Capítulo - 15

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Desde que saímos do Shopping, estamos em absoluto silêncio dentro do carro, mas eu devo admitir que inclusive eu precisasse desse tempo apenas com os meus pensamentos, mesmo sentindo uma de suas mãos segurando a minha, enquanto mantém a outra firm...

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Desde que saímos do Shopping, estamos em absoluto silêncio dentro do carro, mas eu devo admitir que inclusive eu precisasse desse tempo apenas com os meus pensamentos, mesmo sentindo uma de suas mãos segurando a minha, enquanto mantém a outra firme no volante, porém eu tenho certeza que sua cabeça está em uma batalha que ele não sabe a quem escutar e, confesso que eu também esteja uma verdadeira bagunça, mas diferente dele é claro, porque eu não tenho nenhuma dúvida quanto aos meus sentimentos por ele, mas por pensar como eu consegui jogar a minha timidez de lado e simplesmente atacá-lo naquele estacionamento e não vou negar que esse beijo foi bem diferente dos outros - o que foi apenas dois e um deles teve um sabor agridoce devido a nossa despedida - que recebi de Christian.

Porém eu apenas segui as minhas emoções naquele momento, não pensando nem mesmo que poderia ser rejeitada, mas sinceramente, quando eu sugeri que víssemos algum filme, eu não imaginava que veríamos um tão triste, mas tão bonito quanto A cinco passos de você e, que poderia se encaixar tão perfeitamente a nossa história, mesmo que sejam por situações diferentes, pois aquele caso é uma ficção que não teve um final feliz, pelo menos não o esperado por mim é claro, mas a minha história com Christian é mais real do que eu gostaria que fosse, pois além do amor que ambos sentimos - agora eu tenho certeza que ele também ainda me ama -, veio também à dor, à mágoa e o longo tempo que passamos separados.

Eu tenho ciência do que sentimos não é errado, tanto que estou disposta a agir de forma tão discrepante do que costumo ser para não deixar que o amor da minha vida cometa uma loucura, por seu senso moral do que ele acredita ser errado e se Ordenar a Diácono, estando apenas a um passo de ser um Sacerdote, pois diferente do filme que vimos, não há nada, absolutamente nada que nos impeça de ficar juntos e se eu puder evitar que soframos por ter que ficar afastados, com certeza é isso que eu farei e, é justamente por esse motivo, que não permitirei que ele fique se martirizando e muito menos lhe darei a oportunidade de fugir novamente, pois se isso voltar a acontecer, eu não insistirei mais e seguirei em frente, custe o que custar.

- Christian! - Aperto a sua mão, chamando a sua atenção no momento que ele estaciona o carro na garagem de sua casa, fazendo com que ele me olhe e posso ver a tormenta em seus olhos. - Não pense demais, pois seja o que estiver pensando, você está errado.

- Ana, eu...

- Não, Christian!

Solto o meu cinto e faço o mesmo com o dele e num movimento rápido, eu monto em seu colo, fazendo com que a minha saia suba ao ponto de quase deixar a minha calcinha a mostra, mas nesse momento, não estou pensando em pudores ou em arrependimentos futuros e essa minha atitude o deixa assustado.

- Ana! O que você está fazendo?

- Apenas fique calado e me escute. - Eu falo séria e ele engole em seco e, aproveito para me acomodar melhor em seu colo, entre o espaço apertado do banco e o volante. - Há quase oito anos, você queria se convencer que eu estava confusa com os meus sentimentos por ser muito nova e dessa forma, resolveu entrar no Seminário por se sentir culpado, por acreditar que o que começou a sentir por mim fosse pecado.

Entre o Dever e o AmorWhere stories live. Discover now