Brigada dos Mortos - Sobreviv...

By CintiaLilian

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Quando os mortos retornam a vida, Mônica se vê sozinha para proteger seus três filhos no início do fim dos te... More

SINOPSE
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24 - Parte I
Capítulo 24 - Parte II
Capítulo 24 - Parte III
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34 - Parte I
Capítulo 34 - Parte II
Capítulo 34 - Parte III
Capítulo 35
Capítulo 36 - Parte I
Capítulo 36 - Parte II
Capítulo 36 - Parte III
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43 - Parte I
Capítulo 43 - Parte II
Capítulo 44 - Parte I
Capítulo 44 - Parte II
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47 - Parte I
Capítulo - 47 Parte II
CAPÍTULO EXTRA - PASSADO Ísis, Beatriz e Vicente
Capítulo Bônus - Primeiros Dias
CAPÍTULO EXTRA: PASSADO DE ÍSIS, BEATRIZ E VICENTE II
CAPÍTULO EXTRA: PASSANDO ÍSIS, BEATRIZ E VICENTE III
CAPÍTULO EXTRA: PASSANDO ÍSIS, BEATRIZ E VICENTE IV - Final.
Capítulo 48
Capítulo 49
ORDEM DO CROSSOVER
CAPÍTULO 50 - CROSSOVER - PARTE I
Capítulo - 51 - CROSSOVER PARTE V
CAPÍTULO 52 - CROSSOVER VII
CAPÍTULO 54 PARTE 1 - CROSSOVER PARTE X
CAPÍTULO 54 PARTE 2 - CROSSOVER PARTE X
Capítulo 55
Sobre os personagens!
SOBRE OS PERSONAGENS 2
QUERIDOS FUZILEIROS

Capítulo 53 - CROSSOVER PARTE VIII

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By CintiaLilian

Na fuga de Ísis e Eros do shopping, a dupla teve que enfrentar além dos seus inimigos,  uma horda de mortos nas estradas, atraídas pelo som do tiroteio de poucas horas atrás.

Todo aquele barulho atraiu centenas de zumbis na direção deles.

Os carros de fuga tiveram que manobrar para fora da estrada, em movimentos arriscados para escapar dos zumbis que em poucos minutos já dominavam o lugar.

Alguns dos soldados tentavam atirar em alguns zumbis, tentando limpar um pouco o caminho para os carros passarem.

— Passa por cima! — ordenou Ísis aos berros. 

— Eles são muitos senhora. Se fizermos isso, vamos atolar e todos nós morremos. — o motorista tentou explicar.

— Então faça algo! Não vou morrer aqui! — Ordenou ela.

Enquanto isso, no carro de Eros, ele parecia dar instruções ao motorista, que estava tenso, mas assentiu ouvindo tudo atentamente.

Minutos depois o motorista recebeu um rádio, com algumas instruções.

E então os carros de Ísis e Eros começaram a se separar, buzinando. A intenção era dividir os zumbis e facilitar as fugas.

Eros passou as instruções para o carro com reféns, através do rádio, para que depois que despistarem os zumbis, seguissem diretamente do abrigo e em hipótese nenhuma perdessem os reféns, ou as consequências seriam pior que os zumbis.

***

Dentro do trailer, Íris, Melina e Benny estavam com os punhos amarrados acima do colo, com dois homens armados de sentinela.

Pelas janelas eles puderam se situar sobre o tempo. Já estava anoitecendo, ou seja, já estavam na estrada por horas.

O trio percebeu que a velocidade do carro estava diminuindo até parar.
Benny logo ficou em alerta, mesmo desarmado iria aproveitar qualquer brecha para escapar dali.

Melina espiou pela janela ao ouvir o grunhido uníssono dos mortos de não muito longe. Eles caminhavam no acostamento, perdidos, bloqueados pelas muretas de aço. 

Mais a frente, havia um tipo de terreno, protegido por um grande portão de aço e muros de concreto com casas de três ou quatro cômodos. Quitinete simples.
Uma daquelas construções de casas populares. O abrigo estava bem resguardado por homens armados em uma torre de vigilância, que parecia ter sido construída a pouco tempo.

Havia, no mínimo, uns quinze homens fortemente armados à frente, apontando armas, todos com um pano cobrindo o rosto, deixando apenas os olhos à mostra. Os olhos que os encaravam pareciam sem vida, como o fundo de um poço. Eles já estavam esperando a chegada deles.

Eles pareciam prontos para qualquer coisa. Um dos homens saiu tranquilamente da formação da "linha de frente" do abrigo e caminhou até o carro. Ele bateu na janela ao lado do motorista com a coronha de sua pistola e gesticulou pro motorista se aproximar e eles conversaram rapidamente. Logo o motorista assentiu e começou a sair do carro. O homem esperou pacientemente até o motorista ir até o trailer, tirar um maço de chaves do bolso e destrancar as portas do trailer.

O homem tossiu e aprumou a camiseta na frente do corpo enquanto o motorista abria as portas do trailer e gesticulou pros homens tirarem Benny, Íris e Melina do carro, o que foi feito bruscamente.

— Sejam bem vindos a Brasília. Poderiam fazer o favor de nos acompanhar? — ele riu, divertido, parecia se divertir com aquela situação.

Como nem Benny, nem Íris e nem Melina fizeram menção de acompanhar aquele estranho, o homem ainda sorrindo puxou Íris pelo braço, que por suas vez tentou lutar se debatendo e logo foi imobilizada bruscamente, o outro puxou Melina pelo braço a fazendo andar. Benny logo tentou avançar contra o homem, mas dois homens grandes o contiveram acertando seu estômago e o fazendo segui-los.

Rapidamente eles foram conduzidos de forma brusca em direção aos portões de aço que se abriram lentamente com um grande rangido, agitando os zumbis do acostamento.

— Pra onde estão nos levando? — Melina perguntou ao ser conduzida pro abrigo, assim como Íris e Benny.

Ninguém respondeu. 

Conforme caminhavam, os mortos começaram a se aproximar escapando das barreiras enferrujadas e soltas do acostamento.

Andavam trôpegos na direção deles, mas ninguém ali parecia preocupado, fora Benny, Íris e Melina, que estavam desarmados e amarrados.

O homem que conduzia Melina, precisou soltá-la para se defender de um zumbi. O morto foi puxado bruscamente pelas roupas e caiu perto de Melina e antes que ela pudesse reagir sangue necrosado foi espirrado, a sujando, fazendo-a recuar pelo susto da explosão da cabeça do zumbi, tão inesperadamente à sua frente. Ela cambaleou para trás, tropeçando e caindo, mas o homem a amparou a tempo, a segurando.

— Tá tudo bem, moça. Aqui, vou ajudá-la. — ele passou um pano áspero, de forma desajeitada no rosto dela. 

Melina franziu o cenho, sentindo o pano áspero e segurou o pulso do homem, afastando para dizer que não precisava. Ao abrir os olhos, já limpos de gosma de zumbi, o susto foi imediato. Ela sentiu o sangue gelar, congelou por um milésimo de segundo. Ele havia usado o pano que tapava seu rosto para limpá-la, a fazendo reconhecê-lo imediatamente.

— Marcos? — seu cérebro gritava aquele nome e Melina achou que sua boca também, porque o homem se afastou sutilmente e depois sorriu de canto de boca, surpreso.

Ele apertou os olhos e a encarou de perto, tentando reconhecê-la.

— Se afaste dela!. — Benny gritou observando a cena de longe, ainda nas mãos dos homens que o imobilizou. 

Marcos o ignorou voltando para Melina.

— Melina, quanto tempo... — ele abriu os braços e seus olhos se iluminaram como um farol no meio do oceano.

Melina deu um passo para frente, mas o olhar de Benny a barrou, quase na mesma hora.

Alguém soltou um grito excruciante, alertando a todos. Alguns homens correram, na direção do grito, não muito longe dos zumbis no acostamento. Os portões se fecharam novamente e os sentinelas atirando nos mortos que estavam tão perto.

— Precisamos sair daqui. Venham. — Marcos indicou, os levando para fora da linha de fogo.

Quando o tiroteio cessou, um dos homens daquele grupo foi mordido bem no meio do peito. Ele chorou como uma criança ao ter uma arma apontada para sua cabeça. 

— Desculpe, irmão, você sabe, são as regras. — Marcos disse e atirou contra o caído sem nenhuma cerimônia.

Enquanto isso Melina o analisava, curiosa. 

Marcos estava bem diferente, seu físico que o diga. Havia uns três anos que eles não se viam, desde que ela começou a namorar e posteriormente terminou o relacionamento com Afonso, seu melhor amigo. Ele estava muito mais magro do que era antes do fim do mundo, sua barba farta quase alcançava o peito. O cabelo preto estava preso em um coque no alto da cabeça. 

Até então ela não havia percebido o quanto ele lhe fizera falta. Haviam perdido contato, ou melhor, ele havia se afastado. Nunca admitira, mas eles sabiam o motivo. Agora estavam ali Benny, Íris e ela, nas mãos dele e de seu grupo.

Marcos indicou para ela seguir em direção aos portões, Melina seguiu com Marcos e os homens empurraram Benny e Íris para irem logo atrás deles.

Um dos caras de Marcos assobiou, uma espécie de código e imediatamente o portão de ferro do lugar rangeu ao ser aberto.

— Ora, ora. Temos visita. — um homem de rosto coberto disse ao os avaliar. — Onde estavam esses aí? — ele perguntou a Marcos.

— Encomenda do Eros. Ah, e perdemos o Doug. Falei que precisamos bloquear aquela estrada. Muitos estão chegando por ela, inclusive os cabeças podres. Foi uma grande perda, o Doug fará falta.

Assim que eles entraram, os portões se fecharam.

— Cadê o Rebu? — Marcos perguntou ao olhar dentro do galpão e o encontrar quase vazio.

— Saiu e não sei se vai voltar essa noite. Saiu em missão pro chefe. 

— Beleza, se ele chegar mais cedo, me avise imediatamente.

— O que quer que eu faça com esses três? — ele perguntou, indicando Benny, Íris e Melina — Posso ficar com ela? — o homem perguntou ao avaliar Melina como um pedaço de carne em exposição no açougue.

Marcos, em um rompante, segurou o homem pelo colarinho. — Nem ouse tocar em um fio de cabelo dela. Ela não é pro seu bico nojento.

O homem se assustou com o contato brusco. — Sim, senhor. O senhor é que manda. — ele saiu correndo como um rato com o rabo entre as pernas.

— Vigiem as entradas dois e três. Eles não estão sozinhos. — Marcos disse a alguns de seus homens e eles saíram para fazer o que foram instruídos. — Venham comigo. — pediu ele.

Entraram naquele amplo galpão e não havia nada além de restos do que um dia fora uma floricultura.

— Você conhece esse cara? — Benny perguntou ao indicar Marcos.

— O conheci há muitos anos.

— Eu não confio nele e você também não deveria. Quem ele era, não existe mais. — Benny disse, conciso.

— Isso aconteceu com todos nós, parceiro. Não somos mais os fracos de antes, é a sobrevivência do mais forte que conta hoje em dia. — o cara negro que carregava uma barra de ferro disse, passou por eles e sumiu dentro de outro portão que fora aberto nos fundos do galpão,  dando uma visão totalmente diferente. 

Ali havia… Esperança.

Uma ampla área de casas em construção se estendeu diante dos seus olhos. Ainda estava tudo muito cru, mas as paredes e tetos já estavam em seus devidos lugares. Melina pensou em quantas pessoas se beneficiaram daquele lugar.

— Esse lugar é... — mas Melina não teve palavras para completar a própria frase.

— Demais, né? — Marcos a completou por ela — Temos dezoito casas semi prontas e outras quatro em construção lá atrás, fora as que estão no papel, mas daremos um jeito. Seremos uma comunidade bem grande aqui. — Marcos olhava admirado toda a extensão à frente dele.

— Como veio parar em Brasília? Não sabia que tinha familiares aqui.

— E não tenho. É uma longa história, talvez uma outra hora eu te conte. É melhor descansar agora, vou tentar falar com o Rebu, ele ficará feliz em saber que você está viva e aqui conosco. 

Melina concordou mesmo sem saber quem era o tal Rebu. Ele os conduziu a uma das casas já prontas. Benny estava impaciente, seu semblante mostrava bem isso.

— Eu conheço esse cara. — Melina começou dizendo, mas Benny não a encarava, ele olhava atento a movimentação do lado de fora da casa através do basculante de uma janela sem vidros. — Ele não nos fará mal.

— É um dos seus namoradinhos? — Íris provocou.

— Colocaria sua mão no fogo por ele? — ele perguntou retoricamente, sem dar atenção a Íris.

— Por que você tem que ser sempre tão pessimista? — Melina retrucou, também a ignorando.

— Estamos seguindo pistas há quanto tempo? Uma semana? Mais? E todas elas nos trouxeram diretamente pra cá. Esses homens estão com a Stella. Então me desculpe se não estou à vontade para sentar e tricotar com esse seu antigo amigo. Ele sequestrou a minha filha, ou melhor, a nossa filha.

— Não precisa ser irônico. Sei exatamente qual é a situação aqui. O que quero dizer é que podemos negociar com eles.

— Melina — Benny aproximou e segurou, delicado,seu rosto. — A situação ainda é a mesma, eles fazem parte do bando do Eros. Não são nossos amigos.

Na mesma hora, alguém bateu à porta, um homem de uns trinta e poucos anos, de aparência amigável a abriu. Ele os encarou rapidamente.

— Vocês são o grupo que acabou de chegar? — ele perguntou, mas não responderam. — Sou o Erik, o médico. Vim examinar vocês.

— Ah, entre, doutor. Sou Melina esse é o Benny e essa é a Íris — ela estendeu a mão e ele que a apertou prontamente, ele fez o mesmo com Benny, que não retribuiu.

— Sejam bem vindos a Comunidade. É assim que estão chamando este lugar.

— Vocês fizeram tudo isso? — Melina perguntou curiosa.

— Boa parte das estruturas já estava de pé quando cheguei, só estão dando os últimos toques, pelo que fiquei sabendo. Acho que aqui fariam um programa social... Ou sei lá.
Dizem que futuramente haverá casa para todos.

— Onde está o chefe de vocês? — Benny se intrometeu.

O doutor depositou uma bolsa grande em cima de uma mesa improvisada e a abriu. Encarou Benny de cima a baixo e voltou a atenção a bolsa.

— Era militar antes de tudo isso? — o doutor perguntou.

— O que isso tem a ver com a minha pergunta? 

— É que você fala como ele, como o chefe dessas pessoas.

— E ele não é o seu chefe também?

— Não sou subordinado a ninguém. Na verdade, estou aqui por um curto período. Não somos daqui.

— Somos? — Melina perguntou curiosa.

O homem respirou fundo como quem havia falado demais.

— Sim. Estou aqui com meus filhos e meu pai. Estamos tratando de uma negociação com o chefe desse grupo e depois partiremos para outro abrigo.

— Ah, entendi. Vocês estão aqui contra a vontade, assim como nós. — Benny se aproximou calmo, com seu andar de gato selvagem.

O doutor assentiu devagar.

— O que você tem de tão valioso que interessa ao Eros?

Erik balançou a cabeça e pediu para Melina sentar para examiná-la.

— Não estou ferida. 

Erik procurou mordidas, com Melina colaborando e notou a barriga quando ela levantou a blusa. 

— Oh... Vou pedir que tragam água e comida... Não pode desidratar ou se alimentar mal nesse estado — Ele anota e Benny observa. 

— E o senhor? 

Benny balança a cabeça — Não estou ferido,doutor.

Erik suspira assentindo e escreve — Acho que todos os soldados são assim, teimosos…

E antes que ele pudesse falar Íris já foi o interrompendo.

— Não.

Melina sorri de leve — Pode confiar. Estamos todos bem, doutor.

Erik sorri amigável também — Vou entregar o relatório e logo eles voltam com a comida.

***

Erik sai da casa do novo grupo e leva o relatório até Marcos que ler surpreso.

— Grávida?!

Erik assente devagar — Precisa de cuidados especiais. — fala preocupado — Mas pelo visto eles não são como as outras pessoas daqui... estão aqui contra a vontade, assim como eu.

Marcos mexe na barba — Melina irá receber os cuidados especiais, doutor. É uma sorte termos você aqui. — Sorri de canto. — Quais as possibilidades nos dias de hoje? Encontramos um médico e depois uma grávida. É quase poético. As mesmas mãos que trarão uma criança ao mundo, são as mesmas mãos que fabricarão o renascimento da humanidade. A cura pra esse maldito vírus estão em suas mãos, doutor. É o destino.

Erik franze o cenho — Ou um grupo terrorista que sequestra famílias e mulheres grávidas, para conseguirem o que quer. 

Marcos balança a cabeça — Você não entende, doutor. O que estamos fazendo aqui é para um bem maior! 

— Os fins justificam os meios? — Erik balança a cabeça. — Não entendo mesmo.

Marcos assente devagar — Vai entender...

— Eu posso ver minha família? — perguntou o médico, já exausto daquela discussão.

— Ísis irá decidir.

— Eu já fiz tudo que mandaram! 

— Você e sua família não são da minha alçada, sinto muito. Mas saiba que estão muito bem acomodados.

***

Em uma das casas inacabadas do abrigo, a família de Erik estava trancada, a casa não tinha janelas, nem móveis. Só duas portas, da frente e dos fundos. Só com a luz do dia para iluminar, a noite era escuro. Ísis fez questão de os colocar ali, como sua vingança pessoal contra Franscisco e Mônica.

Nicolas chorava com medo a noite, querendo saber do pai.

Emanuel dormia mal a noite, com o lugar fechado e abafado. E o garoto estava preocupado, caso entrassem a noite e levassem o irmão ou o avô.

E era muito mais difícil dormir ali, sem todo o conforto com camas e ventilador que tinha em Washington.

Nicolas estava abraçando o avô, enquanto Emanuel andava impaciente de um lado pro outro.

— Onde eles levaram o papai? — O mais novo perguntou ao avô.

George afaga o neto — Não sei, querido. Eu não sei.

— E se eles... — Emanuel se interrompe olhando para o irmão mais novo, e direciona o olhar para o avô, imaginando que ele concluiu o pensamento. — O que faremos?

George nega balançando a cabeça vagarosamente — Nada. Não temos armas. E seu pai vai voltar. Ele vai fazer tudo o que essa gente mandar e logo vão nos libertar.

Assim que George termina de falar, a porta da frente se abre e dois homens colocam uma garotinha loira de olhos azuis, para dentro.

A menina tinha o rosto e olhos vermelhos de tanto chorar, e fungava choramingando pela mãe.

— Não aguento mais ouvir o choro dessa catarrenta insuportável. Talvez ela pare de chorar tendo alguém pra brincar. — disse um homem empurrando a garotinha pra dentro — Divirtam-se. — fecha a porta rindo, achando graça da situação.

George e Emanuel trocaram olhares perplexos pela situação.

A menina loira, funga, olhando em volta, procurando pelos pais e quando percebe que não estão ali começa a chorar.

George suspira e abaixa — Shhh... está tudo bem princesinha... o homem feio já foi.

A menina olha para trás fungando, como se confirmasse e olha para George, que sorri amigável. 

— Olha... eu tenho umas balas. Quer? — Nicolas oferece, amigável.

A menina funga e assente tímida. Nicolas sorri, e vai até a menina entregar as balinhas, meio derretidas, mas para a menina não fez diferença. 

George sorri, deixando Nicolas conduzir a situação, afinal crianças se entendem. Emanuel se juntou ao avô, observando. Nicolas e a menina conversaram um pouco, logo ela parou de chorar e o garoto a levou até o avô e o irmão.

— O nome dela é Stella... Ela disse que um homem mal a tirou se casa. 

Emanuel sorri fazendo carinho nos cabelos da menina — E os pais?

— Melina e Benny. Ela disse que eles estão vindo salvá-la.

George suspira — Pobrezinha.

***

No restaurante

De volta ao restaurante, o grupo ainda não havia recebido nenhuma instrução de Eros e Ísis.

Já faziam horas que eles estavam com Melina, Benny e Íris como reféns, depois da fuga do shopping, não houve mais notícias.

Lobo selvagem estava subindo pelas paredes de preocupação, tiveram que segurar o rapaz inúmeras vezes, para que ele não saísse a esmo pela estrada a procura da esposa.

Seus amigos estavam tão preocupados quanto, mas sabia que precisavam manter a calma.

Marina e Pente fino tentavam entrar em contato com eles, o abrigo oficial em Brasília ou qualquer outra ajuda possível, mas parecia que não existia mais nenhum sinal a captar.

Depois de um dia inteiro de tentativas, as duas conseguiram um contato, com muita interferência, mas era possível identificar a voz de Íris.

A loira deu instruções básicas, do que viu no caminho até o abrigo. 

— Venham logo!

Continua em DUAZZ - Diário de um apocalipse zumbi Capítulo IX

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