A Babá || Beauany {2° Temporada}

31

Any Gabrielly.

Eu e Josh já estávamos dentro do carro, logo de manhã cedo.

- Se lembre de tudo que eu disse - Ele me disse pela quinta vez.

- Eu sei, Josh - Revirei os olhos - Somos duas pessoas que precisaram de terapia, e por isso, você acha que sabe tudo o que vai acontecer lá dentro. Mas a diferença é que eu sou a droga de uma pessoa traumatizada. Você era um drogado.

- Eu só estou tentando te deixar confortável com isso.

- Desculpe... - Suspirei - É que estou me sentindo uma louca.

Depois disso, um silêncio constrangedor soou pelo carro. Eu estava odiando mais que tudo essa situação, mas não podia desistir naquele momento.

- E se ele for um psicopata assediador e me sequestrar? - Quebrei o silêncio.

- Acha mesmo que eu deixaria você na mão de um homem qualquer por aí? Eu pesquisei sobre ele, não se preocupe.

- Ele é bonito? - Perguntei normalmente.

- Você não me perguntou isso, perguntou? - Ele riu - Olha só, eu queria muito que fosse uma mulher, acredite.

- Você não respondeu minha pergunta - Sorri.

- Eu não sei sobre a aparência dele - Deu de ombros - Mas eu espero muito que seja um velho feio.

Revirei os olhos e continuamos o caminho em silêncio. Não demorou muito para chegarmos até o enorme prédio comercial onde o consultório ficava.

- Isso é muito inapropriado - Comentei quando estávamos no elevador - Como um consultório de psicologia pode ficar no último andar de um prédio tão alto? E se alguém vier aqui para perder a fobia de altura?

- Por que está perguntando isso para mim? - Josh fez uma careta.

- Eu só estou querendo não pensar que daqui alguns minutos eu vou precisar contar meus problemas para um completo estranho - Revirei os olhos - Sabe que só estou fazendo isso por você, não sabe?

- Sei. E eu te agradeço por isso.

A porta do elevador se abriu e nós fomos em direção a luxuosa recepção. Tive que assinar um pequeno formulário enquanto esperávamos meu terapeuta.

- O nome dele é Oliver Leroy - Fiz uma careta e deixei a prancheta de lado - Quem se chama assim aqui?

- Ele não é daqui. Acho que nasceu na França - Josh me avisou - Não seja rude com ele, tudo bem?

- Eu vou tentar. Mas se o tal "Oliver Leroy" me irritar, garanto que vou soltar minha língua - Tentei imitar sotaque francês, mas não deu muito certo.

- Garanto que eu não sou irritante - Uma voz grossa e rouca, com um fraco sotaque francês, surgiu do meu lado - E sua imitação foi exageradamente péssima.

Olhei para o lado, assustada, e dei de cara com um homem. Em seu bolso do paletó, havia um pequeno crachá elegante escrito "Oliver Leroy". Senti minhas bochechas corarem imediatamente.

- Desculpe. Eu não quis... - Um nó foi se formando na minha garganta - Me desculpe.

- Tudo bem, não precisa se desculpar - Ele sorriu com os seus lindos e perfeitos dentes brancos.

Na verdade, tudo nele era lindo.

O que me assustava, era o seu tamanho. Ele parecia ter quase dois metros de altura. Os músculos de seus braços quase rasgavam as mangas de seu terno. Nunca imaginaria um psicólogo com essa aparência... Ele me dava medo.