18. Sobre domínio

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Já dentro do elevador, Stevan tentava ao máximo observar a movimentação antes que se retirasse do mesmo, ficaria atento à tudo para que ninguém os descobrissem. Se realmente áquela bomba estivesse funcionando, isso seria um risco para todos eles, um risco fatal, e por isso, usariam a cautela.

Chegaram no andar especificado, Lênin e Cameron estavam sentados em um banco ao lado e conversando naturalmente, tudo muito contrário à discussão que acontecia a pouco quando Stevan havia deixado o local. Lênin havia convencido-o a não seguir com seu plano individual? Era o que aparentava.

Os dois levantaram-se surpresos ao verem Josan. Suas expressões mostravam mais alegria ao vê-lo do que uma suposta interrogação para o entendimento daquilo tudo. Até Cameron... Mas como?

Lênin colocou-se à frente deles

— Josan? É você mesmo?

— Sim, Lênin, sou eu mesmo. — falou Josan ao forçar um sorriso diante toda aquela situação.

— Olha só, Lênin — começou Stevan — preciso que você fique com a parte do plano de levar Josan para o carro de Martin, enquanto eu ficarei com a parte que estava antes: procurar por Kathe.

— Eu também posso ajudá-los — Cameron colocou-se à frente

— Não sei se é uma boa ideia.

Lênin interveio

— Deixe-o ajudar, conversei com ele e acho que podemos contar com sua ação.

— Permaneça na área, talvez precisemos de sua ajuda. — disse Stevan

— Eu quero contribuir agora, eu posso ajudar Lênin a levar Josan daqui. Não tema, desde o princípio minha intenção sempre foi a mesma.

— Ok, tem alguma ideia de como levá-lo daqui sem que ninguém os veja?

— Eu vou resolver isso. Peço apenas que vocês, Lênin e Josan, me encontrem daqui a quinze minutos no banheiro dos funcionários, onde ninguém de tão importante assim nos descobrirá. Durante esse período, vou averiguar uma suposta área em que eu já notava a algum tempo que serviria para uma fuga. Em quinze minutos termino o trabalho e encontro com vocês lá para passar as instruções.

— Tudo bem, espero que dê certo! — disse Lênin

Cameron se retirou de lá cautelosamente e olhando para todos os lados como um verdadeiro fugitivo. Pelo menos haviam resolvido uma parte do plano, agora a preocupação poderia diminuir, o que não aconteceu. Mesmo Cameron aparentando ser uma boa pessoa e toda essa ajuda que ele lhes ofereceu até hoje, não era aceitável confiar em qualquer um, confiar em uma pessoa que escondia sua identidade e que tomava decisões descomunais. Sempre teriam que manter um pé atrás com essas pessoas. A preocupação era a mesma, mas a esperança se ampliou, tornando tudo mais claro e compreensível.

• • •

— Pierre Steidston? — Vandame ficou surpreso — você está louca? Steidston trabalha pra mim.

— Sim, claro. Mas foi ele quem me contratou para forjar toda aquela cena de dançarina de bar e te seduzir. Eu não poderia negar esse acordo, ele não hesitaria na fatura. — Kathe riu

— Você está mentindo!

— Não, Vandame, eu não estou mentindo. Steidston era um homem de confiança pra você? Sinto muito por ninguém ter lhe avisado para não confiar em qualquer um.

— E para quê ele te contratou? O que ele queria com toda àquela cena?

— Ele sabe que você se deixa levar fácil por qualquer besteira. Isso não é novidade. Então, sendo assim, eu teria que conseguir sua confiança a ponto de ganhar acessibilidade à sala onde está sendo efetuado o carregamento do chip e, simplesmente, roubá-lo.

MISSÃO IMPLACÁVELWhere stories live. Discover now