X. A teoria é o amor

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Notas iniciais: Olá!! Pois bem, chegamos enfim ao último capítulo dessa história! Uau, nem consigo acreditar que um ano e meio atrás eu estava iniciando ela pensando que seria apenas uma oneshort heuhuehue  Olha só o que o descontrole causou! Mas estamos concluindo agora, yey! Sim, eu chorei pra caramba escrevendo esse final T-T

Agradeço imensamente a todos que acompanharam até aqui mesmo com os períodos irregulares de postagem (e bloqueio hehe). Sério, vocês são incríveis e perseverantes e o motivo pelo qual chegamos a esse ponto. Muito obrigada mesmo por todo o apoios e os comentários!! Eu sempre fico meio (muito) envergonhada para responder, mas saibam que cada um está guardado em um canto quentinho no meu coração <3 <3

No mais, vamos ao final! Espero que gostem e não deixem de dar uma olhadinhas nas demais histórias (propaganda é a alma do negócio, não é mesmo?) :v

Um abraço e nos vemos na próxima!

***

Após ter escapado do acidente de carro que levara metade de sua família, Shouto não havia pensado muito sobre como morreria. Se isso aconteceria no fim de sua vida ou dali a dez anos, ou mesmo na hora seguinte, ele já não se importava mais. No entanto, é engraçado como as coisas são, o modo que a roda do destino gira e acaba por nos levar sempre de volta àquele mesmo ponto de partida. Ele não esperava que o lugar no qual Coelhinho estaria mantendo Izuku cativo fosse ser tão próximo assim do local do acidente, como se aquele primeiro momento mal pudesse esperar para reivindicá-lo também. Sabendo que aquilo era algo do qual não podia escapar, Shouto acelerou a moto "emprestada".

O vento pinicava seu rosto como mil agulhas congeladas e nem mesmo sua jaqueta conseguia impedir a brisa gélida de tecer calafrios por seu corpo. O capacete coçava um pouco, o moicano completamente bagunçado agora, e ele mordia o lábio de forma tensa, o tempo inteiro desejando consultar o relógio para se assegurar de que ainda estava dentro do prazo.

Ele iria chegar a tempo.

Salvaria Izuku conforme prometera, nem que isso lhe custasse a própria vida.

Ainda assim, não conseguiu evitar o pulo em seus batimentos cardíacos ao virar aquela curva. Nunca esqueceria o som dos pneus derrapando ou o grito estrangulado de sua mãe. Havia uma placa agora sinalizando aos motoristas que tomassem cuidado com aquele trecho, como se uma mera placa pudesse resolver todos os desastres ocorridos e trazer os entes queridos de volta. Shouto se forçou a engolir e fixou os olhos na estrada. A vegetação que margeava o asfalto ainda não havia crescido por completo e os troncos das árvores não eram robustos como lembrava. Fogo piscou por sua visão, mas logo desapareceu abrandado pela garoa que começava a cair.

Ele piscou para afastar a chuva e as lembranças. Não tinha tempo para elas agora. Precisava se apressar.

O farol era a única luz em meio a escuridão da rota, por isso, ele quase não notou o prédio escuro ao passar por ele. Retrocedeu os metros avançados e encarou bem a base militar que um dia fora designada para o comando de seu pai. Se Coelhinho era um dos ex-colegas dele que guardava rancor contra aquele incidente específico, esse era o único lugar possível no qual ele estaria. Tinha ainda mais certeza após descobrir em uma rápida pesquisa na internet que o lugar havia sido abandonado após uma série de terremotos o classificar como instável. Era o esconderijo perfeito para alguém que não quisesse ser encontrado. Um lugar bastante significativo para ambos...

Estacionou a moto bem em frente a guarita, mantendo o farol ligado, e retirou o capacete, apoiando-o em um dos espelhos retrovisores. A chuva o deixou ensopado quase instantaneamente. Com um gesto impaciente, ele afastou a franja úmida da testa e estudou a entrada. Faixas de contenção estavam bem armadas como uma barreira dedicada a impedir os bisbilhoteiros de tentar invadir, ou os desordeiros que não resistiam a se desafiar a entrar apenas para provarem que eram capazes. A cerca de arame farpado se estendia nas duas direções, quase completamente tomada pela vegetação, e Shouto a estudou enquanto pensava em uma maneira de entrar.

A Teoria do AmorWhere stories live. Discover now