Sixth year - Part VI

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– Você não acha satisfatório estar no sexto ano? – Questionou Louis, erguendo os braços e se espreguiçando na frente do lago. Já estavam no final do recesso de páscoa e tudo estava consideravelmente mais tranquilo se eles tentassem ignorar Umbridge. – Não estamos surtando com o vislumbre do início da vida adulta, nem muito menos entrando nela de fato como os quintanistas e septanistas. Sim... Estar no sexto ano é incrível.

– Ano que vem seremos nós – disse Claire mal piscando enquanto encarava Louis passar os dedos entre os fios de cabelos tentando mantê-los sob controle.

– Ano que vem é outra história. Vamos pensar nisso só quando chegar – ele olhou para as amigas. – Acho que vou voltar para o meu cabelo natural, o que acham?

– Acho que você fica muito gato loiro – disse Annabeth sem tirar os olhos do livro que estava em seu colo. – Se meu tipo ideal não fosse ruivo, alto e levemente idiota, eu teria feito o meu movimento anos atrás. 

– Annie! – Censurou Claire enquanto Louis ria. – Você tem namorado!

– Teria sido xeque-mate – brincou o amigo e Annabeth riu alto.

– Eu só disse que ele é bonito. Todo mundo acha. Ginny me perguntou sobre você um dia desses.

Louis deu um sorriso convencido e se deitou, apoiando a cabeça em seu casaco e colocando um livro para bloquear a claridade do sol.

– Ginny é bonita – disse simplesmente.

Annabeth olhou para Claire que a encarava como se pudesse jogá-la bem no meio do água gelada, a garota deu uma risadinha e ergueu as sobrancelhas para a amiga.

O que foi?, disse sem som algum. Claire não respondeu e Annabeth voltou ao seu livro, a situação dos amigos estava ficando ridícula. Ficava claro para todos que olhavam que eles eram mais que amigos. Louis acompanhava Claire em todos os lugares e por Merlin, que ninguém falasse nada com ela, porque ele ficava prestes a montar um duelo oficial, mas mesmo assim, eles não faziam nenhum avanço realmente. Annabeth achava que a culpa era mais do melhor amigo do que de Claire, que vestia seus sentimentos para todo mundo ver sempre e nunca fazia questão de esconder o quanto ficava encantada com qualquer gesto minimamente afetuoso de Louis.

Ela fez uma nota mental para lembrar-se de que já tinha esperado tempo suficiente para não se meter. Eles sempre se metiam na vida dela, agora era sua vez. Quando finalmente tirou os olhos do seu livro, avistou uma pequena borboleta voando em sua direção e sorriu.

Annabeth e Fred haviam percebido que era muito difícil se comunicar pelo castelo quando estavam distantes, principalmente porque a garota nunca sabia onde o ruivo estava. Ele estava sempre andando para cima e para baixo com George vendendo suas mercadorias ou apenas aprontando alguma coisa que faria Filch arrancar os cabelos. Então, juntos, eles criaram uma forma para saber que um precisava do outro. E essa forma era a pequena borboleta colorida que agora voava ao redor de Annabeth. Ela era laranja, no tom exato dos cabelos ruivos do Weasley e em suas asas haviam pequenas manchas de um de verde muito claro que o garoto afirmava ser a cor dos olhos de Annabeth quando refletiam as luzes que atravessavam a copa do Salgueiro onde o casal passava as tardes quando estavam n'A Toca. Eles ainda não sabiam exatamente a extensão do que a borboleta, que eles haviam nomeado de Salut, conseguia fazer. Ela aparecia com um balançar de varinha e ao ouvir seu nome (em um sotaque francês parecidissimo com o de Fleur, Fred adicionou) procurava a outra pessoa. Se eles estavam por perto, bastava seguir Salut e encontrariam um ao outro. 

– Bom, eu vou encontrar Fred agora – disse Annabeth fechando o livro e se levantando. Ela passou por Louis e deixou com que o objeto caísse na barriga do garoto.

A Love to Remember I FRED WEASLEYWhere stories live. Discover now