VII. O primeiro passo

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Notas iniciais: Olá!!! Ainda tem alguém acompanhado essa fic? heuheuhue

Sorry, meus amores! Sinto muito mesmo pelo sumiço, mas tive um bloqueio pesado com essa histórias e acabei me deixando levar por milhões de outras coisas no meio. Então, é, minha culpa :c

Mas agora, voltei pra acabar de vez e dar o final que esses dois bolinhos merecem! Só mais 2 capítulos para o fim, yay! Também estamos de capa nova feita pela Angel! Maravilhosa ela, eu sei! Então, a todos que ainda estão lendo aqui, saibam que tenho muito carinho por vocês! Um abração e boa leitura <3

***

Midoriya foi o primeiro a superar a paralisia que tomava o ambiente, despertado pelo murmúrio fraco da mulher chamando pelo garoto que permanecia ajoelhado.

- Shouto, Shouto...

Meio passo bambo a frente, mãos estendidas e trêmulas, e olhos muito arregalados na face, ela tentou alcançá-lo. O garoto não respondia, apenas continuava a fitar a mulher como se estivesse em meio a um sonho o qual não desejava rever. Sem saber o que fazer, ele apenas assistiu aquele instante crucial em que o raio atinge o solo em meio a tempestade. Tudo aquilo tinha que ser um engano, um sonho alucinante que corrompia a realidade e transformava seus temores em algo concreto. E, mesmo assim, ele podia sentir o gosto das próprias lágrimas, estava ciente das mãos firmes de Izuku em seus ombros, sacudindo-o com crescente preocupação, podia ouvir claro como o dia o murmurar incessante da voz dela a lhe chamar. Ainda assim, ele se recusava a acreditar.

- O que está fazendo aqui? - Sua voz saiu baixa, mas ele enfim reuniu coragem para juntar as sílabas e formular aquela pergunta tão crucial.

No entanto, não havia resposta naqueles olhos cinzentos e opacos. Ela apenas avançou, passos hesitantes, até onde ele se encontrava e caiu de joelhos à sua frente. As mãos de Midoriya se retesaram em seus ombros, tenso e incerto sobre a situação inesperada que se desenrolava à sua frente. Por si só, podia dizer que era um momento delicado e ele não tinha conhecimento o suficiente dos detalhes para determinar o melhor jeito de agir e ajudar Shouto. Nem mesmo sabia se poderia ajudá-lo. Por isso, apertou mais os lábios e aguardou, mantendo o aperto firme nos ombros dele para demonstrar que estava ali para apoiá-lo.

- Meu garotinho - a mulher sussurrou. - Meu garotinho tão crescido...

- Você me reconhece? - Ele engoliu em seco, o choque percorrendo o seu corpo. Izuku quase podia ver a ruptura atingindo o peito dele. - Sabe mesmo quem eu sou?

- Meu filho, você é meu filho - ela respondeu, as mãos estendidas para tocar o seu rosto com cuidado, do mesmo jeito que fazia quando ele era criança e os pesadelos o impediam de dormir. Ele permitiu ser tocado, permitiu que aquela familiaridade o atingisse com o peso de um passado enterrado, deixou-se levar pelas emoções que chafurdavam em seu peito ao longo dos meses, desde o momento que resolvera visitá-la. Por um momento, ele se permitiu acreditar que nada havia mudado. - Meu garotinho - ela sussurrou novamente, os olhos marejados com as lágrimas que não sabiam mais como cair.

Era demais. Era demais para se lidar. Então ele apenas permaneceu ali, sem esboçar reação ou dizer mais uma palavra sequer. Izuku pareceu entender e assumiu as rédeas da situação. Fechou a porta, impedindo a frieza noturna de continuar a adentrar o ambiente, ajudou a mulher a se levantar, sendo cuidadoso e prometendo em voz baixa que ela logo veria seu garotinho de novo, e a sentou em uma ponta do sofá, passando um grosso cobertor por seus ombros. Depois, ele retornou ao lugar onde Shouto ainda permanecia ajoelhado, os olhos fora de foco e os ombros duros com a tensão. Midoriya tomou sua mão e apertou forte os dedos dele contra os seus.

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