New House!

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Pov's Any

Meus olhos transbordam em
lágrimas assim que eu termino de ler o pequeno bilhete, minhas
pernas ficam bambas e eu caio
ajoelhada no meio do banheiro.
Josh corre até mim e se ajoelha
também, ficando cara a cara
comigo, estendo o bilhete, e após
lê-lo, ele o amassa e o coloca na
pequena lixeira ao seu lado.

- Será que nem morto ele vai me
deixar em paz? - Pergunto com a
voz falha e com a cabeça baixa.

- Eu preciso que você se acalme...
- Sentando-se no chão frio, ele me
puxa para seu colo.

- Eu já estou cansada de você me
pedir calma! - Falo ao me
levantar e ficar em pé novamente.

Ele se levanta e fica me olhando, o banheiro é tomado por tensão e o silêncio se estala entre nós, seus olhos levemente arregalados me mostram que ele está surpreso com minha fala, e não esperava por isso, talvez não vindo de mim.

- Por que... Por que você está
agindo assim? Meus braços não
lhe confortam mais? - Ele
pergunta baixo, ainda me olhando incrédulo.

- Não é isso... É que você não
entende, sua vida foi fácil, você
não tem traumas e isso lhe faz
seguir todos os dias, trabalho,
sexo, comida e casa, e eu... Eu
sonho, eu lembro, eu tenho
pesadelos... Eu trouxe os meus
medos, os meus monstros para a
sua vida! - Desabo - Você não tem
que passar por tudo isso...
Quantas coisas caras você perdeu
naquele incêndio? Quantas folhas de trabalho você vai ter que refazer? Quantos coisas boas que nós acumulamos dentro daquela casa, e agora tudo se foi... Por culpa minha!

- Chega! - Sua voz é firme - Não
quero mais ouvir você falando
desse jeito, até parece que meus
sentimentos por você não valem
de nada! - Ele passa as mãos no
cabelo, provavelmente procurando palavras - Você é tudo o que eu tenho! Tudo! - Se
aproximando, ele pega em
minhas mãos - Eu amei você
desde o dia em que lhe vi naquele orfanato, e não sei se eu seria o mesmo, ou se eu me tornaria quem eu me tornei hoje sem você comigo. Nós estamos juntos a quase um ano, Any, como você ousa dizer que eu também não tenho que passar por isso com você? Eu já disse e vou repetir, vou do céu ao inferno por você! Do que mais você precisa para ver que eu te amo demais e que nada nem ninguém vai me tirar de
você?

- Eu... Eu só... Me desculpe... - Já
entre lágrimas, minha fala sai
cortada por soluços repentinos.

- Está tudo bem, eu estou aqui com você e não vou a lugar nenhum!

Ele tira o resto de minhas roupas e tira sua cueca, me puxa
suavemente para dento do boxe
liga o chuveiro, assim que a água
esquenta ele me puxa para si, e
me abraça.

A água cai sobre nossas cabeças
na mesma suavidade com que ele
acaricia minhas costas, meus
seios prensados contra seu peito e meu rosto amassado contra seu
ombro esquerdo, sua cabeça
deitada sobre minha e seu corpo
em embalando levemente para
um lado e para o outro, e eu...
Segura, em casa, em paz!

Sim, Josh, você me traz
segurança, seus braços são
confortáveis, e seu aperto é minha salvação em meio ao caos. Seu cheiro me tranquiliza e suas
caricias tocam o ser sensível que
existe dentro de mim. Eu o amo
como nunca amei ninguém em
toda minha vida, e agora, juntos,
embaixo dessa água, vejo que a
casa não era nada perto da
imensidão de sentimentos que se
misturam quando estamos juntos.

Meu coração dispara toda vez que vejo o carro dele e não o de Noah na frente da escola, meus arrepios contínuos se fazem presente toda vez que ele me toca, do toque suave ao ardente, e do toque delicado ao toque bruto, voraz. Meus sorrisos bobos pelas manhãs, são resultados de vê-lo dormindo, ele parece uma obra de arte, os fios de cabelos caídos perfeitamente sobre sua testa, seus braços por cima de meu corpo, e sua respiração tranquila e suave sobre meu pescoço, sua boca entre aberta e seu corpo nu,
essa é minha visão pelas manhãs,
as quais eu adoro.

Sim, eu o amo, do fundo e de todo o meu coração, eu o amo e o amarei para sempre

- Eu te amo... - Falo em um
sussurro, mais para mim do que
para ele.

- Eu também te amo! - Sinto sua
bochecha mexer sobre meu coro
cabeludo, o que me faz perceber
que ele está sorrindo.

- Me desculpe por isso, e por tudo
que já falei que o magoou... Nunca foi essa a intenção - Ele me corta.

- Shhh... Está tudo bem! Estamos
juntos e isso que importa!

Depois de um tempo trocando
caricias, tomamos um banho
normal e logo saímos do banheiro, sorrimos um para o outro ao ver as roupas dos meninos em cima da cama e as vestimos, nos deitamos e sem demoras, dormimos.

- Três dias depois-

Já estamos a quatro dias na casa
dos meninos, Kristian surtou ao
saber que a casa pegou fogo, e
claro que eu não o reconheceria
se ele não surtasse.

Mesmo que eles não falem, eu
sinto e vejo que eles estão
incomodados com nossa presença aqui, nós estamos os privando de fazer muitas coisas e isso me deixa mal, me deixa inquieta e sem saber exatamente como agir.

- Eu vou lá... - Josh diz pela
décima vez no mesmo dia.

- Eu realmente não posso ir junto? - Insisto.

- Eu já disse que não! - Ele fala e
sai do apartamento, sem mais
nem menos.

A três dias ele tem dado essas
saídas estranhas, ele não fala para onde vai e não fala que horas vai chegar, sempre chega tarde e com um grande sorriso no rosto. Sem me deixar ir junto, ele da a desculpa de que é coisa do trabalho,mas Kristian e Bailey, que trabalham na empresa dele, me garantem que ele não aparece lá a exatos três dias.

Meu couro cabelo formiga com o
pensamento de uma possível
traição, e meu coração erra as
batidas ao pensar que ele
realmente encontrou alguém
melhor que eu.

Noah ainda está no hospital, e eu
não acumulei coragem para ir vê- lo, e aqui, sentada no sofá e
sozinha nesse apartamento, só me resta dormir para não me perder em pensamentos torturantes e perturbadores.

Me deito no sofá e me encolho,
abraço minhas pernas e solto um
longo suspiro, a tentativa falha de dormir faz-me virar e revirar no sofá, a procura de uma posição confortável, e quando finalmente a encontro, ouço a porta abrir, os sons dos passos tão conhecidos por mim, se aproximam e o olhar ardente sobre minhas costas faz-
me apertar os olhos.

- Amor... - Ele me chama baixo,
colocando sua mão em meu braço e me chacoalhando de leve- Baby, acorde...

Tento fingir que estou dormindo,
para evita-lo, para não ter que
cruzar seu olhar alegre e cheio de
vida com o meu, vazio e escuro.

Resmungo algo sonolento e me
remexo um pouco, sinto ele se
sentar ao meu lado e continuar
me chamando. Sua voz tem
empolgação, tem entusiasmo,
como se ele tivesse em suas mãos
o maior segredo do mundo e
pudesse me contar.

- Oi? - Me dou por vencida, talvez
por pena de decepciona-lo. Viro-
me devagar para ele o me sento
no sofá, coçando os olhos e
fingindo um falso desperto.

- Preciso que venha comigo! - Ele
sorri, e sua empolgação me enjoa.

- Onde? - Pergunto baixo e
finalmente o olho.

- Surpresa! - Ele se levanta e
estende a mão.

- Me diga o que é! - Falo firme e
cruzo os braços.

- Por favor... Apenas venha
comigo! - Ele movimenta a mão
para que eu a pegue, e novamente rendida, eu a pego, me levantando e o seguindo quarto a fora.

Descendo até a garagem,
entramos em seu carro, o qual ele tem mil e uma chaves reserva, e obviamente sabe onde as guarda.

Mais ou menos quinze minutos
depois, ele estaciona em frente a
uma casa linda, não é muito
grande e nem muito pequena,
de fora percebe-se que ela tem
apenas um piso e que tem um
imenso quintal nos fundos.

Descendo do carro, ele abre a
porta para mim e estende-me a
mão pela segunda vez no dia,
rendo-me a ele novamente a pego, logo saindo do carro e o vendo fechar a porta e o trancar.

- Onde vamos? - Pergunto curiosa.

- Para nossa nova casa, amor! -
Ele sorri para mim e entrelaça
nossos dedos.

YES, DADDY ¤¤ "Beauany"Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα