Seventh year - Part III

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Annabeth percebeu que após contar sobre seu sonho para Fred, contar para Claire e Louis não foi tão díficil. Os três haviam acabado de sair da aula de Transfiguração, a última aula daquela manhã quando Annabeth contou.

– Você vem sonhando com isso desde que ele foi embora?! – Exclamou Louis. – E não nos contou, sua pateta?

O tom de voz de Louis foi estridente, como sempre, mas seu olhar era terno e ele a abraçou de lado.

– Eu não consegui – respondeu. – Eu sei que parece tolice, mas se vocês vissem... Parece tão real. É horrível vê-lo morrer dia após dia.

– Você já tentou salvá-lo? – Perguntou Claire de repente, fazendo com que Annabeth e Louis a encarassem. – O que?

– É apenas um sonho – disse Louis. – Na pior das hipóteses, uma premonição. Como ela poderia mudar algo?

Annabeth estremeceu ao pensar.

– Eu nunca consigo chegar perto dele. Nas vezes que tentei, era como se ele se afastasse de mim. É como se eu nem existisse lá pra falar a verdade.

– Acho que você deveria tentar de novo – insistiu Claire calmamente. – É o seu sonho afinal. Você deve poder fazer o que quiser nele.

Annabeth assentiu enquanto ouvia a lufana dizer que iria à biblioteca buscar um livro e os encontraria depois do almoço.

De certa forma, o que Claire havia dito fazia sentido. Se tudo ocorria apenas em sua mente, ela conseguiria mudar, não é? Annabeth e Louis continuaram andando em direção ao salão principal quando a sonserina passou o braço pelo ombro do amigo. O sol brilhava e ela deixaria para pensar nisso quando anoitecesse e se tornasse inevitável.

– Lou, posso te fazer uma pergunta?

O garoto passou a mão pelos cabelos, que agora estavam castanhos novamente e ergueu uma sobrancelha desconfiado. Annabeth nunca chegava com "posso te fazer uma pergunta?", ela apenas perguntaria e pronto.

– O que?

– Estamos no sétimo ano.

– Infelizmente, mas isso não é uma pergunta.

– Quando aconteceu o baile Tribruxo?

– Quase dois anos atrás? Por que você está me perguntando? Você sabe disso. Foi quando começou a namorar com o Weasley.

Annabeth concordou lentamente. – Então fazem quase dois anos que você se recusa a dizer a Claire como se sente. Interessante. Se Cedric e eu tivéssemos apostado, ele teria ganhado. Eu confiava em você mais do que ele, mas parece que me enganei.

Louis congelou no lugar quase fazendo com que Annabeth tropeçasse e ela o soltou.

– Eu não gosto dela.

– Lou, eu sei.

– Não gosto!

– Lou, eu sei. Ced e eu tínhamos percebido naquele ano. O que está te impedindo?

– Eu... – ele parou de falar por um instante. – Ela é minha amiga. É minha melhor amiga como você.

– Não tem nenhum problema se apaixonar pelo seu melhor amigo! Pode literalmente ser o melhor relacionamento do mundo, Lou! Eu achei que você falaria comigo sobre isso. Nós sempre falamos tudo um para o outro.

Eles retomaram a caminhada, Louis suspirou percebendo que não tinha como escapar daquela conversa.

– Eu te dei seu tempo – disse ela. – Mesmo quando nenhum de vocês me deu quando eu gostava de Fred, não faça essa cara.

A Love to Remember I FRED WEASLEYOnde histórias criam vida. Descubra agora