora depois que eu liguei, o caixão ainda se encontrava lá então eu deixei eles checarem do que se tratava e também mostrei o bilhete. Logo depois Trenton chegou para sumir com o caixão e com o corpo, deixando minha casa livre daquele cheiro péssimo.

Me mantive no canto enquanto eles falavam entre si tentando bolar alguma coisa de última hora para servir de contra-ataque mas eu não tinha cabeça para aquilo no momento. Chris se aproximou de mim com as mãos enterradas nos bolsos da calça.

— Eles não vão conseguir encostar nela, relaxa. — tentou me tranquilizar, mas seria uma tarefa difícil no momento.

— Trevor já conseguiu uma vez. E agora que tem gente mais experiente no meio para ajudá-lo... — me parei sem querer completar minha fala.

— Nós vamos protegê-la. — ele falou com firmeza como se pudesse garantir o que estava dizendo. — O pai dela vai colocar seguranças em sua casa e nós podemos nos afastar dela para mantê-la segura.

— O quê? — o olhei com o cenho franzido. — Eu não vou me afastar dela, isso não é uma opção.

— Eles sempre estarão atrás de nós, Justin, o problema deles é com a gente. Eles precisam achar que ela está fora da jogada, é o único jeito de proteger ela de tudo isso e você sabe muito bem disso. — ele tentou me convencer. — Enquanto a gente está nessa batalha a gente precisa se afastar dela.

— Não. — fui duro nas minhas palavras. — Não vou simplesmente me afastar dela, eu nem mesmo conseguiria fazer isso agora. Eu posso protegê-la.

— Mesmo? — Chris me olhou com cautela antes de voltar a falar. — Você achou a mesma coisa da última vez. — travei minha mandíbula e ajeitei minha postura para intimidá-lo.

— Eu não estou entendendo em que porra de lugar você quer chegar com essa maldita estratégia mas acho melhor parar agora. — minha voz saiu mais alta do que o normal e ao invés dele recuar ele cruzou os braços.

— Estamos do mesmo lado, Justin. Não seja cabeça dura. — disse com calma, era raro ele perdê-la. — Para de pensar com a bunda e pense com a cabeça, você sabe que no momento é a única solução possível.

Infelizmente Chris era o dono da razão, mas eu não admitiria isso à ele dessa vez. Eu sabia que seria mais seguro se nós nos afastássemos, pelo menos nesse momento eu não conseguia pensar em nada melhor para preservar sua segurança do que isso. Mas eu não queria ficar longe dela. Não agora que eu já estava acostumado com sua presença e agora que eu gostava dela... Ficar longe da minha garota seria um inferno.

Chaz chegou no momento perfeito para me tirar dessa conversa, ele não tinha uma cara nada boa e estava acompanhado por Henry apenas.

— Fala logo a merda da vez. — resmunguei, revirando os olhos.

— Qual das duas você quer ouvir primeiro?

— A mais leve. — disse.

— Chequei as câmeras de segurança do prédio e elas estavam em manutenção durante o tempo que Trevor colocou o caixão aqui dentro, com certeza ele cuidou desse detalhe. — Chaz contou, me fazendo bufar frustrado.

— E a outra merda? — Chris questionou.

— Terminei minhas pesquisas sobre a esposa de Andrew, confirmei que ela é a única pessoa que conseguiríamos usar contra ele.

— E aí? Onde ela está? — perguntei.

— Ela embarcou ontem em um vôo clandestino em Londres no jatinho particular de Andrew e não tem notícias sobre seu paradeiro, ela sumiu do mapa. — bufei mais uma vez.

— Como essa porra de mulher some nessa hora, porra? — grunhi. — É como se ele soubesse que usaríamos isso contra ele.

— Era uma ideia previsível na situação atual. — Henry comentou.

Eu tentava pensar em alguma coisa rápida enquanto sentia a corda apertando no nosso pescoço, Trevor estava sabendo direitinho como nos atingir.

Ryan apareceu na sala chamando nossas atenções com seus passos duros e sua expressão de pura preocupação. Não era possível que estava vindo mais merda por aí.

— Que porra aconteceu agora? — perguntei já sabendo que era mais problema.

— Isso aconteceu. — Ryan mostrou a tela do seu celular, onde estava indicando que ele tinha recebido várias mensagens.

— Ficou popular finalmente? — brinquei e os caras riram, menos Ryan.

Ele guardou o celular no bolso antes de nos explicar o que estava acontecendo.

— Todas nossas gangues aliadas da cidade estavam me mandando mensagens dizendo para nos prepararmos. — contou. — Trevor está oferecendo alguma coisa em troca da cabeça da sua namorada. — engoli em seco. — Todas as gangues de Los Angeles que não estão aliadas à nós estão querendo matar a Lily.

Puta que pariu.

Continue Reading

You'll Also Like

2.6K 242 31
Elena Gilbert e Damon Salvatore possuem muito em comum. Eles pertencem a mesma família, possuem os mesmos amigos e não se suportam desde sempre. Suas...
19.9K 1.4K 25
Aviso: Se você está lendo essa fic em outro lugar que não é o wattpad, por favor tome cuidado, você pode estar sendo hackeado ou pior. Real sinopse:...
763K 39.9K 68
"Anjos como você não podem ir para o inferno comigo." Toda confusão começa quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...
375K 22.4K 113
Outer Banks o paraíso na Terra , o que poderia dar errado? Na manhã seguinte era comum os dois se sentirem diferentes ? A festa havia sido muito boa...