Capítulo 6 - A Classe A

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Matt

— Matthews? – Paro no meio do corredor segurando minha caneca de café quentinho, rezando para não ser mais problemas. Já estava atrasado o suficiente para o meu primeiro dia como líder de uma equipe de classe A.

— Théo? – Olho surpreso – O que está fazendo aqui?

— Como assim, cara? Você não mandou me arrastar da Austrália até aqui para fazer parte do seu time? – Não faziam nem três dias direito que eu tinha pedido isso ao tio Alex.

— Como você chegou aqui tão rápido? Achei que as transferências demorassem mais do que isso para acontecer.

— Eu também achei, mas me botaram num avião no segundo em que eu soube da minha promoção. Eu até achei que tivesse alguma coisa a ver com o australiano.

— Eu ia falar com você. Perguntar se iria quer, é claro!

— Trabalhar na Central, em uma equipe de classe A. Isso não é nenhuma pergunta, né?

— Que bom que você topou! – Falo ainda tentando absorver as coisas. Não eram oito da manhã ainda.

Depois de conversar com a Chlöe por telefone na noite do jantar, as coisas começaram a voar por aqui. Eu tive que fazer um milagre para conseguir manter algumas turmas de treinamento na minha agenda. Eu realmente ficaria ocupado pelos próximos tempos.

— Bom dia! – Entro com Théo na nossa nova sala de trabalho ampla e iluminada, que mais parecia um galpão de tão grande, com um chão e paredes que lembravam concreto. De um lado havia uma central com computadores, uma mesa de controle e uma tela gigante na parede para comunicações e estratégias, do outro lado da sala também tinha o nosso próprio miniarsenal, junto a chaves do que julgava ser dos nossos carros e um pequeno ringue para treinos táticos, no meio da sala, dividindo os dois ambientes, haviam duas fileiras com três mesas cada, que ficavam de frente uma para a outra, formando uma espécie de quadrado com as mesas.

— Bom dia! – Ouço todos responderem de uma vez só e ficarem de pé.

— Bom, eu sou o Matthews Chaves, o novo líder desse time. Eu escolhi vocês porque eu acredito que vocês sejam os melhores dos melhores. – Respiro fundo largando minha xícara de café em cima de uma das mesas enquanto observava o rosto daquelas seis pessoas na minha frente – Com já temos trabalho a fazer, vamos encurtar as apresentações. – Pego os envelopes que estavam em cima da mesa com o portifólio que eu tinha do nosso alvo e vou entregando ao ponto que vou falando o nome de cada um – Nick, agente de campo, parabéns pela promoção! – Sorrio para o meu melhor amigo, que era, de longe, o mais relaxado do time naquele momento – Théo, transferido da Austrália, agente de campo também. Emma, nossa perita em armas e cientista da equipe, mandada diretamente da equipe do meu pai. – Entrego um envelope a ela, que era um outro rosto familiar entre todos ali. Já havíamos trabalhado em casos menores juntos. Ela era uma cientista talentosa e quebrou vários galhos para mim num passado – Olivia e Noah, nossos agentes mágicos. E por fim o cérebro dos computadores dessa equipe, Ethan. – Entrego o último envelope e todos eles se encaram. Havia algo errado ali.

— Ok! – Nick quebrou o gelo – Agora vamos falar sobre o elefante cor de rosa no meio da sala!

— Que elefante? – Pergunto.

— O fato de você ter conseguido uma puta promoção, mas não só isso, o fato de você ter conseguido os melhores agentes para a sua equipe, e ainda um cara de outro país. Tudo isso em três dias.

— O que é que tem? – Sigo até área onde ficavam os computadores.

— Eu estou fora dessa matemática, porque, para eles, eu faço parte do seu acordo. – Nick levanta as mãos em rendição.

S.W.A. 3 - As Decisões Da Nossa VerdadeWhere stories live. Discover now