Capítulo 18 - A Luz no Fim do Túnel

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Chlöe

Observo de um lado a outro, todos pareciam focados em alguma coisa. Era engraçado, que mesmo cada um tendo uma função específica, todos se ajudavam. Ethan, por exemplo, no momento me ajudava a organizar algumas coisas sobre a família Roosevelt e alguns leilões clandestinos que eles organizavam. Queríamos entender melhor como eles trabalhavam.

— Você viu o Matt? – Pergunto a ele quando percebo que o dito cujo não se encontra na sala. Ethan apenas nega com a cabeça, como se isso fosse recorrente e bem normal para um chefe de equipe.

Bem, poderia até ser. O Matt tinha uma agenda cheia, com a equipe, as coisas do caso e o pessoal que ele treinava, fora o meu próprio treinamento, o que sempre acabava sobrecarregando-o. Não que isso o incomodasse, na verdade se aparecesse mais alguma coisa era capaz dele aceitar como se fosse a pessoa mais desocupada do mundo. Mas o problema era que nesse final de trade ele sempre está aqui para observar e coordenar os passos da equipe, e esse era o motivo de eu estar sempre aqui nesses horários. Ele sabia que eu ainda não estava tão confortável de ficar sozinha com o pessoal aqui, até por medo de acabar falando demais. Então sempre que ele saia e ia demorar ele me avisava, ou até me carregava junto, o que torna essa sua saída repentina bem estranha.

Ok, estranho mesmo era eu estar tão incomodada com isso nesse momento.

— Manda uma mensagem pra ele! – Ethan diz observando minha inquietude.

Eu aceno em concordância percebendo o quão estupida eu sou de não ter pensado nisso antes. Pego meu telefone para enviar a mensagem e na mesma hora aponta uma mensagem de Nick, eu estranho e encaro o rapaz que estava há uns metros de distância mexendo em alguma coisa nas telas de computadores, ele me olha de volta, solta uma risada e volta sua atenção ao trabalho que estava fazendo. Destravo meu celular e abro a mensagem dele e me pergunto como ele podia saber o que eu queria?

A mensagem era curta e clara: "Ele está na área de treinamento". Penso por alguns segundos e então outra mensagem surge: "Você deveria ir atrás dele! Ele está esquisito!". Olho novamente para Nick que me encara com um olhar sugestivo. Tento entender por alguns segundos o que aquilo significava, mas desisto levantando-me para subir até a área onde eu esbarrei pela primeira vez em Matt aqui.

— O que você está fazendo aqui? – Matt diz segurando um saco de areia que socava, visivelmente cansado, assim que chego a porta da área de treinamento.

— O que você tem? – Pergunto em um tom mais suave recuando com seu tom ríspido.

— Como assim? – Se aproxima de onde me posto congelada.

— Você está com raiva de mim? Eu fiz alguma coisa? – Um desespero me bateu. Uma sensação esquisita, como se eu estivesse prestes a perdê-lo. Credo!

— Hey! – Ele segura firme meus braços nos deixando bem próximos – O que você tá falando? Claro que você não fez nada! Eu não estou bravo com você! Quem disse isso? – Sua postura muda um pouco, ficando mais agressivo – Fala, que eu vou lá quebrar a cara do cretino. – Eu solto um leve sorriso e ele me abraça. O abraço mais sincero que eu já pude sentir. Me senti tão acolhida ali.

— Você jura? – Me desvencilho de seu abraço colocando umas mechas que insistiam em soltar do coque para trás da orelha.

— Que eu vou quebrar a cara dele? Claro que vou! – Ele repete o gesto com o meu cabelo do outro lado.

— Não! Que está tudo bem?!

— Você está de TPM ou algo assim? – Ele parecia visivelmente confuso – É claro que está tudo bem! Por que não estaria?

S.W.A. 3 - As Decisões Da Nossa VerdadeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora