21. Confições

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Eram quase três horas da manhã quando chegaram à pensão da Sra. Paola. Stevan estava exausto, dentro daquele carro não via a hora de saltar e dirigir-se imediatamente para seu quarto. Não haviam conseguido tudo o que foram buscar, mas pelo menos Josan estava a salvo, e disso Louis certamente se orgulharia e agradeceria muito. Uma eternidade parecia ter se passado quando se lembrou da última vez em que esteve nessa pensão, em que pôde desfrutar da liberdade de estar fora de dias ou noites difíceis como a que acabara de se passar. Ele sentia uma sensação ótima em estar aqui de novo, era como se não precisasse preocupar-se com tanto, que no fim tudo ficaria bem. Esse lugar trazia essa paz, esse conforto que precisava a horas.

Estacionaram os transportes em seus devidos lugares e puseram-se a entrar. Todos. Stevan, Paulo, Lênin, Josan, Kathe e até Cameron. Claro, era inegável que sua ajuda, desde o começo, foi eficaz e necessária, mesmo com todo esse mistério por trás de sua identidade. Ele havia levado Josan do prédio para o carro de Martin, com a finalidade de ajudar em parte para que fosse possível a retirada da bomba, mesmo que em minutos antes ameaçava se explodir. Era um sujeito bipolar, mas, de qualquer maneira, aparentava estar do lado deles. E era isso o que mais importava para todos. Que houvesse gente do lado do grupo.

Quando chegaram a entrada, Paola surgiu. Realmente precisava de um descanso, estava com olheiras, ainda de pijamas e parecia que não havia dormido a dias. Ela correu para encontrá-los com um largo sorriso no rosto.

— Rezei tanto para que estivessem bem. — olhou para todos eles — imaginei que não voltariam mais para minha pensão, foi quando ouvi o barulho do carro e vim correndo na esperança de encontrá-los. Vejo que se multiplicaram nesse período — olhou para Josan e Cameron

— É, mais ou menos isso. — responde Stevan — Então, esse é Josan Hoffman — apontou — o garoto que havia sido sequestrado.

Ela foi até ele

— Prazer em conhecê-lo. Sou Paola Alcântara. Como você está?

— Melhor do que antes — Josan respondeu

Stevan interviu

— E este é Cameron Cyrus — apontou — um... — que expressão usar? — ... Um novo integrante.

Ela o cumprimentou

— Bem, como posso ver, Stevan, a noite foi bem louca, não? — falou, ao decair o olhar para seu peito, sem os trajes necessários.

— Digamos que tenha sido um pouco complicada. Pena que não conseguimos tudo o que fomos buscar.

— Ah, pelo menos o garoto está aqui. — ela apoiou-se em Josan — não é mesmo, meu amor?

Josan não disse nada, apenas abriu um sorriso daqueles que demonstravam conforto.

Lênin interviu

— Sra. Paola, permita-me perguntar. Há quartos para mais dois?

— Minha pensão é como coração de mãe, sempre cabe mais um. Vamos dar um jeito nisso, acho que posso acomodá-los perfeitamente. — ela olhou para a cara de todos, que aparentavam querer algo — não me digam que querem jantar a uma hora dessas?

— Não seria má ideia — disse Lênin

— Estamos quase na hora do café! Olha só, que tal eu levar um lanchinho para cada um? Venham comigo, vamos nos acomodar, tomar um banho, comer alguma coisa e descansar. Vejo que estão precisando muito.

Ela foi na frente e todos a seguiram. Depois de passarem pela enorme sala, subiram as escadas para o próximo andar.

— Cada um desses três quartos têm duas camas — apontou — Acho que o despertador já não tocará às 7:30, vocês podem levantar a hora que quiserem, mas se sentirem-se famintos e desejarem tomar o café-da-manhã, ou pelo menos beliscar alguns aperitivos, será com um enorme prazer que irei recebê-los no mesmo horário, em específico no jardim, como sempre.

MISSÃO IMPLACÁVELWhere stories live. Discover now