Capítulo 13 - A Localização

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Matt

— Posso falar com você? – Tia Nataly me para no corredor a caminho da minha sala.

— Algum problema? – Não é todo dia que sua chefe sai a procura de você, pessoalmente. Na verdade, era muito difícil ver ela zanzando pelos corredores da Agência. Então, naturalmente, ela estar ali parada na minha frente, fazia todos que passavam ali nos encararem e cochicharem.

— Acho melhor termos essa conversa na minha sala. – Observa o movimento do corredor e começa a andar em direção ao elevador.

— É alguma coisa sobre o meu caso? Porque a gente está preste a conseguir a localização do jantar. – Começo andar atrás dela, quase correr, na verdade – Já conseguimos listar quase todos que estarão neste jantar, e estamos seguindo a todos. Assim que eles se juntarem saberemos onde será.

— Não é sobre o seu caso! – Para na frente do elevador já aberto e sorri para mim – Como eu disse, prefiro falar na minha sala! – Entra no elevador e espera que eu faça o mesmo.

Silêncio... a única coisa que escuto em todo o caminho até sua sala é a minha respiração pesada. Sim, eu estava apavorado! Tia Naty não era de muitas palavras, nem de muitas conversas. Mesmo quando se tratava do meu relacionamento com a Lou ela não se metia tanto. Era sempre o tio Alex que conversava com a gente. Até quando terminamos, foi ele que veio me pedir desculpas por tudo. Não que ela não se importasse, porque ela se importava muito, mas quando se tratava das palavras certas em momentos mais sensíveis, ela sempre dava a palavra ao marido.

— Pode se sentar! Eu não mordo. – Fala sentando-se numa poltrona e apontando para um sofá a sua frente. A sua sala era quase igual à do tio Alex, porém os tons de madeira e paredes eram mais claros aqui, além de ser um pouco maior. Observo as fotos em sua mesa um pouco distante de nós e para minha surpresa eu estou em, pelo menos, duas delas. A primeira é do dia de seu casamento na ilha, estou junto a toda a família, e a segunda é de um dia no parque com a Louise e a Chlöe, nós parecíamos felizes.

— Bonita, não? – Sorri vendo para onde eu olhava.

— São sim, boas memórias! – Sento-me no sofá branco que havia mandado.

— Imagino que esteja se perguntando o porquê está aqui, correto? – Recosta na poltrona sem perder sua postura.

— Sim... Duas vezes no mesmo mês neste andar... não é todo dia que isso acontece.

— Eu admiro essa sua profissionalidade. Mas, você sabe que somos da mesma família, certo? Que você foi criado com as minhas filhas. E que eu sou sua tia e sua madrinha, assim como sua mãe é madrinha da minha filha.

— Eu sei, mas aqui, pelo menos, eu sei que sou apenas um agente.

— Um agente extraordinário, se me permite dizer. – Sorri curvando seu corpo em minha direção.

— Obrigada! – Era bom receber elogios, mas aquilo me deixava desconsertado – Mas, qual o motivo para eu estar aqui?

— Claro! – Suspira – Além de querer te parabenizar pessoalmente pelo seu incrível trabalho...

— Vocês estão planejando outro jantar? – Pergunto desconfiado – Ou querem que, de alguma forma, eu convença a Chlöe a aceitar de uma vez? Porque se for a última pode esquecer, com todo o respeito, é claro. Mas é uma decisão que só cabe a ela e...

— Calma! – Da um sorriso e eu relaxo um pouco – Fico feliz de saber que você estará nos próximos jantares em família, mas não é sobre isso que eu quero falar com você. – Faz uma pausa observando ao seu redor como se procurasse por algo – Mas, sim, o meu assunto é a Chlöe! Mas não como sua chefe, e sim como uma mãe.

S.W.A. 3 - As Decisões Da Nossa VerdadeWhere stories live. Discover now