Capítulo 20: Um retorno feliz

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Alec se lembrava desse caminho que estava fazendo, ele lembrava de caminhar pelo aeroporto tremendo de medo e tentando abotoar a camiseta que Alexandre insistia em desabotoar indo em direção ao portão de embarque para conhecer Magnus Bane e sua família e assumir a identidade do gêmeo. Agora, fazendo esse caminho segurando a mão de Magnus ele mal podia acreditar, parecia surreal demais para ser verdade e Alec quase não conseguia respirar de tanta felicidade.

Ele não estava levando uma mala grande porque Magnus tinha insistido que deveriam comprar tudo novo quando voltassem e por mais que Alec achasse isso desnecessário, porque ele tinha roupas seria legal passar um tempo com Magnus fazendo compras, sabia que ele gostava mas nunca tinham ido juntos.

—Tudo bem?— Perguntou Magnus, olhando para ele e Alec assentiu. Era estranho como tudo estava realmente bem. — A gente não precisava voltar agora Alexander, eu sei que pode ser difícil.

—Não é difícil Magnus. — Confessou Alec, porque estaria mentindo se dissesse que era. Na verdade era fácil demais e isso assustava. — E as crianças não merecem isso, devem estar super ansiosos.

Magnus riu e concordou com a cabeça, eles foram juntos para o portão de embarque e Alec sempre achava emocionante essa sensação, ele se acomodou na janela e ficou olhando e só desviou quando uma mão atrevida repousou em sua coxa e ele se virou para Magnus.

—Tem que pôr o cinto gostosinho. — Disse Magnus e Alec fez o que ele pediu. Era um pouco estranho estar viajando de noite, da outra vez tinha viajado durante o dia e pareceu muito menos confinador. Alec colocou o cinto e encostou no banco e observou a mão de Magnus subindo devagar, centímetro a centímetro por sua calça.— A gente não quer você solto por aí...

—Magnus...— Sussurrou Alec, um pouco chocado com a ousadia dele. O voo estava vazio e não tinha ninguém nas cadeiras ao lado e nem era um avião grande mas os comissários poderiam passar a qualquer momento. A mão de Magnus continuou subindo até alcançar o botão de sua calça e ele abriu. Alec segurou a mão dele. — Magnus, você é doido?

—Confia em mim. — Disse Magnus. — E para de gritar ou ai que todo mundo vai perceber mesmo. O segredo é: aja naturalmente.

—Mas você está com a mão...— Alec apontou e sentiu o rosto ficando quente. Magnus riu e apagou a luz individual do assento e as dos corredores ainda estavam acesas mas ninguém iria reparar.

—Relaxa Alexander, encosta a cabeça no assento e fecha os olhos. Confia em mim. — Disse ele e Alec fez o que Magnus pediu mas abriu um olho para espiar e viu ele jogando o fone de cortesia no chão do seu lado. — Amor, meu fone caiu ai, preciso pegar.

Alec iria responder que ele tinha jogado mas Magnus se debruçou sobre ele e colocou seu membro na boca e Alec tapou a boca para evitar gritar com a loucura da situação.

Seria um longo voo.

***

Eles chegaram e já era quase meia noite e Alec estava exausto porque Magnus era a definição de inquieto e tinha provocado ele a viagem toda de volta, sem tirar as mãos do seu corpo por um segundo sequer e ele já tinha resistido a Magnus Bane por tempo demais, não tinha disposição para resistir mais nenhum segundo. Se Magnus queria, não seria ele quem iria recusar. Ele se arrastou pelo elevador meio sonolento e chegaram no carro, o mesmo que Magnus tinha usado para descobrir quem ele era e Alec não pensou a respeito, ele só entrou porque queria chegar em casa e precisava avisar Isabelle e o pai que tinha voltado.

O caminho até em casa foi silencioso e Alec suspirou quando voltou a ver a mansão Bane, a casa parecia menos mórbida agora que ele poderia enxergá-la pelo olhar de Alexander Lightwood.

O Outro - MalecOnde histórias criam vida. Descubra agora