"I'm Sorry"

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22:30 p.m.

Pov's Josh

- COMO ASSIM DYLAN É ESPIÃO DE HEITOR? - Pergunto indignado andando de um lado para o outro dentro daquele escritório.

- Calma, Josh... - Any chega
perto de mim e pega em meu
braço.

- Me deixa quieto! – Por um
impulso empurro ela sem querer
e a mesma cai sentada no
pequeno sofá.

- Josh, se controle! - Bailey diz
indo até ela.

- COMO VOU ME CONTROLAR?
ME DIZ! ELA SÓ ME TRÁS
PROBLEMAS, E EU TENHO QUE
RESOLVER TODA ESSA MERDA
COLOCANDO A VIDA DE TODO
MUNDO EM RISCO! - Falo jogando as palavras para cima dela, e me arrependendo na hora de ter falado tudo - Me diz o que mais você sabe! - Falo suspirando
fundo, e direcionando meu olhar
a Bailey.

- Eu disse a eles que tinha um
irmão gêmeo e... - Ele conta toda a história detalhadamente, e sem
deixar de fora o tanto de vezes
que quase se cagou de medo.

....

- Já está tarde... nós vamos indo la - Kristian fala se despedindo de
Gabrielly que está cabisbaixa no
sofá, por culpa minha, eu sei.

- Tudo bem... amanhã vejo vocês
na empresa, e quero que vão
direto a minha sala, não troquem
uma palavra com Mike! - Falo
abrindo a porta para eles.

- Tudo bem, boa noite Any - Bailey grita para ela, que só acena com a cabeça - Cuide dela... - Ele fala baixo e da as costas pegando na mão de Kristian e entrando no carro de Lamar, que os levaria para casa.

Sem olhar para ela, subo as
escadas e vou para o banho,
talvez tenha sido o banho mais
demorado da minha vida, mas foi onde eu chorei, por medo de
perder Gabrielly, foi onde eu fiquei com raiva, de Mike, de Heitor e de mim mesmo, onde eu quis me esconder, correr, gritar e
espernear, para ver se tudo isso
passava, e foi também onde eu me perguntei quando tudo isso iria acabar e se algum dia eu vou
poder ser feliz com Gabrielly, longe disso tudo e sem medo de um psicopata matar um de nós, ou todos nós.

Pov's Any

Vejo Josh subir as escadas sem
olhar para mim, espero ouvir o
barulho de sua porta fechando e
subo para meu quarto, indo para
o banho.

Tiro minha roupa e me olho no
espelho enquanto a água
esquenta, vejo uma menina
completamente perdida, sem
rumo, sem chão, se estruturas e
muito menos sem saber o que
fazer, meu olhar transmite
insegurança e medo, e sem contar nas olheiras que estão surgindo em meu rosto.

Entro debaixo do chuveiro e me
permito chorar, deixo que a água
do chuveiro leve para o ralo tudo
o que está me corroendo, a minha incerteza, a minha insegurança as minhas dúvidas. Soluçando consideravelmente alto, fecho o chuveiro e me enrolo na toalha, saio do banheiro a procura de um
pijama e dou de cara com Josh
sentado em minha cama.

- Pode sair, por favor? - Falo
abrindo o guarda-roupa.

- Não, eu quero conversar com
você... - Ele fala calmo, e mesmo
sem olha-lo, consigo sentir seu
olhar sobre mim, sobre meu
corpo, me deixando quente e
irritada ao mesmo tempo.

- Eu quero que saia daqui! - Me
visto rapidamente, na esperança
de que ele não me visse.

- Gabrielly, não complique as
coisas... - Ele fala se levantando.

- Complicar? Eu complicando as
coisas? Bom, parece que é só isso
que eu estou fazendo
ultimamente, lhe dando trabalho e complicando as coisas - Falo em
um tom irônico.

- Eu queria pedir desculpas... - Ele
fala se aproximando.

- Desculpas pelo que? Por falar a
verdade? Pelo empurrão? -
Pergunto com os olhos marejados.

- Gabrielly... calma, conversa
comigo, por favor - Ele fala
chegando mais perto.

- CONVERSAR? VOCÊ QUER
CONVERSAR? - Me exalto
deixando as lágrimas escorrerem.

- EU ESPEREI QUE VOCÊ FOSSE
ME ABRAÇAR E DIZER QUE
ESTAVA TUDO BEM, OU QUE
FODERIAMOS E PRONTO, MAS
VOCÊ DECIDIU JOGAR TODA ESSA MERDA NA MINHA CARA!

- PARA DE GRITAR, PORRA! JÁ
PEDI DESCULPAS, EU NÃO
QUERIA DIZER AQUILO, MAS QUE CARALHO, PARECE QUE NÃO ENTENDE NADA! - Ele fala no mesmo tom que eu.

- Quem não entende nada é você!
- Cuspo as palavras para ele,
deixando as lágrimas caírem com mais velocidade e a raiva tomar conta de mim.
E em um momento de loucura,
avanço nele dando socos em seu
peito.

- VOCÊ É UM MERDA! EU TE
ODEIO!

Era as únicas coisas que eu
repetia enquanto batia nele, ele
por sua vez, não fazia nada, não
revidava, não ia para trás e não
falava nada, deixava eu bater em
seu peito com lágrimas em seus
olhos, mas sem deixa-las cair.

Por um instante minhas pernas
fraquejam e eu caio de joelhos no
chão, mostrando a ele que eu sou
fraca, que não suporto mais isso, e que eu não consigo suportar os
pesos de todas as consequências.

- Já terminou? Já fez o que tinha
que fazer? - Ele se abaixa em
minha frente e se senta no chão -
Já deu seu showzinho? Ou quer
me bater mais? Eu deixo, se isso
vai lhe fazer melhorar, eu deixo.
Se isso de alguma forma alivia
você, pode me bater, Gabrielly!

Olho para ele ainda chorando,
sem saber o que falar, na verdade sem ter o que falar, suas palavras rodam minha cabeça e eu não consigo processa-las bem. No próximo instante e sem entender nada, estou sentada no colo dele, com ele afagando meus cabelos e me apertando cada vez mais ao seu corpo.

- Vem cá, minha menina, vem cá... - Ele me aperta mais a si mesmo e acaricia meu rosto.

- Eu... eu te odeio... - Falo
gaguejando e com as poucas
forças que tenho o abraço forte.

- Eu sei disso - Ele fala baixo -
Apenas me perdoe, por favor -
Sua voz é de culpa, de remorso, de pena e de piedade, a voz dele sai como uma suplica.

Eu não o respondo, apenas o
aperto mais e continuo molhando sua camisa com minhas lágrimas, eu chorava muito, soluçava alto, e a falta de ar era nítida e mim. E sem dizer mais nenhuma palavra, ele consegue me acalmar, apenas
com seu aperto e com um leve
carinho em minhas costas, o sinto mexer-se abaixo de mim, e suas grandes mãos me pegam no colo, me levando até a cama e cobrindo meu corpo.

Um beijo é deixado em minha
testa e eu fecho brevemente os
olhos, escutando ele se distanciar
e seus passos ficarem cada vez
mais baixos.

- Fica aqui comigo... - Falo baixo
indo mais para o lado na cama.

- Tem certeza? - Ele pergunta e eu
faço que sim com a cabeça.

A porta é encostada e ele se
aproxima novamente, afasta a
coberta e se deita ao meu lado,
sem me olhar e sem falar nada ele se cobre e fica olhando para o
teto.

Decido tomar a iniciativa de me aproximar, deito minha cabeça entre seu pescoço e seu ombro, e colocando minha mão por dentro de sua camisa acaricio seu peito antes surrado por mim.

-Me... me perdoe - Falo baixo.

- Durma... - Ele fala pegando em
minha mão e entrelaçando nossos dedos.

- É sério, me perdoe - Falo
apertando sua mão.

- Está tudo bem, agora durma!

Sinto a barba rala de seu queixo
sendo roçada levemente em
minha testa.

Sem o responder, ou insistir mais
por perdão, acabo dormindo em
seus braços, e não importa o que
aconteça eu sempre volto para ele, sempre para o mesmos braços, sempre para o mesmo aperto,  sempre para o mesmo calor, e a verdade, é que eu o amo.

YES, DADDY ¤¤ "Beauany"Where stories live. Discover now