"Minha filha!"

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- Eu já disse, depois nós vamos lá,
Kristian!

E pela milésima vez eu ria vendo Bailey bravo com Kristian. Estamos na fila do banheiro porque Josh inventou de tomar umas três garrafas de água
e agora está quase fazendo suas
necessidades nas calças.

- Mas eu quero o peixe agora! - Kristian cruza os braços olhando para uma barraca que está dando peixes de
brindes.

Para ganhar o peixe tem que acertar
cinco vezes o mesmo alvo com pistolas de água, Bailey não quer um peixe, e muito menos brincar, já Kristian... OS olhos dele brilham a cada vez que uma criança passa por nós com um saquinho cheio de água e um peixe nadando dentro.

- Kristian, pelo amor de Deus! - Bailey
passa as mãos no rosto - Por que você
quer a porra de um peixe?

- Para ficar comigo... - Kristian o responde fazendo bico.

- Se você fizer isso um dia... eu vou
embora! – Josh me puxa mais para ele
e sussurra em meu ouvido.

- Ah... mas eu queria um peixinho... -
Sussurro de volta e solto um riso fraco, ainda prestando atenção nos dois a minha frente.

- O que eu faço com você, Kristian? Na
verdade, o que eu não faço? – Bailey está irritado, mas seu amor por Kristian o faz fazer coisas que nem ele sabia que teria coragem ou a audácia de fazer.

Já consigo vê-los brigando pelo aquário, pelo nome e até pela limpeza do peixe. Com certeza Kristian vai querer outro peixe com a desculpa de que esse irá ficar sozinho, ou irá ficar uma semana sem falar com Bailey caso ele perca todos os alvos e não ganhe o peixinho dourado.

- Você não vai pega o peixinho pra
mim? - Kristian fala com a voz arrastada, manhoso.

- Vou, Kristian! Eu pego o caralho do peixe pra você! – Bailey novamente revira os olhos e se aproxima de mim e de Josh.

- Eu vou lá tentar pegar em peixe pra
esse aí – Ele aponta com a cabeça para
Kristian – Se não ele não vai ficar quieto o resto da noite!

- Boa sorte, Bailey! – Josh fala com um
sorriso fraco.

- Se conseguir mais de um, trás pra
mim! - Sorrio.

- Eu vou gastar todo meu dinheiro
tentando conseguir um peixe, imagina dois!

Abraçando a cintura de Kristian, Bailey o conduz até a barraca dos famosos peixinhos dourados.

- Any, eu vou ali, não vou demorar tá?
E não sai daqui! - Josh diz tirando seu
braço de meus ombros e vai em direção ao banheiro, onde um homem um pouco mais alto que ele acaba de sair.

- Vou ficar aqui... lhe esperando! -
Sorrio para ele e o vejo fechar a porta
do pequeno banheiro.

Ao olhar para a barraca dos peixes,
vejo Bailey com duas pistolas nas mãos atirando tudo errado. Kristian está de braços cruzados e olha sério para Bailey, que ao ver seu olhar para de brincadeira e começa a tentar atirar direitinho no alvo.

- Vamos, querida?

Uma onda de vento totalmente
inesperada me invade fazendo- me
arrepiar, meu cabelos voam em
meu rosto e o arrepio continua se
espalhando continuamente.

Uma mão grande e áspera passa pelas
minhas costas e pega em meu ombro
nu, sinto de novo o arrepio se espalhar por todo meu corpo, não de frio e sim, de medo. Eu sabia que não era a mão de Josh, eu sabia que a voz não era de Josh, eu sabia que aquele ali do meu lado, me segurando firmemente, não era o meu Josh, e sim, Heitor.

- Se você gritar... o seu Daddyzinho
morre!

Ao olhar para o banheiro, vejo a porta
ainda fechada, o que me da um certo
alívio. Dois homens se aproximam da
porta do banheiro com as mãos nas
costas e trocam olhares cúmplices.

O que... o que você vai fazer? – Junto
toda minha coragem e mesmo assim
minha voz sai falha e gaguejada.

- Tudo o que ainda não fiz!

Pov's Kristian

- Obaaaaaa... - Grito feliz pegando
o pequeno saco transparente com o
peixinho dourado nadando dentro.

- Você gostou? – Bailey pergunta
devolvendo as pistolas de água ao moço da barraca.

- Sim, amor! - Sorrio para ele.

- Vem aqui, Kristian... - Sou puxado pelo braço para trás da barraca - Eu queria me desculpar... sei que fui horrível com você, fui grosso e tudo mais.

- Está tudo bem, Bailey... eu já aprendi a conviver com seu mal humor - Olho nos olhos do garoto.

- Mas não deveria, eu tenho que
mudar minhas atitudes e estou ciente disso... apenas me perdoe e eu mudarei meus aspectos – Ele suspira - Sei que isso lhe deixa magoado, e eu não quero isso!

- Ei – Pego no rosto dele com uma das
mãos – Está tudo bem, Bailey... em casa nós conversamos sobre isso, tá? Vamos curtir à noite com Josh e Any, e não vamos deixar nada estragar isso! Tudo bem?

O vejo assentir com a cabeça e um
pequeno sorriso se abre em meu
rosto, nossos lábios se juntam em um
demorado selinho e meu coração se
preenche novamente.

- Vamos? – Ele estende a mão para mim.

- Vamos! – Sorrio pegando na mão dele.

Ao darmos a volta na barraca e
olharmos para onde Gabrielly e Josh
estavam, não vemos nenhum dos dois,
nos entre olhamos confusos e vemos
Josh sair do banheiro, logo corremos
até ele.

- Cadê a Any? – Eu e Bailey
perguntamos ao mesmo tempo.

- Eu que pergunto, cadê ela? - O
nervosismo se faz presente nas suas
expressões e ele pega o telefone, disca
o que se parece ser o podemos escutar o “caixa postal” – Mas que inferno!

Pov's Any

Me forçando a seguir seus passos, o
acompanho até uma parte isolada do
parque. Os mesmos dois homens que
ficaram na porta do banheiro, agora
seguem a gente, talvez para evitar que
eu fugisse.

- Entra! – Ele diz autoritário e abre a
porga do carro.

- Não entra!

Uma voz conhecida por mim chega
no local fazendo com que eu me vire
para vê-lo, ele veste roupas escuras e
eu não fazia ideia que ele estava aqui.

Tirando duas armas da cintura ele atira ao mesmo tempo nos dois homens, que caem no chão com a mão no peito.

- Eu vou matar a garota! - Heitor diz
segurando em meu braço e repete os
movimentos do homem a minha frente, tirando uma arma da cintura.

- Eu garanto que você morre antes! -
Apontando as duas armas para Heitor, o homem a minha frente se aproxima devagar.

- Tente a sorte!

Me jogando dentro do carro, Heitor
consegue correr até a porta de
motorista e entra no carro, mas ao dar
partida, um tiro é dado no pneu.

A porta detrás é aberta e eu sou puxada com tudo para fora. Me arranho um pouco e caio no chão por cima do homem. E mesmo com a porta aberta e com o pneu furado, Heitor arranca com o carro e vai embora em uma velocidade desesperada.

- Você está bem, minha filha?

- Estou, Noah... muito obrigada... -
Abraço o homem e logo me levanto
estendendo a mão para ele.

- Fiquei com tanto medo que ele
conseguisse lhe levar...

Ele me abraça forte, e eu sem entender absolutamente nada, retribuo o abraço apertado.

- V-você me chamou de... filha?
- Olho para ele, saindo de seu aperto.

- Sim... minha filha...

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Maratona 1/5

YES, DADDY ¤¤ "Beauany"Where stories live. Discover now