Everything I Ever Wanted ϟ Marcus Rashford ✓✅

◈ Chapter 31 - Forgiven ◈

"And though I never said it with words
There was love in the silence
Even now after all of these years
You're the light in my darkness
Darling please, listen close and you'll hear
There's still love in the silence
Even now after all these long years
You're the light in my darkness"

- In The Silence
JP Cooper

Thursday, 9th january 2020

- O teu cheiro. Reconheci-te pelo teu cheiro. E tu és a única pessoa que podia entrar neste quarto, excepto os profissionais de saúde. De tudo o que eu fiz, não posso esperar muitas pessoas do meu lado no momento mais triste da minha vida. Tu és diferente. Aproxima mais, desta vez prometo que não irei te fazer sentir por baixo. - ela começa a tossir sangue, o que me deixa preocupada. - Não precisa preocupar ao ver isto. Não há o que fazer mais para mim.

Vê-la neste estado, estava a tornar uma situação lamentável para mim.

- Por favor, não tenha pena de mim. Eu preciso conversar contigo. Posso? Entendo totalmente se não quiseres ouvir nada do que eu disse.

- Sim... podes falar.

- Jasmine, estás a chorar? Menina, não chores. Todas as pessoas possuem os seus próprios destinos, e o meu, chegou ao fim.

- Eu não quero que te esforces tanto.

- E eu não conseguirei descansar em paz, sem falar tudo o que eu pretendo. Fiz-te tanto mal... tornei-me uma pessoa tão má... - começou a chorar. E era um choro verdadeiro. Era um choro que tocava o coração. - Abandonei-te, enganei-te, fiz-te sofrer... tudo por interesse. Fui tão egoísta.

Se ela estava a ser sincera? E porque iria mentir? Num momento como este, qual seria a intenção? Não há intenção. Infelizmente, são os seus últimos momentos de vida, toda a verdade que tinha para dizer, seria agora.

Eu hei de ouvi-la, hei de saber de tudo, por mais que o meu pai me tenha dito, que a mesma tenha falado, eu queria saber se estava enganada ao pensar que um dia mudaria.

- Sabe, quando descobri que estava grávida de ti, primeira coisa que pensei, foi abortar-te. Não o fiz, e deves saber o porquê. Mas quando te peguei no colo pela primeira vez, foi um sentimento único. Foi um sentimento de mãe e filha. A pessoa pequena que eu gerei e coloquei no mundo. Eu emocionei.

- Então, porque me abandonaste? - minha voz estava embargada.

- Não podia te criar. Não seria uma pessoa para ser a tua mãe. O teu pai educar-te-ia melhor, sendo a menina que és hoje. Tão bondosa e gentil. Queria que a minha filha tivesse o melhor, não em questões materiais, mas o contrário. Que estivesse rodeado de todos os melhores exemplos de vida.