Capítulo - 16

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A paciência é uma virtude, que poucos conseguem administrá-la com sabedoria, por isso eu respiro fundo e coloco um sorriso no rosto, usando a boa educação que meus pais me deram e assinto caminhando novamente pelo corredor, me aproximando da porta...

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A paciência é uma virtude, que poucos conseguem administrá-la com sabedoria, por isso eu respiro fundo e coloco um sorriso no rosto, usando a boa educação que meus pais me deram e assinto caminhando novamente pelo corredor, me aproximando da porta que está aberta apenas esperando que eu passe por ela, sendo fechada logo em seguida.

Viro-me e a encaro, aguardando que ela comece a falar, no entanto ela apenas fica me avaliando em silêncio, medindo-me da cabeça aos pés, mas isso não me incomoda e muito menos, me intimida, pois estou acostumada a ser observada, principalmente estando nas passarelas, porém, o tempo passa e isso impossibilita que eu esteja de fato com quem eu gostaria de estar: o amor da minha vida.

- Então Dona Laura, o que a Senhora quer falar comigo? - Ela se senta no sofá e cruza as pernas, mas continua em silêncio e se ela estiver tentando testar a minha paciência, vamos ver aonde isso vai parar, mas logo ela começa a falar.

- Você está diferente, Menina. - Agora quem fica em silêncio sou eu e ela continua. - Está mais segura de si e não mais aquela menininha assustada que vivia correndo por essa casa.

- O tempo passa e as circunstâncias faz com que amadurecemos, não é verdade? - Pergunto retoricamente, pois prossigo. - Mas eu tenho certeza que a Senhora não me chamou aqui para relembrar os tempos da minha infância.

- Está mais insolente também. - Ela torce o nariz e eu sorrio não me importando com a sua tentativa de me insultar. - Sente-se! - Ela ordena e eu cruzo os braços, ainda sorrindo.

- Eu estou bem assim, não precisa se preocupar comigo. - Friso o "preocupar" por saber que ela pouco se importa com o meu bem-estar, mas quer apenas mostrar superioridade. - No entanto, se a Senhora puder ir direto ao ponto, agradeço, pois tenho algo mais importante para fazer no momento.

- Mais importante, como correr atrás do meu neto, eu presumo. - Ela fala de forma ácida e meu sorriso se amplia, mesmo estando nervosa por saber o rumo que essa conversa vai levar, mas eu resolvo tocar num assunto que está entalado em minha garganta.

- Por falar no seu neto, Dona Laura, será que a Senhora poderia me dizer o que fez com as cartas que eu enviei para o Christian? - Ela desvia o seu olhar ferino por um momento, mas volta com sua arrogância de sempre.

- Eu não sei do que você está falando.

- Tudo bem, Dona Laura, se a Senhora quer fazer esse joguinho comigo, eu não me importo e sinceramente isso não tem mais importância, afinal, hoje eu posso dizer a ele pessoalmente o que não foi possível dizer naquela época. - Eu coloco a mão no queixo e faço uma cara pensativa, mas volto a sorrir. - Aliás, hoje eu posso não só dizer, mas fazer o que não foi possível fazer durante esses quase oito anos que estivemos separados. - Vejo a sua máscara polida cair e ela se levanta irritada.

- Você voltou apenas para estragar a vida do meu neto, não é Menina? - Eu deixo a complacência de lado e respondo no mesmo tom.

- Não, Dona Laura, eu voltei para evitar que o Christian pudesse cometer o maior erro da vida dele, seguindo uma carreira que não é a que de fato ele quer.

Entre o Dever e o AmorWhere stories live. Discover now