"Quem!?"

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Pov's Any

- Papai! – Corro até a porta ao vê-la
sendo aberta.

- Oi, meu amor! - Papai sorri e me pega no colo.

- Adivinha quem está de aniversário
hoje? - Falo sorridente enquanto coloco as mãos sobre seus ombros.

- Eu não sei... Você sabe? - Ele pergunta a mamãe que está na cozinha.

- Eu também não sei... quem é, Any? -
Ela sorri encostando-se sobre o balcão
enquanto seca as mãos.

- EEEEUUU! – Grito levantando os
braços.

- Você? - Papai pergunta enquanto anda até a sala, me colocando sentadinha no sofá - E quantos anos a minha princesinha está fazendo? – Sentando- pse ao meu lado ele tira os sapatos e afrouxa sua gravata.

- Assim, papai – Mostro uma de minhas mãos com os cinco dedos abertos.

- Cinco anos? – Ele diz com uma
expressão surpresa no rosto - Como
você está crescendo rápido, pequena!

- Eu não sou pequena! – Cruzo os braços fazendo bico.

- É sim! – Ele ri fraco, ainda me olhando.

- Não sou não! – Faço mais bico e viro o rosto para o outro lado.

- É sim! – Me puxando para ele, e me
deitando no sofá, suas mãos vão até
minha barriga e começam a fazer
cocegas pela região.

- Mamãe... me ajuda... mamãe... - Eu
dizia entre gargalhadas.

- Só vou parar quando você dizer quem é minha pequena! – Suas mãos descem para meu pés e com uma delas ele segura minhas duas pernas, começando a fazer cócegas com a mão livre.

- Eu papai... eu sou sua pequena - Digo
na tentativa de fazer ele parar com as
cócegas que me deixavam sem fôlego.

- Pare de judiar da menina, Noah! -
Mamãe vem até o sofá e senta ao meu
lado, tirando as mãos dele de mim.

- Papai... tenho uma coisa para
você! - Sorrio subindo as escadas,
e rapidamente volto com um papel
dobrado em mãos.

- O que é isso? – Ele sorri me colocando sentada no sofá novamente - É para mim?

- Sim, papai! Eu que fiz! – Estendo o
papel dobrado para ele.

Mas algo o impede de abri-lo, o
estrondo da porta sendo arrombada
assusta a todos, pulo no colo de mamãe e escondo o rosto no pescoço dela, o molhando com minha lágrimas.

- Noah Urrea, você está preso por
tráfico de drogas, contrabando e porte
ilegal de armas!

Levantando o rosto, vejo papai indo até os homens fardados com as mãos na cabeça.

- Papai... – Corro até ele e soluço
abraçada nas suas pernas.

- Está tudo bem, amor... eu vou voltar...

Sonho off~

Acordo sentindo um gélido vento
sobre meu corpo, fazendo com que
os pelos de meus braços que estavam
descobertos, se arrepiem. Olho para
o meu lado, e vejo a cama vazia, o
colchão e o travesseiro ainda estão
amassados e abaixados, o que significa que ele se levantou a pouco tempo. As cortinas sobem ao teto após mais um sopro do vento, o balançar delas faz- me ver que uma das janelas está aberta, inquieta, me levanto e vou até a mesma,a fechando e a trancando.

Vejo que estou seminua, e sorrio ao
olhar para as roupas jogadas no chão,
lembranças da nossa noite invade meus pensamentos e meu sorriso só aumenta.

Uma luz fraca vinda do corredor me
chama atenção e eu vou em direção
a porta, mas antes que eu chegue na
mesma, recuo dois passos ao ver uma
sombra se distanciando, curiosa, e
querendo saber onde Josh está, coloco
sua camisa que estava jogada aos pés da cama e saio no corredor.

- Josh? - O chamo baixo, colocando
apenas a cabeça para fora do quarto.

- Estou aqui, Any! – Sua voz é baixa o
suficiente para eu não conseguir ouvir de onde ela vem.

Olhando para o fim do corredor, vejo
novamente a sombra, dessa vez mais
nítida, mas do mesmo jeito que antes, se afastando.

- Por que está fugindo? - Saio do quarto e vejo novamente a sombra sumir.

- Eu estou aqui, amor! - A voz continua baixa, e dessa vez abafada.

Começo a andar pelo extenso corredor, com os olhos vidrados na parede ao fim dele, chama minha atenção todas as portas ao longo do caminho estarem abertas, o que é estranho, pois Josh antes de deitar-se e dormir certifica-se de que todas elas estejam devidamente fechadas.

- Aqui onde? – Pergunto com a voz mais alta e continuo caminhando em passos curtos.

- Aqui, amor! – A voz está mais alta,
mostrando-me que estou no caminho
certo.

Enquanto ando até o fim do corredor,
um barulho atrás de mim me faz virar
assustada, e uma luz fraca mostra uma silhueta conhecida por mim na porta de meu quarto.

- Você está brincando comigo, é? –
Sorrio aliviada, por finalmente tê-lo
encontrado.

Caminho em passos largos até ele, mas ao passar pela porta de seu quarto, braços até então desconhecidos por mim, envolvem minha boca e minha cintura, me puxando para dentro do quarto e fechando a porta.

Sou arrastada até a cama, e deitada
na mesma, um peso de um corpo é
colocado sobre mim e a mão em minha boca me impede de gritar.

Começo a me debater assim que sinto
beijos sendo deixados em meu pescoço, meu olhos a essa altura estavam marejados e fechados com força, enquanto eu com os punhos cerrados me debatia o quanto conseguia para tentar escapar.

- O que você está fazendo? – A voz
conhecida por mim se faz presente no
ambiente, mas eu estou muito nervosa e apavorada para reconhece-la.

A luz do abajur é acesa e eu abro meus olhos o olhando, em seu rosto surge uma expressão confusa, e eu tenho certeza que não estou diferente.

- Você está aqui... - Falo em um sussurro tocando o corpo dele, e o apertando de leve.

- Sim, meu amor – Ele acaricia meu
rosto, tirando os cabelos que o cobriam- Em carne e osso, estou aqui!

- Mas... como? - O olho nos olhos.

- Como o que? - E como se fosse
impossível, sua expressão se torna mais confusa.

- Você... onde você estava? - O apavoro
é notável em minha voz e em meus
toques trêmulos sobre seu corpo, que
ainda está sobre mim.

- Eu fui no banheiro, mas o do seu
quarto estava sem papel e eu tive que
vir nesse do corredor - Suas caricias em meu rosto continuam - Onde pensou que eu estava?

- E por que não me avisou? - Saio da
cama e fico o olhando com as mãos na
cabeça.

- Por que você está assim? O que
aconteceu, meu amor? – Ele se
aproxima.

- Mas espera aí... se você está aqui
comigo, quem estava lá no corredor?

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Maratona 5/5

Xoxo Ray😘

YES, DADDY ¤¤ "Beauany"Where stories live. Discover now